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CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 1 Abdome agudo inflamatório – é uma abreviação para dor abdominal aguda, e se refere a qualquer dor súbita e intensa no abdome que leva a vitima a procurar socorro medico. Então uma cólica menstrual pode ser considerado um abdome agudo, uma diarreia com cólica importante é um abdome agudo; nem todo abdome agudo é cirúrgico, mas alguns destes evoluem para a necessidade de procedimento cirúrgico. Temos basicamente 5 tipos de abdome agudo -abdome agudo inflamatório -abdome agudo obstrutivo -abdome agudo perfurativo -abdome agudo vascular -abdome agudo hemorrágico Abdome agudo inflamatório As causas de abdome agudo são de origem infecciosa ou inflamatória; que gera um quadro de peritonite secundária. Então ocorre uma inflamação ou uma infecção para posteriormente fazer uma peritonite. E o que é PERITONITE? – inflamação do peritônio; nossas alças intra-abdominais são cobertas por 2 folículos de peritônio/ o parietal, que recobre toda parede abdominal; e o visceral, que recobre as vísceras. (isso vai ser importante mais na frente). De modo geral, o quadro se caracteriza por dor lenta, insidiosa e progressiva, geralmente com intervalo longo entre o início da dor e a ida ao serviço medico. Quem já teve apendicite ( que é o quadro mais comum do abdome agudo ), notou que começou uma dor e muitas vezes no segundo dia que a dor não passou, vai procurar um serviço medico. Então é muito importante caracterizar a dor, porque ela vai auxiliar muito ao diagnostico (também) de algum caso de abdome agudo. Então no abdome agudo inflamatório, e uma dor lenta, insidiosa e progressiva. NUNCA VOLTA, OU DEIXA DE SENTIR DOR, a dor sempre é ascendente. Causas de abdome agudo -apendicite aguda (principal) - colecistite ( infecção da vesícula biliar) -pancreatite aguda -diverticulite (infecção do divertículo do cólon ). • APENDICITE AGUDA Começando com a anatomia, o apêndice e um órgão vestigial ( órgão que atualmente não tem função), é um órgão que na nossa evolução da espécie tinha uma função, muitos dizem que era função de proteção linfopoética, ela ajudava na produção de leucócitos, mas hoje em dia a única função do apêndice é fazer apendicite aguda. Entao como o próprio nome diz é uma estrutura apendicular, formado pela confluência das tenias – tenia anterior, lateroposterior, laterolateral. Então essas tenias se confluem, formando o óstio apendicular e o apêndice. O apêndice por ela ter essa localização, ela pode está em qualquer canto num raio de 360° (isso mais na frente também vai ser importante). Etiologia; o que causa uma apendicite? A apendicite é a causa mais comum de abdome agudo; tem um risco de 7% durante a vida toda da pessoa ter; tem um pico na segunda década de vida; teve uma redução nas ultimas décadas. Então é mais comum a pessoa ter até a 5ª década de vida e mais incomum nos jovens mais velhos, não quer dizer que não ocorra, mas ele tem outras causas mais importantes; e nessa faixas estarias por ter uma baixa da imunidade, é mais danoso, causa mais complicações. CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 2 Patogenia; é acarretada pela obstrução da luz apendicular, que poder ser por: hiperplasia do tecido linfoide, fecalitos ( pedaços de fezes), corpos estranhos (sementes, fibras vegetais), vermes ( taenia sp., áscaris lumbricoides), neoplasias; ou até por uma infecção primaria do apêndice; Mas porque a obstrução da luz do apêndice é importante? -porque essa obstrução vai provocar... (enfim)/ o que tem dentro dessa luz apendicular, que é a mesma que se comunica com o trato gastrointestinal, são bactérias. Então elas no interior do apêndice vão esta lá pela obstrução; então como não tem movimentos peristálticos para empurrar essas bactérias para ser excluídas com as fezes, elas começam a proliferar dentro do apêndice, consequentemente essa multiplicação das bactérias vai provocar