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Resenha Crítica do Caso Equipe de Remo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 
 
 
Resenha Crítica de Caso Equipe de Remo 
Nome do aluno (a): Priscila Coutinho Silva 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gestão de Pessoas e Competências 
 Tutor: Prof. Marcelino Tadeu de Assis 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO 
Referência: 
SNOOK, Scott. POLZER, Jeffrey T. A guarnição de remo do exército. Harvard 
Business School, março, 2004. 
 
 O treinador Preczewski, da guarnição de remo do exército, não entendia por 
qual motivo o barco Varsity Junior ganhava com frequência do barco Varsity. O 
barco Varsity possuía os oito melhores remadores enquanto o Varsity Junior possuía 
os oito remadores com o ranking mais baixo da equipe. E ele se encontrava em 
constantes momentos de dúvidas e questionamentos de que forma ele resolveria 
está questão. Nas considerações inicias, percebo que o treinador se encontra 
perdido quanto a performance de sua melhor equipe, e passa a levantar 
questionamentos em relação a forma que ele avaliou o desempenho de cada 
membro da equipe, se na equipe dos melhores remadores ele de fato havia 
descoberto talentos, se avaliou uniformemente e de forma consistente. 
 Remar barcos em um campeonato ainda mais 18 metros não é uma tarefa 
fácil, e todo barco tinha um timoneiro, que era a pessoa a qual direciona o barco, 
motiva a equipe, estabelece a estratégia da regata. Vejo o timoneiro como o líder, 
dizia James C. Hunter, “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para 
trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como 
sendo para o bem comum”, é o que era esperado dele sendo o líder da equipe de 
remo. Mas para serem bem sucedidos era necessária uma combinação de 
habilidades pessoais e coordenação em equipe, de modo a aprenderem e 
entenderem mais sobre esses fatores. O Comitê Olímpico Norte-americano 
proporcionou um projeto de pesquisa no qual dezenas de técnicos de guarnições de 
remo indicaram os fatores que eles consideravam mais significativos para se obter o 
máximo desempenho. Neste aspecto, vejo estes técnicos como coaches, apoiando e 
ajudando os coachees, a atingirem determinado resultado, orientando, colaborando 
para o desenvolvimento individual dos mesmos. E os técnicos foram divididos cada 
qual com o seu nível de experiência, e formando quatro grupos sendo: o de força e 
 
 
 
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condicionamento, técnica de remar, fatores psicológicos e organização de um 
programa. Foram medidos os níveis de força e resistência de cada um 
individualmente e por mais que as habilidades individuais fossem extremamente 
importantes, era crucial para os oito atletas sincronizarem suas remadas, e o 
trabalho em equipe também foi analisado, e uma consideração fundamental era a 
atitude mental dos membros da guarnição, numa só mente, se tornando um 
verdadeiro desafio físico, mental e técnico. Percebo como uma organização, onde 
cada indivíduo tem um papel importante para que todos juntos possam alcançar o 
objetivo fim da mesma. Por mais que haja diversas pessoas com perfis específicos, 
as competências individuais de cada um é o ponto chave para o sucesso de uma 
organização, e que qualquer mudança fora deste objetivo aconteceria o mesmo do 
caso citado, uma remada incorreta, afetaria o barco inteiro. 
O treinador começa a temporada com uma série de exercícios para 
determinar tarefas para os barcos Varsity e Varsity Junior. Começando a avaliar 
habilidade individual de remar, e após aplicar os testes tinha os resultados em mãos. 
E logo após isso os remadores iniciaram um período de treinamento fora da 
temporada. De manhã remavam barcos selecionados para se concentrar em 
técnicas e adaptabilidade e a noite liam biografias de remadores e artigos 
relacionados ao remo. E com isso o treinador selecionou oito melhores remadores 
para o barco Varsity, e os oito restantes para o Varsity Junior, sendo para ele uma 
decisão fácil. Em minha opinião, o treinador aplicou as formas iniciais que ele 
julgava apropriadas para separar as equipes, mas levanto questionamento quanto a 
ele ter se preparado antes, analisado os comportamentos que ele esperava de cada 
um e os critérios e condições para separar os melhores remadores. Se avaliou qual 
deles um para cada equipe teria um perfil para ser o líder, timoneiro da equipe. Na 
primeira competição o Varsity derrotou o Varsity Junior, mas para o treinador já era 
esperado, mas ao retornarem o treinador percebeu que mesmo vencendo alguns 
estavam infelizes com o resultado, mas o treinador achou um ponto positivo afinal, 
poderia ser uma luta deles pela excelência. Após a folgada primavera, no rio 
Hudson, o barco Varsity Junior venceu o Varsity no treino, e o treinador ficou 
espantado, e isso tornou-se a repetir. E levantando dados percebeu que o Varsity 
 
 
 
