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PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO Bases teóricas que servem de apoio para explicar ou justificar uma conduta prática ) ( Prof. Dr. Guilherme Lemos O que é treinamento ? Qual o objetivo? CONCEITOS, OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS Características essenciais Rendimento Individualidade biológica Cargas de treinamento Planejamento Autonomia do atleta CONCEITOS, OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS CARGA DE TREINO A carga, no âmbito do treinamento, pode ser definida como o resultado da relação entre “volume” (quantidade de trabalho) e intensidade (aspecto qualitativo), sendo entendida como estresse ou estímulo, ao qual se submete o desportista durante o processo de treinamento.” Leszek Szmuchrowski (2004), apud Manso (1999) CARGA DE TREINO VOLUME - Distância Percorrida - Número de repetições - Duração do trabalho (tempo) - Número de Séries - Horas de treinamento “espelha o aspecto quantitativo do treino” CARGA DE TREINO INTENSIDADE - Quilagem utilizada - Velocidade do movimento - Ritmo - Redução do intervalo ou pausa - Amplitude do movimento “espelha o aspecto qualitativo do treino” INTERRELAÇÕES DOS FATORES DA CARGA DE TREINO INTENSIDADE VOLUME DENSIDADE : NÚMERO DE SESSÕES NA UNIDADE DE TEMPO PRINCÍPIO DA SAUDE Bem estar físico, mental e social Atleta: especificidade especialização fenótipo saúde? Desenvolvimento : Multilateral Harmonioso SAÚDE: AUSÊNCIA DE DOENÇA? Intensidade da atividade e função imune Silverthorn,2003 PRINCÍPIO DA SAÚDE Respeito: - às individualidades - às características etárias - às diferenças sexuais “saúde não é tudo, mas tudo sem saúde não é nada” (zakharov, 1992) PRINCÍPIO DA CONSCIENTIZAÇÃO MOTIVAÇÃO RESULTADO CONSCIENTIZAÇÃO Atividade física: Busca da melhoria da capacidade psicofísica (disciplina, coragem, perseverança, e confiança) PRINCÍPIO DA CONSCIENTIZAÇÃO Amador: Atividades de cotidiano (prevenção e manutenção da saúde) Qualidade de vida Profissional: Atividade física como um fim Performance PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA - GENÓTIPO - FENÓTIPO: - Adaptações morfológicas e funcionais - Adaptações psicológicas PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA - GENÓTIPO Biotipo Estatura máxima esperada VO2 máx No de fibras do Tipo I e II (força, velocidade e resistência esperadas) Aptidão Física Aptidão Intelectual PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA - FENÓTIPO Consumo real máximo de oxigênio - VO2 máx; Percentagem de fibras rápidas e lentas; Capacidades Motoras Habilidades Desportivas Estatura Atingida (?) Traço de Personalidade competitiva etc. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Qualquer ser vivo, é o resultado da interação do meio ambiente com o Genótipo. Que é expressado no Fenótipo. FENÓTIPO = GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE Para cada indivíduo um determinado estímulo provoca uma adaptação específica Um mesmo estímulo deverá provocar adaptações diferentes em pessoas diferentes FENÓTIPO “ aparência visível” (???) – Lehninger (1988) Princípio da Adaptação Toda vez que um estímulo é aplicado ao organismo, na tentativa de adaptação surge uma resposta , positiva ou não. Princípio da Adaptação Como adaptações Biológicas no Esporte, entendem-se as modificações dos órgãos e sistemas funcionais, que decorrem das atividades Psicofísicas /Esportivas. TREINO - ADAPTAÇÃO “...Reação natural do organismo como resposta à da aplicação regular, metódica e sistematicamente das cargas de treino”. - “Reorganização de um sistema biológico, através da alteração dos seus limites de funcionalidade.” Castelo e col , 1996 19 Princípio da Adaptação O Desenvolvimento da condição de treinamento é muito rápida no início, tornando-se cada vez mais lenta A 34 75 80 83 83 B 30.6 70 72 74 76 C 32 65 68 69 75 Princípio da Adaptação Tempo e nível treinamento e a reserva funcional Platonov, 2003 RESERVA DE ADAPTAÇÃO Manso e col. 1996 22 A adaptação ocorre quando o estimulo é proporcional ao limiar de capacidade do individuo ( Harre 1982) Princípio da Adaptação RESERVA DE ADAPTAÇÃO Determina o nível de adaptação possível ( Verkochanski 1987) “Capacidade de resposta de adaptação que um organismo possui em cada momento, e que lhe possibilita passar a um novo nível das suas possibilidades motoras” Manso e col. 1996 24 Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Endógenos: Idade Sexo Hereditariedade Condição de Treinamento Metodologia de treino Condição de saúde Perfil Psicológico Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Exógenos: Qualidade e Quantidade da Sobrecarga Alimentação Meio Social Clima Altitude Recuperação Princípio da Adaptação Fatores que influenciam a adaptação Adaptado de Weineck PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO Princípio da Adaptação Nível inicial CARGA FATIGA APÓS A CARGA SUPERCOMPENSAÇÃO RECUPERACÃO Adequação do momento para aplicação de um novo estímulo Estado biológico antes do estímulo Muito cedo ideal muito tarde Catabolismo Recuperação TREINAMENTO : alternância de fases de catabolismo e de anabolismo, para a busca da melhoria do rendimento (supercompensação) Sesión de entrenamiento Anabolismo Melhoria PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO Nível renovado PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO CATABOLISMO: Processo durante a carga de trabalho ANABOLISMO : Processo de recuperação: - repouso - alimentação - intervalo entre as cargas