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Bromatologia e Nutrição Animal Prof. Me. Daniela Maria Gerônimo AMOSTRAGEM E ANÁLISE BROMATOLÓGICA Procedimento de coleta e envio de material para análise bromatólógica • AMOSTRAGEM: “Os resultados do laboratório irão representar a composição de todo o lote onde a amostra foi retirada.” (Cockerel – 1975) Procedimento de coleta e envio de material para análise bromatólógica • Ponto muito importante na analise de alimentos!!!! • Caso não seja efetuada corretamente, os resultados das análises não corresponderão a composição do material. • Máximo cuidado, sem o qual se obtém resultados viciados!! Observar: Carunchos, larvas, mofos e bolores, objetos estranhos, odores estranhos, indícios de fermentação, Etec. AMOSTRAGEM • Do “todo”, retirar numerosas amostras parciais, colhidas em diferentes pontos do local de interesse (campo, prado, vagão, armazém, etc.); • Reunião das amostras parciais = amostra composta. • Da amostra composta, apos homogeneização e talvez retirada de subamostras (etapa que deve ser feita com muito cuidado), tem-se a amostra média. • Amostra média = enviada para laboratório AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM • Quantidades de amostras médias a serem enviadas ao laboratório: • Volumosos suculentos: 3 kg de amostra úmida. • Volumosos secos: ±1 kg. Grãos inteiros: 0,5 kg. • Farelos e farinhas: 250 g (misturas de grãos ou farelos, dobrar a quantidade). • Raízes e tubérculos: 10 kg AMOSTRAGEM DE PASTO • Área de pastejo; • Demarca-se área a ser amostrada – mapa da propriedade (área total de pastagem) • Considerar: tamanho dos piquetes: • Ex: área 10ha homogêneos recomenda-se 10 a 15 subamostras (cortar + ou – 5 cm do solo). AMOSTRAGEM DE PASTO • Contínuo: • Estabelecer linhas a partir de determinados pontos (cercas, casa, etc), não de um acidente geográfico, e assim dividir a área, • Retirar amostras ao longo das transceptas, • No mínimo de 10 a 12 amostras por hectare, • Caso a propriedade seja cortada por um rio não retirar amostras da bordadura. AMOSTRAGEM DE PASTO • Rotacionados: • Coletar amostras em cada divisão, geralmente, antes e depois da entrada dos animais. • Capineiras: Transceptas. AMOSTRAGEM DE PASTO E FORRAGENS VERDES • Método do quadrado: consiste em lançar ao acaso na pastagem, uma moldura de ferro ou madeira de área conhecida (0,25 até 1 m²) AMOSTRAGEM DE PASTO E FORRAGENS VERDES (Aula prática) • PASSO 1. Identifique o manejo da pastagem e os piquetes a serem amostrados ✓ Evite pontos de amostragens próximos às cercas, malhadouros e touceiras cobertas por fezes e urina; ✓ Amostre de 20 a 30 pontos que sejam representativos da condição média da pastagem; ✓ A forma de amostragem varia conforme o manejo da pastagem (lotação contínua ou rotativa); ✓ Em lotação contínua: observe o ato do pastejo exercido pelo animal (A) e simule prendendo a forragem com a mão (B) e cortando-a com o movimento do braço (C); AMOSTRAGEM DE PASTO E FORRAGENS VERDES (Aula prática) ✓ Em lotação rotativa: Observe a altura de resíduo deixada pelos animais nos dois últimos piquetes (por exemplo, 45 cm). No piquete em que os animais irão entrar, com o auxílio de régua e tesoura, corte a forragem acima dessa altura (D e E). A forragem que será colhida acima dessa altura representa o estrato pastejável, ou seja, o que o animal irá consumir; ✓ Após cada ponto amostrado, corte a forragem em pedaços de aproximadamente 5 cm e acondicione em recipiente limpo (F); ✓ Não utilizar sacos de fertilizantes, sal mineral, ração ou qualquer outro material que possa contaminar a amostra. AMOSTRAGEM DE PASTO E FORRAGENS VERDES (Aula prática) • ✓ Transfira a forragem do recipiente para uma superfície limpa e homogeneíze misturando várias vezes (G); • ✓ Após a homogeneização, fracione uma porção (H); Observação Não amostrar: •Antes da evaporação total do orvalho •Perto de comedouro, bebedouros e cocho de sal; •Instalações; •Sob arvores; •Beira de cercas e outras partes sabidamente contaminadas AMOSTRAGEM DE SILAGEM • Na prática: vários silos • Amostrar o primeiro, conforme for sendo usado. → condições de campo é que determinará a melhor estratégia. • 5 a 10 kg de amostra (tamanho da partícula, ou caso de silagem mista) • Amostras: devidamente identificadas e lacradas, colocar em freezer ou geladeira AMOSTRAGEM DE FENO • Nº de Fardos: • Vários pontos de seu interior (fatias com 8 a 15 cm de espessura) • Lotes até 10 fardos: amostrar todos; • Lotes com 11 a 100 fardos: amostrar 10; • Lotes com + de 100 fardos: 10% e ao acaso. Quantidade a ser enviada para o laboratório = 2 a 5 kg AMOSTRAGEM DE PRODUTOS ENSACADOS • Produtos ensacados: • Utilização de calador simples ou de parede dupla. • AMOSTRAGEM • Quantidade de amostras parciais: • ≤5 embalagens: amostrar todas; • 6 –50 : mínimo 5. • 51 –200: mínimo 10. • > 200: 5%. • Produtos a granel e forragens: amostrar ±10 pontos diferentes ALIMENTOS DE CARGA A GRANEL • Durante o transporte de produtos a granel existe tendência de partículas mais leves permanecerem na parte superior da carroceria e as mais pesadas na parte inferior, • Considerar quantidade de material em relação à capacidade da carroceria. ETIQUETAGEM, ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO • Etiquetar com a identificação correta • sacos plásticos ou de papel; • transportadas imediatamente ao laboratório – não alterar a umidade – (ex: forragens ); • Se não for possível transportar as amostras imediatamente ao laboratório • conservadas em congelador, entre –5 a – 10ºC; • Manipular as amostras com cuidado para evitar alterações nos princípio nutritivos. Análises bromatológicas (laboratório) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) • Esse é o ponto de partida para a análise de alimentos. 