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CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 1 
Abdome agudo inflamatório – é uma abreviação para 
dor abdominal aguda, e se refere a qualquer dor 
súbita e intensa no abdome que leva a vitima a 
procurar socorro medico. Então uma cólica menstrual 
pode ser considerado um abdome agudo, uma 
diarreia com cólica importante é um abdome agudo; 
nem todo abdome agudo é cirúrgico, mas alguns 
destes evoluem para a necessidade de procedimento 
cirúrgico. 
Temos basicamente 5 tipos de abdome agudo 
-abdome agudo inflamatório 
-abdome agudo obstrutivo 
-abdome agudo perfurativo 
-abdome agudo vascular 
-abdome agudo hemorrágico 
Abdome agudo inflamatório 
As causas de abdome agudo são de origem infecciosa 
ou inflamatória; que gera um quadro de peritonite 
secundária. Então ocorre uma inflamação ou uma 
infecção para posteriormente fazer uma peritonite. E 
o que é PERITONITE? – inflamação do peritônio; 
nossas alças intra-abdominais são cobertas por 2 
folículos de peritônio/ o parietal, que recobre toda 
parede abdominal; e o visceral, que recobre as 
vísceras. (isso vai ser importante mais na frente). 
De modo geral, o quadro se caracteriza por dor lenta, 
insidiosa e progressiva, geralmente com intervalo 
longo entre o início da dor e a ida ao serviço medico. 
Quem já teve apendicite ( que é o quadro mais 
comum do abdome agudo ), notou que começou 
uma dor e muitas vezes no segundo dia que a dor 
não passou, vai procurar um serviço medico. Então é 
muito importante caracterizar a dor, porque ela vai 
auxiliar muito ao diagnostico (também) de algum 
caso de abdome agudo. 
Então no abdome agudo inflamatório, e uma dor 
lenta, insidiosa e progressiva. NUNCA VOLTA, OU 
DEIXA DE SENTIR DOR, a dor sempre é ascendente. 
Causas de abdome agudo 
-apendicite aguda (principal) 
- colecistite ( infecção da vesícula biliar) 
-pancreatite aguda 
-diverticulite (infecção do divertículo do cólon ). 
 
• APENDICITE AGUDA 
Começando com a anatomia, o apêndice e um 
órgão vestigial ( órgão que atualmente não tem 
função), é um órgão que na nossa evolução da 
espécie tinha uma função, muitos dizem que era 
função de proteção linfopoética, ela ajudava na 
produção de leucócitos, mas hoje em dia a única 
função do apêndice é fazer apendicite aguda. 
 Entao como o próprio nome diz 
é uma estrutura apendicular, formado pela 
confluência das tenias – tenia anterior, 
lateroposterior, laterolateral. 
 
