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HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA DA NUTRIÇÃO

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HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA DA NUTRIÇÃO
AULA 01
1- Etnocentrismo é uma visão do mundo, ou seja, a maneira como percebemos o mundo através de ideias e sentidos, que é tomada como centro de tudo, e todos aqueles que são diferentes são pensados e sentidos através dessa visão. No plano intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, é o que nos causa sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc, por culturas muito diferentes da nossa. Pensando nisso, o que o nutricionista precisa fazer para não ter uma atitude etnocêntrica?
R: Não julgar o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor.
2. A Antropologia serve à Nutrição na ampliação e compreensão de diferentes aspectos ligados à alimentação e nutrição humana, sobretudo porque um dos seus principais conceitos é o conceito de cultura. Numa definição mais simples, podemos dizer que cultura é tudo aquilo que o homem cultiva, transforma a partir de elementos da natureza. Porém, em definição mais ampla, cultura é o conjunto de todo saber desenvolvido, transmitido, recebido e transformado por um conjunto da sociedade (povo, tribo, comunidade, etc) que inclui conhecimento, arte, leis, moral, crenças, hábitos e costumes. Pensando que esse conjunto de saberes influencia os hábitos alimentares das pessoas, o que o nutricionista deve considerar em sua atuação profissional?
R: Que as crenças, hábitos e costumes devem ser respeitados ao se tratar da alimentação das pessoas, inclusive na elaboração de toda e qualquer dieta.
3. De acordo com o antropólogo Sidney Mintz: "O comportamento relativo à comida liga-se diretamente ao sentido de nós mesmos e à nossa identidade social, e isso parece valer para todos os seres humanos" (Mintz SW. Comida e antropologia. Uma breve revisão. Rev. Brasil. Ci. Soc. 2001; 16 (47): 31-41 A partir dessa afirmação é possível concluir que:		
R: O nutricionista deve perceber o alimento para além de micro e macro nutrientes, considerando aspectos simbólicos e culturais em relação a alimentação e Nutrição.
4. Podemos definir cultura como tudo aquilo que o homem transforma, de acordo com suas necessidades e demandas. Isso também ocorre com a alimentação, que foi constantemente modificada ao longo da história, incluindo todos os signos e rituais que envolvem a sua prática, que também, mudam de uma cultura para a outra. Isso pode ser percebido, por exemplo, no comportamento e percepção sobre:
R: O que é comestível, como comer, quando comer, com quem comer.
5. No Brasil, o que se come na região norte do país não é o mesmo que se como na região sul, por exemplo. Assim como o que se come no Sudeste não é o mesmo que se como no Centro Oeste ou no Nordeste. E mesmo em cada região há diferenças de estado para estado ou mesmo entre as cidades e o interior. Isso tem relação com a geografia e o clima, que influenciam no tipo de alimento de cada lugar, mas também com a formação histórica e as diferentes misturas de culturas de cada povo, de cada região, de cada lugar. Com base nessa afirmação podemos dizer que o conjunto de todas as diferenças culturais de um determinado povo, constituída ao longo de sua formação, que resulta de alguns aspectos fundamentais, como tradição e geografia, recebe o nome de:
R: Diversidade Cultural
6. Etnocentrismo pode ser entendido como a percepção que temos da cultura do outro a partir da nossa própria cultura. Quando achamos estranho, curioso, incomum ou mesmo nojento algum hábito alimentar de pessoas ou povos, estamos sendo etnocêntricos, porque essa percepção dos nossos próprios hábitos, costumes e valores. Sendo assim, o nutricionista deve sempre relativizar, ou seja:
R: Não transformar a diferença em hierarquia, pois não há cultura superior ou inferior, boa ou má, mas sim com dimensões diferentes de riqueza.
AULA 02
1. Das alternativas abaixo, qual a que melhor expressa a diferença entre o que é alimento e o que é comida?
R: Alimento é qualquer substância nutritiva que pode ser ingerida para manter a vida. Enquanto que comida diz respeito a tudo o que se come com prazer de acordo com regras sociais, dessa forma não é apenas uma substância alimentar, mas um modo, um estilo, um jeito de alimentar-se.
2. Podemos definir a comensalidade como a prática do comer juntos, partilhando, (mesmo que desigualmente) a comida. É o momento de partilhar sensações e reforçar a coesão dos grupos sociais aos quais fazemos parte, família, escola, religiosidade, amigos. De uma maneira geral ela compõem um ritual coletivo. De acordo com essa definição, não podemos considerar como exemplo de comensalidade:
R: Um lanchinho rápido no ônibus a caminho da faculdade.
