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Dra. Carolina de Gouveia Mendes da Escóssia Pinheiro Outubro 2019 Universidade Federal Rural do Semi-Árido Inspeção de Produtos de Origem Animal Laboratório de Inspeção de produtos de Origem Animal Serviço de Inspeção Municipal – SIM Serviço de Inspeção Estadual – SIE Serviço de Inspeção Federal - SIF 2 Google Imagens, 2019 G o o g le Im ag en s, 2 0 19 Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SISBI-POA Cadastro Geral SISBI Serviços de Inspeção Estaduais (13 UF) Serviços de Inspeção Municipais (22 Municípios) 3 Google Imagens, 2019 4 https://www.youtube.com/watch?v=DGyMmmqGelU Vantagens da utilização do SA Comercialização interestadual de produtos; Diminuição da burocracia para registro e comercialização; Inspeção e fiscalização de natureza prioritariamente orientadora; Fácil identificação e reconhecimento por meio do selo único com a denominação ARTE. 5 Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 (BRASIL, 2017) DECRETO Nº 9.069, DE 31 DE MAIO DE 2017 Disciplina a fiscalização e a IISPOA Âmbito de atuação ▪ Estabelecimentos de POA – comércio interestadual e internacional ▪ DIPOA; SIF 6 PV- Industrial e sanitário, abrange: Inspeção ante mortem e post mortem dos animais Recepção; Manipulação; Beneficiamento Industrialização; Fracionamento; Conservação Acondicionamento; Embalagem; Rotulagem; Armazenamento; Expedição Trânsito de matéria-prima e POA 7 Google Imagens, 2019 IF – Caráter permanente Estab. de carnes e derivados ▪ abatem # espécies de açougue e de caça ▪ Répteis e anfíbios – permanente – durante o abate Estab. – IF caráter periódico 8 Google Imagens, 2019 IFIS de POA – Procedimentos Inspeção ante e post mortem das espécies animais; v Condições higiênico-sanitárias das instalações, dos equipamentos e do funcionamento do estabelecimento v Prática de higiene e dos hábitos higiênico pelos manipuladores de alimentos; v Programas de autocontrole dos estabelecimentos; v Rotulagem e dos processos tecnológicos dos POA, qto o atendimento à legislação Google Imagens, 2019 9 Google Imagens, 2019 Google Imagens, 2019 Google Imagens, 2019 IFIS de POA – Procedimentos Coleta de amostras para análises fiscais e avaliação dos resultados (variadas) Av. das info. Inerentes a prod. Primária com implicações na SA e SP Av. BEM-ESTAR dos animais destinados ao abate; v Água de abastecimento Fases de obtenção, receb., manip., benef., industr., fracion., cons., armaz., acondi., bem., rot., exp. E transporte de todos os produtos, comest. E não comest., e suas matérias-primas, com adição ou não de vegetais; 10 G o o g le Im ag en s, 2 0 19 IFIS de POA – Procedimentos Classif. De prod. E derivados, legislações; v Matérias-primas e dos produtos em trânsito ▪ portos, aerop., postos de fronteira, aduanas especiais e outros; v dos meios de transporte de animais vivos e prod derivados e suas m-p destinados à alimentação humana; Controle de resíduos e contaminantes em POA; Controle de rastreabilidade dos animais, das m-p, dos insumos, dos ingredientes e dos prod. Ao longo da cadeia produtiva; Certificação sanitária dos POA; OUTROS 11 IF- atribuição Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Med Veterinária Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de POA Cargos efetivos de ativ. técnicas de fiscal. Agropecuária. Carteira de identidade funcional – MAPA Livre acesso Autoridade policial 12 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos POA Comércio – SIF, classificados em: ▪ De carnes e derivados; ▪ De pescado e derivados; ▪ De ovos e derivados; ▪ De leite e derivados; ▪ De produtos de abelhas e derivados; ▪ De armazenagem; e ▪ De prod não comestíveis 13 Google Imagens, 2019 Carne e derivados Abatedouro frigorífico; Unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos Pescado e derivados Barco-fábrica; Abatedouro frigorífico de pescado; Unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado; Estação depuradora de moluscos bivalves 14 Ovos e derivados Granja avícola; Unidade de beneficiamento de ovos e derivados Leite e derivados Granja leiteira; Posto de refrigeração; Usina de beneficiamento; Fábrica de laticínios; Queijarias 15 Produtos de abelhas e derivados Unidade de extração e beneficiamento de produtos de abelhas; Entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e derivados 16 Armazenagem Entreposto de POA; Casa atacadista Produtos não comestíveis Unidade de beneficiamento de