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resenha critica dermeval saviani

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Resumo reflexivo: artigo compromisso e luta por uma pedagogia para além do capital – Dermeval Saviani
Partindo pelo pressuposto de que Saviani é um socialista, ferrenho lutador na causa de uma sociedade mais igualitária, e buscando sempre, a universalização dos conhecimentos igualitários para todas as camadas das classes sociais, pois como a égide do capital tem por sua base, a fragmentação do desenvolvimento de um educação de qualidade e por si própria possa abrangir toda potencialidade de um ensino-aprendizagem,e um conhecimento totalizador, Saviani mostra, que a pedagogia histórico-crítica, serve de ferramenta de reflexão crítica, contra a vara que rege todo o sistema político-educacional alienado e tradicionalista da nossa sociedade e que por sua vez torna a educação abrupta e desigualitária. 
Dermeval ainda afirma que “quando mais se falou em democracia no interior da escola, menos democrática foi a escola; e de como, quando menos se falou em democracia, mais a escola esteve articulada com a construção de uma ordem democrática. Saviani parece que puxa propositadamente a vara para o lado oposto, na esperança desta vir para o centro, que não é nem a Escola Tradicional, nem a Escola Nova, mas sim no da valorização dos conteúdos, que remetem a uma pedagogia revolucionária. Partindo-se da crítica à pedagogia tradicional, Saviani defende uma pedagogia ativa, centralizada na troca de conhecimentos e na iniciativa dos alunos. Com as propostas do escolanovismo (métodos sofisticados, escolas bem equipadas, etc), seria válido adaptá-las às camadas populares, nas quais são maiores as dificuldades de aprendizagem.
O povo busca o acesso às escolas, ao contrário dos que já se beneficiaram dela. A escola será valorizada a partir de uma pedagogia articulada com os interesses do povo. Nessa escola para o povo, os métodos ultrapassariam os métodos tradicionais e novos. Levariam em conta os interesses dos alunos em primeiro lugar, porém sem abrir mão da iniciativa do professor. Tais métodos não seriam ecléticos, mas sim manteriam continuamente presente a vinculação entre educação e sociedade, onde o ponto de partida do ensino seria a prática social, fazendo-se necessário transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade igualitária.
Saviani, com toda aquela sua criticidade pós-mordenista, põe em evidência que a classe do erudito, detém o conhecimento e o próprio sistema político-educacional, exclui a classe popular, colocando os métodos e os meios sociais como agentes mais eficazes na transformação da educação. Com isso Saviani mostra que a teoria pedagógica histórico-crítica foi criada partindo do pressuposto de que é viável, mesmo em uma sociedade capitalista, uma educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe erudita.
Segundo Saviani, a Pedagogia Histórico-Crítica, embora consciente da determinação exercida pela sociedade sobre a educação, fato que a torna crítica, acredita que a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a sua própria transformação, fato que a torna histórica.

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