Então essas tenias se confluem, formando o óstio 
apendicular e o apêndice. O apêndice por ela ter 
essa localização, ela pode está em qualquer canto 
num raio de 360° (isso mais na frente também vai 
ser importante). 
Etiologia; o que causa uma apendicite? A 
apendicite é a causa mais comum de abdome agudo; 
tem um risco de 7% durante a vida toda da pessoa 
ter; tem um pico na segunda década de vida; teve 
uma redução nas ultimas décadas. Então é mais 
comum a pessoa ter até a 5ª década de vida e mais 
incomum nos jovens mais velhos, não quer dizer que 
não ocorra, mas ele tem outras causas mais 
importantes; e nessa faixas estarias por ter uma baixa 
da imunidade, é mais danoso, causa mais 
complicações. 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 2 
Patogenia; é acarretada pela obstrução da luz 
apendicular, que poder ser por: hiperplasia do tecido 
linfoide, fecalitos ( pedaços de fezes), corpos 
estranhos (sementes, fibras vegetais), vermes ( 
taenia sp., áscaris lumbricoides), neoplasias; ou até 
por uma infecção primaria do apêndice; 
Mas porque a obstrução da luz do apêndice é 
importante? -porque essa obstrução vai provocar... 
(enfim)/ o que tem dentro dessa luz apendicular, que 
é a mesma que se comunica com o trato 
gastrointestinal, são bactérias. Então elas no interior 
do apêndice vão esta lá pela obstrução; então como 
não tem movimentos peristálticos para empurrar 
essas bactérias para ser excluídas com as fezes, elas 
começam a proliferar dentro do apêndice, 
consequentemente essa multiplicação das bactérias 
vai provocar o que? –producao de gases, que por sua 
vai aumentar a pressão intraluminal; então essa 
pressão intraluminal vai provocar a infecção do 
apêndice; e essa pressão vai ser importante para 
mostrarmos as fases do apêndice. Lembrar que: a 
pressão intraluminal do apêndice que vai levar a 
apendicite. 
Quadro clínico; como o paciente chega pra você; 
primeiramente é a anorexia (queixa principal), pq 
anorexia? – a caquexina, qual a função da caquexina? 
– impedir que o indivíduo gaste energia quando ele 
precisa poupar para vencer a infecção que o corpo ta 
apresentando. Primeira coisa então é a anorexia, 
seguida de náuseas, vomito, diarreia e febre não 
muito elevada; isso e semelhante a que? A uma 
gastroenterite, então muitas pessoas que chegam ao 
consultório, chegam com uma queixa semelhante e 
pensam que tem uma infecção intestinal... “Não, 
ontem eu comi alguma coisa que não me fez bem, 
hoje estou vomitando e com uma febrezinha.”. 
Então, sempre um paciente que chega para você no 
seu ambulatório, no seu psf, no seu consultório 
futuramente, você sempre tem que examinar, 
sempre palpar o abdome. 
 Então como que vai estar o abdome desse 
paciente? Ele vai ter uma queixa abdominal, ela é 
continua, inicialmente de intensidade moderada na 
região periumbilical ou epigástrica do abdome. Mas 
por que no epigástrico? Por conta de peritonite. 
Então aquela pressão intraluminal começa ter lesão 
da pressão. A pressão vai aumentar, vai impedir que 
chegue sangue, o retorno venoso, porque vai 
“obterá” (não entendi essa palavra) as veias, chega 
sangue arterial mas não sai, então vai começar a 
primeiro a fase apêndice, depois vem a segunda fase 
que é a translocação bacteriana pela parede. Nessa 
fase começa a sair exsudato purulento que vai 
começar a irritar peritônio parietal. Então quando na 
fase inicial tem irritação de peritônio visceral 
subsequentemente com a evolução vai ter infecção 
do peritônio parietal. Então qual a diferença de um 
para o outro? A diferença é que a inervação do 
peritônio visceral é arcaica, ela é pelas dermatomos 
do corpo, então é uma dor inespecífica que ele vai 
inervar para região epigástrica, nervos que vão estar 
em relação a essa dor, estão localizados na 
topografia do epigástrico. Por isso essa dor, uma dor 
em cólica, você não consegue detectar aonde, uma 
dor difusa, uma dor mal localizada. Então, quando 
começa a ter uma irritação do peritônio parietal a 
inervação é um pouco melhor, é lisa e mais 
localizada, ai você vai identificar qual local da dor que 
estão localizado no ponto de Mcburney que é 2/3 
distal da região umbilical para crista ilíaca. 
 
Então quando você vai palpar essa região, ele vai ter 
dor. 
 O apêndice pode estar localizado em vários 
locais como pélvicos, subcecal, retrocecal, lá para 
cima próximo da vesícula. Então o local do apêndice 
vai determinar a sua sintomatologia e o mais 
complicado é quando está localizado no retrocecal 
que está por trás do ceco, na região retroperitoneal. 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 3 
Então porque essa região vai ser complicada para dar 
o diagnóstico? Vamos pensar? O que é que falta aqui 
atrás? 
 
