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Fundamentos de Farmacologia

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FUNDAMENTOS DE 
FARMACOLOGIA
Professora: Vanessa Martins
1
Dose: Quantidade de fármaco suficiente para produzir efeito farmacológico.
Posologia: é o melhor esquema de administração da dose, que garanta o
efeito farmacológico.
Dose Efetiva (DE50): é a dose capaz de produzir efeito farmacológico em 50%
da população.
Dose Letal (DL50): é a dose capaz de produzir óbito em 50% da população.
Índice Terapêutico (IT): é a relação existente entre a Dose Efetiva (DE50) e a
Dose Letal (DL50), expressa da seguinte forma: IT = DL50
DE50
* Quanto maior o IT, maior a margem de segurança da substância;
* IT baixo: podem atingir níveis tóxicos com extrema facilidade.
Meia-vida: tempo gasto para que a concentração plasmática de um fármaco no
organismo se reduza à metade.
2
3
4
Concentração Mínima Efetiva (CME) e a Concentração Máxima Tolerada(CMT)
SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO
Ácido valpróico - Rash, náuseas, vômito, sedação
Aminofilina - Insônia, náusea, palpitação, urticária
Carbamazepina - Rash, urticária, hipotensão
Ciclosporina - Alucinações visuais, depressão, nefrotoxicidade
Clindamicina - Urticária, dermatite de contato, dor abdominal
Digoxina - Anorexia, diplopia, arritmias
Fenitoína - Ataxia, leucopenia, hepatite tóxica
Lítio - Tremores, dor de cabeça, rash, diarreia
Quinidina - Dor de cabeça, vômito, hepatoxicidade
Teofilina - Palpitação, inquietação, vômito, taquipneia
Verapamil - Tonturas, bradicardia, rash
Varfarina - Anorexia, hematúria, febre, dermatite, urticária
5
MEDICAMENTO
Desintegração
Desagregação
Dissolução
Absorção
Distribuição
Metabolização 
Excreção
Interação fármaco-receptor
Efeito terapêutico
* Da administração oral ao efeito farmacêutico:
ETAPA
FARMACOCINÉTICA
ETAPA
FARMACODINÂMICA
ETAPA
FARMACÊUTICA
6
* Etapa farmacêutica:
Comprimido 
não revestido desintegração
Granulados
desagregação
Partículas
menores
dissolução dissolução
dissolução
Fármaco em solução
ABSORÇÃO
(1ª etapa farmacocinética)
7
FARMACOCINÉTICA
Farmacocinética: “o que o organismo faz com o fármaco”. Envolve as 
fases de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação.
* 1ª etapa farmacocinética: ABSORÇÃO
É o processo pelo qual o fármaco é transportado do seu sítio de administração 
até a circulação sistêmica.
1) Permeação dos fármacos pelas barreiras
1a) Mecanismos de passagem
1b) Velocidade de difusão de moléculas pela membrana
1c) Coeficiente de Partição Lipídio-Água
1d) Grau de Ionização 8
1a - Mecanismo de passagem pelas barreiras
Membrana celular: Camada bimolecular de lipídeos que deve ser transposta
para que o fármaco atinja a circulação ou alcance o seu local de ação.
Mecanismos moleculares de absorção
Difusão passiva de drogas hidrossolúveis
Difusão passiva de drogas lipossolúveis
Difusão facilitada
Transporte ativo
Endocitose ou exocitose
• Difusão passiva:
- Não há gasto de energia
- Difusão a favor de um gradiente de concentração 
- Não envolve carreador
9
10
• Difusão mediada por transportadores (difusão facilitada):
Na difusão facilitada, certas proteínas (permeases) atuam facilitando a
passagem de moléculas (açúcares simples e aminoácidos) que, por difusão
simples demorariam muito para atravessar a membrana de modo a igualarem
suas concentrações.
- Não há gasto de energia
- Mediado por transportador
- Substâncias com peso molecular elevado ou hidrossolúvel
- Segue um gradiente eletroquímico
11
12
• Transporte ativo:
- Gasto energético 
- Contra o gradiente eletroquímico 
- Envolve proteínas transportadoras específicas
A bomba de sódio e potássio é importante no seguinte aspecto:
- manutenção da alta concentração de potássio dentro da célula, importante na síntese de
proteínas e nas etapas respiratórias.
- manutenção do equilíbrio osmótico.
- estabelecimento de diferenças de cargas elétricas na membrana.
- um ciclo apresenta três íons sódio para fora e dois íons potássio para dentro.
13
• Endocitose:
Este processo permite o transporte de substâncias do meio extra para o
intracelular, através de vesículas limitadas por membranas, a que se dá
o nome de vesícula de endocitose ou vesícula endocíticas.
