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A IMPORTÂNCIA DO ABATE HUMANITÁRIO E BEM ESTAR ANIMAL NA CADEIA DE PRODUÇÃO DA CARNE BOVINA

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ISSN 2526-9003 Revista Científica de Medicina Veterinária-UNORP, v.1, n.1, p. 40-55, 2017 
40 
 
A IMPORTÂNCIA DO ABATE HUMANITÁRIO E BEM-ESTAR 
ANIMAL NA CADEIA DE PRODUÇÃO DA CARNE BOVINA 
 
[The importance of humanitarian slaughter and animal welfare in the bovine meat 
production chain] 
 
Guilherme Arruda GONÇALVES1 
Bruna Maria SALOTTI-SOUZA2 
 
 
 
RESUMO 
O Brasil é o segundo produtor mundial de carne bovina com 211,764 milhões de cabeças 
em 2013 e a exportação de 1.565.308 toneladas em 2014. O abate humanitário é o conjunto 
de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem estar dos animais desde o 
embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico. O abate 
humanitário e o bem estar animal têm relação direta com a lucratividade pois, se não forem 
obedecidos tais requisitos, a carne não é considerada de qualidade não havendo mercado 
entre os consumidores, gerando um marketing negativo que produz uma rejeição do 
produto. Este estudo teve por objetivo analisar a importância do abate humanitário e bem 
estar animal na cadeia de produção da carne bovina. 
Palavras-chave: qualidade; carne; insensibilização. 
 
 
ABSTRACT 
 
Brazil is the world's second largest beef of producer with 211.764 million heads in 2013 and 
the export of 1,565,308 tons in 2014. The humane slaughter is the set of technical and 
scientific procedures that ensure animal welfare from loading at the rural property until the 
bleeding operation the slaughter plant. The humane slaughter and animal welfare is directly 
related to profitability because if not complied with such requirements meat is not considered 
quality there is no market among consumers generating a negative marketing that produces 
a rejection of the product. This study aimed to analyze the importance of humane slaughter 
and animal welfare in the production beef of chain. 
Keywords: Quality; Beef, Stunning. 
 
 
 
 
 
1 
Médico Veterinário Autônomo 
2
 Docente do curso de Medicina Veterinária – Centro Universitário do Norte Paulista – UNORP *Autor 
para correspondência. brunasalotti@gmail.com 
mailto:brunasalotti@gmail.com
ISSN 2526-9003 Revista Científica de Medicina Veterinária-UNORP, v.1, n.1, p. 40-55, 2017 
41 
 
INTRODUÇÃO 
O sistema intensivo de produção de 
animais teve início após a Segunda 
Guerra Mundial, devido a grande 
escassez de alimentos na Europa e o 
modelo de produção industrial em larga 
escala e em série, atingiu todos os 
setores, inclusive o pecuário (LUDTKE et 
al., 2012). Houve um aumento no número 
de abatedouros de animais para o 
consumo humano. 
Atualmente o Brasil apresenta aptidão, 
alta performance e grande potencial 
pecuário, se destacando, tanto no cenário 
nacional com o internacional, na produção 
de carne bovina, ocupando o segundo 
lugar mundial com um efetivo de 211,764 
milhões de cabeças de bovinos em 2013. 
O país ocupa também a segunda posição 
mundial na produção de carne bovina, 
sendo os Estados Unidos o maior produtor 
(INSTITUTO BRASILEIRO DE 
GEOGRÁFIA E ESTATISTICA, 2013). 
No agronegócio brasileiro, a exportação 
de carne bovina é uma atividade bastante 
expressiva. De janeiro a dezembro de 
2014 foram exportadas 1.565.308 
toneladas com uma receita de US$ 
7.242.131 (ABIEC, 2014). 
Os números demonstram a dimensão do 
potencial de mercado brasileiro que 
mantém-se competitivo e para ampliar as 
exportações de carne necessita seguir as 
exigências dos consumidores cada vez 
mais atentos à qualidade e à origem do 
produto. Dentre as exigências, o abate 
humanitário e o bem estar animal são um 
dos pontos observados, pois impactam na 
qualidade final do produto exportado. 
Para o Brasil continuar a exportar, se 
mantendo competitivo no mercado, deve 
se adequar às normas exigidas pelos 
mercados exportadores que são rigorosos 
quanto à qualidade do abate da carne. Se 
o país não se adequar às leis 
internacionais e exigências mínimas pode 
perder espaço no mercado (CHIAPPINI, 
2014). 
Este estudo tem por objetivo discutir, 
mediante a apresentação de algumas 
referências, a importância do abate 
humanitário e bem-estar animal na cadeia 
de produção da carne bovina. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
Carne bovina no Brasil 
 
