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Castas e Desenvolvimento das abelhas do Gênero - Apis Mel Produto resultante da ação de enzimas salivares das abelhas sobre o néctar colhido das flores, sendo armazenado em favos em suas colmeias. Por essa razão, é considerado um produto de origem animal e deve, então, ser inspecionado por um médico veterinário. Assim como: o pólen apícola, a própolis, a geleia real, a cera de abelha e a apitoxina. O mel de abelhas é uma substância viscosa, rica em açúcares, tendo em geral sabor agradável, com aroma particular, de altos valores nutricional e terapêutico. A cor, o sabor, o aroma e a consistência do mel variam de acordo com as floradas e com o clima, entre outros fatores. A manipulação do mel pelo apicultor pode alterar suas características (Bender, 1982; Garcia et al., 1986). O mel é basicamente uma solução saturada de água e açúcares, mas contém também diversos outros compostos, em pequena quantidade. Entre os açúcares, quase 80% são simples, destacando-se a frutose e a glicose, e cerca de 10% são açúcares compostos, como maltose e sacarose (Embrapa, 2003). É importante ressaltar que, devido à sua constituição de açúcares simples e compostos, o mel verdadeiro, ao contrário do que muitos acreditam e difundem, cristaliza-se (“açucara”) com o passar do tempo ou em baixas temperaturas. Para descristanizá-lo, o recipiente com o mel deve ser colocado em água aquecida (banho-maria), desde que a água não ultrapasse 40ºC, uma vez que, acima dessa temperatura, o mel pode perder algumas de suas propriedades. Na produção de mel, as abelhas processam o néctar em duas etapas, a física e a química. A transformação física é a perda de água do néctar por evaporação, devido ao calor que existe na colmeia (em torno de 35ºC) e à constante ventilação produzida pelo movimento das asas das abelhas. Já a transformação química ocorre pela ação de uma enzima denominada invertase, produzida nas glândulas salivares das abelhas e que atuam sobre a sacarose, principal açúcar do néctar, transformando-o em dois açúcares simples: glicose e frutose (Oddo et al., 1995). Polen Apicola - É o gameta masculino das plantas superiores, coletado e transportado pelas abelhas para a colmeia numa estrutura localizada no terceiro par de pernas denominado corbícula. Ele é armazenado nos alvéolos e utilizado como alimento depois de passar por um processo de fermentação. É usado como alimento pelas abelhas na fase larval e pelas abelhas adultas com até 18 dias de idade. É também utilizado pelas abelhas na produção de geleia real. É um produto rico em proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas. O homem pode utilizá-lo como fonte nutritiva, estimulador do sistema imune, podendo ser comercializado puro ou acondicionado junto com o mel (SENAI, 2009). Própolis - É uma substância produzida pelas abelhas mediante a mistura de cera e da resina coletada das plantas, retirada dos botões florais, das gemas e dos cortes nas cascas dos vegetais. As abelhas utilizam a própolis para protegê-las dos insetos, dos microrganismos e do frio durante o inverno, empregando-a no reparo de frestas ou danos à colmeia. Sua composição, cor, odor e propriedades químicas dependem da espécie de planta disponível. Possui ação antimicrobiana e propriedades anti-inflamatórias, mas não pode ser considerada um medicamento porque não se sabe ao certo a quantidade desses princípios ativos na composição da própolis (SENAI, 2009). Geleia real - é uma substância produzida pelas abelhas operárias. Na colmeia, é usada como alimento das crias e da rainha. É um alimento rico em proteínas, água, açúcares, gorduras e vitaminas. A geleia real possui cor branco- -leitosa e sabor ácido forte (Oddo et al., 1995). Deve ser mantida e vendida resfriada, e seu valor de mercado é alto. Cera - é utilizada pelas abelhas para construção dos favos e fechamento dos alvéolos (operculação). É produzida por glândulas produtoras de cera, localizadas no abdômen das abelhas operárias. É composta por uma mistura de ácidos gordurosos, álcool e hidrocarbonetos de alto peso molecular. Logo após a sua produção, a cera possui uma cor clara, que vai escurecendo com o tempo