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Lei de Licitações: Crimes e Irregularidades

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
JEFFERSON DE LIMA
 
 
 
LEI DE LICITAÇÕES: UM ESTUDO CRÍTICO DOS CRIMES DA LEI 8.666/93
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinop – MT
2017
JEFFERSON DE LIMA
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE LICITAÇÕES: UM ESTUDO CRÍTICO DOS CRIMES DA LEI 8.666/93
Trabalho apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso, para obtenção de nota parcial na disciplina de Contabilidade Pública I, sob orientação do docente Renilton Lopes de Morais. 
 
 
 
 
 Sinop – MT
2017
SUMARIO
RESUMO
O presente trabalho num primeiro momento aborda o instituto da licitação e diversos aspectos relacionados ao mesmo. Em seguida, traz o estudo referente à casos de crimes do processo de licitação. Na sequência, foi feita uma rápida abordagem dos crimes contra n. 8.666/93 e o enfoque foi no que tange normas gerais no setor público, tema de grande importância em face da necessidade de melhor compreensão das ferramentas de alcance da sociedade para o efetivo controle dos recursos públicos. A metodologia utilizada foi exploratória na Lei Federal 8.666/93, em informativos da área, vinculados ao estudo.
Foi possível concluir que o dever de licitar na Administração Pública é regra, com a finalidade de possibilitar a fiscalização da aplicação das verbas públicas, visando ao bem da coletividade.
PALAVRAS-CHAVE: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CRIMES, LICITAÇÃO
ABSTRACT
The present work first deals with the bidding institute and several aspects related to it. Next, it brings the study regarding the cases of crimes of the bidding process. A quick approach was then taken to crimes against persons. 8,666 / 93 and the focus was on General rules in the public sector, a subject of great importance in the face of the need to better understand the tools of society's reach for effective control of public resources. The methodology used was exploratory in Federal Law 8.666 / 93, in information of the area, linked to the study.
It was possible to conclude that the duty to tender in the Public Administration is a rule, with the purpose of enabling the fiscalization of the application of public funds, aiming for the good of the community.
KEYWORDS: PUBLIC ADMINISTRATION, CRIMES, BIDDING
1. INTRODUÇÃO
Em regra a licitação é indispensável a prova da sua vantagem para a administração pública a fim de assegurar a igualdade de ensejo a todos os interessados, e a honradez da administração. 
Em atenção ao disposto nos artigos 89 a 98 da Lei n. 8.666/93, lei de licitações dos crimes e das penas, e o art. 99 que a eles é correlatos, é uma lei que prevê crimes contra os procedimentos licitatórios, desta forma é fundamental ter conhecimento sobre estes crimes. Portanto, deverá precaver de uma série de questão para que os atos de administração não possam caracterizar prejuízo ao patrimônio público mediante desfalque, haja vista, que muitos dos problemas dos desvios de dinheiro público, de movimentações vem de processos licitatórios inadequados, além da analíse do processo de licitação deve-se analisar a execução contratual, como este contrato será realizado de modo a obter os melhores serviços, e ou da entrega do produto que foi acordado. 
Logo, resta inegável admitir que ainda ocorrem muitas fraudes em Licitações Públicas, mesmo existindo leis e instrumentos de fiscalização, neste caso, acarreta crimes contra a lei 8,666/ 93. Por conseguinte, a carência de informações sofrida por parte da população quanto à possibilidade de fiscalizar contratações públicas, contribui para o aumento da inobservância das regras pertinentes às Licitações Públicas por aqueles que as realizam. Contudo, o procedimento licitatório não vem sendo feito de maneira idônea, conforme o previsto na lei, bem pelo contrário cada vez mais vem ocorrendo irregularidades nos procedimentos licitatórios. 
Diante ao exposto, este estudo busca analisar crimes que prejudicam os dispostos previsto no art. 89 a 98 da Lei nº. 8.666/93.
2. OBJETIVO DE LICITAÇÃO
Garantir a isonomia: garantir que todos tenham direito de participar do processo licitatório em condições iguais.
Seleção da proposta mais vantasoja: garantir para o estado a oportunidade de escolher a proposta que mais benefícios fornecerá ao cidadão.
Promoção do desenvolvimento nacional sustentável: garantir que o processo licitatório sempre possa proporcionar a oportunidade de gerar desenvolvimento econômico no país, inclusíve incentivar as empresas nacionais.
É diante destes objetivos que a Administração Pública caracteriza-se por ter um papel fundamental na sociedade que é o de atender aos interesses e aos anseios de toda a coletividade.
3. DO PROCESSO DE LICITAÇÃO
 Licitação é um processo complexo, em lei a obrigatoriedade dos licitantes e licitados seguir procedimentos e princípios, para que se atenda os interesses da sociedade realizando aquisições e contratações por meio da licitação, não raras são às vezes que este procedimento é prejudicado pela conduta destes que agem de má-fé, com a intenção de se beneficiar em detrimento do interesse público. 