O setor pecuário brasileiro é bastante 
privilegiado, pois detém largas extensões 
de terras onde se pode manter o gado a 
pasto, o clima favorável e um custo de 
produção baixo, tornando o preço da 
carne bovina brasileira atraente no 
mercado internacional, elevando a 
vantagens competitivas do país 
(CALEMAN; CUNHA, 2011). 
Tais condições foram decisivas para o 
desenvolvimento dos sistemas 
agroindustrial da carne bovina brasileira, 
principalmente nas últimas décadas 
elevando o país ao patamar de maior 
exportador de carne, dando um salto nas 
exportações de carne brasileira 
(CALEMAN; CUNHA, 2011). 
Existem vários fatores para tal 
desempenho das exportações de carne 
bovina nos últimos anos, sendo que os 
principais fatores são mudanças no setor 
produtivo, incidência de encefalopatia 
espongiforme bovina, redução do rebanho 
norte-americano, alto custo de produção 
de carne bovina na Europa, a seca 
australiana em 2008 (CALEMAN; CUNHA, 
2011). 
A abertura de capital e abertura do 
mercado brasileiro, internacionalização e 
diversificação das atividades brasileiras, 
ISSN 2526-9003 Revista Científica de Medicina Veterinária-UNORP, v.1, n.1, p. 40-55, 2017 
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postura empresarial da pecuária nacional, 
preço competitivo e atraente da carne 
brasileira no mercado internacional e 
modernização das unidades industriais 
para abate e adoção de legislações e, 
padrões internacionais de higiene, 
sanidade e principalmente de abate 
humanitário e bem estar animal 
(CALEMAN; CUNHA, 2011). 
Dentre todos os fatores, a adoção de 
legislações e padrões internacionais de 
higiene, sanidade e principalmente de 
abate humanitário e bem estar animal, 
modernização do setor das unidades 
industriais para abate foram os que mais 
possibilitaram ao Brasil alcançar o nível de 
excelência nas exportações de carne 
(ROÇA, 2011). 
 
 A evolução da indústria da carne no 
Brasil 
Durante a década de 70 alguns fatores 
como a expansão da urbanização, 
saneamento básico, infraestrutura de 
transporte e estruturação sanitária do país 
surgir legislações especificas que 
possibilitaram a criação de um grande 
número de matadouros-frigoríficos, 
permitindo ao Brasil o crescimento das 
exportações de carne bovina nas décadas 
de 70, 80 e 90 (FELÍCIO, 2013). 
A lei 5.760/71 delegou a União à 
responsabilidade da fiscalização industrial 
e sanitária e da produção e comércio, 
municipal ou intermunicipal, de produtos 
de origem animal, o que levou ao 
fechamento de inúmeros matadouros que 
não dispunham de um mínimo de 
condições higiênicas para proceder ao 
abate de animais para consumo (BRASIL, 
1971). Foi o período em que o país 
ganhou projeção internacional e a fama de 
possuir alguns dos mais modernos 
matadouros-frigoríficos do mundo 
(FELÍCIO, 2013). 
Para se adequar as exigências do 
mercado internacional o Brasil, além de 
adotar todas as legislações e preceitos 
internacionais como base, também 
atualizou suas legislações para atender 
toda a cadeia de produtiva de carne 
(LUDTKE et al., 2012; CHIAPPINI, 2014). 
Surge então uma indústria de carne 
especializada e moderna com grandes 
frigoríficos exportadores que respondem 
ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), e 
são habilitadas pela Lista Geral 9, que 
corresponde os países importadores de 
carne brasileira a União Européia (Lista 
Geral mais países da UE) e Estados 
Unidos. A habilitação para atender a 
esses mercados consumidores implica em 
maiores exigências por parte das vistorias 
realizadas pelos órgãos de inspeção dos 
países em questão (CALEMAN;CUNHA, 
2011). 
Entre os principais frigoríficos 
exportadores, com valores exportados em 
faixa superior a US$ 50 milhões 
destacam-se: JBS S.A (JBS-Friboi), Bertin 
S.A, Marfrig Indústria e Comércio de 
Alimentos S.A, Minerva S.A, Frigorífico 
Mercosul S/A, Independência S.A, Quatro 
Marcos Ltda, Frigorífico Mataboi S.A, 
Frigorífico Margem Ltda e Frigol 
Comercial Ltda. Apenas 18 frigoríficos 
respondem por 98% das exportações 
brasileiras, sendo que os cinco maiores 
controlam 65% do mercado exportador 
(CALEMAN; CUNHA, 2011). 
 