produtos não comestíveis 17 Estabelecimento – comércio Registrado DIPOA ou relacionado Sipoa na UF Solicitação de registro Termo de compromisso Plantas das respectivas construções; Memorial técnico sanitário do estabelecimento Documento registrado pela autoridade registrária competente ▪ vinculado ao endereço da unidade que se pretende registrar ou inscrição de produtor rural ou CPF 18 Diretor do DIPOA – Registro nº do registro Nome empresarial classificação Localização do estabelecimento 19 Relacionamento do estabelecimento Chefe do SIPOA na unidade da federação Emitirá o título de relacionamento ▪ Nº do relacionamento ▪ Nome empresarial ▪ Localização Qq modificação aprovação prévia do projeto 20 Registro e relacionamento > 6 meses – sem funcionamento– inspeção prévia Cancelamento ▪ 1 ano sem comércio ou interrompido o funcionamento ▪ Apreendida a rotulagem e recolhidos os materiais do SIF, documentos, lacres e carimbos oficiais. 21 Google Imagens, 2019 Estabelecimento – alugado ou arrendado 1º Transferência do registro e relacionamento junto ao SIF Prazo máx de 30 dias ▪ Cassado o registro ou o relacionamento Critérios de registro e regulamento 22 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns - particularidades: Localização em pontos distantes de fontes - cheiros e contaminantes; Terreno com área suficiente – circulação e fluxo de veículos de transporte; Área delimitada e suficiente – instalações industriais e demais dependências; Pátio e vias de circulação pavimentados e perímetro industrial - estado de conservação e limpeza; 23 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns - particularidades: Depend e instalações compatíveis com a finalidade do estabelecimento e apropriadas; Depend e instalações industriais de prod comestíveis separadas por paredes inteiras ///prod não comestíveis e daquelas não relacionadas a produção. Depend. e inst. – ARMAZENAGEM- de ingred, aditivos, coadj, embala, rotulag, materiais de higienização, produtos químicos e substâncias utilizadas no controle de pragas; 24 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades Ordenamento de inst, equip. - fluxo operacional e prevenir a contaminação cruzada; paredes e separações ▪ revestidas ou impermeabilizadas e construídas para facilitar a higienização; pé-direito com altura suficiente ▪ disposição adequada dos equipamentos ▪ condições higiênico-sanitárias e tecnológicas específicas para suas finalidades; 25 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades Forro - trabalhos de recepção, manipulação e preparo de matérias-primas e produtos comestíveis; Pisos ▪ impermeabilizados com material resistente e de fácil higienização Ralos de fácil higienização e sifonados; 26 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades Barreiras sanitárias - pias para a higienização de mãos nas áreas de produção; Janelas, portas e demais aberturas construídas e protegidas ▪ vetores e pragas e evitar o acúmulo de sujidades; Luz natural ou artificial e ventilação adequadas em todas as dependências; 27 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades equipamentos e utensílios ▪ resistentes à corrosão, de fácil higienização e atóxicos; equipamentos ou instrumentos - controle de processo de fabricação calibrados e aferidos; dependência para higienização de recipientes utilizados no transporte de matérias-primas e produtos; equipamentos e utensílios exclusivos para produtos não comestíveis e identificados na cor vermelha; 28 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades rede de abastecimento de água com instalações para armazenamento e distribuição, quando for o caso, instalações para tratamento de água; água potável nas áreas de produção industrial; rede diferenciada e identificada para água não potável, de forma que não ofereça risco de contaminação aos produtos; 29 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades rede de esgoto projetada e construída de forma a permitir a higienização dos pontos de coleta de resíduos; vestiários e sanitários em número proporcional ao quantitativo de funcionários; local para realização das refeições - legislação específica dos órgãos competentes; higienização dos uniformes - áreas de elaboração de produtos comestíveis ▪ local e equipamento adequados, ou serviço terceirizado ; 30 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades sede para o SIF - área administrativa, os vestiários e as instalações sanitárias; locais