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Sistema de Produção Enxuta para Vantagem Competitiva

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MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA 
 
UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 
Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail: encontrocientifico@unisalesiano.edu.br 
1 
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ENXUTA COMO ESTRATÉGIA 
PARA SE ALCANÇAR A VANTAGEM COMPETITIVA 
THE USAGE OF LEAN MANUFACTURING AS A STRATEGY TO ACHIEVE A 
COMPETITIVE ADVANTAGE 
 
James Figueiredo da Cruz – Graduando em Administração – Unisalesiano Lins –
james.kx@hotmail.com 
Kevin Arnold dos Santos Silva – Graduando em Administração – Unisalesiano Lins – 
karnold7@outlook.com 
Priscila Bento Furoni – Graduando em Administração – Unisalesiano Lins – 
priscila.furoni@hotmail.com 
Ricardo Yoshio Horita – Mestre em Ciência da Computação - Unisalesiano Lins – 
ricardohorita@uol.com.br 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho busca abordar os benefícios da implantação do sistema de 
produção enxuta, lean manufacturing, em um sistema produtivo para a estratégia de 
se alcançar vantagem competitiva no mercado. Para tanto, realizar-se-á uma 
contextualização deste sistema, seus principais conceitos e ferramentas, vantagens 
na sua implantação relatando como o sistema de produção enxuta pode ser utilizado 
como instrumento de melhoria no processo produtivo. A pesquisa foi elaborada 
através de pesquisa bibliográfica em livros e artigos especializados. 
 
Palavras-chave: Produção Enxuta. Produtividade. Vantagem competitiva. Lean 
manufacturing. 
 
 
INTRODUÇÃO 
O atual nível de competitividade do mercado global tem obrigado empresas de 
diversos segmentos a buscarem alternativas para se tornar cada vez mais 
competitivas. Com isso, a busca pela eficiência do processo produtivo torna-se 
relevante nas organizações, considerando que, se as estratégias deste setor forem 
eficientes podem gerar vantagens em relação aos seus concorrentes. 
Nesse âmbito o Sistema de Produção Enxuta (SPE) ou Sistema Toyota de 
Produção (STP) apresenta vantagens em comparação ao tradicional sistema de 
produção em massa. Conforme lembra Liker (2005), o Sistema de Produção Enxuta 
transformou as indústrias no que diz respeito à filosofia e métodos de produção. 
 
 
MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA 
 
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2 
No presente artigo é feita uma contextualização histórica do Sistema Toyota de 
Produção, apresentando seus conceitos e ferramentas. Por fim são elencadas as 
vantagens que a adoção do Sistema de Produção Enxuta proporciona e os resultados 
obtidos na pesquisa. 
 
OBJETIVOS 
O escopo desta pesquisa é demonstrar a importância do Sistema de Produção 
Enxuta, sua aplicação como estratégia para se atingir vantagem competitiva. Para 
tanto serão abordados os conceitos, sua filosofia para melhorar a eficiência do sistema 
produtivo eliminando desperdícios, suas ferramentas e as vantagens proporcionadas 
com a implantação deste sistema. 
 
METODOLOGIA 
O presente trabalho classifica-se como qualitativa, descritiva, utilizando como 
meio, a pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e sites especializados. 
 
DESENVOLVIMENTO 
1 Sistema de Produção Enxuta 
1.1 Contexto histórico 
Segundo Womack (1992), no principio da evolução manufatureira, o principal 
produtor era o artesanal, que na maioria das vezes eram pessoas altamente 
qualificadas. A produção era baseada naquilo que o cliente realmente desejava, sendo 
um processo exclusivo e detalhista. Entretanto, por ser uma produção muito 
específica, o custo era alto demais para a maioria das pessoas, o que causou uma 
inviabilidade comercial com o passar dos anos. No inicio do século XX, o cenário 
mudou, e as indústrias automobilísticas americanas lideradas por Henry Ford da Ford 
Motors começaram a adotar o Sistema de Produção em Massa, que posteriormente 
foi copiado sem nenhuma modificação na Europa. Diferente da produção artesanal 
em que uma única pessoa era responsável por toda a produção de um bem, na 
produção em massa, os profissionais especializados projetavam os produtos que 
eram manufaturados por colaboradores com qualificação baixa, especializados em 
uma única parte do processo, utilizando máquinas de custos elevados, o que fazia 
com que os produtos mantivessem um padrão por um longo tempo, sem muita opção 
de escolha. Um exemplo desse período é o modelo T da Ford, em que o cliente sequer 
 