Abate humanitário 
As primeiras preocupações com o bem-
estar animal no manejo pré-abate iniciou-
se na Europa no século XVI. De acordo 
com Ludtke et al., (2012), há relatos de 
que os animais deveriam ser alimentados, 
hidratados e estar em descansados antes 
do abate e que deveriam receber um 
golpe na cabeça que os deixaria 
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inconscientes, antes que fosse efetuada a 
sangria, evitando sofrimento. Entretanto, a 
primeira lei geral sobre bem-estar animal 
surgiu no ano de 1822, na Grã Bretanha. 
Os primeiros princípios sobre bem-estar 
em animais de produção começaram a ser 
estudados em 1965 por pesquisadores e 
profissionais da agricultura e pecuária do 
Reino Unido, denominado Comitê 
Brambell. Esse Comitê foi uma resposta à 
pressão da população, indignada com os 
maus tratos dados aos animais em 
sistemas de confinamento, denunciados 
no livro “Animal Machines” (Animais e 
Máquinas), publicado pela jornalista 
inglesa Ruth Harrison em 1964 (LUDTKE 
et al., 2012). 
Também com a necessidade de 
harmonizar as normas internacionais de 
alimentos que englobassem o bem-estar 
animal, a qualidade dos produtos cárneos 
e a higiene durante todo o processo de 
produção da carne, iniciou-se a produção 
de documentos por diferentes entidades: a 
ONU representada pela FAO que 
implementou o CODEX; os EUA que 
utilizava Análise de Perigos e Pontos 
Críticos de Controle, a Organização 
Mundial do Comércio (OMC) também 
adotou o Acordo Sanitário e Fitossanitário 
com sigla inglesas (SPS) (FAO, 1997; 
BROWN, 2000). Estas legislações foram 
as primeiras que evoluíram dando origem 
às modernas normas que embasa os 
preceitos internacionais sobre higiene, 
qualidade, e bem estar animal. 
O país evoluiu, e no início do século XX, 
surge a primeira legislação brasileira com 
medidas de proteção aos animais, o 
Decreto Lei nº 24.645 de julho de 1934 
que tratava do transporte de animais, 
acomodações e higiene dos locais de 
comercialização dos animais (BRASIL, 
1934). Contudo, o decreto não tratava 
especificamente do abate de animais para 
consumo humano, o país tinha 
matadouros e abatedouros, muitos deles 
clandestinos, sem qualquer fiscalização e 
em péssimas condições de higiene 
sanitária. 
A regulamentação do transporte de 
bovinos em território nacional apenas com 
documentação da Inspeção Federal 
ocorreu por meio da Lei nº 1283 de 1951, 
que deu início a um rígido controle 
sanitário (FELÍCIO, 2013). Este foi 
afirmado por intermédio da aprovação do 
Regulamento de Inspeção Industrial e 
Sanitária dos Produtos de Origem Animal 
(RIISPOA), Decreto nº 30.691, de 29 de 
março de 1952. 
O abate de animais era considerado uma 
operação tecnológica de baixo nível 
científico. Somente assumiu importância 
científica quando se observou que os 
eventos que envolvem todo o processo de 
abate do animal tinham grande influência 
na qualidade da carne (ROÇA, 2001). 
Atualmente o abate humanitário pode ser 
definido como o conjunto de 
procedimentos técnicos e científicos que 
garantem o bem estar dos animais desde 
o embarque na propriedade rural até a 
operação de sangria no matadouro-
frigorífico (ROÇA, 2001). 
Para nortear o abate humanitário o 
Ministério da Agricultura aprovou em 2000 
a Instrução Normativa 3, com protocolos 
para garantir o abate humanitário e o 
bem-estar dos animais (BRASIL, 2000). 
As principais legislações sobre o bem-
estar dos animais de produção em vigor 
no país são: Instrução Normativa Nº 3, de 
17 de janeiro de 2000, que é um 
Regulamento Técnico de Métodos de 
Insensibilização para o Abate Humanitário 
de Animais de Açougue; Ofício Circular N° 
550 de 24 de agosto de 2011 e 562 de 29 
de agosto de 2011, que estabelece 
adaptações da Circular N° 176/2005, na 
qual se atribui responsabilidade aos 
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fiscais federais para a verificação no local 
e documentar do bem-estar animal por 
meio de planilhas oficiais padronizadas, 
Normativa N° 56, de 06 de novembro de 
2008, que estabelece os procedimentos 
gerais de Recomendações de Boas 
Práticas de Bem-estar para Animais de 
Produção e de Interesse Econômico – 
REBEM, que abrange os sistemas de 
produção e o transporte; a Instrução 
Normativa Nº 46, de 6 de outubro de 
2011, que contempla os requisitos de 
bem-estar animal dentro das normas 
técnicas para instalações, manejo, 
nutrição, aspectos sanitários e ambiente 
de criação nos sistemas orgânicos de 
produção animal (LUDTKE et al., 2012). 
Em 2011 foi publicada a Portaria N° 524 
que instituí a Comissão Técnica 
Permanente de bem-estar animal 
(CTBEA) do Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento para ações 
específicas sobre bem-estar animal nas 
diferentes cadeias pecuárias com o 
objetivo de fomentar o procedimento no 
Brasil, buscando estabelecer normas e 
legislações de acordo com as demandas. 
As diretrizes brasileiras de bem-estar 
animal são elaboradas com base nas 
recomendações da Organização Mundial 
de Saúde Animal (OIE) (LUDTKE et al., 
2012). 
Segundo Neves (2008), a produção e 
abate de animais no Brasil têm sido 
influenciados pela opinião dos 
consumidores europeus e 
consequentemente pelas legislações da 
União Europeia, uma vez que há interesse 
na exportação de carnes para esses 
países. Para tanto, é necessário adequar 
as práticas de manejo dos animais com 
relação às exigências desses países, de 
forma a mantê-los ou mesmo ampliar o 
mercado de exportação de carnes 
brasileiras. 
Portanto, o abate humanitário e o bem 
estar animal são fatores preditivos de 
elevada qualidade e alto valor do produto 
final para o mercado importador do 
produto brasileiro, influenciando 
diretamente nos lucros da cadeia de 
produção da carne bovina (GOLDONI, 
2011; ROÇA, 2001). 
 
Recomendações quanto ao abate 
humanitário 
As recomendações abordam que os 
animais de produção não sofram durante 
o período de pré-abate e abate, 
envolvendo os seguintes pontos (LUDTKE 
et al., 2012; CHIAPPINI, 2014): 
 Os animais devem ser 
transportados apenas se estiverem 
em boas condições físicas; 
 Os manejadores devem 
compreender o comportamento 
dos animais; 
 Animais machucados ou sem 
condições de moverem-se devem 
ser abatidos de forma humanitária 
imediatamente; 
 Os animais não devem ser 
forçados a andar além da sua 
capacidade natural, procurando-se 
evitar quedas e escorregões; 
 Não é permitido o uso de objetos 
que possam causar dor ou injúrias 
aos animais; 
 O uso de bastões elétricos só deve 
ser permitido em casos extremos e 
quando o animal tiver clareza do 
caminho a seguir; 
 Animais conscientes não podem 
ser arrastados ou forçados a 
moverem-se caso não estejam em 
boas condições físicas; 
 No transporte, os veículos deverão 
estar em bom estado de 
conservação e com adequação da 
densidade; 
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 A contenção dos animais não deve 
provocar pressão e barulhos 
excessivos; 
 O ambiente da área de descanso 
deve ser iluminado e apresentar 
piso bem drenado,respeitando o 
comportamento natural dos 
animais; 
 No momento da espera no 
frigorífico, deve-se supri-los com 
suas necessidades básicas como 
fornecimento de água, espaço, 
condições favoráveis de conforto 
térmico; 
 O abate deverá ser realizado de 
forma humanitária, com 
equipamentos adequados para 
cada espécie; 
 Equipamento de emergência deve 
estar disponível, em caso de falha 
do primeiro método de 
insensibilização. 
 