1. Importância: preservação do alimento pode depender do seu teor de umidade. 2. Para comparar o valor nutritivo de 2 ou mais alimentos - temos que levar em consideração os respectivos teores de MS. 3. Se desejamos comparar os resultados em épocas diferentes, locais ou regiões sempre essa comparação é feita em base de MS (100% seco). 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) MS AMOSTRA SECA AO AR (ASA) AMOSTRA SECA EM ESTUFA (ASE) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) Após pré-secagem (ASA) e devidamente pesadas, as mostras devem ser moídas para posteriores análises 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) • DETERMINAÇÃO DA ASE OU SECAGEM DEFINITIVA Equipamentos e materiais necessários: • Balança analítica, com precisão de 0,0001 g. ; • Dessecador; • Estufa sem circulação de ar forçado (105ºC); • Cadinho. 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) Passos para a determinação da Amostra seca em estufa (ASE): • A amostra deve estar devidamente moída (igual ou inferior a 1 mm); • Pesar o cadinho e anotar seu peso; • Tarar a balança; • Pesar de 1 a 3 g de amostra (ASA); • Levar o cadinho + amostra à estufa a 105ºC, por 4 a 6 horas (ou uma noite); • Retirar da estufa e colocar imediatamente no dessecador por 30 a 40 minutos (esfriar sem contato com ar atmosférico); • Pesar o cadinho + ASE (amostra seca em estufa) e anotar seu peso. • A perda de peso representa a umidade perdida, ou seja, todos os componentes voláteis a 105ºC. 1. DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA SECA (MS) Para seguirmos as próximas análises é necessário relembrar a composição química dos alimentos Para seguirmos as próximas análises é necessário relembrar a composição química dos alimentos 2. Determinação de Matéria Mineral ou Cinzas Cinza ou matéria mineral: é o produto que se obtém após o aquecimento de uma amostra à temperatura de 600ºC, durante 4 horas ou atéa combustão total da matéria orgânica. • Necessária para preparar a solução mineral (via seca) para leitura de minerais (Ca, P, etc). • Fornece teor de matéria orgânica (MO) • MO = MS -Cinza 2. Determinação de Matéria Mineral ou Cinzas Passos para a determinação da MM ou cinza • Colocar os cadinhos de porcelana na estufa a 105ºC por 4horas; • Retirar os cadinhos da estufa e esfriar em dessecador, para posterior pesagem; • Pesar 1,5 a 2,0g de amostra (ASA) no cadinho de porcelana; • Colocar os cadinhos + amostra na mufla para queimar a 600°C ou até a combustão total da matéria orgânica; • Após efetuar a combustão total da matéria orgânica, desligar a mufla e deixar esfriar a menos que 250°C. • Colocar os cadinhos de porcelana no dessecador para esfriar até o equilíbrio com o ambiente. 2. Determinação de Matéria Mineral ou Cinzas % MATÉRIA MINERAL OU CINZAS % de cinza na ASA % de cinza na MS = (ASE*% cinzas em ASA) % de cinza na MN (matéria natural) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) 3. Determinação de Nitrogênio Total ou Proteína Bruta (PB) FONTES DE ERROS: • O N não é apenas proveniente da proteína verdadeira, mas sim da de outros compostos que não são as proteínas; • O fator 6,25 é aproximados, é um valor médio da composição da proteína; • O ácido sulfúrico não faz distinção entre o N protéico e não protéico. DO PONTO DE VISTA NUTRITIVO: • RUMINANTES: utilizam qualquer forma de N • MONOGÁSTRICOS: pouca utilidade, pois o que interessa é a composição de aminoácidos essenciais 4. Extrato Etéro (EE) • As gorduras ou lipídios são substâncias insolúveis em água, mas solúveis no éter, clorofórmio, benzeno e em outros solventes orgânicos, denominados extratores . • EE: todo composto solúvel em éter; • inclui as gorduras (maior fração) e muitos outros compostos intimamente ligados ou associados, como fosfatídeos, esteróis (colesterol), clorofila, óleos voláteis, resina, pigmentos, etc. 4. Extrato Etéro (EE) • Principio do método: • Extração com éter da amostra seca e moída. • Éter é aquecido até tornar-se volátil, e ao condensar-se circula sobre a amostra arrastando toda a fração gordurosa e demais substâncias solúveis em éter. • O éter é recuperado em outro recipiente, enquanto a gordura extraída é calculada por diferença 5. Determinação de Fibra Bruta (FB) • Método de Weende (1860) • Fibra bruta: • Considerada fração indigestível para monogástricos; • Grande parte da fração fibrosa dos alimentos (celulose e lignina insolúvel); • NÃO quantifica CHO’s (celulose e hemicelulose) e a lignina (não carboidrato); 5. Determinação de Fibra Bruta (FB) Avanço... (1967) • P. J. Van Soest (Universidade de Cornell –EUA) • Sistema que permite uma determinação mais precisa da fração fibrosa; • Permitindo maior acurácia no balanceamento de dietas para ruminantes 5. Determinação de Fibra Bruta (FB) 5. Determinação de Fibra Bruta (FB)
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