 
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tinha a opção de escolher a cor do seu veiculo, sendo a cor preta a única disponível. 
Os consumidores conseguiram produtos mais baratos, contudo faltavam 
competitividade e inovação nessa época. 
Este mesmo autor afirma que os japoneses, ao contrario dos europeus, foram 
à América interessados em entender o processo de produção americana e não 
somente copiá-lo. Assim Eiji Toyoda, então presidente da Toyota Motor Company, 
percebeu que o sistema de produção americana poderia ser melhorado. 
Segundo Toyoda Kiichirõ (Apud Ohno, 1997), a Toyota precisaria alcançar os 
Estados Unidos em três anos, caso contrário, as indústrias automobilísticas japonesas 
não sobreviveriam. A Toyota precisava ser flexível e a partir dessa necessidade surgiu 
o conceito de Produção Enxuta, uma nova forma de pensar a organização e o 
mercado. 
 
2 Conceitos e características 
De acordo com Bateman; Snell (1998), a produção enxuta traduz-se em uma 
operação que é simultaneamente eficiente e eficaz, ou seja, ela busca atingir o nível 
máximo de produtividade e a qualidade total, eliminando as tarefas desnecessárias 
na produção, buscando a melhoria contínua. Numa operação enxuta, enfatizam-se 
mais a qualidade, velocidade e flexibilidade e menos sobre custo. Dependendo do 
estágio em que se encontra a produção, com a adoção do Sistema de Produção 
Enxuta, uma empresa pode produzir e distribuir produtos por menos da metade de 
esforço humano, espaço, ferramentas, tempo e custo geral. 
Segundo Ohno (1997), o Sistema Toyota de Produção foi criado por Eiji Toyoda 
e TaiichiOhno na década de 1950 buscando, principalmente, a eliminação de 
desperdícios com técnicas como: produção em pequenos lotes, redução de estoques, 
alto foco na qualidade, manutenção preventiva entre outras. A produção em pequenos 
lotes e a redução de estoques incentiva enormemente ações no sentido da redução 
do tempo de setup, um capacitor da produção puxada. 
Ohno (1997) ainda reforça que o Sistema Toyota de Produção (STP), significa 
um fluxo no processo de manufatura, adequando-se a uma sequencia do processo de 
fabricação. Neste sentido, ao invés de ocupar um colaborador por máquina, um o 
colaborador processa varias máquinas, melhorando assim, a produtividade da 
empresa. Utiliza o sistema kanban de forma a se realizar o Just in time, além de outras 
ferramentas como a autonomação e a produção flexível. Para Shingo (1996, p. 101), 
 
 
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“O Sistema Toyota de Produção é 80% eliminação das perdas, 15% sistema de 
produção e apenas 5 % o Kanban”. 
O modelo Toyota significa mais dependência das pessoas, que buscam a 
redução dos estoques, identificação e solução de problemas ocultos. Trata-se de uma 
cultura,muito mais do que um conjunto de técnicas para eficiência e melhoria. É um 
sistema aprimorado de produção em que todos contribuem para o todo. O foco inicial 
pode até estar na fábrica, mas os princípios do modelo Toyota são bem mais amplos, 
aplicando-se como um todo na empresa. (LIKER, 2005). 
Para Liker (2005), o modelo Toyota possui 14 princípios que são à base da 
cultura por trás do sistema. Eles podem ser divididos em quatro seções. 
 Seção l: Filosofia de longo prazo. As decisões devem sempre ser tomadas 
pensando em longo prazo, mesmo que no inicio os custos sejam maiores. 
 Seção ll: O processo certo produzirá os resultados certos. É necessário 
encontrar e corrigir os problemas, evitar a superprodução para não ocasionar 
os desperdícios, nivelar a carga de trabalho para não sobrecarregar os 
colaboradores, construir uma cultura de resolução de problemas, utilizar tarefas 
padronizadas para que se possa atingir a melhoria contínua, utilizar controle 
visual para evitar que algum problema fique oculto, utilizar somente tecnologia 
confiável e testada para atender os funcionários. 
 Seção lll: Valorização da organização através do desenvolvimento de seus 
funcionários e parceiros. Estimular os líderes a compreender e viver a filosofia 
da empresa, investir no desenvolvimento dos colaboradores em conjunto, pois 
o sucesso é baseado no coletivo e não no individuo, Manter uma relação 
saudável com fornecedores e parceiros, auxiliando-os no seu desenvolvimento. 
 Seção lV: A solução contínua de problemas na origem estimula a 
aprendizagem organizacional. Ver e compreender o processo para só assim 
definir o que deve ser melhorado, tomar decisões considerando todas as 
opções possíveis e implementá-las o mais rápido possível, buscar 
conhecimento todos os dias, analisar dificuldade e falhas buscando melhorar 
cada dia mais. 
 