Além das diretrizes nacionais, há as 
exigências internacionais como o 
regulamento EC 1099/2009 que 
estabelece regras mínimas para a 
proteção dos animais durante o abate na 
União Europeia (UE), medida ampliada 
aos seus países fornecedores de carne. 
Dentre os requisitos dessa diretiva 
destacam-se (LUDTKE et al., 2012): 
 Obrigatoriedade de todo o 
estabelecimento de abate ter o 
responsável pelo bem-estar dos 
animais. 
 Esse profissional, além de 
fiscalizar, deve possuir autoridade 
direta, a fim de identificar as 
prioridades na rotina e determinar 
ações que supram as 
necessidades de bem-estar 
animal; 
 Qualificar a mão de obra com 
treinamentos em bem-estar animal, 
registrando os respectivos 
treinamentos de reciclagem; 
 Manutenção dos equipamentos e 
registros contínuos de 
monitoramento. 
 
Atualmente todos os países exportadores 
dentre eles o Brasil têm adotado o 
conceito “Cinco Liberdades desenvolvido 
pelo Comitê Brambell que avalia o bem-
estar dos animais e que fora aprimorado 
pelo Farm Animal Welfare Council – 
FAWC (Conselho de Bem-estar em 
Animais de Produção) do Reino Unido 
(LUDTKE et al., 2012; CHIAPPINI, 2014). 
São eles: 
 Livre de sede, fome e má nutrição; 
 Livre de desconforto; 
 Livre de dor, injúria e doença; 
 Livre para expressar seu 
comportamento normal; 
 Livre de medo e estresse. 
 
 Todas essas legislações e requisitos 
sobre bem-estar animal são para atender 
a crescente preocupação dos 
consumidores com a forma como os 
animais são criados, transportados e 
abatidos. Isto vem pressionando a 
indústria, obrigando-a a tratar com 
cuidado, respeitando a capacidade de 
sentir dos animais (consciência) e, com 
isso, melhorando não só a qualidade 
intrínseca dos produtos de origem animal, 
mas também a qualidade ética (LUDTKE 
et al., 2012). 
 
Etapas importantes no bem estar animal 
No Brasil a idade média para o abate dos 
bovinos é de 2 ½ a 4 anos de idade, 
porém os estabelecimentos que visam 
exportar para a União Europeia devem 
atender a cota Hilton no qual são 
obrigados a abater animais mais jovens 
entre 24 a 30 meses. Esses animais 
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apresentam um rendimento médio de 250-
270 Kg (16-17 arrobas) por cabeça 
(PRATA; FUKUDA, 2001). 
 
