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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA______ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE/MG JORGE DOS ANJOS, brasileiro, casado, desempregado, inscrito do CPF xxx.xxx.xxx-xx, portador de identidade de Nº xxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua Beco das Cores, nº 50, Belo Horizonte, MG, vem, por intermédio de seu advogado in fine assinado, com endereço para fins de comunicação processual sito à [Endereço], CEP XXXXXXXX, propor a presente. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Em fase da empresa LANCHONETE DOIS IRMÃOS LTDA EPP, em Belo Horizonte/MG, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ: xx.xxx.xxx/xxxx- xx, sitiado na Avenida do Contorno, N°1.000, CEP: xxxxxxxx, Belo Horizonte, MG, pelas razões de fato e de direito a seguir transcritas. 1.DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA Nos termos do art. 14, parágrafo 1° da Lei 5.585/1970, das Leis 1.060/1950 e 7.115/1983, bem como do art. 790, parágrafo 3° da CLT, o reclamante declara para os devidos fins e sob pena da Lei, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem o prejuízo de seu sustento, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita. 2. DOS FATOS O reclamante começou a laborar para a empresa Reclamada em 04 de dezembro de 2017, até 28 de junho do ano de 2019, seu último dia de cumprimento do aviso prévio trabalhado, auferindo remuneração mensal de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) para exercer a função de atendente, das 8h às 13:15min, de segunda a sexta-feira, com no máximo 15 (quinze) minutos de pausa para lanche. Afirma também que normalmente, não conseguia encerrar suas atividades no horário contratado, estendendo o labor até por volta das 14h15min sem qualquer pagamento adicional. O reclamante também afirma que tinha que chegar ao estabelecimento às 07:45min, para poder vestir o uniforme, de uso obrigatório, o qual ficava disponível somente na empresa. Esclarece, ainda, que somente podia registrar no cartão de ponto o horário contratual de trabalho, que seria das 8h às 13:15min. Além da remuneração mensal de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais), no seu contracheque, tem o valor de R$100,00 (cem reais), sob a rubrica “prêmio”. A referida parcela não foi base de cálculo de nenhum encargo trabalhista, como FGTS ou contribuição previdenciária, assim como não foi levado em consideração para pagamento das férias e do décimo terceiro salário. Segundo o reclamante, esse valor era pago todo mês, inclusive, durante o aviso prévio trabalhado, independente do seu desempenho, que sempre foi o mesmo durante o pacto laboral. 3. DAS HORAS EXTRAS De acordo com o contrato de trabalho, o reclamante deveria cumprir o horário das 8h às 13:15min, laborando um período de 5:15min trabalhada de segunda a sexta-feira, incluindo os 15 min de pausa para o lanche. Porém, de acordo com o reclamado, ele trabalhava das 7:45min às 14:15min, sendo os 15min de adiantamento, por motivos da troca de roupa ser obrigatória no local, como diz o artigo 4, §2°, inc. VIII, tendo assim, feito 1:15min de horas extras diariamente, de segunda a sexta-feira, sem ser remunerado ou com abatimento em banco de horas. Tendo em vista artigo 58-A, §3° da CLT. 4. DAS VERBAS SALARIAIS E RESCISÓRIAS Conforme relato do reclamante e registro em folha, o mesmo recebia mensalmente o valor de R$100,00 (cem reais) com rubrica “premio”. Assim como previsto no artigo 457, §4° da CLT, o “prêmio” em questão, era pago todos os meses independente do rendimento dos funcionários, sendo assim essa premiação deveria ter sido usada junto no cálculo das verbas rescisórias, decimo terceiro, FGTS e INSS. 5. MULTA DO ART. 467 DA CLT Na hipótese da Reclamada não quitar as verbas incontroversas na primeira oportunidade, que seja cominada a multa do art. 467 da CLT, cujo valor corresponde ao montante de 50% (cinquenta por cento) sobre a parte incontroversa das parcelas rescisórias a serem deferidas por este Juízo. 6. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O artigo 133 da Constituição Federal, norma cogente, de interesse público, das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da Justiça, revogando o "JUS POSTULANDI”. Sendo necessária a presença do profissional em Juízo, nada mais justo e coerente do que o deferimento de honorários advocatícios, inclusive ao advogado particular, por força do princípio da sucumbência (artigos 769 da CLT e 20 do CPC). 7.DOS PEDIDOS Diante das considerações expostas, requer o Reclamante: a) a concessão do benefício da gratuidade de justiça nos termos do §3º, do art. 790, da CLT e do Novo Código de Processo Civil; b) Total procedência da demanda, no sentido de: b.1) impor a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais devidas à Reclamante. c.) pagar a diferença no valor das férias proporcionais, considerando a premiação e as horas extras como parte do salário; c.1) depósito do FGTS e da multa de 40% do FGTS na conta vinculada do FGTS, somando o valor da premiação e das horas extras trabalhadas c.2) quitar as verbas incontroversas na primeira audiência sob pena de cominação da multa do art. 467 da CLT, cujo valor corresponde ao montante de 50% sobre a parte incontroversa das parcelas rescisórias a serem deferidas por este Juízo; c.3) pagamento de 11,2% sobre todas as verbas deferidas; d) que a Reclamada seja condenada a pagar, além das verbas supracitadas, as custas processuais, e honorários advocatícios de xx% sobre a condenação; Por fim, requer a notificação da Reclamada, para que conteste os itens supracitados, sob pena de serem admitidos como verdadeiros, nos termos da Súmula 74 do TST, o que, por certo, ao final restará comprovado, com a consequente declaração total da procedência do pedido. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, em especial provas documentais e testemunhais. Dar-se à causa o valor de R$ xxxx (xxxx reais). Nestes termos, Pede o deferimento. Local e Data ___________________________ Nome e Assinatura do Advogado N° da OAB
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