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Curso de Bacharelado em Educação Física TREINAMENTO DESPORTIVO Muriaé-MG 19 de Outubro de 2019 Curso de Bacharelado em Educação Física RESUMO: PREPARAÇÂO PARA O TREINAMENTO Muriaé-MG 19 de Outubro de 2019 Trabalho apresentado a unidade de ensino Treinamento Desportivo do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário UNIFAMINAS, como requisito parcial a sua integralização. Prof. Dilmerson de Oliveira Acadêmico: Anderson Barroso Dias Período: 8º Turma: 2 Sumário Preparação para o treinamento .................................................................................. 4 Treinamento Físico .................................................................................................... 5 Programa de treinamento organizado ........................................................................ 6 Treinamento físico geral (TFG) .................................................................................. 7 Treinamento Físico Específico (TFE) ......................................................................... 7 Aperfeiçoamento das capacidades motoras específicas ............................................ 8 Treinamento Técnico / Tático ..................................................................................... 8 Estrutura motora específica do Treinamento técnico ................................................. 9 Treinamento técnico e individualidade ..................................................................... 10 Aprendizado e a formação da técnica ...................................................................... 10 O caráter evolutivo da técnica .................................................................................. 11 Métodos de treinamento técnico .............................................................................. 11 Treinamento tático e estratégia ................................................................................ 12 Referência Bibliográfica ........................................................................................... 13 4 Preparação para o treinamento Todos os desportos devem incorporar os fatores fundamentais do treinamento, pois são parte essencial de qualquer programa de treinamento, independentemente da idade, do atleta, de seu potencial individual, do nível ou fase de treinamento. Os fatores fundamentais são: Treinamento Físico, Treinamento Técnico, Treinamento Tático, Treinamento Psicológico e Treinamento Mental, O foco dado a cada um dos fatores fundamentais varia de acordo com os atributos e as características do desporto ou do evento, existindo formas de desenvolver cada um deles. A figura abaixo mostra a esquematização dos fatores fundamentais, afirmando que quando maior for a base física, maiores serão as outras capacidades e em competição ou equipe sobressairá aquele atleta com melhor qualidade psicologia e mentais. 5 Treinamento Físico O treinamento físico é um dos, se não o mais importante ingrediente para alcançar o desempenho máximo, objetivando o Desenvolvimento do potencial fisiológico e desenvolvimento das habilidades motoras. A figura abaixo mostra as três habilidades motoras básicas para um melhor compreendimento e para serem trabalhadas dentro do período certo, será também destacado o significado de cada habilidade motora a baixo da figura. Locomotora: Correr e Saltar, é usado em brincadeiras e jogos esportivos como futebol, pega-pega, queimada, entre outros. O saltar em brincadeira como pular corda, pular obstáculos, entre outros. Estabilizadora: Equilibrar e Rolar, é importante até mesmo para andar, pois sem equilíbrio, cairíamos facilmente, encontramos equilíbrio em esporte como 6 Ginástica Olímpica, Surfe, Skate etc. O rolar pode acontecer para frente e para trás, para a direita e esquerda, é também conhecido como a famosa cambalhota. Manipulativas: Arremessar, Receber, Chutar, Rebater, Quicar: é o mesmo que lançar objeto em um alvo ou à alguém. Ele é encontrado em brincadeiras como queimada, alerta, boliche, etc. O receber significa segurar ou dominar objeto, é encontrado em esportes coletivos como basquete, handebol, etc. O chute é feito pelos pés e é bastante usado no futebol e futebol americano. No chute pode ser explorado partes do pé como (bico, peito, chapa, calcanhar e parte de fora). O rebater é igual a bater em um objeto sem segura-lo. Encontra-se em jogos como basebol, taco, peteca e tênis. Pode ser feito sem ou com auxílio de materiais. O quicar significa bater a bola no chão utilizando a mão fazendo com que a mesma volte para seu domínio. Encontrado no basquetebol e handebol. Programa de treinamento organizado 7 Primeira fase: Volume alto de treino e intensidade moderada, onde. A intensidade é aumenta de acordo com a necessidade do esporte. Conforme a figura abaixo: Treinamento físico geral (TFG) Independente da especificidade do desporto, o objetivo é melhorar a capacidade de trabalho, proporcionando assim, melhor adaptação do organismo às exigências físicas e psicológicas do treinamento. Para jovens atletas com perspectivas futuras… o TFG é basicamente o mesmo, independente do desporto. Para atletas de elite, deve-se levar em conta as necessidades específicas do desporto praticado e suas características individuais. Treinamento Físico Específico (TFE) Melhora as características fisiológicas e metodológicas do desporto. A especialização fisiológica é determinante para o sucesso em competições. Os ajustes no potencial do atleta facilitam o trabalho no treino e na competição. A maior capacidade fisiológica auxilia também na rápida recuperação do atleta. 