Falta peritônio parietal! Então, vai ter infecção que 
vai atingir somente o peritônio visceral, e pouco 
porque o peritônio visceral aqui vai estar bastante 
delgado. Então paciente tem uma dor inespecífica, 
mas apendicite é uma dor progressiva e ascendente,ela começa a ter lesão e começa a ter formação do 
abscesso. Esse abscesso vai começar a irritar o 
musculo dessa região, então o paciente vai ter dor 
lombar, muitas vezes com dificuldade de andar 
porque ela tem lesão irritando o músculo psoas, que 
fica nessa região, e quais outros órgãos que são 
retroperitoneais? O rim. Então muitas vezes uma 
apendicecto fecal simula uma infecção urinária por 
conta da dor, você pode percutir fazer uma manobra 
de giordano e vai ter dor. E qual outra estrutural 
também retroperitoneal que passa próximo? Que liga 
o rim a bexiga, o ureter. Então quando começa ter a 
infecção, os leucócitos começam a também cair para 
dentro do ureter, assim sujando a urina. Então você 
vai faz o giordano positivo, tem dor, pede sumário de 
urina e tem leucocitúria, então o paciente vai simular 
infecção urinária. Então, como você vai fazer o 
diagnóstico diferencial? A paciente não terá 
normalmente disúria. O paciente pode também ter 
uma apendicite e uma infecção urinária, uma coisa 
não exclui a outra, mas normalmente paciente que 
tem apendicite não vai ter disúria. Então sempre 
perguntar, não é porque ele tem dor, tem giordano 
positivo que vai ser infecção urinária. Não é 
patognomônico, é sugestivo. Então muitas vezes você 
vai fazer diagnóstico pelo sumário de urina, paciente 
vai ser queixar de dor de disúria, vai ter nitrito 
positivo. Então sempre ter cuidado na apendicecto 
fecal. 
 
 Então, completando os estágios como diz a 
Fase 1 (Edematosa ou Catarral) vai provocar 
alteração da drenagem subvenosa, chega sangue, 
mas não sai. Na Fase 2 (Flegmonosa) começa a ter 
lesão arterial pela pressão, não sai sangue, começa a 
... (não entendi 18:05) e ao mesmo tempo começa a 
sair secreção. Fase 3 (Necrótica) não tem aporte 
sanguíneo consequentemente ter oxigênio, começa a 
ter necrose. E a fase 4 (Perfurativa) que é a pior, vai 
ser a perfurativa, vai perfurar o apêndice, perfurando 
o apêndice vai cair fezes na cavidade abdominal. 
 
Sobre a imagem de cima: 
• Na fase 1 você pode ver que o apêndice está 
bem com o aumento da irrigação venosa, os 
vasos estão bem turgidos. 
• Na fase 2 é aqui que já tem porosidade 
purulento na cavidade. 
• Na fase 3 necrose do apêndice. 
• Na fase 4 consequentemente perfuração 
dessa necrose. É a fase mais grave que cai 
fezes na cavidade abdominal. 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 4 
Então o mais importante numa apendicite é o 
diagnóstico precoce. Quanto mais na fase 1, melhor 
para o paciente. Quando está na fase 4, pior para o 
paciente. 
Exame Físico do Paciente: Tem o famoso Sinal de 
Blumberg, que consiste na descompressão brusca 
dolorosa, indicativo de irritação peritoneal parietal. O 
que é isso? Na sua pele, tem uma inervação 
simpática com a qual você sente dor ao apertar, mas 
não sente ao esticar. É diferente no TGI, onde não se 
sente os movimentos peristálticos que são 
constantes, mas se sente uma cólica, que é uma 
distensão abdominal, essa é dolorosa. Então, no Sinal 
de Blumberg, se palpa na fossa ilíaca direita, e o 
paciente vai sentir mais dor na descompressão dessa 
palpação. Mas por que isso acontece? Porque 
quando se descomprime, as fibras do peritônio 
parietal são esticadas, e como ele está inflamado, se 
sente dor. Porém, é apenas sugestivo de apendicite, 
não é patognomônico. Também existem outros sinais 
para auxiliar, como o Sinal de Rovsing, que é no 
quadrante inferior esquerdo, desencadeando dor no 
quadrante direito pela pressão do sigmoide no TGI. O 
Sinal do Psoas, com dor na flexão da coxa direita 
contra uma resistência (a irritação no psoas auxilia 
muito no apendicite retrocecal). O Sinal do 
Obturador, que auxilia no apendicite da região 
pélvica (rotação interna da coxa) e Sinal do Lapinski, 
com dor na fossa ilíaca enquanto se eleva o membro 
inferior direito. Todos os sinais vão procurar uma 
irritação peritoneal. Se faz uma laporotomia 
exploradora para confirmar se é apêndice ou não. 
 
