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Unidade 4 Cozinha europeia e mediterrânea 2020

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Unidade 4 – Cozinha europeia e mediterrânea 2020
- Oriente Médio e Europa Oriental
OBJETIVOS DA UNIDADE
· Oferecer ao aluno um panorama da cozinha do Oriente Médio;
· Oferecer ao aluno um panorama sobre as gastronomias de Israel, do Líbano e da Síria;
· Despertar no aluno o interesse pela gastronomia da região da Europa Oriental e as suas principais características gastronômicas dentro da culinária europeia;
· Oferecer ao aluno a culinária da Alemanha, da Bélgica, da Holanda, da Hungria, da Noruega, do Reino Unido, da Rússia e da Suíça;
· Oferecer um panorama atual sobre a cozinha molecular dentro da gastronomia do Oriente Médio e da Europa Oriental.
TÓPICOS DE ESTUDO
ntrodução à cozinha mediterrânea – Oriente Médio
–
// Aspectos geográficos e históricos
// Aspectos culturais e gastronômicos
// A arte dos alimentos: métodos e técnicas de cocção, ficha técnica, elaboração de cardápios e cozinha molecular
Caracterização atual da cozinha do Oriente Médio, principais pratos e ingredientes
–
// Caracterização atual da cozinha de Israel, principais pratos e ingredientes
// Caracterização atual da cozinha do Líbano, principais pratos e ingredientes
// Caracterização atual da cozinha da Síria, principais pratos e ingredientes
Introdução à cozinha mediterrânea – Europa
–
// Aspectos geográficos e históricos
// Aspectos culturais e gastronômicos
// A arte dos alimentos: métodos e técnicas de cocção, ficha técnica, elaboração de cardápios e cozinha molecular
Caracterização atual da cozinha da Europa Oriental, principais pratos e ingredientes
–
// Caracterização atual da cozinha da Rússia, principais pratos e ingredientes
// Caracterização atual da cozinha da Alemanha, Hungria e Suíça, seus principais pratos e ingredientes
// Caracterização atual da cozinha da Bélgica e Holanda, seus principais pratos e ingredientes
// Caracterização atual da cozinha da Noruega e Reino Unido, seus principais pratos e ingredientes
Introdução à cozinha mediterrânea – Oriente Médio
A culinária do Oriente Médio tem muito da cultura da cozinha do mediterrâneo, mas com um toque a mais: as especiarias e a tradição árabe. A gastronomia do Oriente Médio é uma explosão de sabores que aguça o paladar de qualquer bom gourmet, simples, mas intensa, rica em ingredientes e condimentos que a faz uma das melhores gastronomias do mundo.
A gastronomia árabe tem uma autenticidade na aplicação de seus ingredientes. Grãos, frutas secas, azeite, laticínios, carnes vermelhas fortes, muitas especiarias e muitos condimentos estão em qualquer receita da culinária do Oriente Médio, desde as entradas aos pratos principais, até as suas sobremesas, tudo é muito temperado e com sabor intenso, às vezes, agridoce.
A influência do mar Mediterrâneo também é bem presente na culinária, mas os principais pratos do Oriente Médio têm a forte identidade da cultura árabe e representam a verdadeira cultura de um povo que se espalhou pelo mundo levando a arte de sua gastronomia para encantar os paladares de outros continentes. Aqui no Brasil, a culinária também tem conquistado os brasileiros com os seus cheiros e seus sabores.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS
O Oriente Médio está localizado em uma porção territorial que interliga três continentes, Europa, Ásia e África, com uma extensão de mais de 7.000.000 m² e uma população em torno de 400 milhões de habitantes.
É formado pelos seguintes países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Chipre, Egito (pela Península de Sinai), Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Síria, Turquia e o Estado da Palestina. 
O clima da região varia de tropical passando por árido e semiárido, muito por conta dos desertos da Arábia e o do Saara; as altas temperaturas, em média superiores a 35 ºC, podendo chegar até a 50 ºC nas áreas de deserto, e a falta de água são outros complicadores na vida dos habitantes do Oriente Médio. A região também apresenta planícies, terrenos montanhosos, estepes e pradarias.
O Oriente Médio também é cortado por vários rios, tais como: o Nilo, no Egito; o rio Jordão, que corta Israel e a Jordânia; o rio Tigre, que passa por Iraque, Síria e também pela Turquia; e o rio Eufrates, que corta o Iraque e a Síria. É banhado pelos mares Cáspio, Vermelho, Mediterrâneo e pelo mar Negro. O Golfo Pérsico, um braço de mar localizado na Península Arábica, liga Omã ao mar da Arábia.
A expectativa de vida no Oriente Médio é de 73 anos de vida. O idioma oficial falado na maioria dos países é o árabe, com exceção da Turquia, que se fala o turco, os judeus, que falam hebraico, e os persas, que falam farsi. Em relação à religião, 90% da população é formada por muçulmanos, que se dividem em xiitas, sunitas, drusos e alauitas, mas também há os adeptos do cristianismo e do judaísmo, este mais concentrado em Israel.
A economia do Oriente Médio é formada basicamente da exploração das reservas petrolíferas existentes na região (em torno de 60% das reservas do mundo estão localizadas no Oriente Médio), sendo seus maiores produtores e exportadores os seguintes países: Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque e Kuwait. A exploração de minérios e de pedras preciosas são outras fontes de renda.
O Oriente Médio é considerado um dos berços da civilização, desde a Mesopotâmia ao Império Babilônico, dos persas ao Egito antigo de seus faraós, até chegar ao século VIII, com o surgimento do Império Árabe, que partiu em direção à África e de lá invadiu a Península Ibérica, e também do Império Otomano, que por muito tempo dominou toda aquela região. O Oriente Médio também é o berço das três maiores religiões atuais: cristianismo, islamismo e judaísmo, motivo de tantos conflitos.
Jerusalém, uma das cidades mais antigas do mundo, é considerada um lugar sagrado pelas três religiões. Localizada nas montanhas da Judeia, entre o mar Morto e o Mediterrâneo, a cidade é disputada, há décadas, por Israel e pela Palestina. Em relação à criação do Estado Judeu, Israel a denominou como sua capital, mas os Palestinos não aceitaram e a reivindicam como a capital do Estado Palestino. 
A Faixa de Gaza é o território de maior tensão do mundo. É uma pequena extensão no Estado da Palestina localizada entre a divisão de Israel com o Egito e palco dos grandes conflitos entre os árabes palestinos com judeus israelitas. É um lugar densamente povoado, que necessita de ajuda externa e que é controlado por um grupo fundamentalista religioso conhecido por Hamas.
A região que vive esse conflito religioso há mais de sete séculos também passou por outras guerras, como, por exemplo, a Guerra do Golfo entre Iraque e o Kuwait, que revelou um dos maiores ditadores do mundo, Saddam Hussein. 