o que? –producao de gases, que por sua vai aumentar a pressão intraluminal; então essa pressão intraluminal vai provocar a infecção do apêndice; e essa pressão vai ser importante para mostrarmos as fases do apêndice. Lembrar que: a pressão intraluminal do apêndice que vai levar a apendicite. Quadro clínico; como o paciente chega pra você; primeiramente é a anorexia (queixa principal), pq anorexia? – a caquexina, qual a função da caquexina? – impedir que o indivíduo gaste energia quando ele precisa poupar para vencer a infecção que o corpo ta apresentando. Primeira coisa então é a anorexia, seguida de náuseas, vomito, diarreia e febre não muito elevada; isso e semelhante a que? A uma gastroenterite, então muitas pessoas que chegam ao consultório, chegam com uma queixa semelhante e pensam que tem uma infecção intestinal... “Não, ontem eu comi alguma coisa que não me fez bem, hoje estou vomitando e com uma febrezinha.”. Então, sempre um paciente que chega para você no seu ambulatório, no seu psf, no seu consultório futuramente, você sempre tem que examinar, sempre palpar o abdome. Então como que vai estar o abdome desse paciente? Ele vai ter uma queixa abdominal, ela é continua, inicialmente de intensidade moderada na região periumbilical ou epigástrica do abdome. Mas por que no epigástrico? Por conta de peritonite. Então aquela pressão intraluminal começa ter lesão da pressão. A pressão vai aumentar, vai impedir que chegue sangue, o retorno venoso, porque vai “obterá” (não entendi essa palavra) as veias, chega sangue arterial mas não sai, então vai começar a primeiro a fase apêndice, depois vem a segunda fase que é a translocação bacteriana pela parede. Nessa fase começa a sair exsudato purulento que vai começar a irritar peritônio parietal. Então quando na fase inicial tem irritação de peritônio visceral subsequentemente com a evolução vai ter infecção do peritônio parietal. Então qual a diferença de um para o outro? A diferença é que a inervação do peritônio visceral é arcaica, ela é pelas dermatomos do corpo, então é uma dor inespecífica que ele vai inervar para região epigástrica, nervos que vão estar em relação a essa dor, estão localizados na topografia do epigástrico. Por isso essa dor, uma dor em cólica, você não consegue detectar aonde, uma dor difusa, uma dor mal localizada. Então, quando começa a ter uma irritação do peritônio parietal a inervação é um pouco melhor, é lisa e mais localizada, ai você vai identificar qual local da dor que estão localizado no ponto de Mcburney que é 2/3 distal da região umbilical para crista ilíaca. Então quando você vai palpar essa região, ele vai ter dor. O apêndice pode estar localizado em vários locais como pélvicos, subcecal, retrocecal, lá para cima próximo da vesícula. Então o local do apêndice vai determinar a sua sintomatologia e o mais complicado é quando está localizado no retrocecal que está por trás do ceco, na região retroperitoneal. CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 3 Então porque essa região vai ser complicada para dar o diagnóstico? Vamos pensar? O que é que falta aqui atrás? Falta peritônio parietal! Então, vai ter infecção que vai atingir somente o peritônio visceral, e pouco porque o peritônio visceral aqui vai estar bastante delgado. Então paciente tem uma dor inespecífica, mas apendicite é uma dor progressiva e ascendente,ela começa a ter lesão e começa a ter formação do abscesso. Esse abscesso vai começar a irritar o musculo dessa região, então o paciente vai ter dor lombar, muitas vezes com dificuldade de andar porque ela tem lesão irritando o músculo psoas, que fica nessa região, e quais outros órgãos que são retroperitoneais? O rim. Então muitas vezes uma apendicecto fecal simula uma infecção urinária por conta da dor, você pode percutir fazer uma manobra de giordano e vai ter dor. E qual outra estrutural também retroperitoneal que passa próximo? Que liga o rim a bexiga, o ureter. Então quando começa ter