O pré-abate 
O pré-abate compreende as principais 
etapas, como o embarque de animais, 
transporte, recepção, descanso, jejum 
alimentar. O manejo pré-abate acontece 
24 horas antes do transporte dos animais, 
na fazenda onde estes devem ficar 
supridos somente com água (DUARTE; 
BIAZOLLI; HONORATO, 2014). 
O transporte do animal no Brasil ocorre na 
maioria das vezes por via terrestre, para 
evitar a superlotação e o estresse do 
animal deve-se transportar em média 21 a 
22 animais por veículo, o piso da 
carroceria do caminhão deve ser 
guarnecido de gradil antiderrapante 
articulado nas laterais revestido com 
fundo de palha para facilitar a limpeza e 
desinfecção (PRATA; FUKUDA, 2001). 
Os veículos de transporte com piso 
escorregadio ou quebrado ou com 
proteções laterais comprometidas podem 
conduzir a acidentes como contusões 
graves, luxações de articulações ou até 
fraturas dos membros (HERNANDES et 
al., 2009). 
O transporte pode causar estresse 
psicológico e físico devido ao ambiente e 
manejo novos, cansaço, movimentação 
indesejável devido a péssimas condições 
das estradas, direção perigosa, 
machucados, temperaturas indesejáveis, 
alta umidade, alta velocidade do ar e 
densidade de carga, restrição alimentar e 
superlotação (FALCOCHIO, 2012; ROÇA, 
2001). 
Os percursos de curta duração (menos 
que 3 horas) causam tanto desgaste 
quanto um transporte com duração de 6 
horas, em virtude da não adaptação dos 
animais à nova situação, já em percursos 
com mais de 12 horas, deve haver 
descanso para os animais (VIDAL, 2010). 
De acordo com os preceitos de bem-estar 
animal, o transporte por tempo superior a 
15 horas é inaceitável (ROÇA, 2001). Em 
percursos acima de 36 horas os animais 
devem ser alimentados para recuperação 
fisiológica, evitar a pernoite dos animais 
embarcados em decúbito o que se 
configura maus tratos (PRATA; FUKUDA, 
2001). 
No Brasil não existem legislações que 
estabelecem tempo máximo para o 
transporte de animais destinados ao abate 
e nem a obrigatoriedade de paradas para 
fornecimento de alimentos ou água 
durante o percurso. Na União Européia a 
duração de viagem dos animais não pode 
exceder 8 horas ininterruptas 
(FALCOCHIO, 2012). 
Recomenda-se que os bovinos sejam 
transportados em “caminhões boiadeiros”, 
com capacidade média de 5 animais na 
parte anterior e posterior e 10 animais na 
parte intermediaria, totalizando 20 
animais. O transporte não deve ser 
realizado em condições desfavoráveis ao 
animal, deve ser feito nas horas mais 
frescas do dia, para evitar estresse, 
contusão e até mesmo a morte dos 
animais. Altas temperaturas e diminuição 
do espaço também são problemas 
durante o transporte (BRASIL, 1952; 
ROÇA 2001; SARCINELLI; VENTURIM; 
SILVA, 2007). 
 Gregory (2008), relata que, devido a 
problemas no bem-estar animal durante o 
atual trânsito entre paises na Europa e a 
insensibilidade dos manejadores durante 
o transporte, uma parte da Europa 
pretende exigir a rastreabilidade de 
origem do bovino ao invés de restringir 
seu acesso ao mercado. 
Hultgren et al., (2014), descreveram que 
as ações dos tratadores relacionado aos 
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maus tratos aos animais influenciou no 
comportamento do gado nas plantas de 
abate comerciais na Suécia. O manejo 
dos tratadores influenciou no 
comportamento de 64% dos animais 
abatido nos matadouros bovinos. Trinta e 
quatro por cento dos animais tiveram seu 
bem-estar animal severamente 
comprometido e prejudicado, 
demonstrando a necessidade de se treinar 
melhor os recursos humanos quanto às 
suas ações em relação ao bem-estar 
animal. 
Um dos principais fatores que afeta o 
bem-estar dos animais durante o manejo 
pré-abate é o comportamento de quem 
dirige o veículo e maneja os animais 
durante o embarque e o desembarque. Ao 
desembarque os animais devem ser 
colocados em currais de maneira calma e 
controlada o que requer paciência, 
habilidade e um conhecimento claro do 
modo como os animais se comportam em 
um ambiente estranho (DUARTE; 
BIAZOLLI; HONORATO, 2014; 
HULTGREN et al., 2014). 
Segundo o RIISPOA, a administração dos 
estabelecimentos frigoríficos é obrigada a 
tomar as medidas mais adequadas, no 
sentido de evitar maus tratos aos animais, 
sendo responsável desde o momento do 
seu desembarque. Desta forma se proíbe, 
no desembarque ou movimentação de 
animais, o uso de instrumentos 
pontiagudos ou de quaisquer outros que 
possam lesar o couro ou a musculatura do 
animal (BRASIL, 1952). 
 
Recepção, descanso e jejum alimentar 
O período de descanso ou dieta hídrica no 
matadouro é o tempo necessário para que 
os animais se recuperem totalmente das 
perturbações sofridas pelo deslocamento 
desde o local de origem até ao 
estabelecimento de abate, reduzam o 
conteúdo gástrico para facilitar a 
evisceração da carcaça e restabeleçam as 
reservas de glicogênio muscular tendo em 
vista que as condições de estressereduzem as reservas de glicogênio antes 
do abate (ROÇA, 2001). 
De acordo com o artigo 110 do RIISPOA, 
os animais devem permanecer em 
descanso, jejum e dieta hídrica por um 
período de 24 horas. Esse período pode 
ser reduzido quando o tempo de viagem 
não tenha sido superior a 2 horas, porém 
o repouso não pode ser inferior a 6 horas 
(PRATA; FUKUDA, 2001). 
O estudo de Romero et al. (2013) 
indicaram que a densidade de carga do 
caminhão durante o transporte de gado e 
o tempo de espera de 18 a 24 h no 
abatedouro aumentou a incidência de 
contusões 2,1 vezes em comparação com 
períodos de estabulação de entre 12 e 18 
h. 
No momento em que o animal chega ao 
frigorífico e é descarregado se realiza a 
inspeção ante-mortem com a finalidade de 
se verificar: os certificados de vacinação e 
sanidade do gado, identificar o estado 
higiênico-sanitário dos animais, identificar 
e isolar os animais doentes ou suspeitos, 
antes do abate e verificar as condições 
higiênicas dos currais e anexos (PRATA; 
FUKUDA, 2001, RANKEN, 2003). 
A organização mundial da saúde 
preconiza padrões de bem-estar para 
abate, transportes, e controle de doença 
mediante dos escores numéricos de 
pontuação para se quantificar o bem-estar 
animal durante o manuseio e nas plantas 
de abate com o intuito de oferecer uma 
maior coerência entre diferentes auditores 
e inspectores, além de ser prático e fácil 
de implementar. Estes escores constam 
apenas de cinco medidas numéricas que 
avaliam a eficácia do atordoamento, 
insensibilidade, vocalização, queda 
durante o manuseio e uso de aguilhão 
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48 
 
elétrico apesar de haver muitas condições 
prejudiciais ao bem-estar animal devido a 
problemas durante o transporte ou as más 
condições na fazenda. Porém, na planta 
de abate, as condições que podem ser 
avaliadas são, má condição corporal, 
claudicação, perdas por morte, limpeza do 
animal, e problemas de saúde óbvios 
negligenciados (GRANDIN, 2010). 
 