ASPECTOS CULTURAIS E GASTRONÔMICOS
O Oriente Médio tem uma cultura religiosa muito forte. É uma região com muitos templos, mesquitas, sinagogas e catedrais que embelezam a arquitetura dos países e mostram o quanto a cultura da fé se faz presente. É no Oriente Médio que ficam as duas principais cidades consideradas sagradas: Meca, para os islâmicos, e Jerusalém, para cristãos e judeus. Um dos lugares mais visitados do mundo fica justamente em Jerusalém: o Muro das Lamentações.
A região é formada, em sua grande maioria, por árabes. Essa cultura está presente na Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e no Estado da Palestina. Já os muçulmanos têm sua maioria dividida entre o Irã e a Turquia. Mas é preciso deixar uma coisa bem clara: não se pode confundir árabe com muçulmano, mundo árabe com mundo islâmico, pois nem todo árabe é muçulmano, nem todo muçulmano é árabe.
A estrutura da família árabe é patriarcal e os valores como honestidade, honra, lealdade e tradicionalismo fazem parte dessa cultura. Alguns costumes, como o ato de um homem beijar a face de outro, são sinais de muita amizade e respeito. Um fato curioso é que o idioma que influenciou o léxico de vários alfabetos é escrito da direita para esquerda.
O uso de túnicas e turbantes vai muito além de uma questão religiosa,tem mais a ver com questões climáticas e possui a verdadeira função de proteger os árabes das altas temperaturas do deserto. 
A verdade é que o povo árabe é alegre, gosta da boa mesa e é cheio de rituais significativos e que influenciaram várias civilizações.
O povo árabe tem muito orgulho quando o assunto é comida. Um dos melhores elogios que alguém pode ouvir ao servir um convidado é: "quase tão bom quanto o de minha mãe" – mesmo porque, culturalmente falando, é função das mulheres prover o alimento. 
Para os árabes, o ato de comer e de oferecer comida significa demonstrar afeto, uma marca registrada desse povo, que sempre faz questão de tratar e alimentar muito bem seus convidados. Os visitantes devem provar de tudo um pouco, pois recusar algo pode ser considerado um gesto de ofensa. 
A variedade na culinária árabe é muito grande. Suas especiarias refletem na composição do prato, com aromas e sabores inconfundíveis desta região. Dois símbolos gastronômicos incontestáveis na cozinha do Oriente Médio são as especiarias, como o zaatar, a pimenta síria, o cravo, a canela e o cardamomo, além, claro, das frutas secas, como o damasco, as nozes, as amêndoas, o pistache e as avelãs. O pão árabe é um item que nunca pode faltar em uma típica mesa da região do Oriente Médio.
A ARTE DOS ALIMENTOS: MÉTODOS E TÉCNICAS DE COCÇÃO, FICHA TÉCNICA, ELABORAÇÃO DE CARDÁPIOS E COZINHA MOLECULAR
A elaboração de cardápios e pratos no Oriente Médio é bem tradicionalista: são preparações mais caseiras, receitas antigas que são passadas de geração em geração sem quaisquer mudanças ou novas tendências, pratos muito bem elaborados, contendo muito sabores e aromas. Todos costumam vir acompanhados de suas respectivas fichas técnicas, pois ninguém quer ver essas maravilhas se perderem ao longo do tempo. 
A cada dia, a gastronomia vem conquistando mais espaço, abrindo portas para o novo, buscando novas alternativas, novas técnicas e métodos de cocção. A gastronomia é uma eterna busca por aprimoramento e enriquecimento da culinária do mundo. 
Os métodos e técnicas de cocção no Oriente Médio são muito diversificados, podendo compor tanto um prato de guisado de cordeiro como um saboroso peixe frito. Eles não têm um conceito específico de métodos: o importante é o resultado final, um prato saboroso com muitas especiarias.
A gastronomia molecular rompeu muitas barreiras impostas ao longo dos séculos, ajudando no processo de preparação de alimentos tanto em cozinhas domésticas como em restaurantes ou hotéis. Desenvolveu novas técnicas e métodos de cocção e introduziu novos ingredientes e equipamentos de alta tecnologia, dando a possibilidade da criação de novos pratos mais elaborados e, muitas vezes, mais requintados. Hoje é possível criar novos métodos, técnicas e equipamentos, além de aperfeiçoar os já existentes.
Há, na região do Oriente Médio, um movimento para modernizar a culinária, que vem evoluindo muito lentamente. Podemos citar alguns chefs que vêm inserindo aos poucos essa nova tendência: Fadi Kattan, Izzeldin Bukhari e Yousef Hanna, que funde pratos tradicionais com toques europeus.
Caracterização atual da cozinha do Oriente Médio, principais pratos e ingredientes
A culinária árabe, rica em aromas, temperos e ervas, é uma verdadeira arte refinada. O mezze, uma refeição social entre amigos e familiares, é servido enquanto os presentes conversam e aproveitam o evento. São diversos antepastos, pães, vegetais em conserva e potes com nozes, podendo variar para uma refeição completa com salada, mariscos, espetinhos de carne, grelhados e sobremesas.
Cereais como grão de bico, fava, gergelim, semolina, trigo e lentilha também são amplamente utilizados nas preparações, bem como o pão, que pode substituir os talheres em algumas situações (como para servir uma pasta, por exemplo). O pão costuma ser temperado com zaatar (tempero típico do Oriente Médio similar ao tomilho) e azeite. 
Quando falamos das proteínas, destacamos o consumo do carneiro e do cabrito nas refeições, bem como o peixe, que aparece grelhado na brasa e temperado com azeite, limão e alho. 
Nas sobremesas, temos doces em caldas muito aromáticas (almíscar e água de flores são bem presentes), além das tradicionais frutas secas, como amêndoas, nozes e pistache. Uvas, romãs, tâmaras, damascos e figos podem ser servidos frescos, em conserva ou mesmo secos. 
Com um marcante sabor de anis, o arak é uma bebida alcoólica forte que surge para substituir o absinto – que se tornou ilegal. Assim como nós, brasileiros, também é costume servir um café para o convidado, independente do tempo de sua visita. O café deve ser forte e espesso, podendo ser aromatizado com cardamomo. Costuma ser bem adoçado.
EXPLICANDO
O absinto era a bebida preferida dos artistas parisienses no começo do século passado e teve sua fabricação e consumo proibidos em praticamente todo o mundo – apenas no Brasil, Portugal, Espanha, República Tcheca, Bulgária e Japão a bebida é liberada. Produzida à base da planta Artemísia absinthium e com um teor alcoólico de 80%, teve sua proibição no início do século XX devido aos altos índices de alcoolismo da população e por suspeita de causar alucinações.