a infecção, os leucócitos começam a também cair para dentro do ureter, assim sujando a urina. Então você vai faz o giordano positivo, tem dor, pede sumário de urina e tem leucocitúria, então o paciente vai simular infecção urinária. Então, como você vai fazer o diagnóstico diferencial? A paciente não terá normalmente disúria. O paciente pode também ter uma apendicite e uma infecção urinária, uma coisa não exclui a outra, mas normalmente paciente que tem apendicite não vai ter disúria. Então sempre perguntar, não é porque ele tem dor, tem giordano positivo que vai ser infecção urinária. Não é patognomônico, é sugestivo. Então muitas vezes você vai fazer diagnóstico pelo sumário de urina, paciente vai ser queixar de dor de disúria, vai ter nitrito positivo. Então sempre ter cuidado na apendicecto fecal. Então, completando os estágios como diz a Fase 1 (Edematosa ou Catarral) vai provocar alteração da drenagem subvenosa, chega sangue, mas não sai. Na Fase 2 (Flegmonosa) começa a ter lesão arterial pela pressão, não sai sangue, começa a ... (não entendi 18:05) e ao mesmo tempo começa a sair secreção. Fase 3 (Necrótica) não tem aporte sanguíneo consequentemente ter oxigênio, começa a ter necrose. E a fase 4 (Perfurativa) que é a pior, vai ser a perfurativa, vai perfurar o apêndice, perfurando o apêndice vai cair fezes na cavidade abdominal. Sobre a imagem de cima: • Na fase 1 você pode ver que o apêndice está bem com o aumento da irrigação venosa, os vasos estão bem turgidos. • Na fase 2 é aqui que já tem porosidade purulento na cavidade. • Na fase 3 necrose do apêndice. • Na fase 4 consequentemente perfuração dessa necrose. É a fase mais grave que cai fezes na cavidade abdominal. CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 4 Então o mais importante numa apendicite é o diagnóstico precoce. Quanto mais na fase 1, melhor para o paciente. Quando está na fase 4, pior para o paciente. Exame Físico do Paciente: Tem o famoso Sinal de Blumberg, que consiste na descompressão brusca dolorosa, indicativo de irritação peritoneal parietal. O que é isso? Na sua pele, tem uma inervação simpática com a qual você sente dor ao apertar, mas não sente ao esticar. É diferente no TGI, onde não se sente os movimentos peristálticos que são constantes, mas se sente uma cólica, que é uma distensão abdominal, essa é dolorosa. Então, no Sinal de Blumberg, se palpa na fossa ilíaca direita, e o paciente vai sentir mais dor na descompressão dessa palpação. Mas por que isso acontece? Porque quando se descomprime, as fibras do peritônio parietal são esticadas, e como ele está inflamado, se sente dor. Porém, é apenas sugestivo de apendicite, não é patognomônico. Também existem outros sinais para auxiliar, como o Sinal de Rovsing, que é no quadrante inferior esquerdo, desencadeando dor no quadrante direito pela pressão do sigmoide no TGI. O Sinal do Psoas, com dor na flexão da coxa direita contra uma resistência (a irritação no psoas auxilia muito no apendicite retrocecal). O Sinal do Obturador, que auxilia no apendicite da região pélvica (rotação interna da coxa) e Sinal do Lapinski, com dor na fossa ilíaca enquanto se eleva o membro inferior direito. Todos os sinais vão procurar uma irritação peritoneal. Se faz uma laporotomia exploradora para confirmar se é apêndice ou não. O Diagnóstico é clínico, não se precisa de muita coisa para fazê-lo, mas se usam exames que necessitam de cuidado, por exemplo a USG, que é o mais utilizado, é operador-dependente, então pode dar um falso negativo. Então só se utiliza os exames complementares quando o médico está em dúvida. Sinais ultrassonográficos da Apendicite serão: distensão do apêndice, líquido ou massa peri apendicular e dor à compressão pelo transdutor. A tomografia porém, possui uma maior especificidade e sensibilidade porque não é operador-dependente. A apendicite é preponderante entre a 2ª e 5ª décadas de vida. Porque em crianças geralmente ocorre uma intussuscepção, Divertículo