Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/04/2019 1 PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA Enfermagem oncológica PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA A quimioterapia (QT) antineoplásica é o emprego de substâncias químicas, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas, dentre outras doenças. A maioria dos quimioterápicos antineoplá́sicos atua de forma inespecífica, atingindo tanto as células normais quanto as cancerígenas. PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA A quimioterapia (QT) antineoplásica é o emprego de substâncias químicas, com o objetivo de tratar as neoplasias malignas, dentre outras doenc ̧as. A maioria dos quimioterápicos antineoplá́sicos atua de forma inespecífica, atingindo tanto as células normais quanto as cancerígenas. 1 2 3 01/04/2019 2 PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA Células que se encontram em rápido processo de divisão celular sofrem com a ação da QT na mais larga escala. Por isso, atualmente há uma preocupação em desenvolver fármacos mais seletivos, ou seja, tóxicos somente aos tecidos tumorais. PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA O tumor maligno é constituído por três grupos de células: as que se dividem ativamente nas fases G1, S, G2 e M; as paradas na fase G0; e as que, perdendo sua capacidade reprodutiva, estão morrendo ou já estão mortas. As células que estão se reproduzindo ativamente são as mais sensíveis à quimioterapia; por isso, opta-se por usar, mais frequentemente, a poliquimioterapia, por meio da qual mais de dois tipos de medicamentos de classificações farmacológicas diferente são aplicados. LEMBRANDO Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose. �Mitose → divisão de uma “célula-mãe” → gera duas “células-filhas” geneticamente idênticas e com o mesmo número cromossômico que existia na célula-mãe. Uma célula n produz duas células n, uma célula 2n produz duas células 2n etc. Trata-se de uma divisão equacional. Prófase, metáfase, anáfase e telófase. �Meiose → divisão de uma “célula-mãe” 2n gera “células-filhas” n, geneticamente diferentes. Neste caso, como uma célula 2n produz quatro células n, a divisão é chamada reducional. 4 5 6 01/04/2019 3 PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA CICLO CELULAR A interfase é o período que precede qualquer divisão celular, sendo de intensa atividade metabólica O intervalo de tempo em que ocorre a duplicação do DNA (Síntese) PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA A QT pode ser administrada isolada ou em combinação (poli quimioterapia), em um protocolo definido e geralmente administrado em ciclos CLASSIFICAÇÃO Adjuvante: administrada após o tratamento principal, com o objetivo de aumentar as chances de cura. Neoadjuvante: aplicada antes do tratamento curativo, com o objetivo de reduzir a radicalidade no procedimento cirúrgico e o risco de doença a distancia; 7 8 9 01/04/2019 4 PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA o Curativa: que representa o tratamento sistêmico definitivo para a cura da doença; o Paliativa: quando objetiva tratar os sintomas da doença, retardar o surgimento de sintomas e melhorar a qualidade de vida. PRINCÍPIOS DE QUIMIOTERAPIA oCurativa: que representa o tratamento sistêmico definitivo para a cura da doença; o Paliativa: quando objetiva tratar os sintomas da doença, retardar o surgimento de sintomas e melhorar a qualidade de vida. ADMINISTRAÇÃO DE FARMACOS Enfermagem oncológica 10 11 12 01/04/2019 5 CLASSIFICAÇÃO PELO MECANISMO DE AÇÃO Especificidade no ciclo celular CICLO-ESPECÍFICO CICLO-INESPECÍFICO Estrutura química e mecanismo de ação AGENTES ALQUILANTES ANTIMETABÓLITOS ANTIBIÓTICOS ANTITUMORAIS PLANTAS ALCALÓIDES AGENTES MÚLTIPLOS HORMONIOS E ANTAGONISTAS HORMONAIS CLASSIFICAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS CLASSIFICAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS Quanto à sua ação no ciclo celular classificam-se em: �Ciclo-inespecíficos: atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo; �Ciclo-específicos: atuam somente nas células que se encontram em proliferação, como é o caso da ciclofosfamida (na fase G2) e a vincristina (na fase M). CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS CLASSE DO QUIMIOETRÁPICO NOMES DOS MEDICAMENTOS MECANISMO DE AÇÃO Antimetabólitos Metotrexato (MTx) e raltitrexato, fludarabina, cladribina, mercaptopurina, tioguanina, 5- fluorouracil (5-FU), citarabina, gencitabina e capecitabina Incorporam-se a ̀ célula bloqueando a produção de enzimas ou interpondo-se entre as cadeias de DNA e RNA. São do tipo ciclo específicos e agem em determinada fase do ciclo celular Alquilantes Mecloretamina, melfalano, clorambucil, ifosfamida e ciclofosfamida, tiotepa, carmustina, lomustina, estreptozocina, cisplatina, carboplatina e oxaliplatina Causam alterações nas cadeias de DNA, impedindo sua replicação. Afetam as células em todas as fases do ciclo celular de modo inespecífico. 13 14 15 01/04/2019 6 CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS CLASSE DO QUIMIOETRÁPICO NOMES DOS MEDICAMENTOS MECANISMO DE AÇÃO Inibidores mitóticos Vincristina, vimblastina, vinorelbina, vindesina, docetaxel e paclitaxel Podem paralisar a mitose na metáfase, Interferem na formação do fuso mitótico. São do tipo ciclo específicos e agem na fase da mitose Antibióticos antitumorais oxorrubicina, daunorrubicina, epirrubici- na, idarrubicina, mitomicina, mitoxantro- na, bleomicina, dactinomicina Atuam interferindo na síntese de ácidos nucleicos, impedindo a duplicação e separação das cadeias de DNA e RNA. São do tipo ciclo-inespecíficos e agem em todas as fases do ciclo celular ANTICORPOS MONOCLONAIS � Uma das classes de anticorpos é a dos monoclonais, que são advindos de um único linfócito B que é selecionado artificialmente e replicado inúmeras vezes como um clone, em função disso, o mesmo só se liga a um epítopo (é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune. É a área da molécula do antígeno que se liga aos receptores celulares e aos anticorpos), de uma única forma, fato este que promove tal especificidade e característica relevante no tratamento de câncer. � Utilizados na terapêutica do câncer: : Panitumumabe, Cetuximabe, Trastuzumabe, Bevacizumabe, Rituximabe, Gemtuzumabe ozogamicina, Nimotuzumabe, Alemtuzumabe, Ibritumomabe tiuxetano PRESCRIÇÃO E CALCULO DOS QUIMIOTERÁPICOS O cálculo da superfície corpórea (SC) é feito por meio do peso e altura do paciente, e é expresso em metros quadrados (m2). A superfície corporal é baseada em uma ta- bela de três escalas, contendo altura, superfície corporal e peso. Existem réguas e calculadoras para esse fim. No entanto, a SC também pode ser obtida por meio de formulas, p.ex.: Mosteller: SC (m2) = altura (cm) × peso (kg)/3.600; 16 17 18 01/04/2019 7 PRESCRIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS Cabe ressaltar a importância da tripla checagem (feita por três profissionais) do protocolo terapêutico proposto e da superfície corporal, incluindo: � checagem pelo enfermeiro na consulta de enfermagem; � checagem pelo farmacêutico antes da diluição; � checagem pelo enfermeiro no momento da administração. Na prescrição medica da QT, devem constar: SC, parâmetros para liberação da QT (p.ex., parâmetros hematológicos, valores de ureia e creatinina, entre outros que se fizerem necessários, de acordo com o medicamento), protocolo de QT e prescrição de QT para o paciente. ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS Para garantir maior segurança, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), por meio da Resolução Cofen n. 210/1998, definiu que o profissional responsável por ministrar os quimioterápicos antineoplásicos deve ser o enfermeiro. ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS Antes da administração de antineoplásicos, o cliente deve receber, por escrito, informações sobre: � diagnóstico; � objetivos da terapia; � duração do tratamento e esquema; � possíveis efeitos adversos a curto e longo prazos; � sintomas que necessitam de comunicação imediata ao médico, enfermeiro ou outro profissional; � contatos desses profissionais. 19 20 21 01/04/2019 8 AVALIAÇÃO DO PACIENTE NA PRÉ-INFUSA ̃O DA QUIMIOTERAPIA Algumas situações devem ser observadas antes da administração do quimioterápico: � alterações nos sinais vitais, incluindo temperatura > 37°C, frequência cardíaca > 100 ou < 50 batimentos/min, � presença de equimoses/sangramentos � desidratação por náusea/vomito. Questionar sempre reações alérgicas a medicações anteriormente, principalmente aquelas que, reconhecidamente, são propensas a causarem reações alérgicas/ anafilaxia, como L-asparaginase e anticorpos monoclonais. AVALIAÇÃO DO PACIENTE NA PRE ́-INFUSA ̃O DA QUIMIOTERAPIA Requisitos ideais para a aplicação da QT: � condições gerais do paciente, em que são avaliados o peso (não deve exceder 10% de perda), � as contraindicações clinicas para os medicamentos selecionados, � a ausência de infecções e a capacidade funcional, segundo os índices propostos por Zubrod e Karnofsky; � a contagem de leucócitos (> 4.000/mm3), neutrófilos (> 2.000/ mm3), plaquetas (> 150.000/mm3), hemoglobina (> 10 g/dL), dosagens séricas de ureia (< 50 mg/dL), creatinina (< 1,5 mg/dL), bilirrubina total (< 3 mg/dL), ácido úrico (< 5 mg/dL) e transferases (< 50 U/mL). FLUXO DA ADMINISTRAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA Conferência da prescrição e do protocolo Planejamento do tratamento e entrega do TCLE Prescrição medica escrita Preparo da droga 22 23 24 01/04/2019 9 FLUXO DA ADMINISTRAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA Verificação da adesão ao tratamento Administração e monitoramento Monitoramento da resposta e da toxicidade MIELODEPRESSÃO-NEUTROPENIA �Orientar a evitar carnes mal passadas, frutos do mar e ovos, lembrando que verduras e legumes devem ser bem higienizados � Orientar a ingestão alimentos bem cozidos � Evitar o contato com pessoas doentes ou que receberam vacina recentemente � Evitar termômetro retal, enemas, supositórios e exames retais em neutropênicos � Manter cuidados com cateteres venosos centrais (CVC) � Trocar dispositivos do acesso venoso periférico a cada 72 horas, se soluções isotônicas. Se houver soluções lipídicas, a troca deves ser feita a cada 24 hora ANEMIA � Manter prevenção contra quedas � Orientar o cliente a alternar períodos de atividade/repouso � Monitorar contagem de hemácias, hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht); monitorar saturação de oxigênio e, se for < 90%, instalar oxigeno terapia � Instalar hemocomponentes se Hb ≤ 7 g/dL e/ou em clientes com sintomatologia e/ou comorbidades, como síndrome coronariana aguda (SCA) e insuficiência cardíaca. � Administrar, se prescrito, eritropoetina recombinante humana. 25 26 27 01/04/2019 10 PLAQUETOPENIA/TROMBOCITOPENIA � Orientar a não utilizar, no período de plaquetopenia, objetos cortantes em geral � Manter prevenção contra quedas e evitar assoar o nariz � Utilizar escova dental de cerdas macias para higiene oral � Evitar o uso de fio dental (se a contagem de plaquetas < 20.000/mm3) � Comunicar sangramentos visíveis e ocultos � Evitar punções � Evitar constipação e uso de enemas e supositórios � Administrar, se prescrito, fator de crescimento de plaquetas NÁUSEAS E VÔMITOS � Orientar para a ingestão de alimentos em temperatura ambiente ou fria e evitar condimentos, doces, frituras e alimentos com odor forte � Proporcionar um ambiente agradável sem odores � Evitar alimentos preferidos no dia da administração do quimioterápico. Fornecer líquidos gelados, como sucos de frutas, gelo, picolés de frutas, suplementos alimentares � Orientar sobre a importância de uma boa higiene oral antes das refeições. Manter boa