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Principais doenças causadas por vírus e bactérias em equinos. Doenças à Vírus Gripe ou Influenza eqüina Causada por um vírus e transmitida por contato direto entre os animais doentes e sadios; Sensíveis também os asininos e muares. Contagiosa, ataca animais com menos de 5 anos. Sintomas Calafrio, respiração acelerada, perda de apetite, lacrimejamento, corrimento nasal, e ocular, inflamação da garganta, primeiro prisão de ventre depois diarréia fétida e tosse; Garanhões podem apresentar orquite. O vírus se encontra no sêmen muito tempo depois; Aparecimento de edemas nas partes baixas e a presença de catarros nas vias digestivas e respiratórias. Contágio Secreções nasais, a urina, fezes. Também pode ser por via indireta através da água, alimentos e objetos contaminados. Profilaxia Vacinação: 1. Primeira vacinação aos 6 meses e mais duas doses de reforço, com intervalo de 4 a 6 semanas entre cada dose. Revacinação após 6 meses e depois anualmente. 2. Animais nunca vacinados: iniciar em qualquer idade com 2 doses com intervalo de 4 a 6 semanas. Doses de reforço 6 meses após, e para éguas prenhes, vacinação entre 4 a 6 semanas antes do parto. Depois revacinação anual. Isolamento dos doentes e manter, os animais recém- adquiridos, em quarentena. Tratamento Nos casos simples os animais se recuperam de 1 a 2 semanas. Mortes só ocorrem devido às complicações; Proporcionar ao animal doente repouso absoluto protegido contra correntes de ar, provido de boa cama, alimentação nutritiva, de fácil mastigação e água limpa; Para complicações, usar medicamentos à base de sulfanilamida e antibióticos associados e de largo espectro de ação. Rinopneumonite Viral Eqüina (aborto equino a vírus). Acomete o feto após o 5º mês de gestação, provocando aborto. Sintomas Rinite, febre e sinais respiratórios associados; Na forma respiratória o período de incubação varia de 2 à 20 dias e verifica-se febre, conjuntivite, tosse e infecção inaparente. Pode existir infecção bacteriana secundária, resultando em pneumonia. Potros jovens podem desenvolver pneumonia primária; Forma nervosa manifesta a síndrome paralítica em equinos adultos, verificando-se desde incoordenação de membros posteriores passageira, até ataxia grave, seguida de paresia de decúbito, levando à morte. Em alguns animais ocorre incontinência e/ou retenção urinária. Contágio A doença é inalatória, transmitida através do muco, ou contato direto com fetos abortados e restos placentários. Profilaxia Higienização ambiental e pessoal, isolamento de éguas que abortaram e rigorosa desinfecção da área contaminada por restos fetais, controle de trânsito de animais, evitar aglomerações e diminuir o stress das éguas prenhes. Vacinação: 1. 1º vacinação entre 3 a 4 meses de idade com 2 doses, com intervalo de 4 a 6 semanas. Revacinação 6 meses após e depois anualmente. 2. Animais nunca vacinados: iniciar com 2 doses com intervalo de 4 a 6 semanas, depois anualmente. Para éguas de reprodução, nunca vacinadas, vacinar em 2 doses com intervalo de 4 a 6 semanas, 2 meses antes da monta. Éguas prenhes deverão ser revacinadas no 5º, 7º ou 9º meses de gestação. Tratamento Colocação dos animais acometidos em baias isoladas; Antibioticoterapia preventiva ou curativa para invasão bacteriana secundária. Encefalomielite eqüina Provoca quadro neurológico atingido o cérebro e a medula espinhal; Transmissível para o homem; Três formas da doença: Encefalomielite eqüina do leste, Encefalomielite eqüina do oeste, Encefalomielite eqüina venezuelana. Sintomas Neurológicos, caracterizados por depressão, extremidades separadas, cabeça voltada ao solo e lábios flácidos, andar em círculos, inquietude, falta de coordenação motora, sonolência, bate em obstáculos, perde sentido de orientação, cabeça apoiada em cercas durante a fase letárgica. Contágio Transmitida por mosquito (Culex spp, Aedes spp). Profilaxia Proteção dos animais através de barreiras mecânicas (roupas protetoras, repelentes, mosquiteiros, telas metálicas, etc.); Vacinação: Só deve ser feita após o diagnostico da doença e do tipo de vírus. 1. 1º vacinação com 6 meses de idade, com 2 doses no intervalo de 7 a 10 dias. Revacinação anual com 1 ou 2 doses no intervalo de 7 a 10 dias. 2. Animais nunca vacinados: iniciar com 2 doses com intervalo de 7 a 10 semanas, depois anualmente. Éguas prenhes deverão receber 1 dose de reforço 4 a 6 semanas antes do parto. Tratamento Não há tratamento específico. São adotados apenas procedimentos sintomáticos, como controle da febre, alívio da dor e tratamento suporte. Raiva Zoonose incurável, sendo que os animais infectados podem permanecer assintomáticos por 1 ano. Sintomas Os sinais clínicos podem variar de claudicação à morte súbita; Todo eqüino com sinais neurológicos deve ser suspeito de raiva até que se prove o contrário. Contágio Nas fazendas é transmitida pelos morcegos hematófagos. Vacinação: 1. A partir de 2 meses de idade, com 1 dose. Revacinação 1 mês após a 1º dose e depois anualmente. 