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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL Resenha Crítica de Caso Adriana Garcia Trabalho da disciplina Psicopedagogia Institucional Tutor: Prof. Cristiane de Carvalho Guimarães Rio de Janeiro 2019 http://portal.estacio.br/ 1 PSICOPEDAGOGIA EM CONTEXTOS HOSPITALARES E DA SAÚDE: TRÊS DÉCADAS DE PUBLICAÇÕES NA REVISTA PSICOPEDAGOGIA Referência: CASTANHO, Maria Irene Siqueira. Psicopedagogia em Contextos Hospitalares e da Saúde: Três Décadas de Publicações na Revista Psicopedagogia. Rev. Psicopedagogia 2014; 31(94): 63-72 Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862014000100008 . Acesso em:10/10/2019 O presente estudo de caso tem como foco analisar publicações da Revista Psicopedagogia, no período de 1982 a 2012, para isto dezenove textos foram selecionados para análise onde tratavam a participação da psicopedagogia, em especial, do trabalho efetivo do Psicopedagogo, tanto em hospitais como em contextos voltados à saúde. A psicopedagogia tem encontrado seu espaço no mercado de trabalho, no contexto clínico e institucional ela está crescendo e obtendo sua própria identidade, mas comparado a outros países, o Brasil ainda possui poucas teorias de estudos e ainda não está inserido em outras modalidades de serviço na área da saúde, sendo assim, percebe-se que ainda está caminhando para a inserção do psicopedagogo em outras áreas da saúde, pois ainda está marcada como clínica e médica no tratamento de fracasso escolar e distúrbios de aprendizagem. Para identificar os possíveis avanços e evolução da psicopedagogia e sua participação em âmbito hospitalar e da saúde, faz-se necessário uma pesquisa documental para que se tenha a resposta de algumas questões, para isso a Revista Psicopedagogia foi escolhida devido ser desde 1982 a única fonte divulgadora de conhecimentos na área da psicopedagogia, sendo por 30 anos instrumento de divulgação. Durante esses anos, 90 edições foram publicadas e 19 artigos sobre a psicopedagogia no contexto escolar e da saúde, sendo apenas 2,7 das publicações 1 examinadas. Dos 19 artigos analisados, 7 eram sobre o trabalho psicopedagógico em hospital geral, 5 referentes a atendimentos em ambulatórios, 4 sobre a prevenção das dificuldades de aprendizagem, onde apontavam a importância da parceria entre a psicopedagogia e médicos pediatras, 2 como revisão histórica no contexto hospitalar e da saúde e apenas 1 referia-se a uma experiência do psicopedagogo em atendimento a dependentes químicos. Por meio de um levantamento onde os serviços foram desenvolvidos foi possível destacar que a psicopedagogia se fez presente na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, que apresentava experiências em 3 setores diferentes, sendo eles na Oncologia Pediátrica, no acompanhamento de crianças na internação e no ambulatório de gastropediatria. O Centro Paulista de Neuropsicologia Infantil com a avaliação do desenvolvimento psicopedagógico de crianças com lesão cerebral. O Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP também se destacou com dois artigos, um sobre o projeto brinquedoteca na psiquiatria da infância e adolescência e outro com um texto teórico sobre a educação e prevenção na saúde dos adolescentes. Outros dois artigos também foram apresentados no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto que destacou a participação do psicopedagogo na ala de emergência infantil em Queimados e outro sobre as intervenções psicopdagógicas feitas em função das dificuldades de aprendizagens na Neurologia, Psiquiatria e Psicologia da FMRP-USP. Já na Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio no Paraná também conta com dois artigos, um se refere ao alívio do estresse de crianças hospitalizadas e outro no que diz respeito ao atendimento prestado na enfermaria pediátrica. Dois textos argentinos, sem identificar a instituição traziam informações sobre a psicopedagogia em diferentes serviços na área da saúde no Brasil. Outro trazia informações desde a década de 1960 contando a participação dos psicopedagogos nas áreas da Psicologia e Psicopatologia na Argentina e mais dois textos argentinos traziam a importância da parceria da pediatria e psicopedagogia que focavam na prevenção das dificuldades de aprendizagem. 1 Por fim, quatro trabalhos eram voltados para a realidade brasileira, onde mostrava a experiência feita pelo Hospital do Servidor Público Estadual em São Paulo que mostrava a entrada do psicopedagogo e hospitais, onde a participação se deu em atendimentos às crianças e adolescentes que possuíam doenças hemato- oncológicas e tinham rendimento escolar baixo. Em Porto Alegre, no Hospital da Criança Nossa Senhora da Conceição, no setor de oncologia, dois trabalhos traziam informações sobre o atendimento em ambulatório referentes ao distúrbio de aprendizagem na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp -SP e no Hospital de Clínicas da Universidade de Goiás. Em virtude dos fatos mencionados, a relevância do artigo de Castanho se dá por mostrar as várias atuações de um psicopedagogo, revelando que em múltiplos espaços se faz necessário a presença desse profissional em diversas equipes, atuando de forma responsável, avaliando e intervindo sempre que necessário nos mais diversos problemas relacionados não só a aprendizagem, mas também na área da saúde em geral. Quanto à quantidade de trabalhos publicados no período em questão, fica claro que há uma grande necessidade de se falar mais sobre o assunto, seja na Revista Psicopedagogia ou em outros periódicos, é preciso que ocorram mais debates e discussões em relação ao tema abordado para que se possa ter mais material para pesquisas, mostrando todas as formas de aplicações na área, pois o tema é de grande importância e merece destaque.