em virtude do depósito de pólen e do desenvolvimento das crias. É utilizada como matéria-prima na indústria de cosméticos e velas (SENAI, 2009). Apitoxina - é o veneno purificado das abelhas operárias. É produzido pelas glândulas de veneno das operárias e armazenado no “saco de veneno”, situado na base do ferrão, para ser utilizado na defesa da colônia. Cada operária produz 0,3mg de veneno, substância transparente que se dissolve em água e é composta por proteínas, gorduras e enzimas. Sua ação é principalmente antiinflamatória (SEBRAE, 2011). O processo de obtenção do mel O manejo para a obtenção do mel é um dos pontos mais importantes da produção apícola e está diretamente relacionado com a qualidade do mel a ser colhido. Esse manejo engloba todo o trabalho, que vai desde a preparação e o planejamento das etapas de coletas de extração do mel até a devolução dos quadros centrifugados às colmeias no apiário. A execução correta de todas essas etapas preserva as características microbiológicas, físico-químicas e sensoriais do mel (Oddo et al., 1995; SEBRAE, 2011). O apicultor precisa planejar a colheita do mel com um tempo de antecedência, pois é necessária a separação e a higienização de todo o material que será utilizado. O mel é uma substância considerada higroscópica, isto é, absorve com facilidade a umidade do ambiente e, em razão disso, não deve ser coletado em dias nublados ou chuvosos. O uso da fumaça é imprescindível ao manuseio das abelhas, pois elas ficam assustadas e enchem o papo de mel, tornando-se, dessa forma, mais pesadas e, consequentemente, menos agressivas. Não se devem utilizar para a queima materiais de cheiro ativo, com resíduos de animais, ou produtos sintéticos, uma vez que o mel tem grande capacidade de absorver gostos e cheiros, podendo ser contaminado e, assim, comprometer-se a sua qualidade. Durante a aplicação, a fumaça não pode ser usada em grandes quantidades, sendo necessário também evitar a produção de labaredas e fuligem. Para isso, recomenda-se que a fumaça seja sempre aplicada acima dos quadros e não diretamente sobre eles (Oddo et al., 1995). Para assegurar que o mel coletado esteja com baixa umidade, os quadros coletados devem estar com pelo menos 80% de sua área operculada. Também não devem ser coletados pelo apicultor quadros que estejam com crias (abertas ou fechadas) e com grande quantidade de pólen. Após a coleta, é recomendado que as melgueiras sejam transportadas em veículos fechados. Caso isso não seja possível, é necessário que essas estejam protegidas por uma lona plástica limpa e destinada a esse fim. A unidade de extração, ou entreposto, é o local destinado à extração, decantação e envase do mel a granel, devendo sua localização e construção atender as determinações estabelecidas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), conforme descrito na Portaria 6 (Brasil, 1985). Depois da chegada das melgueiras às unidades de extração, elas são colocadas em uma área destinada à recepção, onde recebem uma limpeza externa, para retirada das sujidades. Após a limpeza, as melgueiras são levadas para a área de manipulação, onde ocorrerá a desoperculação e a centrifugação. A desoperculação dos favos é a retirada de uma fina camada de cera que as abelhas utilizam para fechar os opérculos das células com mel maduro. Já no processo de centrifugação, o mel é retirado dos favos por ação da força centrífuga. Para que a centrifugação seja eficiente, é necessário que todos os favos estejam completamente desoperculados; caso Mel e derivados: a inspeção dos produtos apícolas é responsabilidade do médico veterinário 123 contrário, o mel armazenado nos alvéolos fechados não será extraído, podendo inclusive ocasionar o rompimento do favo. Após a centrifugação, é realizada a filtração do mel, que tem como objetivo a retiradade fragmentos de cera, abelhas ou pedaços delas, que saem junto com o mel no processo de centrifugação. A decantação é o período de repouso a que o mel é submetido após a filtragem. Durante esse período, as pequenas bolhas de ar formadas nas etapas anteriores e as impurezas leves que passaram pelo filtro irão decantar. O período de decantação varia entre três e cinco