2.1 Ferramentas do Sistema Toyota de Produção 
2.1.1 Autonomação 
 
 
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De Acordo com Ohno (1997) O Sistema Toyota de Produção utiliza 
autonomação, também conhecido como automação com um toque humano. Criado 
por Toyoda Sakichi, autonomação consiste em transferir a inteligência do homem para 
uma máquina. A invenção funcionava com um dispositivo com a capacidade de julgar 
automaticamente. Para o autor, na Toyota, o conceito é aplicado na maquinaria e na 
linha de produção, aos operários, para que quando surgisse uma situação fora do 
normal o operário deveria parar a linha imediatamente. 
Com essa ferramenta é possível impedir a fabricação de produtos defeituosos, 
eliminando a superprodução e em caso da ocorrência de alguma anormalidade, deve-
se acionar a parada imediata da linha de produção até que a situação seja investigada, 
segundo afirma Ohno (1997). 
 
2.1.2 Just in time 
De acordo com Hutchins (1993), o termo Just In Time é usado para indicar um 
processo que mostra a capacidade de responder rapidamente à demanda, sem 
necessidade de estoque adicional na expectativa futura e no resultado de ineficiência 
do processo. Desta forma, a principal meta do Just in Time é atingir o estoque zero, 
sem se limitar somente às empresas, atuando também através de toda uma cadeia 
de suprimento. 
A lógica das operações Just in Time (JIT) exige que subconjuntos e 
componentes sejam fabricados em lotes muito pequenos, e entregues ao próximo 
estágio do processo pontualmente. O JIT é uma filosofia implantada na empresa que 
enfatiza a eliminação de desperdícios em todas as operações e a melhoria contínua 
em todas as áreas, eliminando o estoque em excesso e reduzindo os custos, 
proporcionando níveis mais altos de qualidade, flexibilidade e serviço ao cliente. 
(BATEMAN; SNELL, 1998). 
 
2.1.3 Kanban 
Segundo Moura (1984), A palavra Kanban é definida como cartão, que tem 
como função autorizar o movimento de material ou sua produção. Genericamente é 
um sistema de controle de fluxo usado através de um cartão, onde a produção é 
comandada pela linha de montagem. As vantagens propostas por essa ferramenta 
 
 
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encontram-se na redução do tempo de espera e diminuição de estoque, melhorando 
a produtividade e interligando em fluxos iguais contínuos. 
 
Kanban é uma técnica japonesa de gestão de materiais e de produção 
no momento exato (Just in Time), que é controlado através do cartão 
(Kanban). O sistema Kanban é um método de “puxar” as necessidades 
de produtos acabados e, portanto, é oposto aos sistemas de produção 
tradicionais. É um sistema simples de autocontrole a novel de fábrica, 
independentemente de gestões paralelas e controle computacional. 
(MOURA, 1984, p. 29). 
 
2.1.4 Produção Flexível 
Bateman; Snell (1998) afirma que, a produção flexível proporciona uma maior 
variedade de produtos e de opções na produção, diferenciando-se das fábricas 
tradicionais, tendo lotes de produção menores, organizando-se em equipe de trabalho, 
de forma que facilite a proximidade das pessoas, encurtando as distancias de 
movimentação das peças, provocando a redução ou eliminação de tempo gasto na 
produção. A produção flexível utiliza uma programação local ou descentralizada, na 
qual as decisões são tomadas pelas pessoas que fazem o trabalho no chão da fábrica. 
 
2.1.5 Kaizen: Melhoria Continua 
De acordo com Laraia, Moody e Hall (2009), Kaizen pode ser traduzido como 
“melhoria contínua”, altamente exigida para a obtenção da Qualidade Total ou 
fabricação de classe internacional, que tem como objetivo produzir saltos de melhorias 
no desempenho em curto prazo, em áreas precisamente definidas, visando à 
eliminação de desperdícios em maquinário, trabalho ou métodos de produção. Os 
autores entendem que, uma equipe formada por pessoas especializadas na área 
abordada são selecionadas de um conjunto de disciplinas funcionais e treinadas por 
especialistas experientes na ferramenta kaizen necessárias ao trabalho, de forma que, 
com o suporte real da gerência, possam firmar a mudança. O trabalho da equipe 
envolve a aplicação de algumas ferramentas simples sobre mudanças numa 
abordagem direta e de comum acordo. 
Para esses mesmos autores o processo Kaizen de melhoria contínua é 
inteiramente baseado em ação e significa extremamente fazer e não apenas propor, 
encarregando as equipes de desenvolver e programar soluções de forma que criem 
processos ou mudem os processos existentes. Os resultados e regras do processo 
 
