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UNIDADE III COZINHA EUROPEIA E DO MEDITERRÂNEO 2 Sumário PArA iNÍCio DE CoNVErSA ...................................................................................... 5 DESVENDANDo o mAGrEB ....................................................................................... 5 DESVENDANDo o oriENTE mÉDio ......................................................................... 6 DESVENDANDo mArroCoS ..................................................................................... 8 DESVENDANDo ArGÉLiA ........................................................................................... 14 DESVENDANDo TuNÍSiA ........................................................................................... 16 DESVENDANDo EGiTo ................................................................................................ 18 DESVENDANDo LÍBANo E A SÍriA .......................................................................... 20 DESVENDANDo iSrAEL .............................................................................................. 22 3 uNiDADE iii CoZiNHA EuroPEiA E Do mEDiTErrÂNEo PArA iNÍCio DE CoNVErSA Olá meu caro (a) estudante! Seja bem-vindo a mais um de nossos encontros. Está preparado para dar continuidade ao estudo da Cozinha Europeia e Mediterrânea? Espero que sim! Gostaria de lembrar a você, que sua dedicação ao estudo da nossa disciplina é chave essencial para seu sucesso. Continue com seu comprometimento, que ao final da nossa jornada de estudo você terá pelo domínio do conteúdo. oriENTAÇÕES DA uNiDADE Nessa terceira unidade, você aprenderá sobre o MAGREB. Existem motivo de sobra para você caro (a) aluno (a) conhecer a cozinha do MAGREB, que une ingredientes ocidentais e orientais. Trata-se de uma cozinha simples, bastante original e saborosa. E você terá o prazer de conhecer sobre o Oriente Médio que fica localizado entre a Europa e o Extremo Oriente asiático. Pode ser dividido, em grosso modo, em duas áreas, nos países que se limitam com o leste e sudeste do mar Mediterrâneo e os países asiáticos do sudoeste da Ásia, que não tem costas banhadas pelo Mediterrâneo. Nosso foco de estudo será esta primeira região que é relativamente férteis, utilizando muitas formas de comer mediterrâneas. DESVENDANDo o mAGrEB O Magreb abrange, Marrocos, Sahara Ocidental, Argélia e Tunísia (Pequeno Magreb ou Magreb Central). O Grande Magreb inclui também a Mauritânia e a Líbia. Na época do Império Romano, era conhecido como África menor. LINK https://internacionalpsol.files.wordpress.com/2011/02/mapa-magreb1.jpg 4 Magreb está limitado pelo Mar Mediterrâneo a norte, pelo Oceano Atlântico a oeste, pelo Golfo de Gabés a leste e pelo deserto do Saara a sul. Os três países do Magreb (o Poente, em árabe), Marrocos, Tunísia e Argélia, têm em comum pratos bem característicos, em particular o cuscuz, de origem berbere, à base de sêmola de trigo duro, acompanhado de diversos ingredientes, que variam segundo as preferências e a produção local. DESVENDANDo o oriENTE mÉDio Meu caro (a), o Oriente Médio, considera-se que inclui o Egito, o Irã, o Iraque, Israel, a Jordânia, o Kuwait, o Líbano, Omã, o Qatar, a Arábia Saudita, o Sudão, a Síria, a Turquia, os Emirados Árabes Unidos e o Iêmen, com uma população de cerca de 260 milhões de habitantes, na maior parte árabe. Geralmente, o clima da região é quente e árido, mas há uma vasta gama de temperaturas e terrenos nessa enorme área de montanhas frias e nevadas a desertos causticantes e à temperatura costa do Mediterrâneo. LINK No Oriente Médio, compreende quatro regiões culinárias: primeira do mundo árabe, que inclui os países da península Arábica, o Iraque, a Síria, o Líbano, a Jordânia e o Egito; segunda que é a comida persa do Irã; terceira são os alimentos do Oriente Próximo, incluindo a Turquia e outros países vizinhos, fora do Oriente Médio; quarta é de Israel, diferente por causa dos colonizadores judeus, que trouxeram sua culinária da Europa. Como você pode perceber, uma série de novos conhecimentos espera por você nesse processo de aprendizagem. Preparado para começar? Então vamos lá! http://4.bp.blogspot.com/_VUAJlGZNWtc/TBmKwK3UnWI/AAAAAAAACUI/8dnhECzulys/s1600/oriente%2Bmedio.jpg 5 PALAVrAS Do ProFESSor Agora falaremos sobre os sabores do MAGREB. No Norte da África as terras são férteis e já esteve ali vários povos: árabes, fenícios, cartagineses, romanos e colonos europeus. E também os berberes, nômades do deserto do Saara, que conseguiram manter as tradições. O deserto não é uma terra de forasteiros, apenas os berberes conseguiam enfrentar as tempestades de areia e a falta de água, assim comercializavam seus produtos, como objetos de ouro, sal, artesanato e temperos. Diante tantas informações sobre MAGREB, gostaria que você ficasse por dentro de alguns detalhes, vamos lá? 1 - Alguns ingredientes indispensáveis nestas cozinhas são as frutas secas, raízes, flores, especiarias e cascas. O limão, a laranja e as folhas de hortelã também são bastante presentes, que recebeu influências de várias civilizações, mas ainda mantém a tradição culinária de tempos passados. 2 - O pombo entra na composição de certas receitas dos países do norte da África. As merguez são linguiças de carneiro ou de vaca, aromatizadas com hortelã, coentro, noz-moscada ou pimenta-do-reino. O kebab (espeto) e o michui (cordeiro ou carneiro inteiros grelhados no espeto) também são pratos tradicionais. 