de Meckel, Gastroenterite aguda... em Idosos, geralmente é uma neoplasia, colecistite...e também tem em adultos jovens, Doença de Crohn, Colite ulcerativa, cálculo renal. Em mulher, complica muito útero e ovário. Então é importante que se faça uma boa anamnese. O procedimento cirúrgico pode ser por Cirurgia Aberta ou por vídeo, sendo esse o mais usado CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 5 ultimamente, porque se manipula menos a cavidade, gerando menos complicações. Na cirurgia convencional, se faz mais a McBurney que é a oblíqua, mas o que vai mais indicar qual o tipo de incisão é a fase da apendicite. Quanto maior, mais mediana é a incisão. Os antibióticos têm que ter amplo aspectro, pra pegar Gram Positivo, Gram Negativo e Anaeróbio. Gram Positivo e Gram Negativo se consegue utilizando Cefalosporina de 3ª Geração, geralmente a Ceftriaxona; ou Quinolona de 2ª Geração, o Ciprofloxacino. E para o Anaeróbio, utiliza-se Metronidazol ou Clindamicina. Encerrando Apendicite, tem-se as Complicações. A Morbidade geralmente ocorre pela infecção da parede que é a mais frequente, devido a possibilidade de contaminação com as fezes; abcesso intrabdominal, que pode ser drenado e o Abcesso hepático, porque cai na drenagem venosa portal, desemboca primeiro no fígado, portanto é muito comum lesões renais, como a Pileflebite, que é um trombo infeccioso na veia cava, que é grave, ou a Fístula Vesical, que é a chamada Estercoral (quando se corta o apêndice, é feito uma ligadura para fechar e essa ligadura pode cair e contaminar com fezes, mas isso é difícil de acontecer). A segunda principal causa que é a colecistite aguda que é a infecção da vesícula biliar. A vesícula biliar é uma estrutura sacular que se situa abaixo do fígado que a função dela é armazenar a bile. Por “N” causas essa bile começa a ficar espessa e começa a formar cálculos os quais vão destruir a saída da vesícula, impedindo a drenagem da bile pelos ductos biliares, provocando dor e infecção. FISIOPATOLOGIA: Admite-se que os cálculos se formem quando existe um desequilíbrio nos componentes da bílis, em especial quando a ela contém demasiado colesterol ou pigmentos biliares. Então pacientes com talassemia ou anemia hemolítica, por exemplo. O heme é um produto tóxico e é descartado através da bile. O composto heme da hemoglobina ele compõe os sais biliares. Então esses sais biliares começam a se depositar formando as pedras. Tem outras causas. Outra, é quando a vesícula não é competente, ela é "molenga", não tem a força para eliminar e começa a acumular a bile. E isso também leva à formação de pedras. "Outra das causas para a formação de cálculos é o mau funcionamento da vesícula biliar, com um esvaziamento lento ou incompleto durante a digestão."Slide Mas a principal forma é o desequilíbrio na produção da bile. Fatores de risco: ❖AUMENTO DA SECREÇÃO DECOLESTEROL NA BILE: ✓Idade ✓Sexo (principalmente feminino) ✓Obesidade (por causa da produção de hormônio feminino no tecido adiposo) CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 6 ✓Multiparidade (porque na gestação ocorre lentificação por si só faz a produção, faz a contração da vesícula diminuir) ✓Predisposição étnica (pessoas negras têm mais complicações com talassemias) ✓Perda de peso abrupta ✓Anticoncepcional oral ✓Clofibrato (coisa nova que não ta muito fechado. Usa para controle do colesterol) ❖ESTASE DE VESÍCULA ✓Vagotomia (a vesícula fica hipotônica) ✓Jejum prolongado (pois não tem esvaziamento da vesícula) ✓Gravidez (pela progesterona provocar redução das contrações na musculatura lisa) ✓Discinesia ✓Diabetes (pode provocar complicações) ✓Nutrição parenteral total (alitiásica) que é tipo um jejum prolongado ❖DIMINUIÇÃO DOS SAIS BILIARES ✓Doença ileal ✓Doença de Crohn ✓Cirrose biliar primária História natural Com o advento do ultrassom, seu uso tornou- se muito corriqueiro hoje em dia, então muita gente tá fazendo e ta achando. ✓Pq 80% das pessoas