8 O TFE requer alto volume (o que só é possível com baixa intensidade) e trabalhar sob alta intensidade sem o fortalecimento dos sistemas e órgãos do atleta, pode sobrecarregar o SNC e todo o organismo, provocando exaustão, fadiga e lesões. Estudos mostram que treinamentos em intensidade moderada, proporcionaram bons resultados em atividades de longa duração. Os atletas não podem elevar seu potencial de trabalho sem que também elevem o volume e a intensidade de treinamento. O período de realização do TFE pode variar entre 2 a 4 meses de acordo com o calendário proposto e as características modalidade Aperfeiçoamento das capacidades motoras específicas Ocorre principalmente durante o período competitivo. Em alguns casos poderá ser iniciada no final do período preparatório. Tem por objetivo otimizar as capacidades motoras e o potencial específicos da modalidade esportiva sendo recomendado que neste período varie tanto os métodos de treinamento empregados, quanto às condições de execução (> ou < sobrecarga). Maior (>) sobrecarga = desenvolvimento de força e potência. Menor (<) sobrecarga = desenvolvimento de velocidade. A duração depende do calendário de competições: Desportos com longos períodos competitivos (futebol, basquete, voleibol): Possuem uma fase de preparação mais curta. Desportos com períodos competitivos menores (atletismo, natação): Possuem fase de preparação mais longa. Recomendado que se aperfeiçoe as capacidades motoras com treinamento básico (ao final de cada sessão de treinamento). Treinamento Técnico / Tático Técnica: Maneira pela qual uma habilidade é realizadae Tática é um plano de jogo que parte da estratégia. Existindo relação entre: Treinamento técnico e Treinamento do condicionamento, pois o mau desenvolvimento técnico, prejudica o desenvolvimento do potencial físico e impede que o atleta atinja seu potencial para o desempenho. 9 Estrutura motora específica do Treinamento técnico Elemento que distingue os vários tipos de desportos. Abrange todos os elementos e estruturas técnicas necessárias para que um determinado movimento seja preciso e eficiente. A técnica é um modo específico de realizar exercícios físicos que se apoiam em um grupo de procedimentos. A técnica facilita e assegura o movimento. O atleta necessita de uma técnica perfeita para desempenhar de forma mais eficiente e racional o exercício. Quanto mais próximo da perfeição técnica estiver o atleta, menor a energia despendida para realizar o movimento e mais fácil será para atingir o resultado. Ou seja: Boa técnica = Alta eficiência. A figura abaixo mostra como é o aprendizado da técnica para que o atleta possa melhorar seus resultados e diminuindo seu gasto energético. 10 Vale lembrar que nem todos atletas possui um padrão aceitável de técnica perfeita, por que nem todos é biomecanicamente completo e fisiologicamente eficiente. Fazendo com que raramente a técnica de um campeão possa ser usada como modelo. Pois alguns não são Biomecanicamente completo e Fisiologicamente eficiente. Sendo preciso incorporar ao atleta incorporar a ele os mais recentes resultados de pesquisas. Não importa o quão perfeito seja o modelo da técnica, o atleta sempre adicionará seu estilo à técnica básica, o modelo a ser seguido é mais técnica, mais padrão individual de realização. A estrutura principal do modelo não é alterada, embora o atleta e o técnico acrescentem à sua personalidade caráter e traços anatômicos e fisiológicos. Treinamento técnico e individualidade O modelo contemporâneo da técnica nem sempre é acessível ao atleta iniciante, ao ensinar os elementos da técnica ou ela como um todo, sempre deve-se considerar o nível de treinamento físico do atleta. Se for inadequado, limitará a aquisição da habilidade. As variações no ensino da técnica devem levar em consideração as diferenças físicas e psíquicas dos indivíduos. Ozolin (1970) afirma que se não há melhora do treinamento físico, a capacidade de aprender e aperfeiçoar uma habilidade fica limitada. Tentar ensinar novos e complicados elementos sem antes desenvolver a força necessária há um declínio técnico geralmente acompanhado de queda do treinamento físico ocasionando uma lesão, acidente ou enfermidade. Aprendizado e a formação da técnica A experiência motora, ou nível inicial de conhecimento afetam a complexibilidade da habilidade a ser aprendida. Os dois aspectos da técnica presentes durante a aprendizagem são: 1- Estrutura cinemática externa ou a forma da habilidade. 