 
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kaizen podem variar de empresa para empresa, baseando-se nos seguintes princípios 
e conceitos: 
 Ter mente aberta; 
 Manter uma atitude positiva; 
 Rejeitar desculpas e procurar soluções; 
 Perguntar o Porquê? 
 Programar idéias imediatamente; 
 Fazer o que pode ser feito agora com os recursos em mãos; 
 Usar todo o conhecimento da equipe, pois, os especialistas são encontrados 
no chão da fábrica; 
 Negligenciar a hierarquia, de forma em que todos os membros da equipe 
sejam iguais, pois todos têm algo a contribuir; 
 Agir. 
 
3 Vantagens do Sistema Toyota de produção 
O sistema de produção atua comofator decisivo na hora de se obter vantagem 
competitiva perante seus concorrentes. De acordo com Slack (1993) para se alcançar 
esse objetivo é necessário atingir cinco vantagens: 
a) de qualidade: fazendo o certo; 
b) de velocidade: fazendo rápido; 
c) de confiabilidade: cumprindo prazos; 
d) de flexibilidade: mudando o que está sendo feito, se necessário; 
e) de custo: oferecer o produto mais barato. 
Slack (1993) aponta que para atingir a vantagem de qualidade, o Sistema 
Toyota de Produção trabalha com estoques mínimos utilizando o kanban, 
conseguindo assim, perceber as falhas do sistema produtivo, podendo reduzir os 
desperdícios, evitar a superprodução, alcançando uma eficiência operacional. Com 
uma diminuição dos erros no processo produtivo, ganha-se velocidade na produção, 
que alinhados a uma maior capacitação dos operadores, fazem com que conheçam 
todo o processo produtivo onde estão inseridos. 
Ainda com relação à vantagem de confiabilidade, Kunde (2009) aponta que 
com a utilização do Kanban, as falhas dos produtos podem ser encontradas antes que 
 
 
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os mesmos sejam entregues ao cliente, além da possibilidade da utilização de 
ferramentas padronizadas de melhorias da qualidade. 
Segundo Slack (1993) a característica de flexibilidade está relacionada com a 
capacidade da empresa em mudar rapidamente, se necessário, o processo produtivo. 
No sistema de produção enxuta devido à utilização de estoque mínimo proporciona-
se maior flexibilidade, caso precise interromper a produção de um determinado 
produto ou iniciar a produção de outro. 
Com relação à vantagem de custo, torna-se muito clara a vantagem de utilizar-
se o Sistema Toyota de Produção, a partir da diminuição de produtos defeituosos, da 
redução de setup’s, da diminuição de desperdícios, agregados a redução do estoque. 
Pode-se dizer que os custos cairão consideravelmente com a utilização da produção 
enxuta. As vantagens proporcionadas pelo Sistema de Produção Enxuta agregam 
qualidade ao produto e é isso que faz deste sistema um sucesso, pois permite aos 
seus gestores, sempre fazer melhor, na busca de atingir a “perfeição”. 
 
RESULTADOS 
 
Os princípios do Sistema Toyota de Produção (STP), ou também denominado 
Sistema de Produção Enxuta (SPE) podem ser implantados em qualquer sistema 
produtivo, apesar de ter sido criado e desenvolvido nas empresas automobilísticas 
(Antunes 2008). 
Antunes, 2008 elaborou um estudo aplicando o SPE em duas empresas de 
áreas distintas. Empresa A – Mina de Fluorita, empresa B – Indústria de utensílios 
domésticos termoplásticos; a Mina de Fluorita obteve resultados financeiros 
imediatos, já a Indústria de utensílios domésticos obteve um aumento significativo da 
capacidade instalada atendendo a demanda do mercado. Tais resultados 
demonstraram a eficiência da implementação do SPE. 
Nas pesquisas realizadas, observou-se que Junqueira, Santa Eulália e Oliveira, 
(apud NAZARENO, 2003) menciona a dificuldade das empresas em implementar o 
Sistema de Produção Enxuta e atingir os objetivos desejados, levando muitas 
empresas desistirem da implementação por não saberem como prosseguir e sustentar 
os resultados alcançados. Segundo o mesmo autor, estas dificuldades são 
provenientes das falhas e limitações em práticas, métodos e ferramentas, citando a 
falta de habilidade em tratar os aspectos físicos, a adaptação do mapeamento do fluxo 
 
 
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de valor para grande variedade de produto e a falta de implementação do estado 
futuro, em virtude do pouco conhecimento técnico da equipe para colocar em prática 
os princípios desta filosofia. 
O SPE tem se expandido mundialmente pelas empresas de manufatura, pelo 
fato de muitas organizações, que aplicaram este sistema, apresentarem ótimos 
resultados com a sua implementação o que gerou uma curiosidade natural de como 
aplicar tais princípios e ferramentas nas operações técnicas e de serviços (LIKER, 
2005). 
 