3 - Para se ter um bom cuscuz deve-se principalmente a qualidade da sêmola, que deve ser corretamente reidratada antes de seu cozimento, e ao sabor da carne, que depende do legume ou especiaria. A carne servida com o cuscuz pode ser cozida, grelhada ou assada. A carne de cordeiro (ou de cabra) é a mais indicada. 4 - O café é preparado à moda turca, num recipiente de metal de cabo longo. 5 - As frutas cítricas foram importadas da Ásia pelos árabes, as frutas cítricas espalharam-se rapidamente pela Síria, pelo Egito e pelos países do Magreb, onde são importantes produtos de exportação. 6 - As regras do Islã proíbem aos muçulmanos consumir as carnes mortas, o sangue, a carne de porco ou aquelas dedicadas a outro que não Deus. 7 - Como os vinhos e outras bebidas alcoólicas são proibidos, as principais são o chá, o café, o suco de limão e os refrescos à base de xarope, em particular o refresco à base de romãs. E então, muita informação? Mas está gostando? São muitos detalhes, mas com o tempo você vai se interessar mais e mais. 6 DESVENDANDo mArroCoS País banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo. A capital é Rabat. A localização fica no Noroeste da África. Com clima do mediterrâneo, árido subtropical. As principais cidades são Rabat, Casablanca, Fès. A moeda do país é o Dirham marroquino. A religião predominante é o islamismo. E o idioma é o árabe e o francês. LINK Aluno (a), como você pode perceber até o momento, todas as grandes cozinhas sofreram influências de outros países. Marrocos, que tem de um lado o Mediterrâneo e o outro a África, foi ao longo do século influenciado tanto através dos mercadores como das invasões. É uma das mais saborosas e aromáticas do mundo. Os seus variados e coloridos pratos são influenciados pela diversidade de culturas do Norte e Sul. Foto da professora https://lh3.googleusercontent.com/-dTg1qSjwJOk/VTwFNNBuJII/AAAAAAAAFFE/4JKuVutSGio/s512/marrocos.PNG 7 VoCê SABiA? Você sabia que o povo nativo de Marrocos são os berberes, uma raça não árabe que habita o Norte da África desde os tempos primitivos? Pois é, a sua vida era muito simples e rural, cultivando a terra e criando carneiros e gado bovino. Ainda hoje, muitos berberes vivem em tendas e em casas de argila. A língua berbere é quase exclusivamente oral e as receitas de cuscuz foram passadas ao longo dos séculos de mães para filhas. Em Marrocos quemcozinha são as mulheres. Os livros de receita não existiam e mesmo agora são raros. Mas todas as donas de casa marroquinas têm suas próprias receitas. A maioria dos ingredientes têm origens nos hábitos alimentares dos berberes com mel, favas, as lentilhas e o trigo. Os berberes, para cozinhar, usavam sobretudo smen, uma espécie de manteiga de leite de ovelha, vaca ou leite de cabra é aquecida e esticada para tornar-se manteiga clarificada, embora o azeite tenha também sido adaptado. Marrocos assim como outros países do Mediterrâneo, aceitou muito bem o tomate, pimentos e outros frutos e vegetais oriundos da América. A páprica também foi introduzida e tornou-se extremamente popular, especialmente em conjunto com a canela e o gengibre. GuArDE ESSA iDEiA! Nas cozinhas do país, sobrevive a influência de três culturas, a muçulmana, a judaica e a cristã. Há também o legado deixado pela presença francesa nestas terras. Também encontramos a influência dos cozinheiros egípcios e os marroquinos explicam que os árabes são os responsáveis pelas especiarias e os muçulmanos pelo papel desempenhado pelo azeite, a fruta ou as amêndoas. Os fenícios levaram as azeitonas e as uvas, enquanto os romanos transformaram os países do norte africano, região conhecida como Magreb, em um campo de cereais. Os árabes ensinaram os africanos o estilo persa de cozinhar, com o uso de especiarias, na combinação de sabores e no gosto acentuado por nozes, tâmaras e doces. Com a intenção de espalharem o islamismo, os árabes chegaram a muitos outros países e continentes. Os beduínos (cujo nome significa habitantes do deserto) eram árabes nômades que se instalaram em Marrocos e também influenciaram a cozinha do país. A sua alimentação incluía leite e pão, carne era cozinhada em covas abertas no chão ou em fogueiras ao ar livre. ??? 8 Prezado (a) aluno (a), a primeira invasão dos árabes em Marrocos deu-se 682, e trouxe uma cultura e uma religião completamente diferente, o Islão. A comida e os costumes relativos às refeições e à alimentação também eram diferentes. O pão, que era e ainda é essencial na vida dos árabes, foi introduzido no Norte da África e imediatamente adaptado, constituindo atualmente um dos principais alimentos dos marroquinos. Entre os séculos 16 e 17, o Marrocos serviu de exílio para muçulmanos e judeus expulsos da Espanha. Assim, chegou no país as pimentas, as batatas, os tomates, o azeite e as frutas cítricas, ingredientes descobertos pelos espanhóis no Novo Mundo, além de um jeito mais elaborado de usar as especiarias. Encontramos também influências do Império Otomano, quando surgiram os assados e churrascos, e dos franceses, deixaram o gosto pelas sobremesas. Apesar de sua proximidade com a Europa, a cozinha de Marrocos é uma das menos conhecidas pelos europeus. As feiras marroquinas são bastante coloridas, com muitas especiarias. Com destaque para a pimenta-do-reino, pimenta-de-caiena, o gengibre, a cúrcuma, a canela, o cominho, o coentro, a manjerona e o açafrão. Além dos aromas das especiarias que marcam seu caráter, é preciso acrescentar o limão ou a laranja desidratados, a hortelã e a influência do ras el hanout, uma mistura de especiarias em que se coloca até