e equipamentos que possibilitem a realização das atividades de inspeção e de fiscalização sanitárias; água fria e quente nas dependências de manipulação e preparo de produtos; instalações de frio industrial e dispositivos de controle de temperatura nos equipamentos nas dependências de trabalho industrial; 31 Estabelecimentos de POA – condições básicas e comuns- particularidades instalações e equipamentos para recepção, armazenamento e expedição dos resíduos não comestíveis; local, equipamentos e utensílios destinados à realização de ensaios laboratoriais; gelo de fabricação própria ou adquirido de terceiros; dependência específica dotada de ar filtrado e pressão positiva; equipamentos apropriados para a produção de vapor; e laboratório adequadamente equipado, caso necessário para a garantia da qualidade e da inocuidade do produto. 32 Todas as etapas de fabricação dos POA sejam realizadas de forma higiênica produtos que atendam aos padrões de qualidade As instalações, os equipamentos e os utensílios dos estabelecimentos - Condições de higiene antes, durante e após a realização das atividades industriais. Os procedimentos de higienização programa eficaz e contínuo de controle integrado de pragas e vetores. controle químico - empresa especializada e por pessoal capacitado - MS. É proibida a presença de qualquer animal alheio ao processo industrial nos estabelecimentos elaboradores de POA 33 Atividades industriais - funcionários práticas de higiene pessoal e operacional uniformes apropriados e higienizados Área de manipulação ou processamento de produtos comestíveis uniforme na cor branca ou outra cor clara - contaminações. Proibidos o consumo, a guarda de alimentos e o depósito de produtos, roupas, objetos e materiais estranhos às ativ. industriais. fumar - manipulação ou ao depósito de matérias-primas, de POA e de seus insumos. 34 Google Imagens, 2019 Google Imagens, 2019 Funcionários que trabalhem ou circulem em áreas de manipulação não sejam portadores de doenças que possam ser veiculadas pelos alimentos. comprovação médica atualizada ▪ funcionários não apresentam doenças que os incompatibilizem com a fabricação de alimentos. constatação ou suspeita de que o manipulador - enfermidade ou problema de saúde - comprometer a inocuidade dos produtos - afastado das atividades. As instalações de recepção, os alojamentos de animais vivos e os depósitos de resíduos industriais devem ser higienizados regularmente e sempre que necessário. As matérias-primas, os insumos e os produtos devem ser mantidos em condições que previnam contaminações durante todas as etapas de elaboração recepção até a expedição, incluído o transporte. 35 Os reservatórios de água, fábricas de gelo e os silos utilizados para seu armazenamento protegidos de contaminação externa e higienizados regularmente É proibido residir nos edifícios onde são realizadas atividades industriais - POA Equipamentos de frio industrial - regularmente higienizados. Higienização dos recipientes, dos veículos transportadores de matérias-primas e produtos e dos vasilhames - devolução. Ambientes - risco imediato de contaminação utensílios e equipamentos ▪ obrigatória a existência de mecanismos que promovam a sanitização com água renovável à temperatura mínima de 82,2º C 36 Os responsáveis pelos estabelecimentos ficam obrigados a: I - atender ao disposto neste Decreto e em normas complementares; II - disponibilizar, pessoal para auxiliar a execução dos trabalhos de inspeção III - disponibilizar instalações, equipamentos e materiais julgados indispensáveis aos trabalhos de inspeção e fiscalização; IV - fornecer os dados estatísticos de interesse do SIF, alimentando o sistema informatizado do MAPA até o décimo dia útil de cada mês subsequente ao transcorrido e sempre que solicitado; V - manter atualizado os dados cadastrais de interesse do SIF, VI - comunicar ao SIF, com antecedência mínima 72horas, a realização de atividades de abate VII - fornecer material, utensílios e substâncias específicos para os trabalhos de coleta, acondicionamento, inviolabilidade e remessa das amostras fiscais aos laboratórios; 37 Os responsáveis pelos estabelecimentos ficam obrigados a: VIII - arcar com o custo das análises fiscais para atendimento de requisitos específicos de exportação ou de importação de produtos de origem animal; IX - manter locais apropriados para recepção e guarda de matérias-primas e de produtos sujeitos à reinspeção e para