vão ter mas não desenvolvem os sintomas. ✓Sintomas aparecem nos primeiros 5 anos de aparecimento do cálculo ✓Cólica biliar está presente em 2/3 dos sintomas. (sempre vai ter dor ou só vômito. E associado quando se alimenta) ✓Problemas agudos: colecistite, pancreatite, colangite- 1/3 ✓Quando se iniciam os sintomas, 50% de complicações ocorrem no primeiro ano Principais queixas ✓Dor em cólica no hipocôndrio direito ou epigástrio justamento no dermátomo. Dor mal definida associada com alimentação. Todo alimento tem gordura, então quanto mais o alimento gorduroso, mais o estômago manda a vesícula se contrair para liberar mais bile para o trato gastrointestinal no duodeno. Quanto mais gordura mais dor e intolerância Náuseas e/ou vômitos ✓Dispepsia e flatulência, pq não vai ter a digestão correta das gorduras. E gordura e o principal local para multiplicação bacteriana, que aumenta o trânsito intestinal ocorrendo diarreia e flatulência. Exame físico ❖PRINCIPAIS ACHADOS Sem expressão no exame físico Dor à palpação profunda do ponto cístico (região da linha hemiclavicular direita abaixo dos arcos costais, pede para a paciente inspirar e experiar e a paciente vai cortar a respiração pq vai ter dor a palpação) Massa palpável (vesícula entumescida) Icterícia - 25%. CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 7 Cólica biliar ✓Resulta do espasmo do esfíncter de oldi (justamente onde vai ter a dilatação) ✓Irritação da mucosa da vesícula ✓Impactação de cálculo no ducto cístico ou colédoco (quando ocorre do colédoco, não é colecistite, é outro tipo, é a coledocolitíase que é mais grave) ✓Recorrência de 20 a 50% em 12 meses ✓Dos pacientes com litíase biliar, 2 a 3% ao ano têm cólica biliar Diagnóstico ❖AVALIAÇÃO LABORATORIAL - Hemograma -Bilirrubina total e frações -Enzimas canaliculares ❖EXAME DE IMAGEM -USG - exame de eleição (o principal, melhor que a tomografia. Pq o fígado ta bem superficial e você vai ter todo o fígado para fazer a dilatação, vai ter a vesícula repleta, os cálculos fazendo a sombra acústica posterior) O ultrassom funciona como? [CONTINUAÇÃO COM THAZIA] Quadro clínico de uma cólica biliar, justamente associado com alimentação, resulta do espasmo do esfíncter de oldi, que é justamente onde vai ter a dilatação.6 Irritação da mucosa da vesícula, impactação de cálculo no ducto cístico ou colédoco, quando ocorre do colédoco é outro tipo não é colecistite, é coledocolitiase, que é mais grave, outro momento podemos falar. A recorrência é de 20% a 50% em 2 meses quando (bocejando não deu pra entender), pacientes com litíase biliar, 2 a 3% ao ano tem cólica biliar. 80% não tem, mas quando tem em cadeia... Diagnóstico: Avaliação laboratorial Bilirrubina... mas o principal é a ultrassonografia, melhor do que a tomografia, na ultrassom o fígado estar muito superficial, você vai ter todo o fígado para fazer a dilatação, vai ver a vesícula repleta, os cálculos fazendo sombra acústica posterior. Ultrassom funciona como? O som bate e volta para formar a imagem, mas quando bate aqui que é mais denso, ele não volta, bate e fica, por isso a região aqui atrás das pedras são mais negras que justamente a sombra que não deixa passar o som depois desse local. CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 8 Complicações: São um empiema da vesicula que começam a infectar, formando abcesso, gangrena e perfuração, hidropsia quando ocorre justamente, tá obstruída a tanto tempo que começa a absorver a bile formando mais liquido, se distende muito. E a mais temida é a fístula ílio biliar, quando ocorre infecção o fundo da vesícula se adere a trato gastrointestinal e essa pedra cai, mimetizando uma obstrução, então, como fazer o diagnóstico? Vai ter gás na _______ biliar, muito grave, tem que ser diagnosticado o quanto antes, coledocolitiase quando falei que a pedra cai, sai da vesícula e atinge a veias biliares, quando o cálculo vai aqui e obstruir todo e o fígado começa não conseguir drenar a