O Diagnóstico é clínico, não se precisa de muita coisa 
para fazê-lo, mas se usam exames que necessitam de 
cuidado, por exemplo a USG, que é o mais utilizado, é 
operador-dependente, então pode dar um falso 
negativo. Então só se utiliza os exames 
complementares quando o médico está em dúvida. 
 
Sinais ultrassonográficos da Apendicite serão: 
distensão do apêndice, líquido ou massa peri 
apendicular e dor à compressão pelo transdutor. A 
tomografia porém, possui uma maior especificidade e 
sensibilidade porque não é operador-dependente. 
 
A apendicite é preponderante entre a 2ª e 5ª décadas 
de vida. Porque em crianças geralmente ocorre uma 
intussuscepção, Divertículo de Meckel, 
Gastroenterite aguda... em Idosos, geralmente é uma 
neoplasia, colecistite...e também tem em adultos 
jovens, Doença de Crohn, Colite ulcerativa, cálculo 
renal. Em mulher, complica muito útero e ovário. 
Então é importante que se faça uma boa anamnese. 
 
O procedimento cirúrgico pode ser por Cirurgia 
Aberta ou por vídeo, sendo esse o mais usado 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 5 
ultimamente, porque se manipula menos a cavidade, 
gerando menos complicações. Na cirurgia 
convencional, se faz mais a McBurney que é a 
oblíqua, mas o que vai mais indicar qual o tipo de 
incisão é a fase da apendicite. Quanto maior, mais 
mediana é a incisão. 
Os 
antibióticos têm que ter amplo aspectro, pra pegar 
Gram Positivo, Gram Negativo e Anaeróbio. Gram 
Positivo e Gram Negativo se consegue utilizando 
Cefalosporina de 3ª Geração, geralmente a 
Ceftriaxona; ou Quinolona de 2ª Geração, o 
Ciprofloxacino. E para o Anaeróbio, utiliza-se 
Metronidazol ou Clindamicina. 
 
Encerrando Apendicite, tem-se as Complicações. A 
Morbidade geralmente ocorre pela infecção da 
parede que é a mais frequente, devido a 
possibilidade de contaminação com as fezes; abcesso 
intrabdominal, que pode ser drenado e o Abcesso 
hepático, porque cai na drenagem venosa portal, 
desemboca primeiro no fígado, portanto é muito 
comum lesões renais, como a Pileflebite, que é um 
trombo infeccioso na veia cava, que é grave, ou a 
Fístula Vesical, que é a chamada Estercoral (quando 
se corta o apêndice, é feito uma ligadura para fechar 
e essa ligadura pode cair e contaminar com fezes, 
mas isso é difícil de acontecer). 
A segunda principal causa que é a colecistite aguda 
que é a infecção da vesícula biliar. 
A vesícula biliar é uma estrutura sacular que se situa 
abaixo do fígado que a função dela é armazenar a 
bile. 
Por “N” causas essa bile começa a ficar espessa e 
começa a formar cálculos os quais vão destruir a 
saída da vesícula, impedindo a drenagem da bile 
pelos ductos biliares, provocando dor e infecção. 
FISIOPATOLOGIA: 
Admite-se que os cálculos se formem quando existe 
um desequilíbrio nos componentes da bílis, em 
especial quando a ela contém demasiado colesterol 
ou pigmentos biliares. Então pacientes com 
talassemia ou anemia hemolítica, por exemplo. O 
heme é um produto tóxico e é descartado através da 
bile. O composto heme da hemoglobina ele compõe 
os sais biliares. Então esses sais biliares começam a 
se depositar formando as pedras. 
Tem outras causas. Outra, é quando a vesícula não é 
competente, ela é "molenga", não tem a força para 
eliminar e começa a acumular a bile. E isso também 
leva à formação de pedras. 
"Outra das causas para a formação de cálculos é o 
mau funcionamento da vesícula biliar, com um 
esvaziamento lento ou incompleto durante a 
digestão."Slide 
Mas a principal forma é o desequilíbrio na produção 
da bile. 
 
