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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA NATÁLIA MAC.... O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL RIO DE JANEIRO 2019 NATÁLIA MACIEL FERREIRA O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto Orientador: REGINA FÁTIMA CURRY AZEVEDO RIO DE JANEIRO 2019 PRÁTICAS EDUCATIVAS TEMA: Educação de Crianças de 0 a 6 anos (Educação Infantil) TÍTULO: O brincar na Educação Infantil 1. INTRODUÇÃO Este projeto tem o objetivo de expor os conceitos significativos em referência a importância do brincar na Educação Infantil, destacando os benefícios psicológicos e físicos que contribui no desenvolvimento da criança. 1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA O motivo pela escolha do tema foi precisamente por ser complexo educar uma criança diariamente, principalmente sem recursos adequados, o que impossibilita o desenvolvimento do plano de aula do professor e não explora as habilidades do aluno. Muitas instituições de ensino não têm meios de oferecer ferramentas, local adequado, brinquedos, não possui uma forma de trabalhar o lúdico com as crianças e sem esses meios o ensino se tornar atividades rotuladas que não despertam o interesse da criança e com isso não estimula a aprendizagem e a criatividade do aluno além de não estimular o trabalho do professor. As crianças adquirem capacidade de aprendizado, sociabilidade e afetividade que serão levadas por toda a vida e mesmo a criança tendo muito potencial, ela depende do seu ambiente e das suas interações, tudo depende do apoio que a criança recebe tanto da escola como da família. A principal parte da educação infantil é trabalhar a autonomia, é onde a criança passa a descobrir o corpo e experimentar novas possibilidades como ter contato com livros, conviver com a natureza, a criança deve ser reconhecida como um sujeito histórico. Para a criança ter uma boa aprendizagem no futuro é preciso que ela tenha obtido uma educação infantil adequada, ou seja se o aluno for bem estimulado são feitas conexões neurológicas que facilitarão a aprendizagem e o convívio social, pois é nessa idade de 0 a 6 anos que o cérebro da criança está em formação, cabe ao professor oferecer cada criança uma atenção adequada. Por uma boa qualidade de ensino infantil é preciso turmas menores, professores que saibam dividir o tempo para cada atividade em sala de aula como a hora de brincar, a hora para descansar e estimular, que tenha espaço para diferentes atividades para as crianças, que na sala tenha brinquedos disponíveis para as crianças, portanto a escola também deve garantir que os educadores desempenham seu melhor papel, para garantir a qualidade do serviço. Uma boa educação infantil pode causar um grande impacto positivo na vida da criança no presente e no futuro. Um dos principais métodos para o desenvolvimento inicial da criança nos anos iniciais é trabalhar com jogos, pois é por via da brincadeira que a criança aprende a se relacionar no meio em que vive, tem noção de espaço, aprende a respeitar as regras do jogo, com os jogos o aluno aprende a resolver problemas, desperta o seu raciocínio, atrai a atenção da criança para atividade, trabalha a inclusão. Convém ao professor explorar o mundo infantil e produzir atividades que desperte o desejo e interesse na criança, através dos exercícios o educador pode conhecer melhor sobre os alunos, possibilitando uma forma de desenvolver o ensino. É importante que os professores, a escola, o responsável do aluno da saiba a importância do brincar na educação infantil na vida da criança e que entendam o lúdico como ferramenta de ensino pois é brincando que a criança se desenvolve fisicamente, psicologicamente e aprende de forma significativa. O brincar tem uma grande relevância, a criança adquiri noções espontâneas, trabalha suas emoções, sua interação social. Trabalhar com o lúdico na sala de aula é de muita importância para a aprendizagem da criança. Qual a importância do brincar na educação infantil? 2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA O brincar atualmente passou a ser utilizado pelos educadores como um recurso pedagógico, a brincadeira deixou de ser considerada apenas como passa tempo e passou a ser reconhecido a sua importância para a vida da criança. Segundo Vygotsky (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Ainda podemos dizer que o ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil. O brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança, através da brincadeira a criança desenvolve experiências, formação da identidade, interação social, aprende a respeitar as regras do jogo, amplia seu conhecimento e sua criatividade As brincadeiras são fundamentais na vida da criança, porque são nessas atividades que ela constrói seus valores, socializa -se (...), cria seu mundo, desperta vontade, adquire consciência e sai em busca do outro pela necessidade que tem de companheiros. Portanto, não permitir as brincadeiras será um a violência para o desenvolvimento harmônico das crianças. (TEIXEIRA, 2003, p.234). O lúdico contribui para formação de alunos para que busquem novos conhecimentos e de forma divertida, tornando-se pessoas que enfrentam as dificuldades sem medo, que contribua de forma positiva para a sociedade que está inserida, tornando a aprendizagem significativa. Segundo Ausubel, “...aprendizagens significativas caracterizam -se pelo fato de as novas informações apoiarem-se em conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva da pessoa” (CURRÍCULO, 2000, p.11) O jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992 p. 28) afirma que: “[…] o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo”. Portanto, é através da brincadeira que a criança expressa seus sentimentos e emoções, constrói valores significativos para si mesmo e para a sociedade. Podemos dizer que o brincar é um meio pelo qual a criança se relaciona com o mundo adulto, procurando descobrir e ordenar as coisas ao seu redor. Ao vivenciar as brincadeiras, a criança desenvolve afetividade, interage com o mundo em que vive, mediante a fantasia e o encanto. (PASCHOAL e MAC HADO,2008, p.57) Percebe-se através das palavras do autor o quanto a brincadeira é relevante na vida da criança, o conhecimento adquiro nessa fase é fundamental para o seu desenvolvimento. Por meio do universo lúdico que a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Zanluchi (2005, p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida. O educador precisa ter consciência da importância do lúdico no desenvolvimento da aprendizagem e que inclua o brincar como prática pedagógica, para tornar a aula mais alegre e interessante para os alunos de forma que atraia sua atenção, o professor que sempre inova desperta a curiosidade dos alunos tendo maior participação deles. Santos (2002) “acrescenta que educar não se limita a repassar informações ou até mesmo mostrar um caminho que o educador considerao mais certo, mas sim em ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. Ainda, é oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.” O papel do educador é disponibilizar recursos, ser um observador interessado (currículo e avaliação), interagir (se convidado) e compreender o brincar de uma perspectiva desenvolvimentista. É proporcionar recursos, interagir, ampliar o vocabulário e percebe as intenções curriculares na brincadeira (Moyles,2009, p. 20) De acordo com Proinfantil, (2005): Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a interação, planejar e organizar ambientes instigantes para que o brincar possa se desenvolver (BRASIL, 2005, p.50). Portanto, a ato de brincar merece mais atenção do professor porque brincando a criança se socializa, aprende valores, desenvolve sua autonomia e aprende a enfrentar situações diárias Tudo no jogo aponta para o mundo interior do sujeito, invisível aos nossos olhos, e a tradução exterior dessa atividade, no plano da nossa razão, confunde-se com expressões de qualquer outra atividade (FREIRE, 2002, p.67). O lúdico não é apenas jogos, mas também da pessoa se interagir com outras pessoas e conhecer mais sobre si mesmo. O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação (SANTO AGOSTINHO apud SOUSA ,1996, p. 45). O educador deve fazer do lúdico um instrumento para promover e facilitar a educação da criança, as brincadeiras são as formas mais originais que a criança tem de se relacionar com o mundo. Santos (2002) está relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para aprendizagem e para a evolução da criança. É necessário, também, que se estimule a sua autonomia em relação ao autocuidado e que se favoreça a expressão corporal dos sentimentos, sensações, formas de perceber os seres, objetos e fenômenos que as rodeiam. Por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração ainda que desordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer. Kishimoto (2002, p. 146). Sendo assim, o brincar na Educação infantil é fundamental para seu desenvolvimento e pode ser utilizado como recurso pedagógico para a aprendizagem da criança. 2.2.- REFERÊNCIAS BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. CARVALHO, A. M. C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992. KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2002. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997. OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998. VYGOTSKY, L. S; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1998. KISHIMOTO, Tizuca Morchida. O Jogo e a Educação infantil. São Paulo: Thompson Pioneira, 2002. ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005. PASCHOAL, Jaqueline Delgado; MACHADO, Maria Cristina Gomes. Imagens da Infância na Modernidade: da infância que temos à infância que queremos In: MORENO, Gilmara Lupion; AQUINO, Olga Ribeiro de; PASCHOAL, Jaqueline Delgado. Trabalho pedagógico na educação infantil. Londrina: Humanidades, 2007. p. 19, 20, 55 e 57. TEIXEIRA, L. Desenvolvimento cognitivo e educação infantil: espontâneo ou produzido? In: BITTAR, M.; RUSSEF, I. (Org.). Educação infantil: política, formação e prática docente. Brasília: Plano, 2003. MOYLES, J. A pedagogia do brincar. Revista Pátio Educação Infantil, ano VII, n.21. nov. – dez. 2009, p.18-21. Disponível em: <http://www.revistapatio.com.br>. BRASIL. Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil – PROINFANTIL- (Org.) Karina Rizek Lopes, Roseane Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria. Brasília/MEC/SEB/SEED,v.02, unidade 3, 2005. 68p. BRASIL. FREIRE, J. B. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados, 2002. https://drive.google.com/drive/folders/13cFLms0NKs7dF-cOafYKBaj0sfABBL7h?fbclid=IwAR0OiKEo6DuSlLmt0aLGjRqCuIzQa4RRYtdBaYqvQcZDsqNyfVQDNPj9Tzc apostila Pc-RJ https://drive.google.com/drive/folders/14K7WGj2k41t8ZgxHxU6dejxhVpEI9lfh?fbclid=IwAR0_qIY9OEkp7jhqX8IHhAB7GNtYZZcokwQIHODZEhXAEGs_QZgPAIRMrwo
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