dias. Após a decantação, o mel é envasado e armazenado em local específico, seco, fresco, limpo, mantido ao abrigo da luz e sobre estrados, onde permanecerá até a comercialização (SENAR, 2010). A legislação vigente no Brasil para a inspeção do mel e demais produtos apícolas: • RIISPOA • Portaria 6 (Brasil, 1985) - normatiza os aspectos higiênico- sanitários e tecnológicos para mel, cera de abelhas e derivados; • Instrução Normativa 11 (Brasil, 2000) - Regulamento técnico de qualidade e identidade do mel; • Instrução Normativa 3 (Brasil, 2001) - regulamenta os aspectos técnicos de identidade e qualidade dos demais produtos apícolas. No Brasil, utiliza-se a espécie Apis mellifera, resultante do cruzamento com abelhas trazidas ao Brasil por imigrantes europeus e da África pelo prof. Warwick Estevan Kerr, em 1956. O resultado desse cruzamento natural das abelhas europeias e africanas, no Brasil, é conhecido como abelhas africanizadas (SENAR, 2010). O Brasil tem um grande potencial apícola, por possuir flora bastante diversificada, vasta extensão territorial e variabilidade climática, o que possibilita produzir mel o ano todo, diferenciando-o dos demais países, que normalmente colhem mel apenas uma vez por ano (Marchini et al., 2001). Número de indivíduos em cada colônia ou família ou colméia: Rainha Operárias Zangões 0-40060.0001 ABELHAS • Insetos sociais que vivem em colônias Ovo: após três dias da postura nascerá a larva. Larva: será alimentada pelas obreiras até o oitavo dia quando o alveólo será operculado pelas obreiras e a larva começará a tecer o casulo. Pré-pupa: inicia-se o processo de metamorfose. Pupa: até o vigésimo dia sofrerá o processo de metamorfose. Abelha adulta: no vigésimo - primeiro dia nasce finalmente a abelha já em sua forma definitiva. SEQUÊNCIA DE FASES DO NASCIMENTO DE UMA ABELHA OPERÁRIA Responsável por todo trabalho realizado no interior da colméia (exceto postura de ovos). Higiene da colméia Garantem o alimento e a água, Coleta pólen e néctar, Produzem a cera (construção dos favos), Alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer , Cuidam da defesa da família, Mantêm a temperatura do interior da colméia estável (33º - 36ºC), Produzem e estocam o MEL (assegura a alimentação da colônia), Aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios, Elaboram a PRÓPOLIS . Abelha Operária Podem viver até 6 meses (pouca atividade). Ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias. Fecundação das rainhas virgens. Não possui ferrão - nasce dos ovos fecundados depositados pela rainha num alvéolo maior que os das abelhas operárias. Por não possuir órgãos de trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar a procura de uma rainha virgem para fecundá-la. Podem identificar, pelo olfato ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distância. Nascem 24 dias após postura do ovo, maturidade sexual aos 12 dias de vida. Vivem 80 - 90 dias Dependem das operárias para sobreviver: são alimentados por elas, e por elas são expulsos da colméia nos períodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno – morrendo de fome ou frio. Após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso à câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão morre. ABELHA ZANGÃO Único macho da colmeia A mais importante da colmeia - é dela a responsabilidade de harmonia dos trabalhos da colméia, bem como a reprodução da espécie. A rainha quase duas vezes maior do que as operárias, única função do ponto de vista biológico, é a postura de ovos (única abelha feminina com capacidade de reprodução) A rainha consegue manter este estado de harmonia segregando uma substancia especial, denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias, impossibilitando-as, assim de se reproduzirem. É por esta razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colméia ambas lutarão até que uma delas morra. ABELHA RAINHA Nasce de um ovo fecundado, é criada numa célula especial denominada realeira (alimentada pelas operárias com a geleia real - produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geléia real é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida. Para atrair os zangões de todas as colméias