cantárida (condimento feito de insetos desidratados, como a mosca espanhola, utilizada como afrodisíaco). Alguma dúvida no conteúdo meu caro (a)? Sinalizou o seu tutor? Lembre-se que você terá atividades que dependerão deste conteúdo. Posso continuar? Então, nas barracas de rua podemos consumir petiscos tradicionais, como os espetos de kefta, feito de carne de cordeiro picada e condimentada, enrolada no pão, com salada e molho picante. Também é comum encontrar frangos assados servidos com batatas fritas. Há também o djaja mahamara, frango ensopado recheado com amêndoas, semolina e uva-passa. Com relação ao peixe, ele tem pouco destaque na cozinha marroquina. Uma dessas exceções é a traga, um guisado feito com mexilhões, peixes de carne branca, lulas, batatas e ovos. A escassa presença dos peixes, frescos, salgados ou defumados, na cozinha do país tem a ver com problemas de conservação, resultantes das condições climáticas. Em algumas regiões, considera-se de mau gosto servir peixe. O grão-de-bico e outras leguminosas secas são muito apreciados, e as especiarias como gengibre, o açafrão, a cúrcuma e as mais importantes de todas a canela, são indispensáveis na cozinha Marroquina. Este é um país habitado por consumidores de carne, especialmente as de cordeiro e frango, apesar de não dispensarem outras, como a vitela, a carne de camelo nas terras do sul e pombos, cujas carnes constituem grande luxo culinário. Para você que não sabe meu caro (a), a carne de pombo é a protagonista de uma pastila tradicional, na qual é servida envolta em molde preparado com várias camadas de uma pasta muito fina, chamada brick, que serve de base a muitas outras preparações. Há também as águas perfumadas, preparadas com pétalas de rosa ou com flor de laranjeira, com as quais se aromatizam as saladas. Embora em menor escala, usa-se também a água de lavanda. 9 VoCê SABiA? Você sabia que o principal utensílio culinário deste país são as mãos, ou, melhor dizendo, os dedos? Segundo as normas do manual de bons costumes, só devem ser utilizados três dedos, como o fazem os profetas: o médio, o indicador e o polegar. A cozinha marroquina prepara com requinte legumes e frutos amadurecidos ao sol, especiarias raras e perfumadas e carnes saborosas. A melhor das cozinhas orientais, é uma festa para o paladar. Os principais pratos marroquinos, que é indispensável experimentar, são os seguintes: a)M’ choui, carneiro inteiro temperado com alho e cominho e assado no espeto, é um prato berberes mais famosos, apreciado em todo o país, e continua a ser preparo e servido como se fazia a séculos. b)As tagines, guisados de carne e vegetais cujo molho é muito condimentado, são pratos berberes muito conhecidos. c)Harira, uma sopa espessa de vegetais e lentilhas, inventada pelos berberes, foi adaptada pelos arábes para seu pequeno almoço tradicional durante o ramadão. Mas o mais famoso dos pratos berberes é o cuscuz este prato nacional de Marrocos. É cozinhado os grânulos de sêmola que são a base desta especialidade. Estas minúsculas bolinhas de sêmola são cozidas a vapor, colocadas em monte e depois cobertas com o delicioso guisado de vegetais e carnes. Normalmente o cuscuz é servido com carneiro ou frango, às vezes coelho, mas também com peixe e legumes variados (abobrinha, erva-doce, berinjela, grão-de-bico, dentre outros. Cuscuz: É o almoço tradicional da sexta-feira, mas no restaurante servem-no todos os dias. O prato varia de região para região e ao sabor da criatividade da cozinheira. Uma das preparações mais comuns é o cuscuz bidawi (ou com sete verduras), os africanos dizem que traz boa sorte. Brochettes (Espetadas): numa praça, à beira de uma estrada, estas deliciosas espetadas são cozinhadas à sua vista. Um petisco econômico e rápido. LINK ??? https://fthmb.tqn.com/-m_dOMBCOUIEW6yFyHCksZJWaAc%3D/960x0/filters:no_upscale%28%29/lamb-brochettes-getty-3858-x-2582-56a645bd3df78cf7728c31a1.jpg 10 Méchoui: Borrego assado no espeto ou no forno. Pastilla: Uma massa folhada muito fina, com um recheio de pombo e amêndoas. É famoso doce-salgado marroquino. Há variantes com recheio de peixe, de frango ou mesmo de leite, para a sobremesa. LINK Pratos comuns do Ramadã, quando os muçulmanos simbolizam a renovação de seu relacionamento com Deus. A refeição que se segue à quebra da abstinência alimentar é um banquete que pode durar vários dias. Ao pôr do sol, quebra-se o jejum com a rica e saborosa harira, é a sopa mais importante do cardápio marroquino, de carne e lentilhas ou grão de bico, acompanhada de beghri, pequenos crepes de fava, servidos com manteiga derretida e mel, ou de shebakkia, bolos fritos em azeite e envolvidos em mel. LINK Chá de hortelã: Tira a sede, aquece, estimula, e toma-sede manhã, depois das refeições ou a qualquer hora. Um prazer que nunca se recusa. Pastelaria: Bolos de mel, de amêndoa, de passas, de amêndoa. GuArDE ESSA iDEiA! Tajine ou Tagine é um prato gastronômico tradicional em diversos países árabes do norte de África, nomeadamente em Marrocos, outra delícia berbere. É também o nome do recipiente especial utilizada na sua confecção, que é feita com barro cozido, pintado ou envernizado. Esta Tajine ou tagine resiste a temperaturas elevadas de cozedura e é dotada de uma tampa cônica concebida de forma que todo o vapor condensado volte para o fundo da panela. https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/06/af/e4/6b/chez-rachid.jpg https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/5a/6b/c1/5a6bc15c6e2e1787f7e6297d1c11b2d5.jpg 11 Os