Principais ingredientes, temperos e especiarias:
Água de rosas e água de flor de laranjeira (mai ward e mazaar)
Essências árabes usadas em doces e alguns pratos salgados;
Canela (irfa):
Usada tanto em pó como em rama nos doces e salgados;
Cardamomo (hel):
Delicioso aromatizante no café, biscoitos e salgados;
Cominho (kamun
Utilizado em saladas e pratos salgados;
Fava (full)
Para fazer o delicioso falafel, além de saladas e ensopados; 
Gergelim (somsom)
Usado tanto nos pratos salgados como nos doces;
Hortelã (naana)
Usado em saladas, coalhadas, quibes; 
Misky (misky)
Substância odorífera segregada pelo almiscareiro, planta da família das estiracáceas; 
Melaço de romã (dibs romen)
Realça o sabor agridoce. Muito utilizado em saladas, esfihas e quibe; 
Pimenta síria (ba-har)
Tem sabor picante e é um dos mais importantes ingredientes do quibe, da esfiha e da culinária árabe em geral. É composta de pimenta da Jamaica, pimenta-do-reino preta, canela, cravo e noz-moscada;
Snoobar (pinoles)
É muito sofisticado e caro, é utilizado em recheios, principalmente; 
Trigo(bourgol)
Utilizado em diversos pratos e de vários tipos: 
· Trigo inteiro, mais utilizado em sopas; 
· Trigo grosso como substituto do arroz e usado também em pratos com coalhada; 
· Trigo fino para quibes e saladas.
Zaatar
Uma mistura utilizada em saladas, massas assadas e pães. É composta de sumac, gergelim e tomilho;
Sumac
Fruto de um arbusto altamente decorativo, cresce como planta selvagem por todo o Oriente Médio, enquanto no Ocidente os cultivadores o consideram apenas ornamental. Os cozinheiros do Líbano, Síria, Turquia e Irã têm em grande conta as espigas das brilhantes bagas vermelhas, que produzem essas bagas (quando secas, têm cor vermelho-tijolo e são usadas inteiras ou moídas em grande número de pratos). As bagas são amargas, têm sabor bastante adstringente e acidez própria da fruta, mas sem a aspereza do vinagre ou do sumo do limão. 
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DE ISRAEL, PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
Todas as cozinhas do mundo se encontram em fluxo neste momento, mas nenhuma em um movimento tão constante quanto a de Israel, que vive um dilema entre as tradições halal e kosher, os hábitos culinários dos judeus e dos árabes. A cozinha de Israel teve início por meio da miscigenação de ingredientes que abraçaram a terra e os judeus recém-chegados que começaram a absorver aspectos da culinária local e os ingredientes da cozinha árabe.
Desde 1948, os judeus asquenazes e sefarditas fincaram suas raízes em Israel depois da Segunda Guerra Mundial, trazendo consigo suas próprias tradições culinárias. 
O uso de especiarias e de cereais pelos judeus sefarditas surtiu um efeito decisivo na comida israelense atual. Por exemplo, alguns ingredientes do Marrocos e da Tunísia, como o cuscuz, o xarope de tâmaras e a harissa, foram incorporados na gastronomiaisraelense e são usados em pratos, como o cozido chraime (à base de peixe, leva pimenta e alcaravia), tagines e no shakshuka (originalmente da Tunísia), um cozido adocicado e apimentado de tomates, pimentões vermelhos e ovos poché que normalmente é servido no café da manhã. O vizinho Egito também inspirou diversos pratos israelenses populares, como o fuul (purê de favas temperado com um azeite com alho) e o koshari (arroz de lentilha, macarrão, cebola e tomates refogados no alho).
Os cozinheiros israelenses definiram a cozinha do país como uma culinária que tem toques novos e componentes antigos.
Como uma nação judaica, Israel tem uma relação muito particular com as carnes e com os frutos do mar. Os preceitos Kosher determinam que apenas animais com o casco dividido e que ruminam são aceitáveis para o consumo humano. Os porcos são considerados animais impuros. Peixes sem barbatana e escamas também são considerados impuros. Essas regras excluem as moreias, os crustáceos (como camarão e lagosta) e os moluscos (como vieira e lula). Cordeiros, cabrito e frango, animais que se adaptaram às montanhas áridas e acidentadas da terra santa, são consumidos em abundância em grelhados, cozidos ou moídos, valorizando o sabor.
Os principais ingredientes consumidos pela gastronomia de Israel são: picles, gergelim, limão siciliano, frutas cítricas, azeitonas, laticínios, grão de bico, favas, trigo, carnes de cordeiro, cabrito e aves, ervas como salsinha, hortelã e estragão, especiarias como pimenta branca, pimenta-da-jamaica, noz-moscada, canela, zaatar, sumagre, iogurte, queijos brancos, coalhada seca e frutos do mar.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DO LÍBANO, PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
Com muitas influências da Europa, Mediterrâneo e países vizinhos, o Líbano se tornou uma gastronomia muita rica, agradando a todos com seu sabor único. De costumes muito tradicionalistas, a culinária libanesa se utiliza de muitas especiarias e de ervas, como açafrão, cravo, canela, cardamomo, cebolinha, coentro, cominho, hortelã, misk, noz-moscada, páprica, pimenta síria, salsa, snoobar, sumagre e zaatar, tornando seus pratos únicos, aromáticos e muito saborosos. 
A principal característica da culinária libanesa é o mezze. São entradas servidas antes das refeições, como o tabule (salada à base de trigo para quibe, hortelã, tomate, ervas e suco de limão), homus (pasta de grão de bico), babaganush (pasta de berinjela), coalhada, quibes e pão árabe, tudo acompanhado de arak. 
No prato principal é muito comum servir arroz com carneiro ou com lentilha, sayadiah (arroz com peixe e pistaches), kafta ou koussa be laban (abobrinha recheada). Outros produtos muito utilizados no dia a dia dos libaneses são as frutas, verduras e legumes, além do trigo, lentilha, azeite, água de rosas, água de flor de laranjeira, coalhada, essência de romã, frutas secas e o tradicional café árabe. 
O doce libanês é muito elaborado, tendo como principais ingredientes amêndoas, nozes, pistache e mel, sempre aromatizados com água de rosas e água de flor de laranjeira. Alguns exemplos de doces: baklawa (massa filo com pasta de nozes), atayef e karabij.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DA SÍRIA, PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
Na Síria são usadas muitas ervas e especiarias, leite e seus derivados, azeite, frutas (como tâmaras, damascos, figos e uvas), além de legumes, trigo, lentilhas, grão de bico, favas, semolina, gergelim, carne (como o cabrito e o carneiro), peixe e o frango. A bebida mais apreciada é o chá de hortelã.
A tradição do mezze, como já vimos anteriormente, também é seguida na Síria. Os principais temperos e especiarias utilizados são: canela, cominho, cardamomo, hortelã, snoobar e zaatar, além das essências de água de rosas e de laranjeiras e o melaço de romã.
Introdução à cozinha mediterrânea – Europa
O leste da Alemanha e da Áustria e o oeste da Rússia possuem semelhanças em suas culinárias. O passado comunista desses países limitou a quantidade de ingredientes na cozinha, mas preservou as tradições gastronômicas. A base não foi alterada pelas inovações, tendo um sabor bem peculiar. Embora tenham sido preservadas as tradições, houve algumas fusões entre as culinárias desses países. A miscigenação entre os países do antigo bloco do leste resultaram em pratos regionais como o goulash, que, embora originário da Hungria, foi adotado como prato local em outras partes.