3.1. Conceito de licitação
O termo licitação, segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, deriva do latim licitat?o,?nis = venda em leilão (HOUAISS, 2001).
Portanto, em decorrência da crescente demanda de bens, obras, serviços em todo o país, entes Públicos são obrigados adotar procedimento rigorosamente determinado e preestabelecido de acordo com a lei quando compram, locam ou nas alienações de bens públicos ou quando contratam prestação em serviços, salvo nos casos de inexibilidade ou dispesa de licitação ou em outros casos específicos em lei, assim uma das formas utilizada pela Administração Pública que garantam a aplicação eficiente e transparente dos recursos disponíveis é a adoção do procedimento administrativo de licitação. 
Segundo, Filho, Justen (2014,) a licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos visando a seleção da proposta de contratação mais vantajosa e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, com observância do princípio da isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica. 
3.2. Campo de Aplicação
Neste estudo que propusermos, veja que as compras públicas no Brasil movimentam cerca de 10% do PIB (MOURA, 2012), haja vista, que em 2017, o mercado financeiro elevou a previsão de um crescimento de 0,48% para 0,49% de alta (Martello, 2017), assim demonstra o grande poder de compra e contratação da Administração Pública. Um grande e bom exemplo no tocante ao tema em comento é a fundamental importância quanto a realização licitatória de compras e serviços da forma mais isonômica e transparente possível. 
Assim, tendo em vista o conhecimento do procedimento licitatório e delimitação do campo de aplicação, ocorre-nos, entretanto, verificar em que aspectos cabe o papel de atentos observadores no intercorrer no campo de crimes contra licitação. 
3.2.1. Banco de Avaliação
A Lei nº 8.666/93, trazem, em seu teor, os princípios norteadores da atividade exercida pelos administradores durante o certame público. Nessa linha de pensamento tal colocação passará antes pela análise à luz de princípios, tais como: legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Legalidade: Sejam cumpridas as determinações da Lei que encontra explicitação no artigo 4° da Lei 8.666/93, segundo o qual:
Art.4°. todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o artigo 1° tem direito público subjetivo à fielobservância do pertinente procedimento estabelecido nesta Lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
 b) Impessoalidade: Não pode ser utilizada para gerar beneficíos particulares e sim satisfazer o cidadão.
 c) Moralidade: os atos tem que ser orientado pela ética e os costumos normatizados.
 d) Igualdade: a não observância do não estabelecimento de privilégios ou discriminações, corresponde a desvio de poder, podendo ser claramente visualizado no art. 90 da Lei n. 8.666/93.
Art. 90.  Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.
 e) Publicidade: Maior divulgação, salvo das propostas desde a abertura do certame até a contratação. Não há licitação sigilosa (Lei n. 8.666/93, arts. 3º, § 3º, e 43, § 1º).
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
§ 3o  A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Art. 43.  A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos.
§ 1o  A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.
 f) Probidade Administrativa: consiste no dever de o ‘funcionário servir a Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer’
 g) Vinculação ao Instrumento Convocatório: o artigo 41 da Lei 8.666/93, disciplina Princípio da vinculação ao instrumento convocatório, vejamos: 
“Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
 h) Julgamento Objetivo: as regras de julgamento devem ser prévias e objetivas, claras e induvidosas.
Conforme define a Lei n.º 8.666/93, Art. 45. 
O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Como visto, cada um desses princípios deve ser cumprido para que as verbas públicas sejam bem aplicadas em prol do interesse comum, sob pena, de responsabilização. 
3.3. Modalidades de licitação
As modalidades listadas nos cinco incisos do artigo 22 da Lei n.º 8.666/93, de 21 de junho de 1993, são concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. A Lei n. 10.520, de 17 de julho de 2002, incluiu a modalidade denominada “pregão” no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Gasparini, 2007). No entanto, a lei n.º 8.666/93 estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos, e pode ser obrigatória em razão da natureza ou do valor do contrato pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações. 
Para entendimento, modalidades de licitação são procedimentos para a realização da licitação, os ritos previsto em lei para o desenvolvimento desse processo de seleção de um fornecedor necessáriamente são as formas pelas quais desenvolve a sequência de atos para definir com quem a Administração celebrará o contrato. 
3.3.1. Concorrência