pratos de Tajine são cozinhados lentamente, a temperaturas baixas, nomeadamente com carvão vegetal. Deste processo, resulta carne tenra, soltando-se dos ossos, com vegetais aromáticos e molho. A tampa possui uma espécie de maçaneta no topo, que facilita a sua remoção e permite adicionar líquidos ou verificar a cozedura. O tajine também tem as suas variações assim como o cuscuz. Alguns dos pratos de Tajine mais famosos são as de cordeiro e tâmaras, mqualli (frango com limão e azeitonas), kefta (almôndegas e tomate) e mrouzia (borrego ou cordeiro com ameixas, passas e amêndoas). Foto da professora As refeições marroquinas são normalmente servidas em mesas redondas baixas. Uma refeição simples pode incluir uma ou mais, duas tagines, que são acompanhadas com saladas cruas e vegetais cozinhados. O pão não pode faltar, uma refeição seria incompleta sem ele. É um ingrediente fundamental nas receitas marroquinas. A massa khbuz costuma levar farinha integral ou uma mistura de farinha de trigo e cevada. Antes de ser assada, a massa é marcada por um selo familiar, e depois levada ao forno comunitário. O resultado é um leve sabor de massa defumada. Considerado um alimento sagrado, o pão não pode sobrar sobre a mesa. Continuando nossos estudos, a gastronomia marroquina baseia-se essencialmente no cuscuz, cozinhado com carne de borrego ou vaca, nas tajines, um guisado em pote de barro de carne ou de peixe (no litoral) e em espetadas de carne. Há algumas excelentes sopas, como a harira, um caldo de tomate e coentros ligeiramente picante. Em todas as localidades existe uma oferta variada de restaurantes com comida local. Raramente se servem bebidas alcoólicas. A cerimônia do chá é muito importante para os Marroquinos. O chá de menta é extremamente refrescante, muito mais do que os refrigerantes. Foto da professora 12 No final de cada refeição, um bule de chá é colocado sobre a mesa ao lado de uma variedade de bolos e sobremesas doces preparados com pistache. As refeições são normalmente acompanhadas de refrigerantes, água ou chá de menta. Os sucos de laranja naturais são também muito populares. Um dos doces mais famosos é o kaab el-ghzal, biscoito em forma de meia-lua, recheado com pasta de amêndoas. A m’hancha é uma massa recheada com amêndoas e coberta por açúcar e canela, e a briouat de massa folhada moldada em forma de charuto. Há ainda as sfenj, rosquinhas fritas na hora, que são vendidas na rua, assim como bolos de amendoim e os torrones de amêndoas. Foto da professora Prezado (a) estudante, o Marrocos oferece uma boa oferta de frutas cítricas, como figos, pêssegos, melões e ameixas, bastante usadas em saladas e alguns tipos de tajines. Mas a fruta mais usada em todo o Magreb é a tâmara, obtida de imensas palmeiras. Podem ser consumidas in natura, ou servidas como acompanhamentos de ensopados e cozidos. No Marrocos é difícil fazer uma divisão das cozinhas regionais. Os pratos tradicionais são adaptados nas particularidades de cada região. Na cidade de Fés há uma cozinha mais refinada e elaborada. Em Marrakesh, abusam das pimentas. Em Rabat, predominam os sabores doces e as frutas secas. Em Tetuan reinam os peixes recheados. Já na cidade costeira de Essaouira encontramos os melhores pratos de peixe do país com tradições judaicas. É também um dos locais onde é produzido o óleo de argan, um dos mais caros do mundo por ser feito a partir da extração de amêndoas e frutos secos da árvore silvestre do mesmo nome. Com esse óleo, são preparadas sobremesas e também usados na indústria dos cosméticos. DESVENDANDo ArGÉLiA A Argélia faz parte do continente da África. Sua capital é Argel. Com a religião predominante do Islamismo com quase 99% de Muçulmanos. O principal idioma é o Árabe, mas também se fala francês e línguas berberes. Com a moeda do Dinar argelino. Fica ao norte do Mar Mediterrâneo. Localizada na mesma zona geográfica do Marrocos, este país apresenta uma cozinha menos conhecida do que do país vizinho. A cozinha tradicional é muito semelhante à do resto do Magreb (Tunísia e Marrocos). Porém, em cada um destes países se encontram vários pratos típicos. No mundo árabe, o prato nacional é o cuscuz, um prato a base de sêmola de trigo duro, carne e vegetais (a carne utilizada pode ser cordeiro ou frango). Costuma- se acompanhar de caldo. 13 Um país luminoso, com belas praias no Mediterrâneo, planaltos impressionantes, maravilhosos Oasis e um Patrimônio Universal, declarado pela UNESCO, como único. Seu deserto é uma chamada à aventura, suas cidades um reclamo de cor e costumes e os habitantes nobres e pacíficos, o melhor do país. Que tal visitar este local maravilhoso com beleza impar ? Então, Ovinos, caprinos, carne de bovino e largamente utilizado. Dos produtos da pesca de sardinha utilizada argelinos, atum. O mais popular e festivo refeições para muitos argelinos na cozinha é a carne com cebola e ovo cozido. Na maior parte ocasiões solenes que se preparam os ovinos. A bebida preferida são café e chá. Os limões inteiros conservados no sal estão presentes em várias receitas e a harissa, é um condimento muito forte à base de pimenta vermelha e azeite, originária da Tunísia, realça o sabor de diversos pratos. As grandes tortas à base de massa folhada (dioul), crocantes, cheias de recheio (de pombo, aves, etc.), levam, na Argélia, o nome de burek, na Tunísia, de brick e, no Marrocos, o de pastilla. Entre as especialidades Argelinas estão o Burek, massa folhada recheado de carne, cebola e ovos fritos. LINK O cordeiro constitui também um dos pratos