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Higiene e Legislação dos Alimentos Prof. Adriana Pereira Todos os dias corremos perigos. Quais são eles? Prof. Adriana Pereira Perigo Risco Ou... Prof. Adriana Pereira Comer um alimento estragado ou contaminado Você sabe a diferença? Prof. Adriana Pereira Alimento estragado: Contém microrganismos deteriorantes. Alteram as características dos alimentos, como cor, odor, sabor e textura. Alimento contaminado: Contém microrganismos patogênicos ou outros contaminantes. Muitas das vezes não apresentam alterações nas suas características organolépticas. “Lindo por fora e uma bomba por dentro” Prof. Adriana Pereira Contaminação dos alimentos Contaminantes: substâncias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. RDC 216, 15 de setembro de 2004. PERIGOS NOS ALIMENTOS Prof. Adriana Pereira Tipos de contaminação dos alimentos FÍSICO • Caracterizada pelo contato ou ingestão de resíduos sólidos. “Podem machucar” Metal, plástico, vidro, prego, palitos, pedras, descasque de tinta ou esmalte, etc. Podem ser encontrados nas matérias-primas. ... pedaços de lâmpadas que se quebram ou materiais que se soltam dos equipamentos, bijuterias e relógios. Prof. Adriana Pereira Tipos de contaminação dos alimentos FÍSICO Prof. Adriana Pereira Tipos de contaminação dos alimentos QUÍMICO • Contato, ingestão ou absorção de produtos químicos que podem causar danos a saúde. Raticidas, inseticidas, agrotóxicos, produtos de limpeza, produtos veterinários, praguicidas. Prof. Adriana Pereira Tipos de contaminação dos alimentos QUÍMICO Prof. Adriana Pereira MICROBIOLÓGICO Tipos de contaminação dos alimentos • Por meio de bactérias, fungos, protozoários, vírus. • Por não serem vistos, são mais difíceis de serem controlados. • Erros na manipulação dos alimentos (todas as etapas) • Higiene inadequada: pessoal e ambiental Prof. Adriana Pereira Contaminação cruzada Direta: de um alimento para outro alimento Indireta: através das superfícies. Transferência de contaminação de uma área ou produto para áreas ou produtos não contaminados, por meio de superfícies de contato, mãos, utensílios, e outros. Prof. Adriana Pereira Fonte: Brasil. MS. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos , 2010 Prof. Adriana Pereira MICROBIOLÓGICO Tipos de contaminação dos alimentos VIDEO Prof. Adriana Pereira Doenças transmitidas por alimentos DTA ou DVA Prof. Adriana Pereira Conceito São todas as ocorrências clínicas decorrentes da ingestão de alimentos ou água contaminados por microrganismos patogênicos, por substâncias químicas ou que sejam compostos por estruturas naturalmente tóxicas. (SILVA JUNIOR, 2005) Prof. Adriana Pereira DTA • Podem ser causadas por bactérias, parasitas, vírus, agrotóxicos, substâncias químicas. • Sintomas comuns: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, febre (alguns) • Sintomas depende do agente etiológico (sintomas leves a mais graves) Prof. Adriana Pereira INFECÇÃO CORPO HUMANO BACTÉRIA • Ingestão de alimentos com microrganismos patogênicos • Sintomas: Diarreia, cólicas, náuseas, mal- estar, calafrios, febre. • Escherichia coli, Shigella, Salmonela sp • Hepatite A (vírus) e Toxoplasmose (parasita) Prof. Adriana Pereira TOXINFECÇÃO CORPO HUMANO BACTÉRIA • Ingestão de alimentos com bactérias patogênicas e estes liberam toxinas no organismo. • Sintomas: Diarreia, náuseas, vômitos discretos • Vibrio Cholerae, Clostridium perifigens, Bacillus cereus (cepa emética) Prof. Adriana Pereira INTOXICAÇÃO CORPO HUMANO BACTÉRIA • Ingestão de alimentos que contenham toxinas liberadas pelas bactérias. • Sintomas: Náuseas, vômito e diarreia • Bacillus cereus (cepa diarreica), Clostridium botulinium, Staphylococus aureus Doenças emergentes e re-emergentes Emergente: novo problema de saúde ou novo agente infeccioso, com crescimento nos últimos anos. AIDS, Hepatite C, Doença da Vaca Louca Re-emergentes: Já conhecidas, estavam controladas, mas agora retornaram. Dengue e Cólera Doenças re-emergentes Bacillus cereus, o Clostridium botulinum e Staphylococcus aureus • Antigas, persistentes, produtoras de toxinas. • Práticas inadequadas de manipulação de alimentos e higiene. Vibrio cholerae, a Salmonella typhi e a Shigella • Antigas • Precárias condições de higiene, vida e ambiente