Fatores de risco: 
 
❖AUMENTO DA SECREÇÃO DECOLESTEROL NA BILE: 
✓Idade 
✓Sexo (principalmente feminino) 
✓Obesidade (por causa da produção de hormônio 
feminino no tecido adiposo) 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 6 
✓Multiparidade (porque na gestação ocorre 
lentificação por si só faz a produção, faz a contração 
da vesícula diminuir) 
✓Predisposição étnica (pessoas negras têm mais 
complicações com talassemias) 
✓Perda de peso abrupta 
✓Anticoncepcional oral 
✓Clofibrato (coisa nova que não ta muito fechado. 
Usa para controle do colesterol) 
 
❖ESTASE DE VESÍCULA 
✓Vagotomia (a vesícula fica hipotônica) 
✓Jejum prolongado (pois não tem esvaziamento da 
vesícula) 
✓Gravidez (pela progesterona provocar redução das 
contrações na musculatura lisa) 
✓Discinesia 
✓Diabetes (pode provocar complicações) 
✓Nutrição parenteral total (alitiásica) que é tipo um 
jejum prolongado 
 
❖DIMINUIÇÃO DOS SAIS BILIARES 
✓Doença ileal 
✓Doença de Crohn 
✓Cirrose biliar primária 
 
História natural 
Com o advento do ultrassom, seu uso tornou-
se muito corriqueiro hoje em dia, então muita gente 
tá fazendo e ta achando. ✓Pq 80% das pessoas vão 
ter mas não desenvolvem os sintomas. 
✓Sintomas aparecem nos primeiros 5 anos de 
aparecimento do cálculo 
✓Cólica biliar está presente em 2/3 dos sintomas. 
(sempre vai ter dor ou só vômito. E associado quando 
se alimenta) 
✓Problemas agudos: colecistite, pancreatite, 
colangite- 1/3 
✓Quando se iniciam os sintomas, 50% de 
complicações ocorrem no primeiro ano 
 
 
 
Principais queixas 
✓Dor em cólica no hipocôndrio direito ou epigástrio 
justamento no dermátomo. Dor mal definida 
associada com alimentação. Todo alimento tem 
gordura, então quanto mais o alimento gorduroso, 
mais o estômago manda a vesícula se contrair para 
liberar mais bile para o trato gastrointestinal no 
duodeno. Quanto mais gordura mais dor e 
intolerância 
Náuseas e/ou vômitos 
✓Dispepsia e flatulência, pq não vai ter a digestão 
correta das gorduras. E gordura e o principal local 
para multiplicação bacteriana, que aumenta o 
trânsito intestinal ocorrendo diarreia e flatulência. 
 
Exame físico 
❖PRINCIPAIS ACHADOS 
Sem expressão no exame físico 
Dor à palpação profunda do ponto cístico (região da 
linha hemiclavicular direita abaixo dos arcos costais, 
pede para a paciente inspirar e experiar e a paciente 
vai cortar a respiração pq vai ter dor a palpação) 
Massa palpável (vesícula entumescida) 
Icterícia - 25%. 
 