típicos na cozinha Argelina, pode-se servir acompanhado de ameixas secas e aromatizado com canela e flores de limão (Lham Liahlou) ou assado inteiro, no espeto (mechoui). As verduras também entram na gastronomia Argelina: o kemia é um prato a base de tomates, cenouras, feijão vermelho e sardinhas, tudo isso temperado com pimenta; o dolma, prato com tomates e pimentões que varia sua preparação segundo as regiões. Meu caro(a) estudante, existe um prato que costumasse comer pela noite durante o mês do Ramadã, trata-se de uma sopa preparada com verduras como tomates, cebolas, cenouras e abobrinhas, tudo isso muito picado, e carne de cordeiro, frango ou vitela. Esta sopa se tempera com sal, pimenta, canela e salsa. Pode levar, grão de bico e pimentões vermelhos. A cozinha Argelina conta com diferentes tipos de bolinhos que costumam servir-se acompanhados por um chá de hortelã fresca, a bebida mais consumida, que se prepara de distintas formas. Estes bolinhos se preparam com sêmola, amêndoas e mel; entre eles se pode citar os makrout, samsa, etc. https://www.estasbarbara.com/wp-content/uploads/2011/06/cocina-arabe027.jpg 14 Quanto às bebidas, além do chá, dispõe de águas minerais, cerveja, sucos e, como não poderia faltar, bom vinho, embora Argélia exporte a maior parte de sua produção. Trata-se de um vinho com bastante graduação. Entre os mais apreciados encontra-se o Mascara e o Colheita do Presidente. Vale apontar como curiosidade o licor com pele de cebola. Nesse mês o Profeta recebeu a primeira revelação do Alcorão. É um mês de abstinência e meditação, quando os muçulmanos não devem nem comer,nem beber, nem fumar do amanhacer ao pôr-do-sol. À noite, interrompem o jejum com uma sopa, leite, bolinhos fritos ao mel seguidos de uma farta refeição. DESVENDANDo TuNÍSiA Localizada no norte do continente africano, um pouco maior que o estado do Acre. O Mar Mediterrâneo ao norte, Líbia a leste e Argélia a oeste. A capital é Túnis. O idioma oficial é o árabe, mas também berbere e francês. A religião predominante é o islamismo. LINK A cozinha da Tunísia assim como os demais países do Magreb é muito variada, tem uma personalidade mais marcante e rica em peixes e frutos do mar. A maioria dos pratos desse país são acompanhados pelo harissa, molho temperado com pimentões vermelhos moídos, alho e especiarias. LINK Como entrada, o destaque é o brik, tipo uma empada recheada de carne moída, frango, mariscos ou atum, o boutargue, tipo caviar tirado dos ovos da tainha e as shorbas, sopa de cordeiro, peixes ou verduras. Por ter proximidade com a Itália são bastante presentes as massas secas e temperadas com molho picante. https://africa21digital.com/wp-content/uploads/2017/06/Tun%25C3%25ADsiaMapaFotoOW-1024x725.png https://taste.co.za/wp-content/uploads/2015/03/harissa-paste-3103-400x400.jpg 15 PALAVrAS Do ProFESSor Caro aluno (a), falaremos agora sobre o Oriente Médio. O islamismo e o comércio de especiarias unificaram a culinária, desenvolvendo sabores e costumes alimentares semelhantes em toda a região. Hoje em dia, mais de 90% do Oriente Médio são de muçulmanos, o poder islâmico confinou a cultura gastronômica da região. O profeta Maomé enfatizava que o alimento era uma benção divina a ser apreciada, mas também iniciou tabus culinários bem severos. Não podem ingerir álcool (até mesmo na cocção), porco e sangue. Por isto, cozinham bem as carnes que geralmente são carneiro, borrego ou cabra e não bebem. As mulheres que cozinham. Os muçulmanos jejuam do amanhecer ao anoitecer durante o ramadã, tempo de autodisciplina, meditações e orações, para revitalizar os ensinamentos do Alcorão, livro sagrado do Islã. As refeições do ramadã são comidas antes de o sol nascer (suhoor) e depois do anoitecer (iftar). Com a chegada da nova lua para sinalizar o final do Ramadã, há uma longa festa, Eid Ui-Fitr. No Oriente Médio, os temperos são muito antigos, quando os árabes eram intermediários no comércio de especiarias das caravanas. Através da grande Rota da Seda, levavam especiarias da Índia para o Mediterrâneo e para a Europa. A comida do Oriente Médio, muito aperfeiçoada pelo comércio de especiarias, tornou-se um modelo, de alimentação civilizada e produtos pouco usuais. As especiarias eram valiosas, usadas para demonstrar riqueza. As técnicas culinárias do Oriente Médio são simples, pois muitas têm raízes em tradições nômades e na falta de cozinhas. As carnes, normalmente são cozidas em kebabs ou assadas em grandes pedaços nos espetos, sendo os ensopados também comuns. Em geral, as carnes servem de recheio para as folhas de uva, incluindo outros recheios com grãos ou até mesmo sardinhas. Você sabia que o grão-de-bico é deixado de molho e moído para fazer o falafel, ou cozido que é feito a pasta homus? O arroz, é cozido no vapor, com outros ingredientes. O trigo é seco com vapor e quebrado para fazer trigo para quibe, que é preparado colocando-o de molho em água quente. Muitos detalhes não é? Já o iogurte é bastante usado e com vários métodos de preparo. Normalmente escorre o iogurte por cerca de uma hora, pois muitas vezes não está grosso o suficiente para ser usado na preparação. O iogurte cozido também é comum. Antigamente, a população do Oriente Médio comia no chão, sobre tapetes e travesseiros e numa mesa baixa. Comiam sem utensílios, usando o pão como colher. Havia também um severo código de higiene exigia que só se usasse a mão direita. Atualmente, são comuns as mesas, as cadeiras e os utensílios. 