Métodos de Insensibilização 
Segundo a Instrução Normativa nº 3, de 
17 de Janeiro de 2000, do Ministério da 
Agricultura Pecuária e Abastecimento, 
todos os animais classificados como de 
açougue, devem ser abatidos de forma 
humanitária, devendo ser insensibilizados 
antes da sangria, com exceções apenas 
para os abates religiosos (DUARTE; 
BIAZOLLI; HONORATO, 2014). 
A legislação acima referida também define 
o abate humanitário como o conjunto de 
diretrizes técnicas e científicas que 
garantem o bem-estar dos animais desde 
a recepção até a operação de sangria 
(BRASIL, 2000). 
Na legislação da União Europeia há 
também a exigência de que todos os 
animais abatidos para fins de consumo da 
carne devam ser insensibilizados 
instantâneamente e permaneçam 
insensíveis à dor até que haja perda 
completa da atividade cerebral, decorrente 
da sangria (EEC, 1993). 
A finalidade da insensibilização ou 
atordoamento é deixar os animais 
inconscientes, de modo que rapidamente 
se estabeleça um estado de 
insensibilidade, mantendo as funções 
vitais até a sangria que possam ser 
tirados e sangrados sem causar dor ou 
aflição (BRASIL, 2000; RANKEN, 2003). 
Esse estado de inconsciência deve 
perdurar até o final da sangria, devendo 
essa ser a mais completa possível. Assim, 
o principal objetivo do atordoamento é 
diminuir o sofrimento dos animais na 
eminência da sua morte. O uso de 
marreta e o corte da medula ou 
choupeamento são proibidos no Brasil 
(DUARTE; BIAZOLLI; HONORATO, 
2014). 
No Brasil, o método de insensibilização 
mais utilizado para bovinos é a pistola de 
dardo percussivo penetrativo cativo e a 
pistola de dardo de percussão não 
penetrante que provoca uma concussão 
cerebral (TREVIÑO et al, 2010). 
O método percussivo penetrativo é 
realizado com uma pistola com dardo 
cativo, acionado por ar comprimido 
(pneumáticas) ou cartucho de explosão. O 
método de atordoamento com pistola de 
dardo cativo percussivo penetrativo pode 
produzir uma grave laceração encefálica, 
fraturas ósseas, hemorragias e 
perfurações mediate e irreversível 
(PRATA; FUKUDA, 2001). 
O método percussivo não penetrativo 
(martelo pneumático) é realizado por 
pistolas de dardo de percussão, que 
causa a concussão com o impacto, sem a 
penetração do dardo no crânio do animal. 
Este método pode ser imediato e 
reversível no qual o animal perde a 
consciência sem fratura óssea, 
hemorragias meningiais ou encefálicas e 
sem laceração craniana (PRATA; 
FUKUDA, 2001). 
No atordoamento com qualquer um dos 
instrumentos o objetivo principal é manter 
a respiração e o batimento cardíaco do 
animal (PRATA; FUKUDA, 2001). 
No atordoamento, realizado com dardo 
cativo com penetração, há imediata perda 
de consciência dos animais, portanto, 
possui melhor eficiência quando 
comparada com a pistola com dardo 
cativo sem penetração. 
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49 
 
Porém Lim, Erwanto, Lee (2007), 
relataram que o método de atordoamento 
de dardo cativo penetrante resulta em um 
maior nível de contaminação do sistema 
nervoso central de bovinos do que pistola 
de dardo de percussão não-penetrante. 
Essa contaminação do sistema nervoso 
central pode provocar a disseminação da 
doença de encefalite espongiforme bovina 
(BSE). 
Se a utilização da pistola pneumática for 
inadequada, resultando em mais de um 
disparo para levar o animal à 
inconsciência, há prejuízos ao bem-estar 
do animal, que sente dor e tem seu nível 
de estresse aumentado, o que pode 
causar queda na qualidade da carne. O 
tipo de Box de atordoamento também é 
um fator fundamental para que a eficácia 
pretendida seja alcançada, pois com uma 
correta imobilização do animal, o trabalho 
do atordoador é facilitado e 
consequentemente a eficácia do 
atordoamento é melhorada (CIOCCA et 
al., 2006). 
O atordoamento resulta em uma 
importante prática que influencia de 
maneira substancial (TREVIÑO et al., 
2010). 
Após o atordoamento em ruminantes, 
procede-se a sangria, normalmente 
cortando as duas carótidas que deve ser 
realizada em 45 segundos (TREVIÑO et 
al, 2010). 
Após a insensibilização, o animal desliza 
sobre a grade tubular da área de vômito e 
é suspenso ao trilho aéreo pelo membro 
posterior, com o auxílio de um gancho e 
uma roldana. Nesse local e também na 
canaleta de sangria deve ser observada a 
eficiência da insensibilização. Os sinais de 
uma insensibilização deficiente são: 
vocalizações, reflexos oculares presentes, 
movimentos oculares, contração dos 
membros dianteiros e respiração rítmica. 
Em geral considera-se o seguinte critério 
para análise do processo de 
insensibilização em bovinos (GRANDIN, 
2000; RANKEN, 2003): 
- Excelente: menos que 1 por 1.000 de 
animais insensibilizados parcialmente. 
- Aceitável: menos que 1 por 500 de 
animais insensibilizados parcialmente. 
 