higiene oral, removendo e higienizando próteses dentarias. MUCOSITE � Proceder̀ à classificação do grau de mucosite. Uma escala que pode ser utilizada e ́ o Common Toxicity Criteria for Adverse Effects (CTCAE) � Pode-se indicar peroxido de hidrogênio � Evitar xerostomia e oferecer goma de mascar sem açúcar para estimular a salivação, quando apropriado � Manter lábios hidratados � Anestésicos tópicos, como lidocaína a 2%, podem ser prescritos para redução da dor e do desconforto. � Administrar analgésicos como prescrito 28 29 30 01/04/2019 11 DIARREIA �Avaliar sinais de desidratação e monitorar ingestão hídrica � Monitorar nível sérico de eletrólitos � Monitorar peso e balanço hídrico se diarreia significativa � Avaliar integridade da região perianal. Orientar o cliente a lavar a região com agua e sabão, em vez do uso de papel higiênico, em razão do risco de lesão na pele/mucosa � Contatar nutricionista para adaptação da dieta. � O American Institute of Cancer Research recomenda alimentação em pequenas quantidades, fracionada, pobre em fibras, sem frituras, lactose, alimentos gordurosos e cafeína. É preciso ingerir líquidos em temperatura ambiente e aumentar a ingestão de alimentos ricos em potássio e sódio, como banana e batata. NEUROTOXICIDADE � Obter historia clinica do cliente que possa influenciar no desenvolvimento de neuropatia, como: uso de álcool, tempo de terapia com quimioterápicos antineopla ́sicos, comorbidades � Proceder ao exame físico, buscando sinais e sintomas de neuropatia em intervalos regulares. � Avaliar o grau de neuropatia de acordo com institucional padronizada � Monitorar dosagens séricas de magnésio e outros eletrólitos quando utilizada a cisplatina, pois desregulações nesses níveis precipitam a toxicidade neurológica CARDIOTOXICIDADE � Atentar para clientes de risco: extremos de idade, disfunções cardíacas, renais ou hepáticas, dose cumulativa excedida, HAS não controlada, irradiação mediastino, combinação de drogas. � Realizar, antes de terapia, ECG de 12 derivações e ecocardiograma. � O ecotranstorácico e ́ indicado para acompanhamento aos 3, 6 e 12 meses após a QT arritmias, dispneia, tosse seca, distensão das veias jugulares, edema. � Monitorar níveis de potássio e cálcio. � Administrar, conforme protocolo institucional, protetor cardíaco (dexrazoxane – Cardioxane® – infundir em 30 minutos antes da doxorrubicina) para clientes com alto risco de cardiotoxicidade. � Orientar o cliente e sua família a consumir dieta hipossódica, evitar tabaco e álcool, e identificar sinais e sintomas de cardiotoxicidade. 31 32 33 01/04/2019 12 NEFROTOXICIDADE � Iniciar hiper-hidratação (2.500 mL/m2/24 h) e encorajar hidratação via oral � Antes da QT, a diurese deve estar > 150 mL/h1 � Avaliar se há prescrição de amifostina, que pode ser prescrita antes da QT � Proceder à avaliação de dosagem de ureia e creatinina antes e durante o tratamento Nefrotoxicidade � Monitorar peso e balanço hídrico � Atentar-se aos sinais e aos sintomas de toxicidade renal � Manter o pH urinário > 7; realizar teste de fita reagente urinaria � Atentar se há prescrição de alopurinol ou rasburicase, que devem ser prescritos para clientes com doenças mieloproliferativas em tratamento quimioterápico em razão do risco de síndrome de lise tumoral com possibilidade de nefropatia TOXICIDADE DERMATOLÓGICA-PREVENÇÃO DE EXTRAVASAMENTO � Não administrar droga vesicante em período superior a 30 minutos � Evitar veias puncionadas há mais de 24 horas, rígidas, com alterações de cor e doloridas � Garantir uma adequada fixação do acesso, evitando excesso de adesivo que dificulte a visualização do local de punção � Infundir drogas vesicantes por infusor lateral com SF 0,9%, infundido paralelamente � Testar refluxo e infusão com SF 0,9% antes e checar retorno a cada 2 mL TOXICIDADE DERMATOLÓGICA-PREVENÇÃO DE EXTRAVASAMENTO � Orientar o cliente a comunicar qualquer sintoma, como