16 DESVENDANDo EGiTo Sua capital é a cidade do Cairo e é a maior cidade da África. A língua oficial é o árabe, mas também inglês e francês. Faz fronteira com a Líbia, Sudão, Israel e Palestina (Faixa de Gaza). O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. O Egito é um dos países mais populosos de África. Aproximadamente 85% da população egípcia é mulçumana com pequena parcela de cristãos ortodoxos. LINK A comida egípcia é uma deliciosa combinação de sabores, graças aos distintos ingredientes que procedem da gastronomia mediterrânea, africana e árabe. No Egito, a dieta básica gira em torno de grãos como fava, grão de bico e lentilha. Outro importante componente da culinária egípcia é a berinjela, o que torna a puré. O arroz é servido todos os dias. Isto pode ser pequeno-almoço, almoço e jantar. Caro (a) aluno (a), tudo começa pelos mezze, aperitivos que podem acabar se tornando uma refeição dentro da refeição. Às vezes, é formada por molhos, ou são cremes ou purês - guarnição de pratos como o homos (ou homus - creme de grão-de-bico), à ful (de favas secas), ao tahine (com massa de gergelim), ou propostas mistas, algo entre o creme e a salada, como a baba ghannush (com berinjelas – foto abaixo). LINK As favas são consumidas frescas ou secas, em saladas, guisados ou sopas. As favas ful constituem a base do ful, esse prato muito popular no Egito. O prato nacional egípcio é o ful são grandes favas marinadas no óleo, temperadas de diversas maneiras (com alho, pimenta, cominho) e regadas com suco de limão. http://www.egito-turismo.com/imagens/egito-mapas.jpg http://baba-ganoush.com/wp-content/uploads/2016/02/Baba-Ganoush-1.png 17 LINK Com relação às carnes, a cozinha egípcia prefere as aves. Quanto aos peixes e frutos do mar, podemos dizer que no Egito se consome pouco, e quase sempre nas regiões costeiras. Os legumes e as frutas são similares aos do norte da África e dos outros países do Mediterrâneo. Entre as frutas, cabe mencionar as tâmaras dos oásis, colhidas em todo o mundo árabe e oriental. O feijão entre as muitas variedades, tem o lablab (lobia, no Egito) e o do lique egípcio (ou ainda “ervilha indiana”), preparado como uma espécie de “ratatouille” fria ou quente, muito condimentada. A mulukheia, outro prato típico do Egito, é uma sopa com ervas, ligeiramente viscosa, na qual se pode cozinhar frango ou coelho. LINK Pães achatados e redondos são acompanhados dos inúmeros tipos de patês e molhos típicos. Os pães podem deixar um pouco a desejar, pois costumam ser do tipo achatado e redondo, tipo árabe. No entanto, são ideais para serem degustados acompanhados dos inúmeros tipos de patês e molhos típicos da culinária egípcia com a Tahina (pasta feita de gergelim) tão deliciosa quanto o Baba Ghanoug (mistura de tahina com alho e berinjela). Algumas vezes o Bikli (porção de legumes sortidos, temperados e em conserva) também pode acompanhar uma boa refeição. Kebabs é um prato muito popular feito de carne de carneiro ou frango, cortada em pedaços, marinada e grelhada. Uma variação do kebabs é o kofta, que é o mesmo prato feito com a carne moída e preparada do mesmo modo. Outros pratos populares incluem o frango assado, o pombo recheado e a carne grelhada. Bikli são porções de legumes sortidos, temperados e em conserva. https://3.bp.blogspot.com/-NFOvoEUIYIU/UTZAU2ChATI/AAAAAAAAKyM/MkmSIDz-n_s/s1600/Egypt_Ful.jpg https://c1.staticflickr.com/7/6141/5966710476_abb3cc7c6b_b.jpg 18 O prato mais conhecido é o Taamiya, que é uma mistura de feijões cozidos, esmagados e fritos no óleo. Outro prato muito popular é o Koshari, que é uma mistura de massa, arroz e lentilha com cebolas fritas e molho de alho. Há também diversos tipos de vegetais cozidos como ervilhas e abobrinha. Outro pilar da culinária egípcia é o mahshee, que são vegetais como folhas de uva, tomates, abobrinhas e berinjela, recheados com arroz e cozidos. Shawarma é um popular lanche rápido e é encontrado principalmente nos mercados abertos e nas feiras. Geralmente feito de cordeiro. Já as sobremesas noEgito sempre caem em uma das duas seguintes categorias: doces de massa e pudins ou frutas frescas. Os doces comuns são o Mohallabeyya (creme à base de farinha de arroz, perfumado com água de rosas e com pistache), Om´ali (finas folhas de massa cozida banhadas em leite muito açucarado e misturadas com coco e pistache) e Konafa (uma espécie de massa de pistache, avelãs e nozes, envolta em aletria e mel). Frutas frescas são a sobremesa mais comum, ainda que não sejam especialmente variadas. No que se refere às bebidas, o chá tem uma importância enorme na cultura egípcia. Ele é servido bem doce, a menos que você especifique o contrário. O café é servido no estilo turco, muito forte e bastante adoçado. Uma bebida que pode ser bastante refrescante para os dias quentes no Egito, é o karkadeh, feito de pétalas secas da flor do hibisco, que pode ser servido quente ou gelado. Há também uma grande variedade de sucos de frutas. No inverno é servido uma bebida quente, doce e leitosa, misturada com passas, amêndoas e coco chamada de sahleb. A cerveja local é fraca e os vinhos e destilados egípcios são considerados fortes demais. DESVENDANDo LÍBANo E A SÍriA Caro (a) aluno (a), agora você irá conhecer a gastronomia da síria e a libanesa. Estarão juntas neste tópico, pois são muito parecidas. Mas alguns pratos levam nomes distintos e com algumas variações. Popularmente chamada de comida árabe, bastante apreciada em todo mundo, encontramos preparações com carnes, azeitonas, azeite, frutas e legumes. Além dos cereais (arroz e burghul – no Brasil chamamos de trigo para quibe) e grãos (grão-de-bico). As refeições são compostas de mezzes, diversas pequenas porções, come-se pepinos em conversa, coalhadas, azeitonas verdes, homus (cujo o nome simplesmente significa “grão”, pasta de grão-de-bico, receita no capítulo 1 do livro de apoio), falafel (bolinhos de purê de grão de bico e fava), consumidas com pão pita (pão árabe bem fino). Presente também é a preparação Libanesa, tabule, salada de trigo triturado, com salsinha e hortelã. São comuns também, o metabbal (purê de berinjela com óleo de gergelim), os mkanek (linguiças libanesas bastante condimentadas), o warak enab parecido com às folhas de uvas recheadas preparadas na Grécia e o foul medammas (favas com azeite). 