próximas, a rainha libera em pleno vôo, um ferormônio sexual que é captado pelos machos a quilômetros de distância, e como voa em alta velocidade e grandes altitudes, a maioria dos zangões não consegue acompanhá-la. Assim, ela faz uma seleção natural, pois somente os machos mais fortes e rápidos conseguem segui-la. Quando finalmente os zangões conseguem alcançá-la, há o momento da cópula nupcial, onde a rainha prende o testículo do zangão, que morre gloriosamente após fecundá-la... A rainha recebe milhões de espermatozóides do zangão (armazena na espermateca). Nesta fase a rainha fica na condição de hermafrodita fecundada para o resto de sua vida. Ela poderá, excepcionalmente, nesta época de fecundação, realizar outros vôos nupciais, caso a sua espermateca não esteja completamente lotada. O Vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar uma enxameação, isto é, parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova colônia. Ao retornar à colméia, a rainha passa a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com geléia real, limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela sua única preocupação e a postura de ovos, para nascerem mais abelhas. Em condições favoráveis de clima e alimento (Florada), uma rainha pode botar cerca de três mil ovos por dia. Caso a rainha morra ou seja removida da colméia, toda a colônia imediatamente perceberá sua ausência, justamente pela interrupção da produção do ferormônio que induz as abelhas ao trabalho e que informa da presença da rainha na colméia. Principais produtores Estado Produção (t) Rio Grande do Sul 6.774 Paraná 5.496 Santa Catarina 4.388 Minas Gerais 3.398 São Paulo 2.821 Ceará 2.016 Bahia 1.595 Piauí 1.563 Mato Grosso do Sul 820 Pernambuco 635 Total 33.931 fonte: Revista Destaque Rural nº 6, página 10. País Consumo (kg/hab/ano) Rep. Centro Africana 3,8 Grécia 1,5 Angola 1,4 Nova Zelândia 1,2 Turquia 1,1 Alemanha 0,9 Portugal 0,7 • Estuda as abelhas produtoras de mel e técnicas para explorá-las; • estabelecem suas colméias em zonas de agricultura intensiva; • é uma atividade muito antiga. Apicultura EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES EM APICULTURA Colméia • Moradia das abelhas (ocos de árvores, fendas de rochas, telhados) • Padrão de Construção: Posição dos favos; Espaço abelha (6 a 9 mm – tráfego e trabalho das abelhas). • Colméias racionais: -Colméia Langstroth (Americana ou Standard) -Colméia Schenck -Colméia Schirmer -Colméia Curtinaz -Colméia Paulistinha -Colméia Pries -Outras ... Ninho Telhado Tampa Melgueira Fundo Material para construção da colméia • Madeira (cedro, pinheiro, pinus, canela, eucalipto) • Tábuas secas para não alterar as medidas • Para construir uma colméia: 10 m de tábua plainada (30x2,5 cm) • Pintura: • Objetivo: impermeabilizar, durabilidade, identificação, aspecto visual • Qualquer tinta (sem cheiro) • Cores: azul claro, amarela, esverdeada. • 3,6 L (1 galão) = 18 colméias • Somente pintarexternamente Fumegador FormãoPegador de quadros Faca e garfo desoperculadores Roupa do apicultor - Máscara - Luvas - Botas brancas - Macacão Lavanda COLHEITA E PROCESSAMENTO DO MEL Colheita do mel (retirada dos favos da colméia) • Final da florada, conveniência, necessidade de venda • Indumentária e equipamentos adequados • Evitar fumaça excessiva sobre os favos • 2/3 alvéolos operculados • Retirada das abelhas: sacudir/varrer favos • Aproveitar para revisão [troca de favos velhos, caixas estragadas, realeiras (destruir, aproveitar em colméia fraca) , ...] Fluxograma de processamento Recepção Desoperculação Centrifugação DecantaçãoEnvaseRotulagem Expedição Fluxo contínuo: recepção expedição. Todos os equipamentos em aço inoxidável. Fluxograma de processamento Recepção Identificação do apicultor Avaliação do produto Pesagem AFAL – Rio Grande, RS Fluxograma de processamento Desoperculação Remoção dos opérculos (tampa de cêra) AFAL – Rio Grande, RS Fluxograma de processamento Centrifugação Decantação (24 a 72h) AFAL – Rio Grande, RS Fluxograma de processamento Envase AFAL – Rio Grande, RS Fluxograma de processamento Rotulagem Expedição AFAL – Rio Grande, RS Envase/Rotulagem – Embalagens para consumidor final-varejo (150, 300, 500 e 1000 g; plástico, vidro – boca larga) – Embalagens para estocagem-atacado (tambores, baldes plásticos, latas metálicas revestidas de verniz sanitário): 20-200L – Peso específico do mel =1,3 (1 L = 1,3 kg) – Evitar espaços vazios (15 mm abaixo da tampa) umidade do ar/fermentação – Rótulo: respeitar legislação, origem botânica (80% de florada predominante), datas envase e validade, composição, ...) Casa do Mel • Melhorar as condições de higiene (equipamentos e materiais em inox) • Permite obtenção do registro do Serviço de Inspeção Federal (SIF) • Aumentar eficiência produtiva (reduzir perdas, diminuir MO e tempo) • Otimizar procedimentos para estoque/venda • Custo alto => pode ser feita para atender vários apicultores Casa do Mel (Apiário) Entreposto de mel e cera – Não é considerada uma unidade de produção e sim industrialização – Recebe mel já centrifugado e outros produtos (cera, pólen, própolis) – Instalações mais amplas que a Casa do Mel e, geralmente, com laboratório Estabelecimento destinado à produção, extração, classificação, estocagem e industrialização de mel, cera e outros produtos das abelhas, limitado à produção das colméias do seu proprietário e/ou associados, que deverá ser compatível com a sua capacidade instalada Estabelecimentos Industriais Apiário: Entreposto de Mel e Cera de Abelhas: Estabelecimento destinado ao recebimento, classificação e industrialização do mel, cera de abelhas e demais produtos apícolas. 1.2.2 - Localização: Rural ou urbana. Neste último caso após ouvidas as autoridades de saúde pública bem como os órgãos públicos responsáveis por normas urbanísticas e de defesa do meio ambiente. Minamel Produtos das abelhas • Pólen; • Própolis; • Geléia Real; • Cera; • Apitoxina (veneno da abelha); • Mel. A) MEL: (portaria n° 25 de 03/07/00) • Sabor, cor, aroma e densidade variam conforme: origem botânica umidade do mel • Umidade: máximo de 20% (ideal 17-18 %) INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, de 20/out/2000 Portaria n° 25 de 03/07/00 Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia. Classificação: Por sua origem: Mel floral: é o mel obtido dos néctares das flores. a) Mel unifloral ou monofloral: quando o produto proceda principalmente da origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possua características sensoriais, físico-químicas e microscópicas próprias. b) Mel multifloral ou polifloral: é o mel obtido a partir de diferentes origens florais. Melato ou Mel de Melato: é o mel obtido principalmente a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre elas. MEL Segundo o procedimento de obtenção de mel do favo: Mel escorrido: é o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas. Mel prensado: é o mel obtido por prensagem dos favos, sem larvas. Mel centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem larvas. Segundo sua apresentação e/ou processamento: Mel: é o mel em estado líquido, cristalizado ou parcialmente cristalizado. Mel em favos ou mel em secções: é o mel armazenado pelas abelhas em células operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas, que não contenha larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções de tais favos. Mel com pedaços de favo: é o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel, isentos de larvas. Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu um processo natural de solidificação, como conseqüência da cristalização dos açúcares. Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu valor nutritivo. Composição e Requisitos Composição: Solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose. Contém ainda uma mistura complexa de outros hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substâncias aromáticas, pigmentos e grãos de pólen podendo conter cera de abelhas procedente do processo de extração. O produto definido neste regulamento não poderá ser adicionado de açúcares e/ou outras substâncias que alterem a sua composição original. Requisitos Características Sensoriais Cor: é variável de quase incolor a pardo-escura, segundo definido em regulamento Sabor e aroma: deve ter sabor e aroma característicos de acordo com a sua origem. Consistência: variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta. Aditivos: É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de aditivos. Para preservar a conservação: • Não coletar mel verde (desoperculado) • Teste do refratômetro • Controle / monitoramento da URambiente APITOXINA • Definição: Entende-se por Apitoxina o produto de secreção das glândulas abdominais (glândulas do veneno) das abelhas operárias e armazenado no interior da bolsa de veneno. • Classificação: – De acordo com sua apresentação: – Apitoxina na forma de pó amorfo; – Apitoxina na forma cristalizada. • Designação (Denominação de Venda): Apitoxina. • Rotulagem: Aplica-se o Regulamento específico, além de dever constar a expressão matéria-prima destinada exclusivamente a fins opoterápicos, com o devido destaque no rótulo. CERA DE ABELHAS • Definição: Entende-se por cera de abelhas o produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível, secretado pelas abelhas para formação dos favos nas colméias. • Classificação: Cera de abelhas bruta - Quando não tiver sofrido qualquer processo de purificação, apresenta cor desde o amarelo até o pardo, untuosa ao tato, mole e plástica ao calor da mão, fratura granulosa, odor lembrando o do mel, sabor levemente balsâmico e ainda com traços de mel; Cera de abelhas branca ou pré-beneficiada - Quando tiver sido descolorida pela ação da luz, do ar ou por processos químicos, isenta de restos de mel, apresentando-se de cor branca ou creme, frágil, pouco untuosa e de odor acentuado • Designação (Denominação de Venda): Cera de Abelhas. • Rotulagem: Aplica-se o Regulamento específico, devendo constar, ainda, no rótulo a expressão produto não comestível. GELÉIA REAL • Definição: Entende-se por Geléia Real o produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletado até 72 horas. • Classificação: Segundo o procedimento de obtenção: Geléia Real Fresca: É o produto coletado por processo mecânicoa partir da célula real, retirada a larva e filtrada. Geléia Real in natura: É o produto mantido e comercializado diretamente na célula real após a remoção da larva. • Designação (Denominação de Venda): Geléia Real. • Composição: A Geléia Real compõe-se de água, proteínas, lipídios, açúcares, vitaminas, hormônios e sais minerais. • Rotulagem: Aplica-se o Regulamento específico, devendo conter informações sobre condições de conservação, transporte e comercialização, com a advertência principal de que o produto "Deve ser mantido ao abrigo da luz e a uma temperatura entre -16ºC a -5ºC". Entende-se por Geléia Real Liofilizada o produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletada em até 72 horas, que sofreu uma desidratação pelo processo de liofilização. Diferentemente do que é dito por muitos, não somente as larvas das abelha-rainha recebem a geléia real. Na verdade, todas as larvas recebem a geléia, mas as de abelha-rainha recebem somente esse tipo de alimentação PÓLEN APÍCOLA • Definição: Entende-se por Pólen Apícola o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colméia. • Classificação: Segundo o teor de umidade o Pólen Apícola se classifica em: – Pólen Apícola: É o produto coletado em sua forma original; – Pólen Apícola Desidratado: É o produto submetido ao processo de desidratação em temperatura não superior a 42ºC, e com teor de umidade não superior a 4% •Designação (Denominação de Venda): Pólen Apícola, Pólen Apícola Desidratado. PRÓPOLIS Definição: Entende-se por Própolis o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas, de brotos, flores e exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para elaboração final do produto. Classificação: Quanto ao teor de flavonóides: A própolis será classificada em: - Baixo teor: até 1,0% (m/m); -Médio teor: >1,0% - 2,0% (m/m); - Alto teor: >2,0% (m/m). Designação (Denominação de Venda): Própolis. Composição: A Própolis compõem-se basicamente de resinas, produtos balsâmicos, cera, óleos essenciais, pólen e microelementos. Definição: Entende-se por Extrato de Própolis o produto proveniente da extração dos componentes solúveis da Própolis em álcool neutro (grau alimentício), por processo tecnológico adequado. Designação (Denominação de Venda): Extrato de Própolis.