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TRABALHO CONSULTORIA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso 
Ana Cláudia Pinto de Andrade
Trabalho da disciplina Consultoria (NPG0152)
 Tutor: Prof. CLAUDIA MARCIA PEREIRA LOUREIRO
Rio de Janeiro
2019
AMAZON, APPLE, FACEBOOK E GOOGLE
Referência: 
DESCHTON, Jonh; De,. Amazon, Apple, Facebook e Google. Harvard Business School, 
Inicialmente a internet não foi projetada para ser uma plataforma de Marketing. Ela foi projetada nos anos 50 para criar um alerta de bomba nuclear, mas com acesso restrito a Universidades e laboratórios de pesquisa científica.
A partir de 1995, a internet foi liberada para uso comercial, resultando em uma explosão de inovação focada em quatro ações de marketing: geração de leads, transações, compartilhamento de informação e persuasão. O otimismo prematuro levou à chamada bolha da internet de 1997 a 2000, onde algumas empresas foram vendidas a preços especulativo.
Quatro empresas dominavam o cenário mundial totalizando U$ 1 Trilhão de valor de mercado. Cada uma atuavam em um segmento específico e competiam em algumas unidades de negócio. A Google dominava a propaganda online, as vendas de varejo pela Amazon, Facebook com as redes sociais e a Apple com os dispositivos e interfaces. 
A era moderna começa: a Amazon se torna lucrativa
Nos anos 90, existia um embrião de transação eletrônica dominada pelo UOL, só em 1995 é que a Amazon iniciou um negócio lucrativo através de uma livraria online, que teve US$ 5 milhões de lucro após 6 anos de operação negativa. Em 2013, esta operação teve receita anual de US$ 57 bilhões. Esta operação tinha como vantagem o ganho de escala e a quantidade de oferta de SKU comparado às livrarias físicas e outros concorrentes do segmento online. 
Então veio o Google
Antes de 1998, a maioria dos usuários faziam suas consultas através em portais como o Yahoo, UOL ou o MSN (Microsoft). A receita dos portais era proveniente das propagandas exibidas e pelo tempo de permanência no site (stickness).
O surgimento do Google, em 1998, foi uma completa quebra de paradigma, pois eles não lucravam com propagandas e foi totalmente inovador tanto no requisito de negócio quanto na questão do layout, pois a busca tinha um layout muito clean e rápido (consulta baseada em algoritmos).
A partir dos anos 2000, o Google começa a vender propaganda baseada nos critérios de busca de palavras chaves. Este serviço foi denominado “AdWords”. O cliente pagaria pela quantidade de clicks na caixa de texto. 
Em 2003, criou o Adsense, onde o serviço de publicidade oferecido pelo Google inc. aos donos de websites para inscrever-se no programa para exibir anúncios em texto, imagem e, mais recentemente, vídeo. A exibição dos anúncios é administrada pela Google e gera lucro baseado ou na quantidade de cliques ou de visualizações. Criou o gmail, onde usuários poderiam criar suas contas pessoais ou de empresa e usufruir gratuitamente de serviços para armazenamento de informações.
Em 2004, estruturou a maior biblioteca virtual do mundo, onde foi scaneado e indexado livros ao redor do mundo e outros serviços como: Blogger, Picasa, agenda e tradutor. Ampliando o leque de serviços da marca.
Em 2006, o Google adquire o YouTube por US$ 1,65 bilhão, posicionando esta plataforma com conteúdo Premium gerando concorrência com empresas de TV a cabo.
Em 2007, adquiriu a AdMob e Doubleclick aumentando a sua eficiência no mercado de propaganda online. Além de lançar o sistema android com a compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, onde foi possível fazer uma prova de conceito do seu sistema operacional.
Em 2011, adquiriu a ITA, onde era possível fazer reserva de vôos e assentos pelo seu sistema. Adicionalmente foi lançado o Google Play uma plataforma para armazenamento de música com elementos similares ao I-tunes. Ainda em 2011, foi lançado o Google+ uma rede social para concorrer com o Facebook, mas a retenção desta rede era de 3 minutos ao mês em contraponto a sua adversária que retinha 400 minutos.
No final de 2012, apesar de todos os lançamentos destes produtos inovadores, Google mantinha 97% de sua receita proveniente com propagandas em sua plataforma de busca.
A Apple entra na economia da internet
Fundada em 1976, atuando no setor de desenvolvimento de computadores pessoais competindo com a Microsoft. Em 2004 estava avaliada em US$ 8 bilhões. De 2009 a 2013 a empresa foi avaliado em US$ 75 bilhões e após este período estava avaliada em US$ 600 bilhões tornando-se a empresa de capital aberto mais valiosa de todos os tempos. Não havia uma explicação clara desta supervalorização. O Cofundador Steve Jobs retornou a empresa em 1997, depois de ter sido afastado pelo Conselho. Em 2001, foi lançado o i-tunes e ipod, mas não aumentaram substancialmente as vendas. Em iPhone foi lançado em 2007 e o i-pad em 2010. Neste período a receita ainda dependia muito das vendas do varejo, mas a empresa era vista como um potencial de inovação e do mundo digital. Embora o Android da Google fosse o sistema operacional instalado em 72% dos telefones vendidos, mas a Apple vencia a Google no acesso via internet móvel “e-commerce”. 
