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Crítica de Caso A Guarnição de Remo do Exército

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
Resenha Crítica de Caso A Guarnição de Remo do Exército
Daniela Laurino Omelczuk
Trabalho da disciplina GESTÃO DE PESSOAS E COMPETÊNCIAS
 Tutor: Prof. MARCELINO TADEU DE ASSIS
São Paulo 
2020
A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO
Referência: SNOOK, Scott; POLZER, Jefrey T, A Guarnição de Remo do Exército, Harvard Business School, Rev: 30 de março de 2004.
O estudo de caso conta o desafio do Coronel Stas Preczewski, treinador da guarnição de remo da Academia Militar de West Point do exército dos Estados Unidos, para formação de uma equipe vencedora. 
O treinador P. teria que desvendar sobre o desempenho entre duas equipes Varsity (V) e Varsity Junior (VJ), pois a guarnição do barco Varsity Junior começou a ganhar todas as competições da guarnição principal Varsity. E essa façanha ele nunca havia visto em nove anos como treinador deste esporte. No intuito de entender o que estava acontecendo o treinador P. realizou alguns testes afim de detectar e corrigir o problema.
O remo é o primeiro esporte interuniversitário dos EUA, começou em 1852 com uma regata entre Harvard e Yale. A temporada de resgatas de outubro era composta por regatas chamadas “Head” normalmente de 5,6 km. Essas regatas agrupavam de 20 a 60 guarnições remando seus barcos contra o relógio, sendo classificadas de acordo com o tempo obtido, determinando o vencedor. 
Ser bem-sucedido em guarnições de remo exigia uma combinação única de habilidades pessoais e coordenação em equipe. Um projeto de pesquisa com dezenas de técnicos desta modalidade esportiva indicou os fatores que eles consideravam mais significativos para se obter o máximo desempenho.
A equipe do treinador P. aguardava o início da temporada de primavera de 2001-2002, e se preparou durante uma semana intensa de treinamentos na Vila Olímpica, em Atlanta. A equipe competiu diretamente entre si nos treinos, e indiretamente a fim de comparar os tempos de cada um. 
O desempenho individual era importante, mas o trabalho em equipe era crucial para a velocidade de barco. Os remadores precisavam remar de forma sincronizada, tornando-se apenas um, com o único objetivo de chegar em primeiro lugar. Quando um remador tentava ser mais rápido que os outros de sua equipe, perdia o sincronismo entre os demais e acaba fazendo com que o barco perdesse velocidade. Eles precisavam remar em total sincronismo.
A maior dificuldade é permanecer sincronizado. Por várias vezes, é muito difícil dar 200 remadas perfeitas, mas os melhores remadores se destacavam por adaptarem bem as remadas dessincronizadas e instáveis. O importante é que quem cometesse o erro, corrigisse sua próxima remada e recuperasse a velocidade e o equilíbrio. A confiança estava no psicológico de cada membro da equipe. Todos contribuíam com o esforço físico, mas a desconcentração era efeito dominó e afetava os movimentos de todos os remadores. A exaustação física ou um colapso poderia fazê-los sentir que era impossível chegar à final. 
Nunca um remador poderia parar, nem se quer por uma remada, pois o “momentum” da equipe seria quebrada. Esta pequena parada poderia produzir uma carga nos outros remadores. Se ao contrário, na ansiedade de chegar mais rápido um remador aumentasse a velocidade da remada também aumentaria as chances de falhas. 
Pela manhã os atletas remavam em barcos selecionados aleatoriamente, focando em técnica e adaptabilidade, a noite liam livros e biografias de remadores e artigos relacionados ao remo.
Quando retornavam ao Campus o treinador P. notou que alguns membros da equipe estavam infelizes e desmotivados, criticando uns aos outros por não terem vencido o barco Varsity Junior. No primeiro treino no Rio Hudson, o barco VJ venceu o V e o treinador achou este resultado inacreditável. E depois disso aconteceu mais outras vezes deixando–o intrigado. 
O treinador P. estava perplexo com estes acontecimentos e começou a fazer uma análise diária de todos os fatores potenciais que pudessem estar causando este padrão de resultados, confirmando-se então, que o barco Varsity tinha os melhores remadores individuais, mas como equipe de oito remadores, os resultados não eram satisfatórios. 
Enquanto isso, a equipe do Varsity Junior discutia melhorias para o grupo e não faziam apontamentos individuais. Somente depois de realizar acompanhamento mais detalhados como, por exemplo, as trocas de mensagens para os colegas, o treinador percebeu, que o fator psicológico, era um dos motivos para o sucesso da equipe Varsity Junior, pois eram constantemente motivados pelo seu “líder” de equipe.
Mesmo a equipe Varsity possuindo os melhores competidores, o conflito de interesse deixou todos para trás, demonstrando falta de maturidade no trabalho em equipe, necessitando um trabalho de adequação do estilo de liderança, oferecendo um comportamento diretivo e de apoio ao seu time.
Concluímos que, para formação de equipes potenciais, além das habilidades técnicas, as atitudes também são fatores cruciais para obtenção dos melhores resultados.

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