3. Comida também é memória e afeto. A sensorialidade presente na comensalidade (a prática do comer juntos, partilhando a comida, o momento de comer) gera experiências mnemônicas que podemos chamar de memória afetiva. O que é exatamente essa "memória afetiva"?
R: São os registros sensoriais, afetivos que a comida e a comensalidade podem gerar nos indivíduos.
4. Alimento natural, podemos dizer, é o alimento que está mais próximo do que chamamos de natureza, na sua dimensão biológica e seus componentes físico químicos e sensoriais, como cor, aroma, textura e sabor. Sendo assim, podemos considerar como exemplos de alimento natural:
R: Maçã, laranja, batata doce, ervilha e tomate.
5. Biologicamente, o ser humano enquanto um ser onívoro, teoricamente, pode comer praticamente tudo o que há na natureza, desde que não o envenene. Contudo, sabemos que nem tudo o que é possível ingerir biologicamente é de fato ingerido. Isso acontece porque existem valores simbólicos, que são culturais, que nos inibem de comer. São exemplos de valores simbólicos culturalmente atribuídos ao ato de comer, exceto:
R: Comer com rapidez por estar com muita fome.
6. Todo alimento possui um valor real que é atribuído a ele pelo nutricionista quando:
R: Se atém aos seus micro e macro nutrientes, às suas contagens calóricas, protéicas e vitaminosas.
AULA 03
1. O conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica é chamado de:
R: Senso comum.
2. Em relação à alimentação, o mito tem valor simbólico, sobretudo quando se trata de crenças como, por exemplo, algumas práticas religiosas. Das alternativas abaixo, qual apresenta uma prática dotada de valor simbólico que se relaciona com a religiosidade:
R: O pão e o vinho nas missas católicas.
3. A narrativa, discurso usado por diferentes sociedades para explicar paradoxos, inquietações, fenômenos que não são compreendidos racionalmente e que em relação a alimentação remontam hábitos longínquos, impregnados de construções afetivas e simbólicas, que podem trazer benefícios à saúde ou que podem não fazer muito sentido do ponto de vista científico é conhecida pelo nome de.
R: Mitos.
4. Senso comum é o conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica. Pensamento crítico é a reflexão crítica desse senso comum. Ao invés de utilizar argumentos prontos, advindo desses saberes do senso comum, questionar, refletir, pesquisar respostas científicas para os problemas cotidianos. Para o nutricionista o pensamento crítico é importante para:
R: Que o saber científico seja traduzido de forma clara para a sociedade, através de estratégias que viabilizem a comunicação entre profissionais da saúde e as comunidades envolvidas nas ações de saúde, em geral dotadas de senso comum.
5.Tabus alimentares são restrições, proibições alimentares que dialogam com diferentes saberes de uma determinada sociedade. Geralmente eles estão associados com alguma dimensão sagrada, um conjunto dogmático religioso ou mítico que ditam o que nãofaz bem, para quem, e porque. Esse tabu pode ter relação com um ciclo da natureza humana, com fenômenos da natureza, com períodos do ano. Das alternativas abaixo, qual pode ser utilizada como exemplo de um tabu alimentar?
R: Católicos não podem comer carne durante a semana santa.
6. O que consideramos como tabu alimentar, com seus signos, seus sentidos simbólicos, muitas vezes é o que dá corpo à dieta alimentar, incluindo as restrições alimentares de algumas pessoas. Pensando nisso, para promover uma alimentação saudável, respeitando-se a cultura e as tradições de cada um, é preciso:
R: Pensar a alimentação a partir de um diálogo entre o biológico (aspectos nutricionais) e sociocultural (tabus).
AULA 04
1. Modelos alimentares, em geral, são modelos historicamente constituídos foram se modificando e transformando ao longo dos tempos. Existem hoje diversos modelos alimentares. Temos abaixo alguns exemplos, exceto:
R: Carnivorismo e ovarismo.
2. As características alimentares e nutricionais de uma população, que englobam particularidades de sua estrutura culinária, que nos possibilita identificar tais características como parte de um povo ou nação são chamadas de:
R: Modelos alimentares.
3. Modelos alimentares costumam ser modificados e adaptados de acordo com diferentes contextos, objetivos e finalidades. Por conta disso, modelos alimentares antigos costumam ser reeditados na contemporaneidade surgindo, inclusive, variações de restrições. Das alternativas abaixo, qual NÃO representa um modelo alimentar?