Dessa modalidade podem participar todos os interessados desde que na fase preliminar de habilitação comprovem ter os requisitos necessários de qualificação fixados no edital para executar a licitação. É a modalidade obrigatória para a contatação de objetos de grande vulto econômico.
3.3.2. Tomada de Preços
Essa modalidade é vista como de vulto intermediario, ou seja, menos complexa, do que a modalidade concorrência e não é aberta a todos os interessados e devem estar previamente cadastrados.
3.3.3. Convite
O convite é a modalidade de licitação utilizada para contratações de menor valor. Esta modalidade se destina a interessados que pertençam a ramo de atividade pertinente ao objeto a ser licitado, porém não é aberto a todos os interressados que poderão ou não ser cadastrados no órgão que promover o certame, tendo como principal exigência o convite feito pela Administração.
3.3.4. Concurso
Qualquer pessoa interessada pode participar dessa modalidade de concurso, desde que atenda às exigências do edital. Destina-se a selecionar pessoas a fim de executar trabalhos que exijam capacidades especiais, a exemplo de um trabalho técnico, científico, um projeto de arquitetura ou de arte. Envolve a instituição de prêmios ou remuneração para os vencedores.
3.3.5. Leilão
A modalidade de licitação Leilão, está conceituada na Lei de Licitações. É considerado vencedor do leilão aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, e pode ser realizado por leiloeiro oficial ou por servidor designado pela Administração.
3.3.6. Pregão
O pregão é uma modalidade de uso facultativo destinada à contratação de bens e serviços comuns, ou seja, simples, ordinários, rotineiros, fatores que são levados em consideração nesta modalidade, e não o valor da contratação, contrato este que não possuí limites de valores e a Administração decide se ira usar a modalidade pregão ou não.
3.4. Tipos de licitação
	Tipo de licitação são criterios de decretação do vencedor, cada edital define os critérios para estabelecer qual sera o vencedor. Os tipos de licitação estão descritos nos incisos I a IV do parágrafo 1.º do artigo 45 da Lei n.º 8.666/93: 
§ 1.º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei n.º 8.883, de 1994)
 I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; 
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço. 
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei n.º 8.883, de 1994). 
A licitação de menor preço cujo critério de seleção é o da proposta mais vantajosa para a Administração. É utilizado para compras e serviços de modo geral e para contratação e bens e serviços de informática, nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. Na licitação de melhor técnica, é o tipo de licitação cuja proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com base em fatores de ordem técnica, atendendo às especificações e o preço negociado pela administração.
Nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso, utiliza-se a licitação de maior lance ou oferta, uma vez que a administração precisa receber o mais alto valor possível para os bens e serviços a ser vendidos ou postos à disposição de terceiros. 
4. DOS CRIMES ABORDADOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO PROCESSO DE LICITAÇÃO
A principio, vale ressaltar a verdadeira razão para se criar regras penais, noutro dizer, primeiro pelo que impliquem em atentado aos princípios de Administração pública, bem como para atos que possam, em tese, caracterizarilícito penal descrito no Código Penal e nos artigos 89 a 98 da Lei n. 8.666/93, a qual dispõe sobre os procedimentos de licitações e contratos administrativos, no âmbito do poder público federal, estadual, municipal e distrital. 
No que tange às disposições relativas à garantia de transparência das licitações, a lei 8.666/93 determina:
 “Art.7 ... § 8o Qualquer cidadão poderá requerer à Administração Pública os quantitativos das obras e preços unitários de determinada obra executada.” (Lei 8.666/93) 
“Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.” (Lei 8.666/93) 
“Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.” (Lei 8.666/93)
A lei ainda prevê penalidades para quem fraudar os preços ou o processo competitivo nas licitações:
“Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:
 I - elevando arbitrariamente os preços; 
II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada; 
III - entregando uma mercadoria por outra; 
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida; 
V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução do contrato: 
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.” (Lei 8.666/93)
À vista de tudo isso, averígua-se que maior parte das condutas criminosas praticadas por agentes públicos e por	e por aqueles envolvidos nos procedimentos licitatórios e nas contratações com a Administração, no tocante a lei tenha muitos dispositivos para que o processo licitatório ocorra de forma transparente e são tipificadas no nosso código penal brasileiro, no título que trata dos crimes contra a Administração Pública.
Neste particular, por todos, vale remomorar a lição de Bitencourt,para quem:
(...) determinados crimes requerem um agir com ânimo, finalidade ou intenção adicional de obter um resultado ulterior ou uma ulterior atividade, distintos da realizacão do tipo penal. Trata-se, portanto, de uma finbalidade ou ânimo que vai além da simples realização do tipo. As intenções especiais integram a estrutura subjetiva de determinados tipos penais, exigindo do autor a persecução de um objetivo compreendido no tipo, mas que não precisa ser alcançado efetivamente.
Desse jeito, constatam Petrelluzzi e Rizek Junior (2014) que a percepção de vantagem é um fenômeno que se faz presente em toda a história da humanidade. Desde os tempos remotos há a notícia da prática de uso indevido do poder para a obtenção de vantagens pessoais.
5. CASOS DE IRREGULARIDADES CONTRA A LEI 8.666/93
Ao impor o processo licitatório na aquisição de mercadorias e contratação de serviços pela administração pública, a lei prevê a obrigatoriedade dos licitantes e licitadas seguir procedimentos e princípios, para que se atenda os interesses da sociedade e não raras são às vezes que este procedimento é prejudicado pela conduta destes que agem de má-fé, com a intenção de se beneficiar em detrimento do interesse público.
Exemplificando o que acima se disse, insta nesse momento comentar-se situação levada até o Ministério Público do Estado da Bahia. Trata-se da atuação de organização criminosa de licitações públicas, composta por agentes públicos, afim de fraudar procedimentos licitatórios, possibilitando a apropriação de recursos públicos. Desta feita, de acordo DE Freitas, (2016) e o MP busca desarticular a organização criminosa envolvida com a prática de fraudes em licitações em Salvador e interior do estado.
A ação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do MP (Gaeco), com o apoio do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco) e do Centro de Operações Especiais (COE), da Polícia Civil.
Segundo o MP-BA, os alvos da operação são empresas, cujos nomes não foram divulgados, que atuam no ramo de impressos gráficos. As companhias formaram um "cartel" para vencerem licitações em órgãos públicos estaduais e municipais, de acordo com a investigação. A promotoria não divulgou quais os órgãos envolvidos. 
Conforme as investigações, o grupo criminoso atua há anos na capital e no interior da Bahia, vencendo licitações com preços superfaturados em diversos órgãos. O superfaturamento, conforme o MP, é de cerca de 20% do valor do serviço. A estimativa é de que milhões de reais já foram retirados dos cofres públicos por conta das fraudes.
Nesse artigo, acabada a análise de crimes contra a administração pública no âmbito das Licitações, bem como, caracterizar ilícito penal descrito no Código Penal e nos artigos 89 a 98 da Lei n. 8.666/93. Os agentes públicos, por lidarem com recursos públicos, devem agir de forma impessoal e moral na condução desse importante instrumento, buscando sempre a transparência e honestidade na sua realização.
6. RESULTADO 
Ante ao que foi abordado, sabe-se que, para poder alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, fazer concessões, permissões de obra, serviço ou de uso exclusivo de bem público, a Administração deve obedecer a um procedimento constitucionalmente garantido, que é a licitação. 
Em razão desses parâmetros, surge o objeto do estudo realizado, aos crimes de licitação, e ainda verificou-se que as leis que regem a transparência são de vital importância para a garantia de contratos justos em todas as esferas da administração pública, por meio de processos licitatórios.
7. CONCLUSÃO
À luz das razões expendidas, conclui-se que há dispositivos legais, normativos e regulamentares que podem e devem ser utilizados para assegurar a qualidade das obras públicas, outrum, verificou-se no disposto nos artigos 89 a 98 da Lei n. 8.666/93 que regem dos crimes e das penas é de vital importância para a garantia de contratos justos em todas as esferas da administração pública, por meio de processos licitatórios.
 
8. REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Direito Penal das Licitações. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993 
DE FREITAS, Lauro. O papel das compras públicas sustentáveis na economia verde. Disponível em:
<http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/11/operacao-na-ba-desarticula-cartel-de-empresas-que-fraudavam-licitacoes.html>. Acesso em: 17 jul. 2017.
DE Moura, Adriana Maria Magalhães. O papel das compras pública sustentáveis na economia verde. Disponível em: 
<http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2746:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 26 Jul. 2017.
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva 2010
HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva: Instituto Antônio Houaiss deLexicografia, 2001.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. 
Martello, A. Mercado sobe previsão para o crescimento do PIB em 2017 e 2018. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/mercado-sobe-previsao-para-o-crescimento-do-pib-em-2017-e-2018.ghtml>. Acesso em: 24 jul. 2017.
PETRELUZZI, M. V.; JUNIOR RIZEK, R. N.. Lei Anticorrupção: origens, comentários e análise da legislação correlata. São Paulo, Saraiva, 2014.

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