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Junior remava mais rápido questão de dois terços da competição. Após algumas 
análises ele colocou pares dos dois lados para remarem contra ao outro, e o Varsity 
Junior ganhava do Varsity. Com isso o treinador elaborou uma matriz dos 16 
membros com seus pontos fortes e fracos, e analisou todos os fatores anteriormente 
levantados pelos técnicos, mas enfatizou a importância dos fatores psicológicos. 
Além do treinador ser formado em Psicologia, trouxe uma outra pessoa com 
habilidades para ajudar. Usando o e-mail como uma forma de apoio, mutuamente os 
esforços de cada um em desenvolver uma mentalidade de vencedores, e também 
críticas ou sugestões. E os grupos tinham opiniões bem distintas, o Varsity Junior 
escrevia mensagens que mostrava opiniões positivas e sinceras, como um dia se 
ganha e outro se perde. Já o Varsity escrevia reclamações, acusações, que um se 
doava mais que os outros, procurando culpados e que, preferiam remar sozinhos do 
que em disputas. Vejo que o treinador identificou os impactos e as repercussões 
mas não soube ao certo relacionar ações necessárias para alcançar os resultados 
finais, ele estava certo que de a forma que ele mensurou os dados iniciais foi de 
uma forma coerente mas não estava de alguma forma gerando resultados positivos 
como ele esperava. E como o treinador adotou de abordagens meio ariscadas em 
seu ponto de vista, acreditou que as equipes podiam chegar as finais do 
campeonato. Sendo assim ele marcou um treinamento com o responsável pelo 
condicionamento físico, que foi o ponto que ele avaliou que sofria de certa atenção, 
chamando o apelidado, “Satã”. Exigindo que eles continuassem com muitos 
exercícios de levantamento de peso, e com o tempo os membros das equipes 
ficaram cada vez mais fortes. 
Ao passar do tempo os membros da Varsity Junior ficavam mais empolgados 
do que os membros da Varsity. O treinador fez mudanças no barco indicando que 
remador “rebaixado” fazia com que o Varsity Junior fosse mais veloz antes. Ele 
pensou em o que fazer, se trocava os barcos, alternava os remadores, intervia para 
melhorar o desempenho do barco Varsity. Está foi uma das ultimas avaliações do 
treinador, e já faltava poucos dias para o campeonato. Novamente o Varsity Junior 
vence o Varsity em mais uma competição. Os mesmos saem animados, enquanto 
isso o Varsity continua na água, o treinador os observa e pede que se reúnam na 
 
 
 
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mesa. Eles vêm xingando baixo, sentam separados, outros nem sentam, com os 
olhares vazios, e o treinador continua os observar. O treinador declara sua confiança 
neles, expressando sua frustação por não conseguir entender o motivo de não 
vencerem, apresentando argumentos lógicos quanto a avalição objetiva e critérios 
de seleção, e que não sairiam dali sem uma solução. O mais novo da equipe, Joe, 
se pronuncia zangado, “eu tenho carregado esse barco sozinho”, e que “seus 
companheiros deviam procurar neles mesmos a explicação para seudesempenho 
insatisfatório”. E cada um levantando sua indignação sobre toda a equipe. O 
treinador surpreso com o rumo da discursão pergunta: “qual a solução?”. Ninguém o 
respondeu. Dispensou todos e disse: “que eles deveriam voltar para o treinamento 
no dia seguinte prontos para lidar com a situação”. Todos se foram e o treinador os 
observou, sentiu-se desanimado diante da perspectiva iminente de ver sua equipe 
desfeita e sabia que tinha uma noite longa pela frente para pensar no que deveria 
fazer. Diante de tal situação alguns pontos me chamam atenção para o fim que este 
caso nos apresentou. Inicialmente como citei anteriormente, o treinador deveria ter 
de ser preparado, ter elaborado o perfil de competências necessárias para formar 
uma boa equipe, avaliar os pontos que traçou assim que começou a separar os 
remadores, com isso ele ganharia mais tempo e garantiria um resultado melhor. Mas 
assim que ele se encontrou em uma situação onde o que ele mapeou não ocorreu 
como o esperado, o mesmo deveria ter revisado todo o planejamento anterior e 
avaliado o desempenho de cada um de acordo com o objetivo inicial. Ele deveria ter 
deixado claro as metas, ser objetivo, abrir espaço para que todos os envolvidos o 
avaliassem como treinador, e cada qual se avaliassem como todo, realizando uma 
avaliação de 360º. Em todo momento ele enfatiza a importância das questões 
psicológicas, mas ele não abre espaço claramente para conversar individualmente 
com cada um, entendo que ele usa do meio de e-mail para avaliar, mas quando ele 
têm este resultado claro de que há pessoas insatisfeitas ele não faz nada com as 
informações que realmente tenha um impacto que seja o esperado. Deveria ter dado 
feedback, não somente ele como os técnicos experientes que o auxiliaram, eles 
fizeram o processo, mas deram ênfase ao avaliar e tirar conclusões de uma única 
característica, o fato que alguns estarem remando mais rápido e de forma 
 
 
 
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sincronizadas mais que os outros, e focando na parte física e não psicológica. 
Reforço novamente deveriam ter dado o feedback todos os dias se possível após os 
treinamentos, e dar importância e saber escutar de forma correta. Percebo que no 
final ele atribui a culta a equipe, e pediu aos mesmos que solucionassem o 
problema. Primeiramente ele deveria ter sido claro, lançar novas ideias e conduzir as 
pessoas a uma nova direção, o mesmo percebeu o conflito e orquestrou resoluções 
somente. De uma forma geral percebi que o mesmo revisou e aprimorou todas as 
vezes que julgou ser necessário, mas faltou ter com o contato mais aberto com suas 
equipes, saber o que pensavam e tornar isso um ponto de discursão para traçar 
melhorias, e passar até mesmo ser mentor, a ter uma relação de confiança, ser mais 
objetivo e especifico, aprimorando os mesmos.

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