sequestro de matérias-primas e de produtos suspeitos ou destinados ao aproveitamento condicional; X - fornecer substâncias para desnaturação e descaracterização visual permanente de produtos condenados, quando não houver instalações para sua transformação imediata; XI - dispor de controle de temperaturas das matérias-primas, dos produtos, do ambiente e do processo tecnológico empregado, conforme estabelecido em normas complementares; 38 Os responsáveis pelos estabelecimentos ficam obrigadosa: XII - manter registros auditáveis da recepção de animais, matérias- primas e insumos, especificando procedência, quantidade e qualidade, controles do processo de fabricação, produtos fabricados, estoque, expedição e destino; XIII - manter equipe regularmente treinada e habilitada para execução das atividades do estabelecimento; XIV - garantir o acesso de representantes do SIF a todas as instalações do estabelecimento para a realização dos trabalhos de inspeção, fiscalização, supervisão, auditoria, coleta de amostras, verificação de documentos e XV - dispor de programa de recolhimento dos produtos por ele elaborados e eventualmente expedidos, quando for constatado desvio no controle de processo ou outra não conformidade que possa incorrer em risco à saúde ou aos interesses do consumidor; e 39 Os responsáveis pelos estabelecimentos ficam obrigados a: XVI - realizar os tratamentos de aproveitamento condicional ou a inutilização de produtos de origem animal em observância aos critérios de destinação – MAPA - mantendo registros auditáveis do tratamento realizado, principalmente nos casos em que a inutilização ou aproveitamento condicional não foi realizado na presença do SIF. ▪ § 1º Os materiais e os equipamentos necessários às atividades de inspeção fornecidos pelos estabelecimentos constituem patrimônio destes, mas ficarão à disposição e sob a responsabilidade do SIF local. ▪ § 2º No caso de cancelamento de registro, o estabelecimento ficará obrigado a inutilizar a rotulagem existente em estoque sob supervisão do SIF 40 Programas de autocontrole desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados e verificados contendo registros sistematizados e auditáveis Atendimento aos requisitos higiênico-sanitários e tecnológicos estabelecidos programas de autocontrole ▪ Bem-estar animal, quando aplicável, as BPF, o PPHO e a APPCC, ou outra ferramenta MAPA ▪ MAPA estabelecerá em normas complementares ▪ os procedimentos oficiais de verificação dos programas de autocontrole dos processos de produção Mecanismos de controle para assegurar a rastreabilidade das matérias-primas e dos produtos 41 Google Imagens, 2019 Estabelecimentos Apresentar toda documentação solicitada pelo SIF, responsável técnico na condução dos trabalhos de natureza higiênico- sanitária e tecnológica, cuja formação profissional deverá atender ao disposto em legislação específica. Estabelecimentos só podem expor à venda e distribuir produtos que: I - não representem risco à saúde pública; II - não tenham sido alterados ou fraudados; e III - tenham assegurada a rastreabilidade nas fases de obtenção, recepção, fabricação e de expedição. Estabelecimentos - providências necessárias Recolhimento de lotes de produtos que representem risco à saúde pública ou que tenham sido alterados ou fraudados. 42 MAPA desenvolverá programas de controle oficial - objetivo ▪ avaliar a inocuidade, a identidade ▪ a qualidade e a integridade dos produtos e de seus processos produtivos. contemplarão a coleta de amostras ▪ análises físicas, microbiológicas, físico- químicas, de biologia molecular, histológicas e demais 43 Google Imagens, 2019 A utilização de aditivos ou coadjuvantes de tecnologia Limites estabelecidos pelo órgão regulador da saúde e pelo MAPA, observado o que segue: 1º O uso de antissépticos, produtos químicos, extratos e infusões de plantas ou tinturas fica condicionado à aprovação prévia pelo órgão regulador da saúde e à autorização pelo DIPOA Sal e seus substitutivos, os condimentos e as especiarias empregados no preparo de POA ▪ isentos de substâncias estranhas à sua composição e devem atender à legislação específica. É proibido o reaproveitamento de sal, para produtos comestíveis, após seu uso em processos de salga. 