A Europa Oriental revela uma clara ligação entre as culinárias da Escandinávia e da Alemanha com as do Oriente Médio. Sabores como o creme azedo (que lembra uma coalhada azeda), do dill, do peixe em conservas, da alcaravia e da páprica remetem às combinações agridoces clássicas do mundo persa e do mundo árabe. São receitas persas como khoresh-e-mast, feita com frango, iogurte, laranja e berberis ou pratos sírios, como os kebabs de cereja.
Séculos de pobreza e a chegada do comunismo marcaram o desenvolvimento dessas culinárias, que são compostas por ingredientes simples, mas com sabor intenso. Sopas e ensopados são indispensáveis (baratos, práticos e nutritivos), como o borscht.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS E HISTÓRICOS
A Europa é o segundo menor continente do mundo e está localizada na mesma placa tectônica da Ásia – que é chamada de Eurásia –, em um território de mais de 10.000.000 km², sendo ocupada por 50 países que falam 60 idiomas, cuja população é um pouco mais de 750 milhões de habitantes.
Seu maior país é a Rússia; o menor é o Vaticano. O velho continente, como é conhecido, é separado da Ásia pelas cordilheiras Montes Urais, fazendo fronteira ao norte com o mar Ártico, a Oeste com o oceano Atlântico e ao sul com o mar Mediterrâneo.
A Europa possui em seu território cinco penínsulas: a Ibérica, onde estão localizados Portugal e Espanha; a Itálica, onde está localizada a Itália; a Península Escandinava, a maior da Europa e onde estão localizadas a Suécia, a Finlândia e Noruega; a Península Balcânica, conhecida com a região dos Bálcãs, onde se encontram a Albânia, a Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Macedônia e Montenegro (a Sérvia também fica nesta península, o autoproclamado Kosovo e uma parte da Turquia). Há também a península Jutlândia, onde está a Dinamarca.
O clima na Europa é considerado temperado continental e sua temperatura média durante o ano é de 15 ºC. O cristianismo é a principal religião na maioria dos países. É um dos maiores centros econômicos do mundo, tendo a União Europeia como bloco econômico para alinhar políticas e ter moeda única circulante. 
A Europa surgiu como continente nos primórdios da humanidade, quando os gregos dominaram o território, fundaram as primeiras cidades e difundiram a sua cultura. Durante vários séculos foi um território dominado por árabes, romanos, bizantinos, otomanos e pela igreja. 
A invasão dos árabes no século VIII gerou um dos maiores conflitos religiosos da história: cristãos e muçulmanos duelaram por vários séculos e um dos principais movimentos cristãos que surgiu para expulsar os árabes do continente, as Cruzadas, tinha como maior objetivo conquistar a cidade de Jerusalém e a Terra Santa. 
A Europa começou a dominar o mundo na Idade Média com as grandes navegações e a colonização de vários países nas Américas e na África, mas seus conflitos internos nunca cessaram. A Revolução Francesa também foi um marco histórico que mudou não só a França, mas refletiu em todo continente europeu e culminou com a chegada de Napoleão Bonaparte ao poder. A sede de poder de Napoleão desencadeou uma série de conflitos que só terminou com sua derrota em 1815.
O Renascimento foi um suspiro de arte no meio de um continente que sempre viveu em conflito e, assim, no século XV, nascido na Itália, esse movimento cultural, humanístico e científico mudou para sempre a história da Europa e da humanidade, revelando ao mundo vários gênios, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Dante Alighieri, William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Luiz de Camões, sendo um divisor de águas nos campos das artes e das ciências.
Noinício do século XX, acontece a Primeira Guerra Mundial entre as principais potências econômicas da Europa, que durou de 1914 a 1918. O conflito mal tinha acabado quando a Europa teve de enfrentar o fantasma do fascismo de Benito Mussolini, na Itália, e o nascimento do maior movimento antissemita do mundo, o nazismo, de Adolf Hitler. 
A pretensão do ditador de expandir o território alemão conquistando outros países e o crescente extermínio de judeus foi o estopim para desencadear a Segunda Guerra Mundial, mais violenta e mais longa que a primeira: seis anos. Foi o maior conflito do planeta, envolvendo países da Europa, Ásia, África e das Américas, resultando em mais de 60 milhões de mortos.
A Europa ainda viveu outro grande conflito que, desta vez, não foi bélico, mas de imposição de boicotes econômicos e queda de braço, a chamada Guerra Fria, entre a socialista União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e os Estados Unidos da América. A queda do Muro de Berlim e a dissolução da União Soviética quebraram o gelo da Guerra Fria e tudo passou a ser tratado ao nível das ideias. 
ASPECTOS CULTURAIS E GASTRONÔMICOS
A Europa recebeu muitas influências ao longo dos séculos por conta de todas as civilizações que ocuparam o continente. Desde os greco-romanos até a invasão dos árabes, passando pelos bizantinos, otomanos e os vândalos germânicos, todos, de uma maneira ou de outra, contribuíram para a formação do que vemos na Europa nos dias de hoje. Ocidente e Oriente, misturados, produziram uma rica cultura sem igual.
Essa mistura de culturas sobrepostas por tantos países no mesmo território também revela costumes não muito convencionais da população, como tomar sopa de entrada nas refeições, não usar sapatos dentro de casa, tomar sempre um café da manhã reforçado, não tomar banho todos os dias, entre muitas outras coisas.  
Os judeus adicionaram uma importância enorme do sistema de crenças e tradições relativas à comida, sendo que muitas delas continuam até hoje: às quintas-feiras, assam pão challah (pão trançado que é consumido no Shabat e nas festas judaicas) e rosquinhas, que duravam a semana inteira. Às sextas-feiras fritavam panquecas. No Shabat, sempre comiam frango e sopas de macarrão.
Às vezes parece difícil separar a comida judaica asquenaze da culinária da Europa Central e Oriental. Talvez isso aconteça porque o êxodo massivo dos judeus europeus antes e depois do Holocausto permitiu que sua culinária acabasse se disseminando. O goulash e a sopa borscht são dois exemplos bem conhecidos de pratos eslavos que foram popularizados pelos judeus. O goulash é um ensopado à base de carne de boi, massa, legumes temperados com alcaravia (uma especiaria muito parecida com cominho) e páprica. A sopa borscht é feita com beterraba, músculo, cenoura, cogumelos, repolho, limão siciliano, vodca e batatas.
Outras especialidades do bloco do leste incluem ensopados, sopas e bolinhos à base de tubérculos (beterraba, cenoura, batata), carnes (em grande quantidade, aproveitando o máximo do animal), picles, cereais, frutas, castanhas, nozes e especiarias, como páprica, alcaravia e dill. Os sabores fortes dão as caras nesta região.
A ARTE DOS ALIMENTOS: MÉTODOS E TÉCNICAS DE COCÇÃO, FICHA TÉCNICA, ELABORAÇÃO DE CARDÁPIOS E COZINHA MOLECULAR
A elaboração de cardápio e pratos na Europa é baseada na cozinha modernista, que é sempre preocupada em manter um padrão gastronômico em seus pratos, misturando técnica e requinte, além de frescor e a dieta saudável do mediterrâneo. Mesmo assim, muitos países ainda mantêm a tradição de pratos e cardápios mais rústicos, mas nem por isso são menos atraentes.