SUPER COMPENSAÇÃO : - dependente da qualidade do catabolismo e do anabolismo PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO Tipos de Estímulos: - Fraco - Médio - Forte (desenvolvimento) - Muito Forte Tipos de Reações: - Reação de alarme - Fase de resistência - Fase de esgotamento PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO Relação : magnitude da carga e a recuperação correspondente Platonov, 2003 Efetividade das cargas em função de suas magnitudes Estado biológico fadiga antes do estímulo (Compensação /recuperação) Supercompensacão Treinamento muito fácil Treinamento adequado Treinamento muito duro As modificações funcionais das diferentes intensidades de carga Intensidades da carga Débil Média Forte Muito Modificações funcionais forte Carga de treinamento TOLERANCIA LIMITE P. de Sobrecarga. Lei de Shultz-Arnodt EFEITO PREJUDICIAL MÁXIMA Estímulos demasiado fortes acima do limite EFEITO ÓTIMO Estímulos fortes acima do limite EFEITO DE MANUTENÇÃO Estímulos débeis até o limite SEM EFEITO Estímulos inferiores ao limite de tolerância PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO (La Rosa, 2001) CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS SEGUNDO AS SUAS “MAGNITUDES “ Obs: Para a prescrição das cargas, mantém-se a intensidade,alterando- se apenas o volume; à exceção da recuperativa Princípio da Sobrecarga Quando o organismo se mostra resistente à uma determinada carga de treinamento, uma nova deverá ser introduzida com magnitude superior PRINCÍPIO DA SOBRECARGA AUMENTO PROGRESSIVO DA CARGA DE TREINAMENTO VOLUME E INTENSIDADE princípio da interdependência Reações do organismo de esportistas de diferentes níveis Carga Recuperação Com carga da mesma inten- sidade e do mesmo volume Esportistas de nível baixo Esportistas de nível medio Esportistas de nível alto Com carga extrema (limite) Atleta de alto nível Atleta de baixo nível REAÇÃO REAÇÃO Carga Recuperação PRINCÍPIO DA PROGRESSÃO DA CARGA Aumento da frequência de treinos Aumento do volume da carga por unidade de treinamento, com mesma densidade Aumento da densidade Aumento da Intensidade PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Manter a reação de alarme TREINO - ADAPTAÇÃO SUPERCOMPENSAÇÃO SUPERCOMPENSAÇÃO POSITIVA ACUMULADA PRINCÍPIO DA SOBRECARGA efeitos acumulativos para atletas de alto nível REAÇÃO REAÇÃO O novo estímulo ocorre no ápice da fase de supercompensação O novo estímulo é produzido antes do ápice da supercompensação O ritmo de ganho é mais rápido que o exemplo anterior. RELAÇÃO CATABOLISMO E SUPERCOMPENSAÇÃO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA esgotamento Controle da Carga e Adaptações PRINCÍPIO DA SOBRECARGA efeitos acumulativos Matveev,1996 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE E REVERSIBILIDADE Um programa de treinamento deve ser sistematizado e continuado O organismo também se adapta à inatividade Os efeitos do treinamento são transitórios e reversíveis Princípio da Reversibilidade O tempo necessário para reverter os efeitos do treinamento é proporcional ao tempo de treinamento. Quanto maior for a base de treinamento, mais lenta será a queda de performance Princípio da Reversibilidade As adaptações e benefícios são transitórios As adaptações e orgânicas provocadas pelo organismo tendem a voltar aos estados iniciais após a paralisação, ou longas interrupções nos treinamentos Os benefícios para a saúde dos programas de atividade física permanecem somente enquanto a pessoa permanece ativa. “estilo de vida ativo” Princípio da Reversibilidade É muito importante conscientizar o praticante que os efeitos do treinamento são totalmente reversíveis (Robergs e Roberts, 2002) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA MANUTENÇÃO O volume de carga para manter um determinado nível de desempenho é menor que o necessário para atingi-lo. Há, porém, a necessidade da manutenção da intensidade, para manter a qualidade do trabalho carga de 20 a 40% Princípio da Especificidade Um estímulo só é eficaz quando é específico para o desporto ou ato motor a que se destina O organismo dispõe de uma capacidade muito pequena de transferir a especificidade de estímulos provocados por cargas com diferentes finalidades. Isto torna necessário a identificação precisa das habilidades motoras inerentes à atividade, as capacidades motoras envolvidas, metabolismo energético predominante, além dos aspectos biomecânicos próprios Adaptações funcionais e orgânicas relacionadas com cada componente da aptidão física, serão produzidas somente por meio de esforços físicos específicos para cada indivíduo O organismo sempre se adapta de forma específica ao esforço que lhe é oferecido. Exercícios aeróbios deverão provocar adaptações no sistema cardiorrespiratório Princípio da Especificidade PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE PREDOMINÂNCIA ENERGÉTICA GRUPOS MUSCULARES ENVOLVIDOS MOVIMENTOS ESPECÍFICOS (BIOMECÂNICA) Especificidade e Sistemas de Energia A Inter relação entre os princípios SAÚDE CONSCIENTI ZAÇÃO INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA ADAPTAÇÃO SOBRECARGA CONTINUIDADE REVERSIBILIDADE ESPECIFICIDADE MANUTENÇÃO PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE diferentes componentes Especificidade e Sistemas de Energia Especificidade da Prática do Voleibol PRINCÍPIO DA AVALIACÃO O TREINAMENTO DEVE SER: - Mensurável - Avaliado constantemente para que se comprove sua eficácia - Flexível para ajustes necessários
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