44 SALMOURAS É proibido o emprego ▪ turvas, sujas, alcalinas, com cheiro amoniacal, fermentadas ou inadequadas por qualquer outra razão. É permitido o tratamento - recuperação de salmouras ▪ métodos - filtração por processo contínuo, pasteurização ou pelo uso de substâncias químicas autorizadas pelo órgão competente MAPA estabelecerá RTIQ para os POA regulamentos técnicos específicos para seus respectivos processos de fabricação. Contemplarão ▪ definição dos produtos, sua tecnologia de obtenção, os ingredientes autorizados, ▪ no que couber, os parâmetros microbiológicos, físico-químicos, requisitos de rotulagem e outros julgados necessários. 45 POA atender aos parâmetros e aos limites das análises submetidos ao processo de irradiação ▪ estabelecimentos que estejam devidamente regularizados nos órgãos competentes. Procedimentos rastreabilidade, registro e rotulagem dos produtos, responsabilidade quanto ao tratamento e comercialização – Normas 46 Google Imagens, 2019 DO REGISTRO DE PRODUTOS POA - País ou importado ▪ registrado DIPOA ▪ formulação, o processo de fabricação e o rótulo. ▪ renovado a cada dez ano Os produtos não regulamentados serão registrados mediante aprovação prévia pelo DIPOA. 47 No processo de solicitação de registro, devem constar: I - matérias-primas e ingredientes, com discriminação das quantidades e dos percentuais utilizados; II - descrição das etapas de recepção, de manipulação, de beneficiamento, de industrialização, de fracionamento, de conservação, de embalagem, de armazenamento e de transporte do produto; III - descrição dos métodos de controle realizados pelo estabelecimento para assegurar a identidade, a qualidade e a inocuidade do produto; e IV - relação dos programas de autocontrole implantados pelo estabelecimento. podem ser exigidas informações ou documentação complementares DIPOA 48 Permitida a fabricação de POA não previstos neste Decreto ou em normas complementares, desde que seu processo de fabricação e sua composição - aprovados DIPOA Nas solicitações de registro desses produtos - requisitos estabelecidos ▪ I - proposta de denominação de venda do produto; ▪ II - especificação dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos do produto, seus requisitos de identidade e de qualidade e seus métodos de avaliação da conformidade; ▪ III - informações acerca do histórico do produto, quando existentes; ▪ IV - embasamento em legislação nacional ou internacional, quando existentes; e ▪ V - literatura técnico-científica relacionada à fabricação do produto. 49 DIPOA julgará a pertinência dos pedidos de registro considerados: I - a segurança e a inocuidade do produto; II - os requisitos de identidade e de qualidade propostos, com vistas a preservar os interesses dos consumidores; e III - a existência de métodos validados de avaliação da conformidade do produto final. 50 As informações - registro do produto devem corresponder exatamente aos procedimentos realizados pelo estabelecimento. Todos os ingredientes, os aditivos e os coadjuvantes de tecnologia - sua composição e seus percentuais. Nenhuma modificação na formulação, no processo de fabricação ou no rótulo pode ser realizada sem prévia atualização do registro no DIPOA Os procedimentos para o registro do produto e seu cancelamento serão estabelecidos em norma complementar - MAPA Para efeito de registro, MAPA disponibilizará sistema informatizado específico. O registro será cancelado quando houver descumprimento do disposto na legislação. 51 POA embalados em recipientes ▪ Proteção (característicasdo produto X condições de armazenamento e transporte). É permitida a utilização de embalagem diferente dos padrões tradicionais produtos destinados ao comércio internacional, atendimento à legislação do país importador. 52 Google Imagens, 2019 É permitida reutilização de recipientes para o envase ou o acondicionamento de produtos e de matérias-primas utilizadas na alimentação humana quando íntegros e higienizados, a critério do SIF. É proibida reutilização de recipientes empregados no acondicionamento de produtos ou de matérias-primas de uso não comestível para o envase ou o acondicionamento de produtos comestíveis. 53 Google Imagens, 2019 Rótulo resistente às condições de armazenamento e de transporte dos produtos quando em contato direto com o produto ▪ material utilizado em sua confecção deve ser previamente autorizado pelo MS. Informações visíveis, com caracteres legíveis, em cor contrastante com o fundo e indeléveis identificação - rastreabilidade dos produtos. 