dormência, formigamento, dor, queimação � Se houver qualquer sinal/sintoma de extravasamento, interromper imediatamente a infusão e manter dispositivo no local; aspirar medicação existente, se possível, remover o dispositivo e elevar o membro; aplicar compressas geladas, exceto se alcaloides da vinca; fotografar a área, notificar e registrar 34 35 36 01/04/2019 13 SEGURANÇA OCUPACIONAL ENFERMAGEM ONCOLÓGICA SEGURANÇA OCUPACIONALO risco de exposição ocupacional pode ocorrer em qualquer fase, desde o preparo até o descarte dos quimioterápicos. Todo agente quimioterápico deve ser preparado por enfermeiro e/ou farmacêutico devidamente treinado e capacitado. SEGURANÇA OCUPACIONAL � A preparação deve ser feita em área exclusiva, em cabine de segurança biológica classe II, tipo B2 (exaustão externa). � Todas as superfícies de trabalho, inclusive a cabine, devem ser limpas e desinfetadas antes e depois de cada sessão de preparação, com produtos regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). � A cabine deve ser ligada 30 minutos antes do inicio de qualquer manipulação e assim permanecer por 30 minutos após a conclusão do trabalho. A ingestão de alimentos ou líquidos, o fumo e a aplicação de cosméticos na área de trabalho são proibidos. Existem recomendações para a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). 37 38 39 01/04/2019 14 ÁREA DE PREPARAÇÃO � Utilizar dois pares de luvas (tipo cirúrgica) de látex, punho longo, sem talco e estéreis; trocar o par de luvas de cima a cada hora e os dois pares a cada 2 horas. � Avental longo fechado na frente ou macacão de tecido impermeável de uso restrito à área de preparação, com baixa liberação de partículas, permeabilidade, com mangas e punho elástico. �Em caso de paramentação reutilizável, esta deve ser guardada separadamente em ambiente fechado até que seja lavada (o avental impermeável não pode ser lavado). �Touca tipo “ninja” ÁREA DE PREPARAÇÃO �Propés com solado antiderrapante �Protetor respiratório contra matéria particulada fina da classe PFF2, dotado com filtro HEPA, e utilização proporcional ao tempo de exposição e ao numero de amostras manipuladas segundo as especificações do fabricante �Óculos de proteção com as laterais fechadas. 40 41 42 01/04/2019 15 NA ADMINISTRAÇÃO Utilizar óculos de proteção, luvas, avental de manga longa com punho elástico e máscara SEGURANÇA OCUPACIONAL � Ao manusear excretas de clientes que receberam QT nas ultimas 48 horas, deve-se vestir aventais e luvas de procedimento � Descartar os materiais perfurocortantes separada e imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes a punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados com a simbologia padronizada que identifica o resíduo toxico, segundo a norma da ABNT NBR-7.500, acrescida da inscrição “perfurocortante”. � Os recipientes devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade � Descartar frascos de antineoplásicos vazios ou com restos de medicações, equipos, algodão e gaze contaminados em um recipiente rígido e impermeável, identificado corretamente com a simbologia padronizada para resíduo químico (Figura 6). � Os resíduos de QT devem ser encaminhados para o processo de incineração DERRAMAMENTO � Restringir o acesso e paramentar-se adequadamente antes de iniciar o procedimento Usar compressas absorventes (secas para líquidos e umedecidas para os po ́s) e limpar a área com agua e sabão neutro em abundancia � Recolher com pá e vassourinha fragmentos de vidro, quando houver � Ter um kit de derramamento identificado e disponível em todas as áreas nas quais são realizadas atividades de manipulação, armazenamento, administração e transporte de antineopla ́sicos 43 44 45 01/04/2019 16 REFERÊNCIAS Oncologia para enfermagem. São Paulo Manole 2016 Oncologia multiprofissional : bases para assistência. São Paulo Manole 2016 HABNER, Bruce. Manual de oncologia de Harrison. 2. Porto Alegre AMGH 2015 46 47
Compartilhar