14
• Exocitose:
Depois de endocitado, o material sofre transformações sendo os
produtos resultantes absorvidos através da membrana e permanecendo
o que resta na vesícula de onde será posteriormente exocitado.
A exocitose permite, assim, a excreção e secreção de substâncias
15
1b - Velocidade de difusão de moléculas pela membrana
Lei de Fick – determina o fluxo passivo de moléculas de acordo com um
gradiente de concentração
1c - Coeficiente de Partição
Lipossolubilidade é conceituada como o coeficiente de partição de uma
substância entre uma fase orgânica (lipofílica) e uma fase aquosa (hidrofílica).
Quanto maior a lipossolubilidade, maior a afinidade do fármaco pela
fase orgânica (oleosa), isto é, maior a facilidade de atravessar as membranas
plasmásticas constituídas de fosfolipídios.
16
1d - Grau de Ionização
* A equação de Henderson-Hasselbalch vai determinar se o fármaco (pKa)
estará na forma iônica ou na forma não iônica, de acordo com o pH do meio.
17
18
➢ Fármaco com pKa ácido em meio com pH ácido encontra-se
geralmente não ionizado
➢ Fármaco com pKa básico em meio com pH básico encontra-se
geralmente não ionizado
19
INFLUÊNCIA DO pH NA ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
20
Fatores que podem influenciar no processo de absorção
➢ Ligados à via de administração 
– Área da superfície absortiva 
– Circulação no local de administração
➢ Ligados ao fármaco 
– Solubilidade do fármaco – fatores que influenciam: 
• pH no local de absorção 
• Tamanho e forma das partículas 
• Forma química (sal ou cloridrato) 
• Forma farmacêutica (solução, xarope, suspensão, comprimido, 
cápsula) 
• Adjuvantes farmacotécnicos (diluentes, estabilizantes 
aglutinantes...) 
– Concentração do fármaco no local de absorção 
– Estabilidade química 
– Grau de ionização
21
➢ Ligados ao indivíduo 
– Efeitos de líquidos lumiais (pH, muco, viscosidade, proteínas) 
– Tempo de trânsito intestinal 
• Esvasiamento gástrico 
• Alimentos 
• Repouso e exercício 
• Circulação entero-hepática 
– Metabolismo de primeira passagem 
– Condições patológicas (aumento ou diminuição da motilidade 
intestinal, retenção no estômago)
➢ Ligação dos fármacos as proteínas plasmáticas
22
Via Oral ■ O Intestino delgado é o sítio primário de absorção. A partir do
intestino delgado e do estômago, as moléculas dos fármacos precisam
atravessar uma série de membranas biológicas e barreiras para alcançar a
circulação porta hepática “primeira passagem” pelo fígado
. Metabolismo de 1ª passagem
Eliminação pré-sistêmica de um fármaco 
durante a primeira passagem pelo fígado.
Efeito de Primeira Passagem: Alguns fármacos são eliminados com muita
eficácia pelo fígado ou parede intestinal. A Quantidade que chega à circulação
sistêmica pode ser consideravelmente menor do que a absorvida.
Reduz a biodisponibilidade do fármaco!
Exs: Aspirina – 40% metabolização hepática
Nitroglicerina – 90% metabolização hepática – inviabiliza via oral
23
* Circulação enterohepática:
* 2ª etapa farmacocinética: DISTRIBUIÇÃO
- É caracterizada como a passagem do fármaco da corrente sanguínea para os
órgãos e tecidos.
- Fatores que podem interferir na distribuição:
- pH e pKa (grau de ionização)
- estabilidade química
- lipossolubilidade
- afinidade a proteínas plasmáticas: depende da afinidade
entre fármaco-proteína; concentração sanguínea do fármaco
e a concentração plasmática da proteína.
24
- 1ª fase: tecidos mais vascularizados - minutos (fígado, rins, pulmões,
cérebro, coração)
- 2ª fase: menos vascularizados - horas (músculo e vísceras)
- 3ª fase: acúmulo e redistribuição
- Reservatório dos fármacos: proteínas plasmáticas, tecido adiposo, osso, etc.
25
26
- Barreira Hematoencefálica: consiste numa camada contínua de células
endoteliais unidaspor junções de oclusão. O cérebro é uma barreira
inacessível para a maioria dos fármacos (incluindo alguns antineoplásicos
e antibióticos), cuja lipossolubilidade é insuficiente para transpor essa
barreira. Entretanto, a inflamação pode romper a integridade dessa
barreira, possibilitando a entrada no cérebro de substâncias que não
costumam atravessá-la.