Abates Religiosos: Kasher (Judaico) e 
Halal (Islâmico) 
Todos os animais destinados ao abate 
devem passar pelos métodos de 
insensibilização exceto os animais 
destinados ao abate pelos rituais 
religiosos que são o abate judaico 
(Kasher) e o islâmico (Halal) conforme 
preconiza a Instrução Normativa nº 
3/2000. Esta normativa permite o sacrifício 
de animais de acordo com preceitos 
religiosos, desde que sejam destinados ao 
consumo por comunidade religiosa que os 
requeiram ou ao comércio internacional 
com países que façam essa exigência, 
sempre atendidos os métodos de 
contenção dos animais (BRASIL, 2000). 
 
Abate Kasher 
O termo "kosher" ou "kasher" é utilizado 
para definir os alimentos preparados de 
acordo com as leis judaicas de 
alimentação. O abate Kasher é uma 
degola cruenta sem atordoamento prévio 
pela religiãojudaica tem sido muito 
criticado tanto pela crueldade como 
também pela falta de cuidados quanto aos 
aspectos higiênico-sanitários (ROÇA, 
2001). 
Este tipo específico de abate é permitido 
por lei para se atender à comunidade 
judaica brasileira ou ao mercado de 
exportação, não podendo ser a forma de 
eleição de abate dentro de um frigorífico 
(BRASIL, 2000). 
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50 
 
O ritual do abate religioso judaico é 
denominado "schechita" e é realizado por 
um magarefe treinado pelas leis judaicas, 
denominado Shochet. Este ritual consiste 
em amarrar uma das patas traseiras do 
animal e puxá-lo por essa pata para fora 
do box de atordoamento, de maneira que 
fique suspensa, impedindo assim que o 
animal consiga se levantar; enquanto uma 
pessoa segura a cabeça do animal, outra 
fixa um gancho na narina dele para esticar 
o pescoço para que ele possa ser cortado 
sem movimentos bruscos, entre a 
cartilagem cricóide e a laringe cortando a 
pele, músculos, traquéia, esôfago, veias 
jugulares e artérias carótidas e às vezes 
chegando próximo às vértebras cervicais. 
A incisão deve ser executada sem 
interrupção, sem movimentos bruscos, 
sem perfuração, nem dilacerações. A 
faca, denominada Chalaf, deve possuir o 
dobro do comprimento do pescoço do 
animal abatido e ser própria para esse tipo 
de abate (ROÇA, 2001). 
 Essa operação tem como objetivo permitir 
a máxima remoção de sangue pois a 
religião judaica exige carnes que possuam 
pouco sangue residual retido nos 
músculos (NEVES, 2008). 
 
Abate Halal 
No caso da religião islâmica o alimento é 
considerado Halal quando obtido de 
acordo com os preceitos e as normas 
ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela 
Jurisprudência Islâmica. A Sharia proíbe o 
consumo de todo e qualquer tipo de 
alimento modificado geneticamente, assim 
como produtos minerais e químicos 
tóxicos que causem danos à saúde 
(ROÇA, 2001). 
Para os produtos cárneos, o abate deve 
seguir os procedimentos do ritual 
Halal. No abate Halal, a insensibilização 
geralmente não é usada, porque provoca 
um decréscimo na perda de sangue pela 
carcaça, e o sangue é considerado um 
produto proibido, Haran, para o consumo 
pelo Islamismo (ANDREO et al., 2011). O 
abate Halal deve ser realizado em 
separado do não Halal, sendo executado 
por um mulçumano mentalmente sadio, 
conhecedor dos fundamentos do abate de 
animais no Islã (ROÇA, 2001; NEVES, 
2008). 
 As normas básicas a serem 
seguidas para o abate Halal são: 
 - Serão abatidos somente animais 
saudáveis, aprovados pelas autoridades 
sanitárias e que estejam em perfeitas 
condições físicas; 
 - A frase “Em nome de Alá, o mais 
bondoso, o mais Misericordioso” deve ser 
dita antes do abate; 
 - Os equipamentos e utensílios 
utilizados devem ser próprios para o 
Abate Halal. A faca utilizada deve ser bem 
afiada, para permitir uma sangria única 
que minimize o sofrimento do animal; 
 - O corte deve atingir a traqueia, o 
esôfago, artérias e a veia jugular, para 
que todo o sangue do animal seja 
escoado e o animal morra sem sofrimento; 
 - Inspetores mulçumanos 
acompanham todo o abate, uma vez que 
eles são os responsáveis pela verificação 
dos procedimentos determinados pela 
Sharia. 
É importante ressaltar que o abate e 
processamento Halal vislumbra produzir 
produtos seguros e que tragam benefícios 
à saúde de quem os consome. Portanto, 
higiene e sanidade são requisitos 
imprescindíveis para os operadores e 
suas vestimentas, equipamentos e 
utensílios empregados no processo, 
evitando assim a contaminações por 
substâncias não-Halal (ROÇA, 2001). 
ISSN 2526-9003 Revista Científica de Medicina Veterinária-UNORP, v.1, n.1, p. 40-55, 2017 
51 
 