54 G o o g le Im ag en s, 2 0 19 Rótulos devem conter: nome do produto; nome empresarial e endereço do estabelecimento produtor; nome empresarial e endereço do importador, no caso de produto de origem animal importado; carimbo oficial do SIF; CNPJ ou CPF, nos casos em que couber; marca comercial do produto, quando houver; data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote; lista de ingredientes e aditivos; indicação do número de registro do produto no DIPOA; identificação do país de origem; instruções sobre a conservação do produto; indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competente; e instruções sobre o preparo e o uso do produto, quando necessário. 55 Fabricação e o prazo de validade dia, mês e ano, e a identificação do lote impressos, gravados ou declarados por meio de carimbo Nos rótulos, podem constar referências a prêmios ou a menções honrosas, desde que devidamente comprovadas as suas concessões. Na composição de marcas, é permitido o emprego de desenhos alusivos a elas. 56 Rótulos dos POA não podem destacar a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ▪ exceto nos casos previstos em legislação específica. não podem indicar propriedades medicinais ou terapêuticas. O uso de alegações de propriedade funcional ou de saúde em produtos de origem animal previamente aprovado pelo órgão regulador da saúde, atendendo aos critérios estabelecidos em legislação específica. 57 Carimbo de inspeção marca oficial do SIF O carimbo deve conter: 58 Google Imagens, 2019 Pode ser dispensado “Ministério da Agricultura” ▪ carimbos forem gravados em relevo em vidros, latas, plásticos termo-moldáveis, lacres e os apostos em carcaças. Embalagens pequenas superfície visível para rotulagem ≤ 10 cm² o carimbo - não destaque ▪ relação aos demais dizeres constantes no rótulo. Irregularidades nos carimbos Inutilizados pelo SIF 59 Google Imagens, 2019 Tipos de carimbos para carcaça ou quartos de bovídeos, de equídeos e de ratitas em condições de consumo em natureza, aplicado sobre as carcaças ou sobre os quartos das carcaças; 60 para carcaças de suídeos, de ovinos e de caprinos em condições de consumo em natureza, aplicado sobre as carcaças ou sobre as quartos das carcaças; 61 uso: para rótulos ou etiquetas de produtos de origem animal utilizados na alimentação humana 62 uso: para rótulos, etiquetas ou sacarias de produtos não comestíveis 63 • Modelo 4 Modelo 5 uso: para carcaças ou partes condenadas de carcaças; 64 Modelo 6 verticalmente as letras “E”, “S” ou “C” com altura de 5cm “TF” ou “FC” com altura de 2,5cm para cada letra; uso: para carcaças ou partes de carcaças destinadas ao preparo de produtos submetidos aos processos de esterilização pelo calor (E), de salga (S), de cozimento (C), de tratamento pelo frio (TF) ou de fusão pelo calor (FC); e 65 Modelo 7 uso: em lacres utilizados no fechamento e na identificação de contentores e meios de transporte de matérias-primas e produtos que necessitem de certificação sanitária, de amostras de coletas fiscais e nas ações fiscais de interdição de equipamentos, de dependências e de estabelecimentos, podendo ser de material plástico ou metálico. 66 Metodologias analíticas padronizadas e validadas pela autoridade competente do MAPA Análises fiscais coletada amostra em triplicata ▪ laboratório da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários ▪ demais – contraprova ▪ responsável pelo produto X outra amostra mantida em poder do laboratório ou do SIF local. É de responsabilidade do detentor ou do responsável pelo produto conservação de sua amostra de contraprova, de modo a garantir a sua integridade física. 67 Não devem ser coletadas amostras fiscais em triplicata quando a quantidade ou a natureza do produto não permitirem; o produto apresentar prazo de validade exíguo, sem que haja tempo hábil para a realização da análise de contraprova; tratar-se de análises fiscais realizadas durante os procedimentos de rotina de inspeção oficial; e forem destinadas à realização de análises microbiológicas, por ser considerada impertinente a análise de contraprova nestes casos. 68 Google Imagens, 2019 Estabelecimento Controle de seu processo produtivo ▪ Análises físicas, microbiológicas, físico-químicas, de biologia molecular, histológicas e demais ▪ Prevista em seu programa de autocontrole ▪ Dispondo de evidências auditáveis que comprovem a efetiva realização do referido controle. 