- Algumas áreas do SNC , incluindo a zona
quimiorreceptora do gatilho, a barreira é
Permeável.
* 3ª etapa farmacocinética: BIOTRANSFORMAÇÃO
- Transformação química dos fármacos no organismo;
- Etapa primordial no processo de eliminação dos fármacos;
- Órgãos metabolizadores: fígado, pulmões, rins, suprarrenais;
- Fatores que influenciam na biotransformação:
. Indução e inibição enzimática;
. Idade, sexo, espécie, dieta, patologias;
. Tolerância farmacológica;
. Uso de outras drogas.
FÁRMACO PRÓ-FÁRMACO
inativação ativação
(metabolização e 
conjugação)
(metabolização)
Biotransformação
EXCREÇÃO FÁRMACO
27
- Muitos fármacos são lipossolúveis e por isso não são rapidamente eliminados.
São portanto conjugados ou metabolizados a compostos mais polares e menos
lipossolúveis para serem excretados.
- Reação de fase I: oxidação, redução, hidrólise; produtos geralmente mais
reativos, as vezes se apresentam mais tóxicos ou carcinogênicos que o fármaco
original.
- Reação de fase II: ligação de um fármaco ou do seu metabólito com um
substrato endógeno, aumentando ainda mais a solubilidade. O conjugado é uma
substância polar facilmente excretada.
- Substrato endógeno: sulfato inorgânico, grupo metila, ácido acético,
aminoácido, carboidrato.
- Mais comum: conjugação com ácido glicurônico
28
29
30
* 4ª etapa farmacocinética: EXCREÇÃO
- Refere-se ao processo pelo qual um fármaco ou metabólito é eliminado do
organismo.
- Eliminação pré-sistêmica: fração da dose oral que não alcança a circulação
sistêmica...
eliminação pré-sistêmica
disponibilidade sistêmica
- Vias de eliminação:
- O rim é o mais importante órgão de excreção;
- O trato biliar e as fezes constituem importantes vias de excreção de
alguns fármacos que são metabolizados no fígado.
- Também podem ser excretados no ar expirado, suor, saliva, lágrimas e
leite.
31
Estradiol > 95% <5%
Testosterona >95% <5%
Budesonida >80% <20%
Furosemida 50-70% 30-50%
Atenolol 40-50% 50-60%
Diclofenaco ~40% ~60%
Propanolol 20-30% 50-80%
• Fármacos excretados no leite materno (difusão passiva): eritromicina,
diazepam, tetraciclina, heroína, metadona, etc.
• Fármacos excretados no suor : cocaína, morfina, anfetaminas, etanol, etc.
• Fármacos excretados no ar exalado (a volatilidade do fármaco ou metabólito é
mais importante do que a sua polaridade): substâncias voláteis como
anestésicos e etanol.
• Fármacos excretados na saliva (rara): fenitoína, lítio, digoxina.
• Fármacos excretados na bile (são extensivamente ionizados no intestino
delgado, tornando impossível a reabsorção para a circulação): estradiol, estriol,
testosterona, vincristina, etc.
32
Filtração das substâncias livres
Reabsorção 
de água
Reabsorção 
de água
Excreção passiva;
Reabsorção de drogas lipossolúveis; 
Reabsorção de água 
Reabsorção de água 
33
34
- Processos envolvidos na excreção renal: filtração glomerular, secreção
tubular ativa e reabsorção tubular passiva;
- Durante a filtração, os fármacos que não estiverem ligados às proteínas
plasmáticas sofrem passagem para dentro dos túbulos renais, através de poros
presentes nos glomérulos. Nos túbulos renais dos néfrons, os fármacos ainda
podem sofrer reabsorção passiva e voltar para a corrente sanguínea,
envolvendo transportadores de membrana presentes nas células epiteliais
renais. Neste processo, moléculas de ácidos e bases fracas não ionizadas
sofrem a reabsorção, ao passo que as moléculas no estado ionizado são
passíveis à eliminação.
- Fatores que influenciam na excreção renal:
. Fluxo sanguíneo renal 
. Ligação à proteínas 
.Tamanho da molécula 
. Lipossolubilidade
. Grau de ionização 
. pH urinário (4,5 - 8,0) 
➢ IMPORTANTE
A alcalinização da urina aumentará a taxa de excreção de um ácido fraco,
enquanto a acidificação da urina aumentará a taxa de excreção de uma base
fraca. Esses fatos são utilizados durante o tratamento da superdosagem de
drogas. A superdosagem de aspirina, por exemplo, é tratada com bicarbonato de
sódio para alcalinizar a urina.
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