 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 7 
Cólica biliar 
✓Resulta do espasmo do esfíncter de oldi 
(justamente onde vai ter a dilatação) 
✓Irritação da mucosa da vesícula 
✓Impactação de cálculo no ducto cístico ou colédoco 
(quando ocorre do colédoco, não é colecistite, é 
outro tipo, é a coledocolitíase que é mais grave) 
✓Recorrência de 20 a 50% em 12 meses 
✓Dos pacientes com litíase biliar, 2 a 3% ao ano têm 
cólica biliar 
Diagnóstico 
❖AVALIAÇÃO LABORATORIAL 
- Hemograma 
-Bilirrubina total e frações 
-Enzimas canaliculares 
 
❖EXAME DE IMAGEM 
-USG - exame de eleição (o principal, melhor que a 
tomografia. Pq o fígado ta bem superficial e você vai 
ter todo o fígado para fazer a dilatação, vai ter a 
vesícula repleta, os cálculos fazendo a sombra 
acústica posterior) 
O ultrassom funciona como? [CONTINUAÇÃO COM 
THAZIA] 
 
 
Quadro clínico de uma cólica biliar, justamente 
associado com alimentação, resulta do espasmo do 
esfíncter de oldi, que é justamente onde vai ter a 
dilatação.6 
Irritação da mucosa da vesícula, impactação de 
cálculo no ducto cístico ou colédoco, quando ocorre 
do colédoco é outro tipo não é colecistite, é 
coledocolitiase, que é mais grave, outro momento 
podemos falar. 
A recorrência é de 20% a 50% em 2 meses quando 
(bocejando não deu pra entender), pacientes com 
litíase biliar, 2 a 3% ao ano tem cólica biliar. 80% não 
tem, mas quando tem em cadeia... 
 
Diagnóstico: 
Avaliação laboratorial 
Bilirrubina... mas o principal é a ultrassonografia, 
melhor do que a tomografia, na ultrassom o fígado 
estar muito superficial, você vai ter todo o fígado 
para fazer a dilatação, vai ver a vesícula repleta, os 
cálculos fazendo sombra acústica posterior. 
Ultrassom funciona como? O som bate e volta para 
formar a imagem, mas quando bate aqui que é mais 
denso, ele não volta, bate e fica, por isso a região 
aqui atrás das pedras são mais negras que 
justamente a sombra que não deixa passar o som 
depois desse local. 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 8 
Complicações: 
 
São um empiema da vesicula que começam a 
infectar, formando abcesso, gangrena e perfuração, 
hidropsia quando ocorre justamente, tá obstruída a 
tanto tempo que começa a absorver a bile formando 
mais liquido, se distende muito. E a mais temida é a 
fístula ílio biliar, quando ocorre infecção o fundo da 
vesícula se adere a trato gastrointestinal e essa pedra 
cai, mimetizando uma obstrução, então, como fazer 
o diagnóstico? Vai ter gás na _______ biliar, muito 
grave, tem que ser diagnosticado o quanto antes, 
coledocolitiase quando falei que a pedra cai, sai da 
vesícula e atinge a veias biliares, quando o cálculo vai 
aqui e obstruir todo e o fígado começa não conseguir 
drenar a bile, quando o paciente fica ictérico, tem 
dilatação das vias ultra e infra hepática (41:06) 
 
 
O tratamento cirúrgico ele é convencional, mas hoje 
em dia a cirurgia de eleição é a laparoscópicas, onde 
você vai fazer um pneumoperitônio, o gás carbônico 
dentro para criar um espaço 41:42, e antibióticos 
quais são? Esse aqui é, também faz parte do trato 
gastrointestinal, tem que usar o que? Cipro... ou 
ceftriaxona associado a metronidazol ou 
clindamicina. 
PANCREATITE AGUDA 
 
 
Infecção de pâncreas, é um órgão retroperitoneal, 
mas um órgão muito complicado, porque 43:01 
endócrino, e tem um órgão que o cirurgião respeita a 
gente não costuma mexer em pâncreas se não for 
necessário, um órgão muito complicado, que quando 
lesado começa a soltar suas secreções que complicar 
bastante. 
 
