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Processos moleculares e genéticos 1. O que agentes cancerígenos e quais fases da carcinogênese eles podem atuar? R: Os efeitos cumulativos de diferentes agentes são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser consideradas, também, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Agente oncoiniciador – é capaz de provar diretamente o dano genético das celuas, iniciando o processo de carcinogênese, é chamado agente iniciador ou oncoiniciador. Como exemplo de iniciador temos o benzopireno, um dos componentes da fumaça do cigarro e alguns vírus oncogenicos, entre outros. Agentes oncopromotor – atua sobre as células iniciadas, transformando-as em malignas. Agente oncoacelerador - caracteriza-se pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Atua no estágio final do precesso. 2. Qual a importância de se procurar novas mutações e polimorfismos? R: Possibilidade de caracterização da suscetibilidade individual ao câncer, podendo no futuro conduzir a novas perspectivas para a prevenção e o diagnóstico precoce. 3. O que são biomarcadores? Quais as principais categorias? Explique elas R: São moléculas biológicas encontradas no sangue e em outros fluidos, que podem ser utilizados para identificar uma condição ou uma doença. Os biomarcadores de exposição correspondem à expressão de um agente ambiental ou de seus metabólitos no meio interno dos indivíduos. Os de suscetibilidade indicam indivíduos mais ou menos propensos a desenvolver câncer quando expostos a substâncias cancerígenas. Os biomarcadores de efeito ou de resposta indicam alterações presentes em tumores; são tardios e permitem avaliar o prognóstico da doença. 4. Quais agentes ambientais podem contribuir com o desenvolvimento do câncer? R: Tabagismo, Hábitos alimentares, Radiação, Medicamentos. 5. Escolha 4 genes, que podem ser utilizados como biomarcadores e que estão associados com tipos de câncer e descreva seu mecanismo de funcionamento. BCR-ABL As células da leucemia mieloide crônica (LMC) contém um gene anormal denominado BCR-ABL. O exame de PCR pode detectar este gene em quantidades muito pequenas no sangue ou na medula óssea. Em pessoas com alterações no sangue e medula óssea que se parecem com as observadas na LMC, encontrar o gene confirma o diagnóstico. Além disso, o achado do gene e seu valor podem ser medidos e usados para guiar o tratamento. BRAF Mutações no gene BRAF podem ser encontradas no melanoma, no câncer de tireoide e no câncer colorretal. Cerca da metade dos melanomas têm uma mutação BRAF, na maioria das vezes o chamado BRAF V600. Esta mutação faz com que o gene produza uma proteína BRAF alterada, que sinaliza as células de melanoma para crescerem e se dividirem. Esta mutação pode ser estudada no tecido tumoral. HE-4 Alguns tipos de câncer de ovário manifestam o gene HE-4, produzindo quantidades maiores da proteína HE-4. Os níveis dessa proteína são medidos no sangue e utilizados da mesma forma que o CA-125 para orientar o tratamento. Este exame é mais frequentemente usado em pacientes com níveis normais de CA 125. Os valores de HE-4 podem também aumentar em algumas condições benignas, bem como com alguns outros tipos de câncer, por isso não é usado como teste de triagem. p53 O gene supressor de tumor p53, cromossomo 17, codifica uma fosfoproteína denominada proteína p53, que desempenha um importante papel no controle do ciclo celular e previne o aparecimento de câncer45,82. A proteína p53 tem o papel de bloquear a divisão celular em células que sofreram injúrias no seu DNA, dando tempo para a sua reparação. A perda da função desse gene pode estar relacionada tanto à iniciação quanto à progressão tumoral83, 84. Para demonstrar sua importância, cita-se o fato de que mutações na proteína p53 são encontradas em cerca de 50% de todos os cânceres humanos, ou mais de 50 tipos de tumores4.