 Falcochio (2012), examinou 3874 
conjuntos cabeça e língua distribuídos 
entre abate tradicional dos quais 2574 
correspondem ao abate religioso Halal. A 
contaminação do conjunto cabeça e 
língua foi observada de todos os lotes 
avaliados, independente do tipo de abate 
que os animais foram submetidos. Mas a 
contaminação do conjunto cabeça e 
língua tiveram maiores indicadores 
quando os animais foram abatidos pelo 
método Halal, quando comparados aos 
animais abatidos no método tradicional e 
concluiu que há uma forte correlação 
(8:100) destes eventos no abate Halal, ou 
seja, no conjunto de lotes abatidos por 
degola a correlação entre o tempo de 
jejum e o percentual de contaminação é 
alta, sendo assim possível estabelecer 
uma equação de predição destes 
parâmetros para esta categoria de abate. 
Esses dois métodos de abate religiosos 
enfrentam críticas e recusa por muitas 
organizações de proteção aos animais, a 
ponto da Câmara dos Deputados 
holandeses aprovarem em 2011 uma lei 
que proíbe esse tipo de abate porque é 
feito sem o atordoamento dos animais. O 
Parlamento da Holanda também 
concedeu aos líderes do judaísmo e do 
islamismo um ano para provar 
cientificamente que o abate religioso não 
causa sofrimento nos animais. Porém a 
medida não teve andamento no Senado 
em consequência das pressões de 
religiosos (PAULOPES, 2012). 
As leis islâmicas permaneceam definida e 
inalteradas, no entanto, sua interpretação 
e aplicação pode mudar de acordo com 
um consenso de legal ou de opinião para 
se adequar ao tempo, lugar e 
circunstâncias isso significa que o 
atordoamento no abate bovino pode ser 
aceito no islã, no entanto, há três pré-
requisitos que devem ser obedecidos: 
 O equipamento de atordoamento 
deve ser utilizado sob o controle 
de um funcionário treinado sob a 
Supervisão de um inspetor 
muçulmano com certificado halal 
que deve realizar moniotramentos 
períodicos. 
 O atordoamento deve ser 
reversivel, de efeito temporário e 
não pode matar nem causar danos 
permanentes ao animal; 
 O equipamento utilizado para 
atordoar suínos nunca deve ser 
usado para os animais halal 
(NAKYINSIGE et al., 2013). 
Outro país que também proibiu o abate 
religioso foi a Polônia onde o Tribunal 
Constitucional, a mais alta instância da 
Justiça da Polônia, o proibiu por 
considerá-lo cruel, desrespeitando, 
portanto, a lei de proteção aos animais. 
Para o tribunal polonês, contudo, a 
matança com dor de animais, sem 
atordoá-los, deixando-os sangrar, fere 
uma lei do país de 2009. A Polônia, nesse 
caso, não precisa se submeter à 
orientação da UNIÃO EUROPEIA 
(NATIONAL SECULAR SOCIETY, 2012). 
A decisão contrária à instrução da UE 
(União Europeia) que entrou em vigor em 
janeiro de 2013 permitindo tal ritual 
porque faz parte da liberdade de religião 
(PAULOPES, 2012). 
No Reino Unido, também se discute a 
proibição do ritual, com o apoio de setores 
do governo. Sacerdotes do judaísmo e do 
islamismo argumentam que 
desenvolveram uma técnica de abate que 
minimiza o sofrimento dos animais, mas 
não há nenhum estudo científico que 
garante isso (PAULOPES, 2012). 
Neves (2008), conduziu um estudo para 
avaliar os efeitos de três métodos de 
abate de bovinos no seu bem-estar e na 
qualidade da carne: pistola de dardo 
cativo com penetração, pistola de dardo 
http://www.secularism.org.uk/news/2012/11/poland-court-rules-that-ritual-slaughter-is-unconstitutional-and-illegal?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+nssnews+%28NSS+News%29
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cativo sem penetração e o método da 
degola sem atordoamento. E obteve como 
resultado que o método da pistola de 
dardo cativo com penetração é um dos 
mais eficientes e com menor risco de 
comprometer o bem-estar animal durante 
o atordoamento e abate. O método da 
pistola de dardo cativo sem penetração 
mostrou-se ineficiente e o métodode 
degola sem atordoamento foi inadequado 
do ponto de vista do bem-estar animal, 
necessitando rever os procedimentos na 
tentativa de melhorá-lo. 
Segundo Nakyinsige et al., 2013 todos os 
métodos de abate são estressantes para 
os animais. Por isso é importante que 
todos os operadores envolvidos com 
atordoamento e abate sejam 
competentes, devidamente treinado. 
Devem ter uma atitude positiva em 
relação ao bem-estar dos animais. O 
melhor tratamento aos animais no 
momento do abate, melhorando o seu 
bem-esta e fazer com que os animais se 
comportem com mais calma, melhorando 
assim a segurança ocupacional dos 
colaboradores e, a fim de reduzir os 
ferimentos físicos nos mesmos. 
 
CONCLUSÃO 
Uma das principais consequências da não 
adoção do abate humanitário é a perda 
econômica com relação à competitividade 
e queda da exportação. Porém, a queda 
da qualidade faz com que o produto seja 
rejeitado pelo consumidor final. Há ainda o 
marketing negativo para cadeia da 
bovinocultura que produz um impacto 
silencioso, mas devastador pela rejeição 
do produto de forma velada o que pode 
demorar mais para ser detectado e se 
intervir. 
 Todos os envolvidos no processo de 
abate, os colaboradores que realizam o 
manejo na fazenda, o motorista do 
caminhão e os colaboradores devem ser 
treinados corretamente, pois o fator 
humano tem grande peso e relação em 
todo o processo. 
Um aspecto importante na adoção das 
medidas de abate humanitário com menos 
violência e agressividade muda aos 
poucos a mentalidade e o modo de agir 
das pessoas que passam a ter mais 
respeito pelos animais. Essa mudança de 
comportamento demonstra uma evolução 
da sociedade que caminha para um modo 
menos agressivo e violento. 
 
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