CONCLUSÃO 
Este trabalho proporcionou, através de uma pesquisa bibliográfica, uma reunião 
dos principais conceitos do Sistema Toyota de Produção. Foram apresentadas 
características observadas na teoria, sendo capaz de estabelecer relevantes análises 
sobre o tema. 
Na Produção Enxuta observa-se uma ênfase na determinação do que é valor, 
tendo a necessidade de reduzir desperdícios, por consequência os custos, procurando 
mantê-lo de forma contínua e puxada por parte do cliente final. Para que isso aconteça 
utiliza-se de ferramentas como, Kanban e JIT, entre outros. 
Por fim, pode-se concluir que a Produção Enxuta quando aplicada de forma 
correta, pode proporcionar efeitos positivos nas empresas. Há melhorias no processo 
produtivo, como redução de custos, redução de defeitos no sistema produtivo, maior 
agilidade do processo, proporcionando assim vantagem para a empresa perante os 
seus concorrentes. É necessário observar com cautela o sistema produtivo de uma 
empresa, porque as decisões ali tomadas podem definir se a empresa terá sucesso 
ou fracasso. O processo produtivo torna-se um aspecto importante que devem estar 
alinhadas com o planejamento estratégico da organização 
Conclui-se assim que o Sistema de Produção Enxuta, também conhecido como 
lean manufacturing, pode ser de extrema importância para o sucesso do 
empreendimento, devendo os gestores levar em consideração todas as possíveis 
variáveis positivas e negativas respeitando a individualidade de cada organização. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA 
 
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Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail: encontrocientifico@unisalesiano.edu.br 
10 
ANTUNES, Junico. Sistemas de Produção – Conceitos e praticas para projeto 
de gestão da produção enxuta. Bookman. Porto Alegre: 2008. 
BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração – Construindo Vantagem 
Competitiva. Atlas. São Paulo: 1998. 
HUTCHINS, David. Just in Time. Tradução: Sonia Maria Corrêa. Atlas. São Paulo: 
1993. 
JUNQUEIRA, Roberta P. SANTA EULÁLIA, Luís A. OLIVEIRA, Rodrigo M. Estudo 
comparativo sobre as experiências de implantação da manufatura enxuta em 
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maio, 2015. Disponível em: <www.gepros.feb.unesp.br/index. 
php/gepros/article/viewFile/18/16 > Acesso em: 26 de maio de 2015. 
KUNDE, W.G. Sistema de produção enxuta - um conceito ao alcance da 
pequena empresa. SEBRAE, São Paulo. 25 de agosto, 2009. Disponível em: 
<http://app.pr.sebrae.com.br/blogs/posts/gestaoproducao?c=307> Acesso em: 24 de 
maio de 2015. 
LARAIA, Anthony C. MOODY, Patrícia E. HALL, Robert W. KAIZEN BLITZ – 
Processo para Alcance da Melhoria Contínua nas Organizações. Leopardo. São 
Paulo: 2009. 
LIKER, Jeffrey K. O Modelo Toyota - 14 Princípios de gestão do maior fabricante 
do mundo. Bookman. Porto Alegre: 2005. 
MOURA, Reinaldo Aparecido. Sistema Kanban de manufatura “Just-In-Time”- 
Uma Introdução ás Técnicas de Manufaturas Japonesas. 2. Ed. IMAM. São 
Paulo: 1984. 
OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção – Além da Produção em Larga 
Escala. Tradução: Cristina Schumacher. Bookman. Porto Alegre: 1997. 
SHINGO, Shigeo. O Sistema Toyota de Produção –do Ponto de Vista da 
Engenharia de Produção. Tradução: Eduardo Schaan – 2. Ed. Bookman. Porto 
Alegre: Artmed, 1996. 
SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. Atlas. São Paulo, 1993. 
WOMACK, James P. JONES, Daniel T. ROOS, Daniel. A Máquina de mudou o 
mundo – Baseado no estudo Massachusetts Institute of Technology sobre o 
futuro do Automóvel. Elsevier. Rio de Janeiro: 2004.