69 Procedimentos de coleta, de acondicionamento e de remessa de amostras para análises fiscais, bem como sua frequência MAPA em normas complementares. Estabelecimentos custos das análises fiscais laboratórios credenciados - atendimento aos programas nacionais ▪ desde que sejam cientificados no momento da coleta das amostras e manifestem sua concordância expressa. 70 POA - podem ser reinspecionados - antes de sua liberação para o comércio interestadual ou internacional A reinspeção dos produtos deve ser realizada em local ou em instalação que preserve as condições sanitárias dos produtos. verificação das condições de integridade das embalagens, dos envoltórios e dos recipientes; rotulagem, as marcas oficiais de inspeção e as datas de fabricação e de validade; avaliação das características sensoriais, quando couber; coleta de amostras para análises físicas, microbiológicas, físico-químicas, de biologia molecular e histológicas, quando couber; documento sanitário de trânsito, quando couber; condições de manutenção e de higiene do veículo transportador e o funcionamento do equipamento de geração de frio, quando couber; e número e a integridade do lacre do SIF de origem ou do correspondente serviço oficial de controle do estabelecimento de procedência, no caso de produtos importados, quando couber. 71 Transporte matérias-primas e POA Integridade e a permitir sua conservação Os veículos, os contentores ou os compartimentos ▪ higienizados e desinfetados antes e após o transporte. Produtos frigorificados ▪ isolamento térmico ▪quando necessário, de equipamento gerador de frio ▪ instrumento de controle de temperatura É proibido o transporte de pescado fresco a granel- espécies de grande tamanho 72 Google Imagens, 2019 Matérias-primas e POA procedentes de estabelecimentos nacionais trânsito por portos, aeroportos, postos de fronteira ou aduanas especiais ▪ controle oficial, podendo ser fiscalizados ou reinspecionados, ainda que se destinem ao comércio interestadual Importação de matérias-primas e de POA somente deve ser autorizada quando: procederem de países cujo sistema de inspeção sanitária foi avaliado ou reconhecido como equivalente pelo DIPOA; procederem de estabelecimentos habilitados à exportação para o Brasil; estiverem previamente registrados pelo DIPOA; estiverem rotulados de acordo com a legislação específica; e vierem acompanhados de certificado sanitário expedido por autoridade competente do país de origem, nos termos acordados bilateralmente. 73 Os certificados sanitários nacionais ou internacionais e as guias de trânsito, emitidos para os POA, inclusive os destinados a provedoria de bordo, devem atender aos modelos estabelecidos pelo DIPOA Comércio internacional, quando redigidos em língua estrangeira, devem ser traduzidos em vernáculo. devem ser assinados por Auditor Fiscal Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária. Ao solicitar a emissão de certificado sanitário - comércio internacional ▪ estabelecimento deve apresentar comprovação de que o produto a ser certificado atende aos requisitos do país importador, quando houver. É obrigatória a emissão de certificação sanitária para o trânsito de matérias-primas ou de produtos de origem animal, exceções de acordo com o MAPA destinados ao aproveitamento condicional ou à condenação. 74 DAS RESPONSABILIDADES, DAS MEDIDAS CAUTELARES, DAS INFRAÇÕES, DAS PENALIDADES E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 75 O DIPOA e o órgão regulador da saúde devem atuar em conjunto para a definição de procedimentos de inspeção e fiscalização de produtos alimentícios que contenham produtos de origem animal em diferentes proporções e que não permitam seu enquadramento clássico como um produto de origem animal, a fim de assegurar a identidade, a qualidade e os interesses dos consumidores. Atuação conjunta nos procedimentos de importação ou exportação dos produtos alimentícios e de certificação sanitária internacional destes produtos. Os rótulos de produtos importados já registrados em língua estrangeira que utilizam etiquetas adesivas com tradução em vernáculo das informações obrigatórias podem ser utilizados até o final da validade de seu registro. 76 MAPA poderá adotar procedimentos complementares de inspeção e fiscalização decorrentes da existência ou da suspeita de: doenças, exóticas ou não; surtos; ou quaisquer outros eventos que possam comprometer a saúde pública e a saúde animal. 77 Dra. Carolina de Gouveia Mendes da Escóssia Pinheiro Outubro 2019 Universidade Federal Rural do Semi-Árido Inspeção de Produtos de Origem Animal Laboratório de Inspeção de produtos de Origem Animal