2- Estrutura dinâmica interna ou as bases fisiológicas para a execução de uma certa habilidade. 11 Fases da aquisição da técnica divide-se em: 1- Fase de aprendizagem: onde a principal tarefa é caracterizar a técnica (correta estrutura dos movimentos) e realizar a habilidade sem movimentos e esforços desnecessários. Tem duração média de dois anos (dependendo da habilidade, capacidade e talento do atleta). 2- Fase de aperfeiçoamento: onde o objetivo é melhorar e dominar a técnica. Duração indefinida, pois, a busca pela perfeição técnica é constante. O caráter evolutivo da técnica Como resultado de inovações realizadas pelo técnico ou atleta, a técnica se desenvolve continuamente o que hoje parece avançado, amanhã pode ser considerado obsoleto, os conteúdos empregados em um treino técnico nunca permanecem o mesmo! Independentemente de onde venha a inovação técnica, ela deve ir ao encontro das exigências da competição e não se deve aplicar a técnica apenas em condições normais ou ideais de desempenho. Métodos de treinamento técnico O método de ensino total (Global), possui instrução direta do movimento como um todo e é aplicável a movimentos fáceis, já o método de ensino parcial, o ensino acontece em partes sendo aplicável a movimentos mais difíceis e complexos. Ao falarmos de método global, nos referimos ao princípio metodológico global-funcional. Neste, criam-se cursos de jogos, que partem da simplificação de jogos esportivos de acordo com a idade, e através de um aumento de dificuldades na formação de jogos até o jogo final. Exemplo de atividades para o ensino do basquete (Jogo: mamãe na rua, atravessar a quadra lateralmente). Evolução de atividades para o ensino do basquete (Bobinho passa 6 (8 ou 10): atividade de passes. A equipe que fizer 6 passes ganha um ponto. Como adaptação pode-se permitir um lance livre). - (Pega ladrão: duplas distribuídas livremente pela quadra. Um componente da dupla possui uma bola. Driblar livremente pela quadra. Ao sinal do professor, tentar roubar a bola do colega). Método Analítico – Sintético: Decomposição dos movimentos e repetição de tarefas para a aprendizagem dos gestos. - Ênfase na previsibilidade da tarefa. - Uma 12 aula é caracterizada pela sequência de exercícios dirigidos ao aprendizado da técnica para, no final da aula se realizar o jogo. Os movimentos são ensinados de forma descontextualizada e reunidos aos poucos, em conexões maiores posteriormente em conjuntos lógicos. Exercícios Sincronizados: Quando são utilizados dois ou mais fundamentos técnicos em um mesmo exercício, a fim de aprimorá-los. - Assemelham- se aos analíticos sintéticos, mas visam vários fundamentos e envolve mais de um jogador em sua execução. EX1: Realizar a recepção da bola ou movimentação e, em seguida a bandeja. EX2: Iniciar de um lado da quadra. Deslocar-se a quadra de ataque realizando passes. Ao chegar próximo da cesta, um aluno realiza o arremesso (de dife rentes distâncias). Treinamento tático e estratégia Tática destina-se a pequenas escalas de espaço, tempo e força utilizada, a tática refere-se também à organização do atleta ou equipe para um determinado jogo ou competição (parte da estratégia). A estratégia refere-se espaços amplos, longos períodos e grande movimentação de forças. No treinamento, a estratégia diz respeito à organização do jogo ou competição de uma equipe ou atleta (em geral por durante todo o período competitivo). Para melhor compreensão a estratégia, basicamente antecede o planejamento de guerra; já a tática é a ação no campo de batalha. A tática bem elaborada é fundamental em esportes coletivos e lutas. No entanto existem modalidades onde o perfil psicológico do atleta sobressai à ela, exemplos destas modalidades são: Ginástica, patinação artística, tiro, etc. O treino tático é o meio pelo qual os atletas absorvem métodos e possíveis meios de preparação e organização defensiva e ofensiva para atingir determinado objetivo. A base para um plano tático bem sucedido para qualquer desporto é um alto nível técnico. Não existe uma metodologia melhor ou ideal a metodologia deve ser ajustada para atender a necessidade do educando, assim, a metodologia não pode ser comum a todos os alunos, pois não há metodologia universal e infalível que possa servir a todos, da mesma forma. 13 Referência Bibliográfica Weineck, J. Treinamento Ideal. Manole, 1999. Dantas EHM. A Prática da Preparação Física. 5 ed. Rio de Janeiro: Shape 2003 Platonov VN. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: Artmed; 2004 Platonov VN. Tratado Geral de Treinamento Desportivo. São Paulo, SP: Phorte; 2008
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