R: Ovarismo: alimentação baseada em consumo de ovos.
4. O modelo vegetariano tem por base uma alimentação focada nos vegetais e cereais, não permitindo alimentos de origem animal. A partir desse modelo diversas variações vem surgindo, variando o grau de restrição aplicado. Das alternativas abaixo, qual das variações apresentadas está com sua definição INCORRETA?
R: O ovolactovegetariano não permite a ingestão de ovos e de leite.
5. Hábitos alimentares são o "conjunto de rituais que rodeiam o ato alimentar no seu sentido estrito. A definição de uma refeição, sua organização estrutural, a forma da jornada alimentar (número de refeições, formas, horários, contextos sociais), as modalidades de consumo (comer com garfo e faca, com a mão, com o pão), a localização das refeições, as regras de localização dos comensais e outros aspectos variam de uma cultura à outra e no interior de uma mesma cultura, de acordo com os grupos sociais." (POULAIN, Jean-Pierre; DA COSTA PROENÇA, Rossana Pacheco. O espaço social alimentar: um instrumento para o estudo dos modelos alimentares Food social space a tool to study food patterns. Revista de Nutrição, v. 16, n. 3, p. 253, 2003.) Sendo assim podemos afirmar que hábitos alimentares:
R: Tratam-se de práticas alimentares frequentes de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura.
6. O conjunto de elementos que entendem a alimentação como uma cadeia conectada desde o setor produtivo, terra e indústria, até o descarte daquilo que consumimos é chamado de:
R: Sistemas Alimentares
AULA 05 
1. A relação entre a religião judaica e a alimentação é algo forte e que remonta às escrituras sagradas judaicas. As regras de alimentação encontram-se compiladas em escrituras sagradas e constituem uma cozinha, em sua dimensão de saberes e práticas, mantida até hoje. Nesta compilação, a lista de tabus é tão grande que o próprio nome da cozinha, kasher ou koosher, remete a ideia de ¿aquilo que está apto¿ para ser comido. Dentre esses tabus, é incorreto afirmar que:
R: Apenas uvas da cor vermelha podem ser consumidas.
2. O hinduísmo, uma das religiões mais praticadas na Índia, possui adeptos em todo o mundo. De tradição milenar, sua relação com a alimentação é muito íntima e, como qualquer religião, tem suas restrições, seus tabus alimentares, sendo o mais conhecido:
R: A proibição do consumo de carne bovina.
3. O Catolicismo é a religião de maior expressão no Brasil e, culturalmente, influencia muito as nossas práticas alimentares. Leia as afirmações abaixo e, em seguida, indique a alternativa correta.
I - O tabu sobre a ingestão de carne vermelha durante a semana santa.
II - A ceia de Natal, com a presença de aves como protagonistas na mesa.
III - O uso do milho como ingrediente das preparações nos festejos juninos.
R: Todas as alternativas estão corretas.
4. A religião islâmica possui uma cozinha, a halal, que considera os saberes e restrições que envolvem as práticas alimentares da religião de acordo com um sistema organizado de suas condutas e restrições/tabus alimentares, secularmente registrado no livro sagrado dos muçulmanos, o alcorão, podendo-se destacar:
R: Restrição a ingestão de carne de porco e de bebida alcoólica.
5. O candomblé de base iorubá tem uma relação muito forte com a alimentação. A cozinha de santo, ou culinária de terreiro, é um complexo culinário que tem como princípio básico a ideia de que os alimentos possuem uma energia vital, chamada de axé, e a alimentação é um dos principais canais de equilíbrio da energia dos indivíduos, e de harmonia deste e de sua comunidade e com o mundo. O tabu religioso é uma marca dessa cozinha e recebe o nome de quizila, variando de acordo com os preceitos e orientações ritualísticas para cada indivíduo. Nesse sentido os tabus são mais individualizados do que gerais. Sabendo disso, cabe ao nutricionista, no exercício da profissão:
R: Considerar as restrições gerais da religião que ao pensar a alimentação de seus praticantes.
6. Muitos são os tabus alimentares em razão de religiões. As restrições impostas podem ser bastante rígidas, com proibições a ingestão de alimentos específicos, podem ser pontuais, como a proibição apenas por determinados períodos, ou mais flexíveis, como em casos que os tabus conflitem com a comensalidade. Abaixo temos algumas religiões com exemplos de algum(ns) de seu(s) tabu(s). Marque a opção cuja relação esteja incorreta.
R: Candomblé: restrição ao consumo de galinha dangola.

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