bile, quando o paciente fica ictérico, tem dilatação das vias ultra e infra hepática (41:06) O tratamento cirúrgico ele é convencional, mas hoje em dia a cirurgia de eleição é a laparoscópicas, onde você vai fazer um pneumoperitônio, o gás carbônico dentro para criar um espaço 41:42, e antibióticos quais são? Esse aqui é, também faz parte do trato gastrointestinal, tem que usar o que? Cipro... ou ceftriaxona associado a metronidazol ou clindamicina. PANCREATITE AGUDA Infecção de pâncreas, é um órgão retroperitoneal, mas um órgão muito complicado, porque 43:01 endócrino, e tem um órgão que o cirurgião respeita a gente não costuma mexer em pâncreas se não for necessário, um órgão muito complicado, que quando lesado começa a soltar suas secreções que complicar bastante. Nas considerações iniciais, 43:08 É um processo inflamatório do pâncreas, geralmente de natureza química, provocado por enzimas produzidas por ele próprio que acarreta a autodigestão. O sulco pancreático, não sei se vocês lembram, ele internamente são todo pro enzimas, eles só ficam CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 9 prontos quando caem no trato gastrointestinal pelo ácido se transforma para ser digerido. Só que, quando cai na cavidade abdominal ele também se transforma em um pro hormônio e começa a digerir 44:05 A etiologia é uma litíase biliar pq vem o Calculo que saiu da vesícula está nas vias biliares e as vias biliares passam pelo canal, pelo pâncreas para passa a papila de Odi, só que quando ela passar essa papila tem uma lesão com edema, pode começar a ter uma pancreatilte ai por conta do cístico. Etilismo, normalmente é a causa de pancreatite crônica. Hipertrigliceridemia; Idiopática; A mais comum é a litíase biliar, por isso que a gente tanto cuida também de pedra na vesícula. Quadro clinico: É uma dor em faixa em abdome superior, por conta que é um órgão retroperitoneal e não tem peritônio parietal para determinar, dor em faixa em região superior mal definida. Quando está em uma fase muito grave, pode ter lesão arterial da parede, formando o sinalde Cullen e de sinal de Grey tunner que são nos flancos, muito grave! Diagnóstico: Exame físico, consiste em palpar e fazer o diagnóstico de outras caudas. Pois você não consegue fazer um diagnostico desarmado, pois é um órgão retro - abdominal, faz a palpação para excluir outras causas. Exemplo laboratorial que é o hemograma, bioquímica, amilase e lipase, são os mais usados para fazer o diagnóstico inicial, normalmente quando esta presente amilase, ta mais tempo diferente da lipase, a lipase é mais cônica e a amilase são agudas, nem sempre. Quando tem um apendicite primeiro é amilase alterada. Mas o importante que esses valores podem esta 10/20x normal. Que dizer que ela tem uma suspeita de pancreatite, mas não é mais grave ou menos grave por isso. O importante é fazer o diagnóstico, o diagnóstico de pancreatite é muito complicado, essa critérios de Ranson foi dividido em 2 categorias, na admissão e após as 48h de intenção. Você tem que fazer É importante lembrar totalmente da grande lista, importante lembrar totalmente da grande lista , para evitar CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 10 “Sequestro de homens na URCA” isso são as regras que tem para fazer diagnóstico, infelizmente tem que saber isso ai, depois quando vocês tiverem formado vocês vão entender o papel, tem que entender isso aqui, tah? A classificação de acordo com RANSON; • 1 -2 Critérios = Pancreatite Leve; • > 3 Critérios = Pancreatite Grave; • < 3 Critérios = Mortalidade de 3%; • 3 – 6 Critérios = Mortalidade de 15%; • > 6 critérios = Mortalidade de 40% Não existe pancreatite média, só existe leve ou grave, importante ver esse paciente e sempre reavaliar tomograficamente. Existem os critérios de Balthazar que não são muitos utilizados, os de RANSON são mais utilizados. Aqui é o escore de balthazar que existe aí, mais eu não vou cobrar não. Ao contrário do apêndice não