19 Normalmente coloca-se no meio da mesa um grande refratário de saladas. Como o fatuche, salada de rabanete, tomate, alface, agrião, pepino com pedaços de pão grelhado, enfeitado com sumac, uma especiaria vermelha, com gosto ácido. LINK Vejamos, no prato principal, as carnes ocupam um lugar de destaque, principalmente de carneiro, galinha, cabrito e peru, na maioria das vezes servidas enroladas no pão pita, o kebab (espetinhos de carne), as caftas (espetinhos de carne moída com salsinha e cebola), o quibe (ver receita no capítulo 1 do livro de apoio), esfirras, charutinhos de folhas de parreira recheadas, abobrinha recheada, kibbeh (carne de cordeiro picada e acompanhada de bulgur, pode ser comido cru, assado ou frito) , o frango grelhado, o chiche tauk (espetos de frango temperados com especiarias) e também os peixes grelhados. Nos acompanhamentos dos pratos principais utiliza-se cuscuz marroquino, arroz com lentilhas (em cima cebolas crocantes), arroz chechie (macarrão cabelinho de anjo e manteiga), arroz à califa (frango, carne moída, coberto de uvas passas). Para um prato único, come-se a mankhuche (fina parece uma pizza com tomilho e azeite ou com tomates e folhas de hortelã) ou a lahm bi ajin (“pizza de carne moída e tomate). Todas são condimentadas e regadas com suco de limão. Come-se também um schawarma, carne marinada no vinagre e grelhada num espeto vertical. O leite e seus derivados tem bastante destaque. O laban, iogurte consumido salgado, doce ou cozido; o labne, queijo branco, o jibne, queijo de massa prensada, o kichk, mistura de laban (iogurte) e de burghul (trigo para kibe) seco ao sol e o chancliche, queijo seco condimentado em forma de bola depois passado no tomilho, parece uma ricota. Para finalizar a refeição, serve-se frutas da época ou doces árabes, como o baklava (sobremesa turca), doce de massa folhada recheado com manteiga e nozes, avelãs ou pistaches. As bebidas mais consumidas são o arak, aguardente de uva aromatizada com anis, no Líbano toma-se bastante café turco e vinhos locais, na Síria o chá de hortelã. Tanto os homens como as mulheres, fumam o narguilé, um cachimbo de água que é aromatizado com frutas, mel ou melado. http://correiogourmand.com.br/info_01_cultura_gastronomica_03_cozinhas_do_mundo_arabe_01_cozinha.htm 20 DESVENDANDo iSrAEL Localizado no Oriente Médio, na costa oriental do Mar Mediterrâneo. A capital é Jerusalém. A religião predominante é o judaísmo. E o idioma oficiais são o hebraico e o árabe. Prezado (a) aluno (a), sabemos que a gastronomia de um país se reflete a história do seu povo. Mas você sabia que Israel, por quase dois séculos ficou sem um país, até a criação do estado de Israel em 1948. Os judeus foram expulsos da Palestina pelos romanos no século 1, assim o povo espalhou pela Europa, Oriente Médio e Norte da África. Mantendo suas tradições e princípios religiosos, os judeus adaptaram sua culinária às matérias-primas e hábitos de cada uma dessas regiões. A gastronomia judaica sempre foi muito popular com ingredientes baratos e simples. Muito em comum com as cozinhas da Síria, do Líbano, do Iraque e Irã. Pratos feitos com carne cozidas e as misturas com frutas secas e mel são comuns nesses países. A cozinha de Israel é marcada pelo uso de condimentos e ervas. O café da manhã é bem farto, servido com vários pães, queijos, coalhadas, frutas frescas, geleia e mel. Devido ao clima seco e quente do país não é muito comum o cultivo de frutas. Mas a agricultura israelense, é moderna e próspera, com a irrigação permitiu ao país produzir hoje em dia variedade de legumes e frutas como maçãs, romãs, uvas, tâmaras, damascos, além de frutas secas (base para várias receitas de doces) como nozes, amêndoas e avelãs. A história culinária da mesa judaica está na Bíblia, além de ser fundamental é sagrado. Os patriarcas israelenses eram caçadores, criadores, agricultores e pastores. Levados por Moisés na fuga do Egito, os filhos de Israel se alimentavam de codornas, esses pássaros que Deus enviou para o deserto, e do providencial maná (cuja exata natureza é desconhecida). Nesta mesma época, o povo judeu recebeu o conjunto de suas leis, que incluíam as regras e proibições alimentares (leis da kashrut). A palavra kasher deriva de kosher que, em hebraico, significa bom e próprio. Quando pensamos na culinária judaica, não podemos deixar de mencionar as leis que determinam o modo de preparo dos ingredientes, quais podem ou não ser consumidos e quais as combinações aprovadas e reprovadas. GuArDE ESSA iDEiA! O rígido código sanitário segue as leis de kashrut (um mandamento da Torá, o livro sagrado) se baseavam em torno de três grandes grupos de proibições principais. A primeira as carnes (incluindo aves), é proibido comer porco e caça de casco único, não fendido, e todas as carnes