Os métodos e técnicas de cocção mais utilizados na Europa são: o guisado, o assado e o grelhado, visto sua influência da dieta mediterrânea. Dependendo do país e da região de origem, essas técnicas podem variar. 
A gastronomia molecular é a mistura da ciência e dos alimentos. Sua principal característica é a utilização de componentes químicos em pequena quantidade para causar alterações na forma e na textura dos alimentos, como azeite e bacon em pó, espuma à base de queijos e frutas, fazer um falso ovo frito à base de espuma de chocolate branco e purê de manga ou desenvolver um tagliatelle com frutas vermelhas. É só usar a criatividade.
Para elaborar um gel ou uma nova textura, devemos utilizar substâncias como gelificantes e estabilizantes. Os mais comuns são o ágar-ágar e a goma xantana, pois eles não alteram o sabor dos alimentos.
O congelamento por nitrogênio líquido é uma técnica muito utilizada para decoração de pratos ou para resfriar um alimento. Ela se dá quando o nitrogênio está a -196 ºC e, em contato com o ar, evapora e forma fumaça. A inserção de ar é uma técnica utilizada com o sifão, sendo que o gás nitrogênio é inserido em cápsulas para formação de espumas, podendo ter sabor (dependendo do alimento usado) e também desconstruir um molho, modificando, assim, sua textura na apresentação do prato. 
A esferificação altera a estrutura do alimento, transformando-o em pequenas bolinhas. O alimento é misturado com alginato de sódio, um espessante. A troca de íons entre eles altera as moléculas, preservando a esfera até a hora de ser consumida. Podemos fazer esferas de caviar, com cerveja preta, esfera de iogurte, de azeitona, beterraba ou o que sua imaginação produzir.
Podemos citar vários nomes de chefs referenciados que utilizam as novas tendências modernistas e moleculares, como o inglês Heston Blumenthal, conhecido como o alquimista da cozinha, que já ganhou diversos prêmios e homenagens acadêmicas. O alemão Michael Kempf, premiado aos 26 anos com uma estrela Michelin, o também alemão Harold Wohlfaitrt, com três estrelas Michelin, o holandês Michel Van der Kroft, com duas estrelas Michelin no decorrer de sua carreira, o norueguês Christopher Haatuft, o espanhol Ferran Adrià e o percussor da cozinha molecular, o físico húngaro Nicholas Kurti.
Caracterização atual da cozinha da Europa Oriental, principais pratos e ingredientes
Na Europa Oriental, as sopas variam desde a refeição mais simples, como a sopa de vento (um caldo de repolho com batatas), como a sopa de tomates, cogumelos, pepino, ou sopa fria de fruta, feita de mirtilos ou morangos silvestres. Os ensopados são igualmente populares, mais encorpados e com mais carne que as sopas.
A spatzle é uma massa à base de ovos bem pesada. É a guarnição frequente para ensopados, sendo muito usada no sul da Alemanha, Áustria, Suíça, Alsácia e fora da Europa em regiões de imigração alemã, como o sul do Brasil. 
As massas recheadas são bem comuns, sejam como guarnição ou como prato principal. Há as feitas com ovos, como a galuska húngara ou com batatas, como o pierogi polonês. São servidas puras, acompanhando um ensopado ou são preparadas com um recheio mais elaborado, como cream cheese, cogumelos, chucrute ou fígado de galinha.
O peixe curado é usado com elemento agridoce. Arenque em conserva, hadoque, salmão gravlax e até mesmo o caviar são bastante usados em canapés sofisticados com pão de centeio e creme azedo, ou ainda empanados e fritos para servir como prato principal. 
Principais ingredientes: páprica picante, alcaravia, folha de louro, dill, junípero, pimenta-do-reino, manjerona, orégano, cebolinha-miúda, creme azedo, beterraba, repolho, macarrão de arroz, peixe curado e em conserva, farinha matzo para massas recheadas e bolos de semente de papoula.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DA RÚSSIA, PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
A Rússia é o país da caça: patos, faisões, galinholas, javalis e ursos são abundantes. Mas é também o país do peixe, com seus esturjões, salmões, trutas e carpas. Há criações de bovinos, ovinos e caprinos. Nessa grande terra agrícola, cultivam-se cereais como o trigo sarraceno, que ocupa um lugar de destaque na culinária russa. Também se encontram legumes, sobretudo berinjela, pepino e repolho.
As tradições da culinária russa estão na defumação em grande escala e na salga de carne, peixe e repolho. O repolho é um legume muito popular no país, sendo umdos ingredientes presentes no preparo da sopa tradicional, o chtchok. Os russos são grandes apreciadores de sopas; se elas incluem carne, o que ocorre com frequência, como no célebre bortsch, podem constituir o único prato da refeição.
Outra tradição da culinária russa são os zakouski, que consistem em aperitivos servidos sob a forma de pequenos canapés de pão preto ou croquetes, folhados, isca de peixe, bolinhos de carne e de peixe ou legumes picados.
A carne é servida bem passada, com frequência condimentada com raiz forte, dill, endro ou cogumelos, sendo acompanhada de molhos; entre eles, o célebre molho azedo aromatizado com beterrabas. Outro molho muito utilizado é o tkemali (molho de ameixa preta).
Os principais produtos da culinária russa são:
Caviar
É composto de ovas de esturjão. Existem três tipos: o Beluga, que provém dos esturjões maiores, com grandes ovas e de cor cinza, muito saboroso, mas é o mais raro e o mais caro; o Ossetra, de peixes menores, que apresenta ovas douradas de sabor frutado e que é considerado por muitos apreciadores como o melhor caviar, e o Seruga, o mais comum e que se origina dos esturjões menores, com ovas sabor de avelã.
Beterraba
Essa raiz carnuda de cor vermelha é consumida desde a antiguidade. As folhas têm gosto similar ao da acelga e são consumidas, principalmente, em sopas. Já a raiz, rica em açúcar e vitamina, é um dos pilares da culinária russa. 
Cogumelo
As florestas e as planícies do imenso território russo produzem grandes quantidades de cogumelos de todos os gêneros. Depois de colhidos, são postos para secar ou marinar, entrando no preparo de fricassês, molhos ou gratinados. Na região em torno de Moscou se encontra também o caviar de cogumelos, prato tradicional temperado com estragão, ervas frescas e limão.
Vodca
Provém da destilação de cereais (centeio, cevada ou trigo) ou de batatas, podendo ser aromatizada com ervas ou especiarias. 
Os principais pratos da culinária russa são:
ENTRADAS 
Bortsch, chtchi (sopa de chucrute), coulibiac de salmão e blinis;
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PRATO PRINCIPALJavali ao molho moscovita, costelas pojarsk, vitela com molho de caviar e estrogonofe de carne;
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SOBREMESA
Pashka, bolo de mel e especiarias.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DA ALEMANHA, HUNGRIA E SUÍÇA, SEUS PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
A Alemanha não tem uma gastronomia glamourosa: salsichas, repolho azedo, pão de centeio e queijos duros caracterizam a sua culinária que, segundo a opinião internacional, trata-se de uma cozinha que tem uma comida pesada. Cozido de carnes com batatas, zimbro e alcaravia, salsichas de carne de caça servidas com chucrute e pão pumpernickel estão longe de se encaixar no conceito moderno de uma alimentação saudável e balanceada.
