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Legislação Trabalhista e Previdenciária Aula 2: O empregado INTRODUÇÃO Na aula anterior, estudamos as Origens, Fontes e Princípios ou Fundamentos do Direito do Trabalho. Agora veremos a aplicação prática dos fundamentos analisando os principais e fundamentais elementos do Direito do Trabalho, que são o empregado e o empregador. Sem a existência deles não há Direito do Trabalho. Abordaremos a de�nição de empregado, os seus vários tipos, diferenças de outros tipos de trabalhadores não empregados. Analisaremos também os elementos que caracterizam o vínculo de emprego. De�niremos o empregador e a legitimação do seu poder de direção ou comando, lembrando que se não houver quem empregue, não haverá empregado, ou seja, um necessita do outro. OBJETIVOS Distinguir os elementos que formam a Relação de Emprego. Identi�car as principais partes do Vínculo de Emprego, o Empregado e o Empregador, as características e Poderes de cada um. Empregado Há várias espécies de trabalhadores, sendo o empregado aquele que labora com subordinação e possui o amparo das Leis Trabalhistas. Observe abaixo quatro tipos de trabalhadores: Existem alguns fatos que, em conjunto, como veremos na de�nição, caracterizam o vínculo de emprego e assim o trabalhador será empregado. Se eles não existirem, não haverá vínculo empregatício. Esses fatos são de fundamental importância para a administração, sem riscos do capital humano de empresa. Os cinco elementos necessários para que o prestador de serviço seja considerado empregado são: EXERCÍCIO Vamos dar uma pausa para fazermos um pequeno exercício? Marque a alternativa correta sobre a a�rmação abaixo: O artigo 2º da CLT de�ne Emprego. Verdadeiro Falso Justi�cativa HÁ OUTROS TIPOS DE EMPREGADOS. VEJA A SEGUIR: → Empregados com altos cargos de Gestão → Empregados Mandatários ou Procuradores → Empregados Diretores → Empregados que trabalham em seu domicílio com subordinação → Empregados que trabalham em seu domicílio sem subordinação → Trabalhadores sem vínculo empregatício → Agente ou representante comercial autônomo → Diretor Estatutário ou Sócio Gerente → Empreiteiro → Parceiro Rural → Autônomo → Eventual (glossário) → Avulso (glossário) → Temporário (glossário) → Domésticos que não têm todos os direitos Fonte da Imagem: No artigo 2º da CLT a de�nição legal de empregador se ajusta perfeitamente à de�nição de empregado, que está no artigo 3º da CLT. Posteriormente, analisaremos o Poder de Direção ou de Comando do empregador e sua Legitimação. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal do serviço. Você sabia? O Fato de a De�nição de empregador – Art 2º anteceder a de empregado no Art 3º da CLT, tem uma lógica: para existir o emprego e o empregado, primeiramente, tem que existir alguém que se disponha a empregá-lo. Portanto, sem a empresa não há emprego. De�nições Uma empresa é uma organização e toda organização pressupõe uma hierarquia para atingir seus objetivos econômicos ( dar lucro ) ou não. Assumindo o risco da atividade econômica a empresa (Organização) Individual (Pessoa Física) ou Coletiva (Pessoa Jurídica): Empresa • Admite ( contrata) • Assalaria (paga-onerosidade) • Dirige (dá as ordens a quem lhe é subordinado) • A prestação pessoal do serviço( pessoalidade) • Tudo isso ocorrerá enquanto perdurar o contrato de trabalho EXERCÍCIOS Marque as alternativas corretas sobre as a�rmações abaixo: Um serviço oneroso, subordinado, não eventual, prestado por determinada Pessoa física, a uma empresa individual ou coletiva, ou outros a ela equiparados, é abrangido pelo vínculo de emprego. Verdadeiro Falso Justi�cativa O fato de assumir o risco do negócio, pagar os salários e o empregado estar hierarquicamente a ele subordinado, justi�ca e legitima o Poder de Direção ou de Comando do Empregador. Verdadeiro Falso Justi�cativa Determinada Pessoa Física que preste serviços eventuais, onerosos, subordinados, a uma Pessoa Jurídica é considerado Empregado. Verdadeiro Falso Justi�cativa Poder de direção ou de comando do empregador Toda organização pressupõe uma hierarquia que por sua vez pressupõe o poder de organizar e de�nir o quê, como e quando realizar determinada tarefa. Isso ocorre mais quando se assume o risco do empreendimento. Para que esse poder seja exercido, é necessário que exista o poder disciplinar. O empregado, ao aceitar as condições do contrato de trabalho, concorda em aceitar as determinações ou ordens do empregador mediante o recebimento do salário. Glossário SUBORDINAÇÃO ECONÔMICA Tem por base o fato de o empregado depender, do ponto de vista �nanceiro, do empregador. O salário tem um caráter de sobrevivência não só para ele, mas também para sua família. SUBORDINAÇÃO JURÍDICA Tem por base o fato de que o contrato de emprego, que pode ser expresso ou tácito, seja uma relação jurídica na qual o empregado aceita se submeter às ordens do empregador e este, que assume os riscos do negócio, se compromete a pagar os salários do trabalhador. A hierarquia numa empresa estabelece a relação de poder entre os indivíduos. Determinar o que fazer, dar ordens (poder de comando) e punir são atribuições do empregador que se sobrepõe ao empregado. DEPENDÊNCIA TÉCNICA Tem por base o fato de o empregador assumir os riscos do negócio e saber quais são os objetivos e �nalidades do Empreendimento, para determinar o que e como fazer. Esse poder pode exercido ou não pelo empregador dependendo do seu nível de especialização. DEPENDÊNCIA MORAL Tem por base o fato de o empregado ter o dever de trabalhar com Diligência, Lealdade, Colaboração, E�ciência e Honestidade. EVENTUAL Trabalha sem habitualidade. AVULSO O trabalhador avulso é aquele que trabalha por intermédio do órgão gestor de mão de obra (OGMO) ou sindicato, tendo como exemplo os estivadores no cais do porto e o chapa e o artigo 7, inciso XXIV/CRFB/88 assegurou a eles os direitos dos empregados, embora não exista relação de emprego. TEMPORÁRIO O trabalhador Temporário tem o seu contrato regido pela Lei 6019/74 e caracteriza-se por uma relação trilateral. Nesta há como integrantes a empresa prestadora de mão de obra temporária, trabalhador temporário e empresa tomadora de serviços. Somente é admitido este trabalho nas hipóteses de substituição de pessoal efetivo ou aumento da demanda de produção.
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