Nas considerações iniciais, 43:08 
É um processo inflamatório do pâncreas, geralmente 
de natureza química, provocado por enzimas 
produzidas por ele próprio que acarreta a 
autodigestão. 
O sulco pancreático, não sei se vocês lembram, ele 
internamente são todo pro enzimas, eles só ficam 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
 9 
prontos quando caem no trato gastrointestinal pelo 
ácido se transforma para ser digerido. 
Só que, quando cai na cavidade abdominal ele 
também se transforma em um pro hormônio e 
começa a digerir 44:05 
A etiologia é uma litíase biliar pq vem o Calculo que 
saiu da vesícula está nas vias biliares e as vias biliares 
passam pelo canal, pelo pâncreas para passa a papila 
de Odi, só que quando ela passar essa papila tem 
uma lesão com edema, pode começar a ter uma 
pancreatilte ai por conta do cístico. 
Etilismo, normalmente é a causa de pancreatite 
crônica. 
Hipertrigliceridemia; 
Idiopática; 
A mais comum é a litíase biliar, por isso que a gente 
tanto cuida também de pedra na vesícula. 
Quadro clinico: 
 
É uma dor em faixa em abdome superior, por conta 
que é um órgão retroperitoneal e não tem peritônio 
parietal para determinar, dor em faixa em região 
superior mal definida. Quando está em uma fase 
muito grave, pode ter lesão arterial da parede, 
formando o sinalde Cullen e de sinal de Grey tunner 
que são nos flancos, muito grave! 
Diagnóstico: 
 
Exame físico, consiste em palpar e fazer o diagnóstico 
de outras caudas. Pois você não consegue fazer um 
diagnostico desarmado, pois é um órgão retro -
abdominal, faz a palpação para excluir outras causas. 
Exemplo laboratorial que é o hemograma, 
bioquímica, amilase e lipase, são os mais usados para 
fazer o diagnóstico inicial, normalmente quando esta 
presente amilase, ta mais tempo diferente da lipase, 
a lipase é mais cônica e a amilase são agudas, nem 
sempre. 
Quando tem um apendicite primeiro é amilase 
alterada. Mas o importante que esses valores podem 
esta 10/20x normal. Que dizer que ela tem uma 
suspeita de pancreatite, mas não é mais grave ou 
menos grave por isso. 
 
 
O importante é fazer o diagnóstico, o diagnóstico de 
pancreatite é muito complicado, essa critérios de 
Ranson foi dividido em 2 categorias, na admissão e 
após as 48h de intenção. Você tem que fazer 
É importante lembrar totalmente da grande lista, 
importante lembrar totalmente da grande lista , para 
evitar 
CIRURGIA - ABDOME AGUDO INFLAMATORIO – UNIDADE B MEDICINA FNPM7 
 
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“Sequestro de homens na URCA” isso são as regras 
que tem para fazer diagnóstico, infelizmente tem que 
saber isso ai, depois quando vocês tiverem formado 
vocês vão entender o papel, tem que entender isso 
aqui, tah? 
A classificação de acordo com RANSON; 
• 1 -2 Critérios = Pancreatite Leve; 
• > 3 Critérios = Pancreatite Grave; 
• < 3 Critérios = Mortalidade de 3%; 
• 3 – 6 Critérios = Mortalidade de 15%; 
• > 6 critérios = Mortalidade de 40% 
Não existe pancreatite média, só existe leve ou grave, 
importante ver esse paciente e sempre reavaliar 
tomograficamente. 
Existem os critérios de Balthazar que não são muitos 
utilizados, os de RANSON são mais utilizados. 
Aqui é o escore de balthazar que existe aí, mais eu 
não vou cobrar não. 
 