Muitas das comidas que consideramos como sendo alemães são, na verdade, austríacas. Podemos citar: o Wiener Schnitzel, o Strudel de maçã e o Sachertorte (uma torta de chocolate austríaca). A culinária tradicional mudou muito pouco na Alemanha nas últimas décadas. 
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda do nazismo, as políticas internacionais estabeleceram restrições à produção da Alemanha, tentando inibir a volta do militarismo. Este fato somado à fraca miscigenação que há na Alemanha acabou fazendo com que a cozinha alemã evoluísse muito pouco no século XX.
A divisão da Alemanha em Ocidental e Oriental em 1949 acarretou em algumas diferenças marcantes entre as duas culinárias. A Alemanha Ocidental permaneceu fiel às suas raízes, com a salsicha continuando protagonista na sua culinária. Já o lado oriental acabou sofrendo influências inevitáveis de seus países vizinhos, como a Polônia e a Rússia, herdando a preferência por sal, conservas, ervas e sopas. 
Ainda que seja de conhecimento as limitações da cozinha alemã no passado recente, a variedade de alimentos disponíveis atualmente vem aumentando. Hortaliças sazonais, como o repolho e os aspargos, já são fáceis de encontrar.
Ervas e especiarias garantem o sabor da cozinha alemã, mas sem a ardência da culinária dos países do Oriente Médio, por exemplo. Alcaravia, cebolinha-miúda, dill, salsinha e tomilho são os temperos mais presentes na gastronomia alemã – a pimenta é uma raridade. O alho, introduzido na Alemanha por imigrantes, também é bem presente. 
O toque picante na culinária alemã é obtido pela mostarda e pela raiz forte, dois ingredientes dominantes em molhos para carnes e peixes de água doce, como a truta. Já o trio cardamomo, cravo e canela é muito usado nas sobremesas e biscoitos.
A salsicha permanece intacta na culinária alemã; são mais de 1.500 variedades, que são servidas quentes ou frias e em todas as refeições. As mais consumidas são: Bockwurst e Woll Wurst (que combinam com carne suína e de vitela), Knackwurst (pequena e feita com carne suína e alho), Landjaeger (carne seca de boi e de porco, temperada e desidratada) e Frankfurter, a mais conhecida.
Um dos principais produtos da gastronomia da Alemanha é a cerveja. São várias marcas, tipos e sabores, mas todas devidamente respeitadas no mundo todo. As marcas mais consumidas pelos alemães são: Bitburger, Becks, Erdinger e Paulaner. Já o vinho alemão ainda não conquistou o respeito gastronômico na culinária mundial, sendo que suas principais uvas são Riesling e Gewurztraminer.
Principais ingredientes da culinária da Alemanha: repolhos (branco e roxo), salsichas, batatas, cogumelos silvestres, paio de centeio e o pumpernickel, mostarda, raiz forte, alcaravia, cebolinha-miúda, tomilho, junípero, anis estrelado, cardamomo, canela e cravo.
Outro ponto característico da gastronomia alemã é a charcutaria, que é a arte de preparar produtos feitos à base de carne de porco. Tanto a Alemanha quanto a Áustria oferecem um leque muito amplo de produtos de charcutaria, tais como: presuntos, terrines, patês, roulades, chouriços de sangue e, claro, salsichas, que são feitas de tripas de porco, recheadas de carne moída e temperadas. 
Outra característica da cozinha alemã é o consumo de carne de caça de animais grandes e pequenos: cervos, veados, javalis, lebres, faisões e perdizes são preparados de diversas maneiras, como marinados e assados com molho.
Na Alemanha existe uma grande variedade de pães, que vão desde pão de cerveja e de salsicha até os pretos, integrais, de centeio, de nozes, de cebola e o já falado pão pumpernickel, que é feito de centeio e tem seu cozimento demorado, o miolo é quase preto e tem sabor agridoce. O Landbrot é um pão escuro, também feito de farinha de centeio, porém mais macio; já o Mischbrot é um pão misto de centeio e trigo. Para tamanha variedade de pães, são fundamentais os grãos, e para o Pretzel, um dos pães mais populares da Alemanha, são essenciais as sementes, os cereais de trigo e a aveia de centeio.
// Hungria
A Hungria possui uma culinária surpreendente, pois carrega a tradição, a influência de diversos países e a modernidade da nouvelle cuisine. A culinária húngara apresenta uma mistura de culturas, combinando produtos da cozinha da Alemanha, da Itália, da Ásia e de algumas regiões da Europa Central e Oriental. 
O pimentão húngaro é sem dúvida a especiaria mais utilizada e, em qualquer preparação, tem um toque de páprica no molho, dando um toque apimentado aos pratos. A sopa também é um item indispensável nesta cozinha. A goulash, sem dúvida, é a mais consumida, seguida pela sopa de feijão (Jókai Bableves), ideal para os dias de frios, muito consistente, à base de feijão, legumes e temperada com páprica. Já a sopa de peixe (Halászlé) é muito consumida no Natal. O pão é item indispensável em qualquer refeição húngara.
Além das sopas, a carne, principalmente a de porco, é muito consumida pelos húngaros, especialmente os guisados, como o porkolt, à base de carne suína ou bovina, com páprica no molho de pimentão. A couve recheada (toltott káposzta) é outro prato muito importante na região e, de preferência, deve ser recheada com carne de porco. Outros pratos muito populares na cozinha húngara são: o fozelék, umensopado de legumes, e o lángos, um pão que pode ser considerado a pizza dos húngaros. 
É muito comum que as refeições sejam acompanhadas por um bom vinho ou uma cerveja típica da região. Temos o vinho tinto Egri Bikavér, o branco Today e o espumante Torley. Também há cervejas como a Kobanyai ou a Bak.
Não poderíamos falar da cozinha húngara sem citar os doces e os maravilhosos folhados recheados com cereja ou maçã, a somlói galuska, que é um pão de ló recheado de creme de chocolate, nozes e um toque de rum e chantili. Também temos o bolo de chaminé (kurtos kalács) à base de nozes picadas, cacau, caramelo e canela.
// Suíça
A gastronomia da Suíça é rústica, porém farta: sopas, peixes e bolos são os elementos fundamentais de sua cozinha. Com uma culinária econômica e robusta (à imagem de seus camponeses montanheses, que a criaram), apresenta inúmeras receitas à base de queijo, como fondue ou raclette. 
Um cardápio clássico da culinária da Suíça é a sopa de ervas, trutas com uvas verdes e torta de ameixas frescas, mas seus principais ingredientes são os queijos, o leite e o chocolate. 
Falando de chocolate, foi nos Alpes da Suíça que nasceu um dos melhores chocolates do mundo. Uma tradição que remonta ao começo do século XIX, com empresas familiares famosas como Suchard, Nestlé, Kohler e Lindt. Tudo começou quando o suíço Daniel Peter, em 1878, inventou o chocolate ao leite, unindo as amêndoas de cacau ao leite condensado inventado pelo químico suíço Henri Nestlé em 1867. Foi Rodolphe Lindt o responsável por criar um processo para melhorar a qualidade do chocolate por meio do cozimento de manteiga de cacau.