Doenças emergentes Campylobacter jejuni, a E. coli O157:H7 e a Salmonella Enteritidis • Emergentes • Consumo de produtos de origem animal, e de ingestão de alimento cru ou mal cozido Doenças emergentes Fonte: Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos, 2010 Doenças emergentes Fonte: Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos, 2010 Doenças emergentes Fonte: Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos, 2010 Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Ocorre quando duas ou mais pessoas apresentam os mesmos sintomas ou sinais clínicos, quando ingeridos alimentos ou água da mesma origem VÍDEO Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf Prof. Adriana Pereira SURTO DE ORIGEM ALIMENTAR Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA-2018.pdf VÍDEO 1 VÍDEO 2 Prof. Adriana Pereira NOTIFICAÇÃO DE SURTO - DTHA Notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública Portaria GM/MS nº 204 e 205 de 17 de fevereiro de 2016 Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA ENCERRAMENTO DA INVESTIGAÇÃO MEDIDAS CONTÍNUAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE ANÁLISE INVESTIGAÇÃO NOTIFICAÇÃO Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA NOTIFICAÇÃO IMEDIATA SEMANAL Até 24 horas do conhecimento do evento (VE/SMS) Telefone (Disque notifica), fax, mensagem eletrônica, etc. Até 7 dias Notificação: Saúde (Hospitais, UBS, UPA) Laboratórios Denúncia: População, comerciante, empresas Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO -DTHA NOTIFICAÇÃO Fonte: Nota Informativa nº 26, de 2016 – CGDT/DEVIT/SVS/MS Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA NOTIFICAÇÃO Fonte: Nota Informativa nº 26, de 2016 – CGDT/DEVIT/SVS/MS Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA INVESTIGAÇÃO Vigilância Epidemiológica: Investigar casos, identificar agentes e vias de transmissão, diagnosticar o problema. Vigilância Sanitária: Rastrear a cadeia de produção, identificar pontos críticos no processo produtivo e fatores ambientais, coletas de amostras Vigilância Laboratorial: identificar o agente etiológico/causal Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA INVESTIGAÇÃO • Localização dos expostos: Delimitação do espaço, identificação de doentes e não doentes, lista de alimentos servidos. • Coleta de amostras: Alimentos e água • Inspeção no local/ manipuladores: fluxo de produção/ amostras clínicas • Entrevistas doentes e não doentes: fichas de identificação de surto. Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA INVESTIGAÇÃO • Tempo: data e início dos primeiros sintomas • Pessoa: sexo, idade, ocupação, alimentos consumidos, local de refeições, hábitos alimentares • Período incubação: Medidas estatísticas • Refeição relacionada ou suspeita: Refeições comuns entre os comensais, antes da data dos primeiros sintomas. Prof. Adriana Pereira Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA Consolidação formulários - estatística Encaminhamento das amostras aos laboratórios de referência Diagnóstico ANÁLISE Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA • Conter o surto com medidas de controle gerais • Medidas de higiene e lavagem das mãos • Interdição do lote do alimento • Recolhimento do produto • Recomendação para o não consumo do alimento • Orientações preventivas – soro • Atendimento médico MEDIDAS CONTÍNUAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA • Consolidar dados • Analisar • Concluir • Produção de informes e boletins ENCERRAMENTO DA INVESTIGAÇÃO Prof. Adriana Pereira INVESTIGAÇÃO DE SURTO - DTHA Principais falhas Prof. Adriana Pereira Referências BRASIL. PORTARIA NO - 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. SILVA JÚNIOR., Êneo Alves da. Manual de Controle Higiênico Sanitário em Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 6 Ed. p. 245-285. 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Surtos de doenças transmitidos por alimentos no Brasil. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Apresentacao-Surtos-DTA- 2018.pdf. Acesso em: 03/08/2019 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010 CARELLE, Ana Cláudia; CÂNDIDO, Cynthia Cavalini. Manipulac ̧ão e higiene dos alimentos,. 2. ed. São Paulo : Érica, 2014
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