Ao contrário do apêndice não podemos retirar o 
pâncreas, o tratamento é eminentemente clínico; 
• Suporte nutricional; 
• Antibiótico em complicação infecciosas; 
• Pancreatite Grave (Aguda) = UTI (Internação) 
Não se opera pancreatite, a indicação cirúrgica 
constitui uma conduta de exceção, se aguarda no 
mínimo 14 dias da abertura do quadro para 
estabilização da necrose, então a receita é 
basicamente proteger, tá? 
Se a etiologia da pancreatite for biliar, a 
colecistectomia deve ser realizada durante o 
internamento do paciente. (Então tem sempre que 
avaliar direitinho, ta?) 
DIVERTICULITE AGUDA 
Inflamação do divertículo, o que é uma diverticulite? 
Diverticulo ela é ocorre por um aumento da pressão 
principalmente no sigmoide que é o local onde há 
acumulo de fezes, então pelo aumento da pressão 
existe umas pequenas perfurações que é por onde 
passa os vasos sanguíneos que vem aqui da parede 
para nutrir a mucosa. 
Então quando começa a aumentar a pressão ocorre o 
evaginamento da mucosa pela essa região onde não 
vai ter a muscular tá? Então aqui normalmente tem a 
mucosa, muscular e serosa, mas quando ocorre a 
extrusão da mucosa, fica apenas com as camidas 
serosa e mucosa, não tem a muscular que da a 
sustentação. 
Isso é quando é patológico, mas existem pessoas que 
nascem com esses divertículos também, tem várias 
doenças que eu vou deixar para o pessoal da gastro 
da pra vocês. 
Então divertículo é isso quando ocorre a evaginação, 
e fica só tendo a camada serosa e mucosa sem a 
muscular pra da sustentação. 
A diverticulite é a inflamação desse divertículo, é 
causada pela perfuração de um divertículo, ou 
acarretada pela obstrução de um fecalito ou tecido 
linfoide. 
Ela tem uma mesma evolução de um apendicite, 
quando ocorre a obstrução do seu lumen, há uma 
proliferação bacteriana por sua vez aumenta a 
pressão e chegando ao final de uma perfuração ta? 
Por conta disso ela é chamada também de apendicite 
do lado esquerdo. 
Diagnóstico; 
• Exame físico; 
• Laboratório; 
• USG; 
• Tomografia (Melhor Exame) 
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E diferente do apêndice (ELE NÃO CONCLUIU O 
RACIOCINIO)... a tomografia é o melhor exame, 
assim como no apêndice. 
Uma coisa importantíssima não pode usar a 
colonoscopia pra fazer o diagnóstico. 
Não pode ser usado porque? Porque para você ter a 
visão do TGI, você injeta gás para aumentar a pressão 
e se distender, então nesse caso o porque de não 
usar é porque ali já vai está com a pressão alta então 
você vai agravar o quadro do paciente. 
A COLONOSCOPIA NUNCA DEVE SER USADA, EM 
SUSPEITA DE DIVERTICULITE. 
E assim como o apendicite existe as fases da 
diverticulite; 
CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY 
1ª Fase Abcesso Pericólico; 
2ª Fase Peritonite localizada; 
3ª Fase Peritonite Purulenta Generalizada; 
4ª Fase Peritonite Fecal 
 
E ai, qual o problema do diverticulo? Ela ocorre em 
um órgão que não é vestigial (que existe função) ta? 
É um órgão importante no TGI que você não pode ser 
tão agressivo por isso que o tratamento é diferente 
do apêndice, então no; 
HINCHEY I 
• Internar; 
• Antibioticoterapia (cobertura de gram 
negativo, positivo e anaeróbio) 
• Reavaliação com 48-72 horas; Porque eu não 
posso ser tão agressivo e retirar todo o 
intestino delgado pois é um órgão vestigial, 
você da um tempo pra ver se consegue 
resolver com antibiótico. 
HINCHEY II 
• Falha no tratamento clinico; 
• Abcesso volumoso que demanda drenagem 
(guiada ou abordagem cirúrgica, você abre e 
drena + não tira o órgão) 
HINCHEY III 
Você tem que abrir, vai ter a ressecção cirúrgica ou 
anastomose. Porque o intestino já vai está 
comprometido, você vai ter que tirar a peça. 
HINCHEY IV 
Cirurgia de Hartmann (ressecção do órgão + 
colostomia + sepultamento colón (reto)) 
Então ele vai ter uma ostomia por onde vai sair as 
fezes, porque fazer a anastomose inicial ela é 
complexa por conta do processo inflamatório que 
está disseminado. 
A diferença do apêndice para o divertículo é porque o 
divertículo está em um órgão vestigial.

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