Uma das maiores tradições dos suíços são os excelentes queijos de leite de vaca, sendo que um dos seus queijos mais famosos, o gruyère, é fabricado em um pequeno vilarejo homônimo. É preciso seis meses de refinação para dar ao queijo uma massa macia e firme de cor marfim.
Outro queijo famoso é o emmental, do Vale do Emme, mas fabricado nas regiões de Savoie e Franche-Comté, na França. Já outro queijo, o appenzell, é apresentado em um disco espesso sob um bela casca dourada e escovada, por vezes, é um bom substituto para o gruyére na culinária. O sbrinz é outro queijo feito de leite de vaca, que é maturado de dois a quatro anos, sendo muito utilizado em sopas, nhoques e folhados. Já o schabzieger é feito de leite desnatado, com sabor picante e muito utilizado quando seco para condimentar a polenta, o arroz e as massas. 
Ainda temos o tomnie vaudoise, com sabor cremoso e, às vezes, aromatizado com cominho, e o vascherin friburgeois, um pequeno disco de 40 cm de diâmetro, fresco, com leve aroma de resina e um sabor ligeiramente azedo.
Os pratos da Suíça são:
ENTRADAS 
Sopa de chalé, raclette, sopa do convento de Engelberg e malakoff;
PRATO PRINCIPAL
Torta de cebola à moda Schaffausen, truta com uvas verdes, fondue e rosti;
SOBREMESA
Gateau de la cure, torta de maçãs caramelizadas e cereja.
A gastronomia da Suíça é contemplada com chá, café e leite, pão com manteiga, iogurte, saladas, tortas, cremes, bolos de frutas, cerveja e um bom vinho, sem se esquecer de uma deliciosa tábua de queijos.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DA BÉLGICA E HOLANDA, SEUS PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
A Bélgica aproveita muito seus recursos naturais. Apesar de sua pequena extensão, cada região sabe muito bem utilizar os frutos de sua agricultura, das suas criações, rebanhos e de sua pesca. Cada canto do país tem uma culinária específica de acordo com os principais produtos que estão à disposição.
A Antuérpia oferece as enguias; Liège, os tordos, que são pequenas aves como o sabiá; já em Ardenas temos o presunto cru. Às costas do mar do Norte, os inúmeros peixes é que fazem a culinária da região.
Os belgas têm muito orgulho de sua variedade de queijos à base de leite de vaca, também se orgulham muito de suas cervejas e de sua maior tradição, a batata frita, ou melhor, os mexilhões com batata frita. A endívia também é bem consumida em sopas, saladas, gratinados e em tortas.
CURIOSIDADE
Você sabia que a batata frita nasceu na Bélgica? No começo do século XVII, os camponeses belgas consumiam os peixes que pescavam no rio Meuse fritos. Mas quando chegava o inverno, o frio gelava as águas do rio e não era possível pescar. Os camponeses cortavam as batatas em tiras e as fritavam em substituição aos peixes: assim nasceu a comida mais popular da Bélgica.
Um dos grandes destaques da gastronomia belga é a cerveja: são mais de 500 tipos e duzentos sabores entre doces e amargos, ácidos e agridoces. São produzidas na Bélgica as cervejas ditas de baixa fermentação, do tipo pilsen, como a famosa Stella Atrois. As cervejas trapistas também são uma das especialidades, assim como as cervejas fortes das Abadias, as especiais e a de alta fermentação.
Os pratos principais da gastronomia belga são:
ENTRADAS 
Caldo coroado, sopa de ervilha e sopa de legumes com bolinhos de carne;
PRATO PRINCIPAL
Enguias com molho verde, filé de linguado com cerveja, carbonade à flamenga, trutas com creme de leite e bacalhau fresco de panela ao molho mouseline;
SOBREMESA
Rabanada, beignets de maçã, torta de ameixa, gaufres de açúcar e cramique.
O grande ingrediente da culinária belga é o chocolate, que faz o país ser considerado um dos mais famosos produtores do mundo, tendo, inclusive, a empresa que fabrica aquele que é considerado o melhor chocolate do mundo, o callebaut.
// Holanda
Um dos principais ingredientes da culinária holandesa é o queijo, mas a agricultura e a pesca também são responsáveis pelos principais pratos da gastronomia da Holanda, sendo o uitsmijter, um linguado gratinado, um de seus grandes clássicos, assim como o boterkoek, um bolo de manteiga.
A Holanda soube muito bem assimilar as contribuições de vários lugares, bem como os hábitos e costumes culinários de suas antigas colônias, até mesmo as mais exóticas. O rijsttafel, um prato tradicional da cozinha da Indonésia, que consiste em uma variedade de pratos à base de arroz servidos com carnes e peixes, também é bem popular no país.
A culinária diária da Holanda é simples, exceto aos domingos, quando todos se reúnem para desfrutar de uma boa mesa, com um café da manhã completo, com direito a chá, café, leite e chocolate, pães acompanhados de frios, queijos, geleia, manteiga de amendoim e o famoso hagelslag. No almoço, são vários pães recheados, ovos fritos com rosbife e queijo, chá e leite. Já o jantar holandês é a refeição mais completa do dia, com um prato de carne ou de peixe, legumes cozidos com bastante tempero e também repolho, salsicha, chucrute, bolinhos de carne moída perfumados com ervas, cebola e alho. A refeição termina com uma sobremesa leve, como um iogurte, um queijo branco ou um pudim de creme. 
 Os pratos mais importantes da Holanda são os peixes salgados e defumados, saladas e sopa de ervilha de entrada, escalopes de vitela e gouda, linguado gratinado e cozido de chicória crespa. De sobremesa, creme de baunilha com macaron.
CARACTERIZAÇÃO ATUAL DA COZINHA DA NORUEGA E REINO UNIDO, SEUS PRINCIPAIS PRATOS E INGREDIENTES
A Noruega mantém uma tradição muito forte na criação de cabras, carneiros, cordeiros e ovelhas, sendo consideradas as melhores do mundo. São carnes muito macias e saborosas. Uma iguaria muito tradicional para os noruegueses é o fenalar, uma perna de cordeiro curada que normalmente é servida em fatias e muito consumida durante o inverno.
Cercadas de montanhas e de paisagens deslumbrantes, suas inúmeras propriedades rurais vivem da produção de leite, manteiga e, principalmente, queijos, sendo o brunost o mais famoso, conhecido como queijo marrom. 
Outra característica muito típica na Noruega, na estação do outono, é a caça, principalmente a de alce, rena, veado ou de tetraz (uma ave com carne macia, sabor forte e marcante).