permitidas (vaca, carneiro, aves) devem ser abatidas de acordo com o ritual especifico e em seguida salgadas e lavadas. São proibidos também os peixes sem escamas e os frutos do mar. 21 O segundo grupo de proibições refere-se à absorção de produtos à base de carne e de leite, que não podem ser misturados num mesmo prato durante uma mesma refeição. Não se pode refogar a carne na manteiga ou servir com molho bechamel ou batatas gratinadas. Mas o terceiro grupo, os demais produtos definidos como neutros como peixes, frutas, favas, legumes, cereais e derivados podem ser servidos numa refeição à base de carne ou leite. Caro(a) estudante, a proibição de misturar carnes com derivados de leite tem sua origem em uma passagem bíblica (Não se deve cozinhar uma criança no leite de sua mãe). É necessário dar um tempo entre uma refeição de carnepara o consumo de algum laticínio. Entre os alimentos proibidos estão o porco e os crustáceos, o sangue de qualquer animal, animais feridos, que rastejem ou comam restos, répteis, peixes sem escamas e barbatanas e animais de caça (não podem ser o casco ferido) ou que tenham sofrido para morrer. As carnes de rebanhos como bovinos e ovinos são permitidas, desde que o abate seja feito por pessoas treinadas para isto. O processo inclui a retirada de todo o sangue do animal por meio de uma lavagem de água, seguida de uma salga até que todo o sangue tenha sido absorvido, posteriormente a carne é lavada novamente. Os peixes não passam por esse processo, pois tem pouco sangue. Devido os regulamentos e proibições fizeram a culinária kasher (e judaica) ser baseada em carnes, aves, vegetais, ervas, azeite e óleo. O Shabat, na religião judaica, é o dia de folga semanal ou dia sagrado. Começa na noite da sexta-feira e acaba sábado de noite. Normalmente as famílias se reúnem na sexta-feira para uma refeição no jantar em torno de uma mesa arrumada com louças e talheres finos. No sábado é proibido o uso do fogo, e até mesmo a eletricidade, por isto os pratos são feitos antes. PArA PESquiSAr Prezado (a), abaixo o link para você acessar, ler e conhecer sobre o Shabat. LINK Continuando com nossos estudos, os doces judaicos têm destaque nas comemorações. Normalmente ligados às cerimônias de núpcias, quando eram ofertados aos convidados pelas famílias dos noivos. Após a cerimônia, o noivo agradecia aos convidados, oferecendo roscas e doces preparados por sua mãe. A noiva, levava um bombom ou um torrão de açúcar na boca ao cruzar a porta da casa paterna em direção à sua nova vida. Os doces mais populares são os bolos, tortas e pastéis à base de mel e frutas secas, mas também fazem com batata-doce, laranja, abóbora, ricota e damasco. http://www.morasha.com.br/shabat/dimensoes-misticas-do-shabat.html 22 Em Israel, as carnes de vacas que são vendidas são importadas. Mas a galinha e o peru são criados lá, por isto são mais baratos. São feitas assadas, empanadas e defumadas. O pão é a base essencial da cozinha judaica. São comuns o pão preto, feito de farinha de trigo sarraceno, pão alcaravia salpicado de grãos, o pão pita e o matza, pão ázimo, sem fermento. LINK Veja as preparações feitas em Israel: Abacates recheados: com queijo feta, tomates, salsinha, hortelã. Creme de abacate: abacate, limão, ovos, mostarda, cebolinha, sal. Salada Israelense: tomate, pepino, rabanetes, cenoura, cebola, limão. Mina de carne: torta de carne moída, cebola, salsinha e matza (pão matza). Gefuhlte fish: peixe recheado com farinha de matza. Fígado de galinha na frigideira: fígado de galinha, cebola e gordura. Kishké: tripa de boi ou pescoço recheado cozido. Escalopes de peru: escalopes empanados fritos. Hreime: peixe em posta com molho picante de harissa. Falafel: bolinhos de grã-de-bico. Homus: pasta de grão-de-bico. LINK Frango com laranja: frango, laranja, mel. Assado de carne de boi: a carne de lagarto cozida em fogo brando fica bem cozida, pode servir com batatas no vapor. https://st2.depositphotos.com/1031817/11663/i/450/depositphotos_116634462-stock-photo-matzoh-over-wooden-background.jpg http://operamundi.uol.com.br/media/images/31395708141_0639c9c84c_z.jpg 23 Arroz de cúrcuma com passas e amêndoas: arroz, cúrcuma, uva-passas, amêndoas. Kugel de Jerusalém: macarrão fino, ovo, açúcar. LINK Maamaouls: biscoitos de tâmaras com pasta de tâmaras, farinha de trigo, margarina, açúcar de confei- teiro. LINK PALAVrAS Do ProFESSor Então meu caro (a) estudante, chegamos ao fim da terceira unidade da disciplina de Cozinha Europeia e Mediterrânea. Espero ter colaborado de maneira positiva para seu aprendizado, agora chegou o momento de colocar em prática o conhecimento que você adquiriu nesta unidade. Acesso o AVA e responda as atividades e os fóruns avaliativos surgindo dúvida pergunte ao seu tutor. Até o nosso próximo encontro. rEFErêNCiAS BiBLioGráFiCAS HASSAN, Rebekah; Cozinha Marroquina: A deliciosa e aromática cozinha do norte da África. Verbo, 2007. LAROUSSE. Larousse da Cozinha Do Mundo: Mediterrâneo e Europa Central. Larousse do Brasil, 2005. LAROUSSE. Larousse da Cozinha Do Mundo: Oriente Médio, África e Índico. Larousse do Brasil, 2005. https://www.joyofkosher.com/.image/t_share/MTMxNzY5MDE3MDg5MTkxOTA2/yerushalmi-kugel.jpg http://pioneiro.rbsdirect.com.br/imagesrc/8948753.jpg%3Fw%3D600 _GoBack PARA INÍCIO DE CONVERSA DESVENDANDO O MAGREB DESVENDANDO O ORIENTE MÉDIO DESVENDANDO MARROCOS DESVENDANDO ARGÉLIA DESVENDANDO TUNÍSIA DESVENDANDO EGITO DESVENDANDO LÍBANO E A SÍRIA DESVENDANDO ISRAEL
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