podemos retirar o pâncreas, o tratamento é eminentemente clínico; • Suporte nutricional; • Antibiótico em complicação infecciosas; • Pancreatite Grave (Aguda) = UTI (Internação) Não se opera pancreatite, a indicação cirúrgica constitui uma conduta de exceção, se aguarda no mínimo 14 dias da abertura do quadro para estabilização da necrose, então a receita é basicamente proteger, tá? Se a etiologia da pancreatite for biliar, a colecistectomia deve ser realizada durante o internamento do paciente. (Então tem sempre que avaliar direitinho, ta?) DIVERTICULITE AGUDA Inflamação do divertículo, o que é uma diverticulite? Diverticulo ela é ocorre por um aumento da pressão principalmente no sigmoide que é o local onde há acumulo de fezes, então pelo aumento da pressão existe umas pequenas perfurações que é por onde passa os vasos sanguíneos que vem aqui da parede para nutrir a mucosa. Então quando começa a aumentar a pressão ocorre o evaginamento da mucosa pela essa região onde não vai ter a muscular tá? Então aqui normalmente tem a mucosa, muscular e serosa, mas quando ocorre a extrusão da mucosa, fica apenas com as camidas serosa e mucosa, não tem a muscular que da a sustentação. Isso é quando é patológico, mas existem pessoas que nascem com esses divertículos também, tem várias doenças que eu vou deixar para o pessoal da gastro da pra vocês. Então divertículo é isso quando ocorre a evaginação, e fica só tendo a camada serosa e mucosa sem a muscular pra da sustentação. A diverticulite é a inflamação desse divertículo, é causada pela perfuração de um divertículo, ou acarretada pela obstrução de um fecalito ou tecido linfoide. Ela tem uma mesma evolução de um apendicite, quando ocorre a obstrução do seu lumen, há uma proliferação bacteriana por sua vez aumenta a pressão e chegando ao final de uma perfuração ta? Por conta disso ela é chamada também de apendicite do lado esquerdo. Diagnóstico; • Exame físico; • Laboratório; • USG; • Tomografia (Melhor Exame) CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 11 E diferente do apêndice (ELE NÃO CONCLUIU O RACIOCINIO)... a tomografia é o melhor exame, assim como no apêndice. Uma coisa importantíssima não pode usar a colonoscopia pra fazer o diagnóstico. Não pode ser usado porque? Porque para você ter a visão do TGI, você injeta gás para aumentar a pressão e se distender, então nesse caso o porque de não usar é porque ali já vai está com a pressão alta então você vai agravar o quadro do paciente. A COLONOSCOPIA NUNCA DEVE SER USADA, EM SUSPEITA DE DIVERTICULITE. E assim como o apendicite existe as fases da diverticulite; CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY 1ª Fase Abcesso Pericólico; 2ª Fase Peritonite localizada; 3ª Fase Peritonite Purulenta Generalizada; 4ª Fase Peritonite Fecal E ai, qual o problema do diverticulo? Ela ocorre em um órgão que não é vestigial (que existe função) ta? É um órgão importante no TGI que você não pode ser tão agressivo por isso que o tratamento é diferente do apêndice, então no; HINCHEY I • Internar; • Antibioticoterapia (cobertura de gram negativo, positivo e anaeróbio) • Reavaliação com 48-72 horas; Porque eu não posso ser tão agressivo e retirar todo o intestino delgado pois é um órgão vestigial, você da um tempo pra ver se consegue resolver com antibiótico. HINCHEY II • Falha no tratamento clinico; • Abcesso volumoso que demanda drenagem (guiada ou abordagem cirúrgica, você abre e drena + não tira o órgão) HINCHEY III Você tem que abrir, vai ter a ressecção cirúrgica ou anastomose. Porque o intestino já vai está comprometido, você vai ter que tirar a peça. HINCHEY IV Cirurgia de Hartmann (ressecção do órgão + colostomia + sepultamento colón (reto)) Então ele vai ter uma ostomia por onde vai sair as fezes, porque fazer a anastomose inicial ela é complexa por conta do processo inflamatório que está disseminado. A diferença do apêndice para o divertículo é porque o divertículo está em um órgão vestigial.