Por muito tempo a Noruega foi a principal exportadora de bacalhau seco do mundo, e hoje também exporta salmão e bacalhau ártico. A culinária norueguesa aprecia muito os peixes e os frutos do mar bem frescos, mas também os consome defumados,salgados ou em conserva. Hoje o salmão defumado é considerado o queridinho dos noruegueses, possuindo muitas opções de pratos, como o gravlak (salmão curado e temperado com ervas), podendo também ser utilizado em saladas, sanduíches, com ovos mexidos ou com o que preferir. 
A Noruega possui outros ingredientes muito utilizados; entre eles, a batata, além de grãos, vegetais e frutas vermelhas. Os waffles são quase um símbolo nacional que se pode encontrar em cada esquina em vários sabores. Outra paixão nacional é o polse, um tipo de cachorro-quente, mas com panqueca feita de batata. 
Entre os principais pratos da região, podemos citar o rakfisk (peixe empanado), o moket fish (peixe defumado com creme), o farikal (guisado de carneiro, repolho e batata) e o tradicional smorgasbord, que reúne salmão defumado, caviar, arenque, pães e frios.
// Reino Unido
A culinária do Reino Unido tem uma longa tradição em produzir embutidos suínos, fatias grossas de presunto curado, tortas de carne de porco, bolos de carne moída com ovos cozidos, cordeiro assado com alho e alecrim e até um dos melhores queijos do mundo, o cheddar.
A Inglaterra é reconhecida por suas refeições completas: café da manhã farto, o tão famoso chá das cinco e muitos piqueniques. Inclusive, de tanta tradição em piqueniques, os britânicos acabaram por criar o sanduíche, que recebeu esse nome em homenagem a John Montagu, o quarto Conde de Sandwich, no século XVII.
A cozinha britânica é feita por pratos nutritivos que são, ao mesmo tempo, simples. A gastronomia da Inglaterra começou a despertar todo seu potencial no início dos anos 2000, valorizando os ingredientes e os pratos nacionais, redescobrindo a culinária de seus antepassados. 
Há uma grande variedade de pratos à base de pescados, principalmente no sudoeste, como frutos do mar, ostras e peixes empanados. Há também o salmão defumado e o arenque em conserva na região da Escócia. Já no norte da Grã-Bretanha, a oferta é de cordeiro, mas também tem o bolinho de farinha e ovos, que acompanha rosbife com batatas. Podemos citar ainda os bolinhos do País de Gales com frutas secas e especiarias e o famoso caranguejo. Por fim, a tradição dos pudins, tortas e bolos ingleses, que são repletos de frutas e de muita calda; pão de ló, pudim de pão, torta de melado, pudim de caramelo e o pudim de frutas secas são outras sobremesas famosas. 
Entre os ingredientes mais comuns em toda a Grã-Bretanha estão os tubérculos e as raízes, as carnes, os miúdos e os peixes, os frutos do mar, os queijos duros, azuis e o cheddar, as massas podres, os pães e bolos, as bolachas e biscoitos e os condimentos como a mostarda, o ketchup e o tradicional molho inglês.
Na Grã-Bretanha, a Inglaterra tem mais tradição em usar carnes do que a Escócia ou a Irlanda. Já entre as especialidades escocesas, podemos citar os biscoitinhos de massa podre amanteigada, perfumados com amêndoas, laranja ou gengibre, que fazem companhia aos chás. Um prato típico da Escócia é o haggis, que consiste em estômago de ovelha recheado com as vísceras do animal, moídas com farinha de aveia e gordura.
Outro ponto importante são as cervejas. Tanto os ingleses quanto os irlandeses são grandes apreciadores da bebida que teve sua origem entre os celtas. São vários tipos: a Pale Ale, de cor âmbar claro e de sabor vívido; a Bitter, de cor de mel, aproximando do avermelhado e ligeiramente amarga, e a Stout, muito escura e adocicada. Os britânicos têm o costume de beberem suas cervejas na temperatura ambiente. Entre as marcas mais famosas está a irlandesa Guinness.
Outras bebidas tradicionais são o scotch e o uísque, sendo que o primeiro tem em sua composição a pureza das águas de Highlands, a riqueza da cevada e o perfume da turfa sobre a qual recaem os grãos. Já o uísque é feito com malte puro, apenas com grãos de cevada germinados. São muito populares na Irlanda e na Escócia. Entre as demais bebidas da Grã-Bretanha, também podemos falar dos licores e do gim, que é feito de bagas de zimbro fermentadas.
Os principais pratos da Grã-Bretanha são:
ENTRADAS
Sopa escocesa, coquetel de lagostim e o welsh rarebit;
MOLHOS
Hortelã, maçã, cumberland e chutney de maçãs e tomates;
PRATOS PRINCÍPAIS
Kedgeree, torta de frango, hadoque à inglesa, curry de cordeiro, irish stew, yorkshire pudding, lancashire hotpot, arenque fresco com aveia (na Escócia) e toad in the hole (na Inglaterra);
SOBREMESA
Crumble de maçã, manjar de abricó, trifle, bolo de dundee, barmbrack, pudim de laranja, biscoitos, bolos, muffins e scones.
SINTETIZANDO
Nesta unidade, conhecemos um pouco da cozinha do Oriente Médio e suas influências em Israel, Líbano e na Síria, bem como os aspectos geográficos e históricos de sua rica, temperada e saborosa gastronomia.
Conhecemos também um pouco da história, cultura e gastronomia dos principais países da Europa Oriental, passando pela cozinha da Alemanha, da Bélgica, da Grã-Bretanha, da Holanda, da Hungria, da Rússia e da Suíça, conhecendo um pouco dos seus principais pratos, sobremesas e as características que dão a identidade gastronômica de cada um desses países.
Também falamos um pouco sobre a atual cozinha molecular praticada nestes países, além de outras técnicas da cozinha moderna e característica dos países estudados. E alguns grandes nomes da gastronomia, que possuem estrelas Michelin e vasto currículo.
Vimos diferentes técnicas de cocção e maneiras diversas de preparar o mesmo alimento em vários países, além de cardápios e pratos típicos de cada região.
Durante a unidade, os objetivos traçados para a aprendizagem foram plenamente alcançados, proporcionando uma visão ampla e atualizada sobre o panorama da gastronomia desenvolvida no Oriente Médio e nos países da Europa Oriental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BASSOLEIL, E. Larousse da cozinha do mundo: Mediterrâneo e Europa Central. 2. ed. São Paulo: Larousse do Brasil, 2006.
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BISSIO, Beatriz. O mundo falava árabe. São Paulo: Record, 2012.
CHOUEIRI, R. N. O patrimônio culinário do Líbano. Barcelona: Bonum, 2015.
HIRST, J. A mais breve história da Europa. Rio de Janeiro: Sextante, 2018.
HOLLAND, M. O atlas gastronômico: uma volta ao mundo em 40 cozinhas. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2015.
JAMAL, S. Aroma árabe: receitas e relatos. São Paulo: Senac, 2005.
KUCZYNSKI, L. Larousse da cozinha do mundo: Oriente Médio, África e Índico. São Paulo: Larousse do Brasil, 2005.
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TROISGROS, C. Larousse da cozinha do mundo: Europa e Escandinávia. São Paulo: Larousse do Brasil, 2005.
VISENTINI, P. O grande Oriente Médio. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

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