Além da concorrência entre as 2 gigantes: Google e Apple, a Amazon concorria com o dispositivo Kindle, especializado para e-books. 
O facebook transforma a experiência de internet
Disponível desde 2005 para o público em geral, mas seu crescimento de potencial de negócios só começou a consolidar a partir de 2009. Em apenas 2 anos, a parcela de tempo online dos Estadunidenses aumentou de 2 para 20%, tanto em número de usuários quanto em tempo de retenção.
Em 2013, nos EUA, 153 milhões visitavam o Facebook pelo menos 1 vez ao mês. O visitante médio ficava 6 horas e 41 minutos por mês no site. Comparativamente os usuários do Google ficavam apenas 1 hora e 41 minutos. A internet como um todo ocupava 28 horas ao mês, sendo que 21 horas em um Aplicativo móvel. A TV ocupava 168 horas, sendo que 158 horas em tempo real e 9,5 horas gravadas).
Apesar do tempo de conexão dos usuários no Facebook, o Google era mais eficiente para atrair anunciantes. O Google retinha 75% do mercado de propaganda. O mercado total era de US$ de 16 bilhões e o Google retinha 12 bilhões desta fatia. 
A receita do Facebook vinha de propaganda, onde seus usuários poderiam se declarar fãs da marca e aumentar a projeção da marca através das redes sociais.
Em 2012, o Facebook lançou o Exchange, onde era possível salvar a navegação do usuário “cookies” e depois realizar uma oferta segmentada. 
O mercado de propaganda de mídia
O gasto com propaganda de emissão offline (televisão, rádio e impressos) era de US$ 174 bilhões, e outros US$ 169 bilhões em marketing e propaganda diretos (incluindo e-mail Marketing). Já em mídia online era gasto cerca de US$ 37 bilhões online. Os estadunidenses passavam cerca de 26% do seu tempo na mídia online, mas os anunciantes gastavam 20% do seu orçamento na mídia online. Isso 
demonstrava o potencial da mídia online nos próximos anos.
O mercado de propaganda de mecanismo de busca
Google detinha 66% do mercado de busca via desktop nos Estados Unidos entre 2009 e 2012. A partir do lançamento do i-phone em 2007, as buscas via aplicativos móveis começaram aumentar (15% das buscas eram a partir de App móveis). O Google controlava quase todo o mercado de propaganda.
Em 2007, observou-se uma busca especializada através da preferência dos consumidores. Especula-se que isso tenha sido uma interferência do Facebook. Empresas como TripAdvisor, Yelp e Urbaspoon tinham muita visibilidade nas buscas segmentadas.
O mercado de propaganda de exposição
A transição da mídia offline para mídia online foi marcada por oferecimento de conteúdo Premium para assinantes. A partir de 2012, o custo médio por mil exposições (CPM) caiu, possibilitando uma tendência de comprar público ao invés de espaços em conteúdo premium.
O mercado de varejo na internet
Em 2011 a maior parte do varejo nos EUA acontecia offline. O maior varejo onlineera Amazon, com US$ 48 bilhões em vendas online, seguido pela Apple com US$ 15,8 bilhões obtida por receita de equipamentos como: i-phone, Mac, ipods e ipads. Em terceiro lugar ficava a Staples com US$ 10,6 bilhões, o WallMart era o quarto com US$ 5 bilhões e outros como: Dell, Office Depot e QVC.com. O e-bay não entrou neste ranking, pois era uma plataforma que vendia serviços de terceiros, mas o seu volume de venda era de US$ 28 bilhões. O mercado era concentrado em 4 empresas: Amazon, e-bay, wallmart e Sears concentrando somados 50% do mercado entre os 100 maiores varejistas. O mercado de eletrônico representava 18% e era dividido entre a Apple e Dell e em terceiro lugar ficava o material de escritório. Os demais segmentos eram pulverizados nos demais setores comandados por diversas empresas sem concentração.
Conclusão
Em dezembro de 2012 um editorial da revista The Economist escreveu um artigo sobre as 4 gigantes da internet: Google, Apple, Facebook e Amazon. Nunca fora registrado um crescimento tão vertiginoso no mundo dos negócios em um espaço tão curto, despertando admiração e medo. Se estas gigantes continuarem com este nível de crescimento podem sufocar a concorrência [...]
Assim como a televisão, Shopping Center e automóvel moldaram o consumidor do Séc. XX, estas plataformas revolucionaram a forma como o Marketing é conduzido no Séc. XXI. Esta mudança de paradigmas no mundo de negócios, mudando a forma como compramos nossos produtos e interagimos com as pessoas. Isso também está acontecendo com as novas empresas de tecnologia. Elas tem mudado a nossa forma de interagir com o mundo globalizado.
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