2. Animais nunca vacinados, iniciar com 1 dose e revacinar anualmente. Tratamento Não existe. Anemia Infecciosa Eqüina Também conhecida como “febre dos pântanos”; Os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes. Sintomas O vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma; A forma aguda: febre que chega a 40,6c, respiração rápida, abatimento e cabeça baixa, debilidade nas patas, deslocamento dos pés posteriores para diante, inapetência e perda de peso; Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica; observando-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses; Os ataques causam grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia. Contágio Insetos sugadores (moscas e mosquitos), transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune; A mucosa nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus; O uso sem assepsia de material cirúrgico e agulhas não esterilizadas. Profilaxia Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros; Não introdução de animais infectados na fazenda; Uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados. OBS: Não existe vacina! Tratamento Não tem eficácia. Doenças Bacterianas Garrotilho Contagiosa aguda causada pelo streptococcus equi; Conhecida como: gurma, coriza contagiosa, adenite eqüina e estreptococia eqüina; Muito contagiosa, determina uma inflamação mucopurulenta das mucosas nasais e faringeanas; Ataca de preferência animais novos ( de 6 meses a 5 anos). Sintomas Abatimento e febre alta (40-41ºC), respiração difícil e acelerada, mucosa avermelhada, aparecendo depois de 2-3 dias uma descarga mucopurulenta e depois purulenta, pelas narinas; Corrimento nasal e aumento de volume dos linfonodos da garganta, que muitas vezes fistulam. Contágio Facilmente transmitido através de bebedouros e comedouros de uso comum, pois invade o organismo com os alimentos e água contaminados; Transmitido pela tosse e contato. Profilaxia Evitar a introdução e isolar os animais doentes; Animais em contato com animais doentes devem receber soro-vacinação. Vacinação: 1. Iniciar a vacinação aos 6 meses de idade com 2 doses, com 3 a 4 semanas de intervalo entre doses. Revacinação semestral. 2. Animais nunca vacinados, iniciar a vacinação com 2 doses, com intervalo de 3 a 4 semanas . Revacinação semestral. As éguas prenhes deverão receber umreforço 30 dias antes do parto. Tratamento – A base de sulfa e com inalações com eucaliptol (folhas de eucalipto). As narinas podem ser lavadas com antissépticos fracos; – Os abcessos maduros são incisos e drenados, aplicando-se injeções intramusculares de anbtibióticos em grandes doses. Leptospirose Sintomas Aborto das éguas no terço final da gestação; Infecções oftalmológicas; Raras vezes doenças sistêmicas. Contágio Água e alimentos contaminados com urina de roedores portadores da bactéria leptospira sp. Profilaxia Cuidados sanitários para manter comida e água longe de roedores; Higiene das instalações; Vacinação: 1. Iniciar a vacinação a partir dos 6 meses de nascidos com 2 doses, com intervalo de 3 a 4 semanas. Revacinação semestral. 2. Animais nunca vacinados, iniciar a vacinação com 2 doses, com intervalo de 3 a 4 semanas. Revacinação semestral. Éguas prenhes deverão receber uma dose de reforço 1 mês antes do parto. Diarréia infecciosa dos potros recém – nascidos Acomete potros a partir da segunda semana de vida até o 1º mês. Profilaxia Vacinação desenvolvida no Brasil: 1. Iniciar com uma dose entre a 2º e a 3º semana de vida. Revacinação 3 a 4 semanas após a 1º vacinação. 2. Éguas prenhes, vacinar 6 semanas antes do parto, 1 dose de reforço 4 semanas antes do parto. Revacinação anual com 1 dose 4 semanas antes do parto. Tratamento O tratamento é caro, difícil e inseguro quanto aos resultados. Tétano Causada por uma bactéria ciliada denominada Clostridium tetani; Sintomas Febre alta, com contraturas musculares principalmente após estímulo do animal à luz ou a ruídos externos, como por exemplo, estampidos ou mesmo simples bater de palmas com as mãos; Os músculos enrijecidos da cara dão ao equino doente, um ar de riso denominado sardônico, com os lábios estáticos e sem movimentação; Os olhos excessivamente parados e sem movimentação, apresentam-se com projeção da terceira pálpebra; Rigidez da musculatura, principalmente na região cervical da chamada tábua do pescoço e da garupa. Contágio O germe penetra através de um ferimento ou solução de continuidade da pele em um organismo animal suscetível. Profilaxia Vacinação: 1. Iniciar a vacinação com 1 dose aos 2, 3 e aos 6 meses de vida. Revacinação anual. 2. Potros e éguas não vacinados poderão receber 1500 UI de soro antitetânico ao nascimento e depois serem submetidos ao mesmo esquema dos potros e éguas vacinadas. Revacinação anual. 3. Animais nunca vacinados receberão 3 doses, com intervalo de 3 a 4 semanas entre doses. Se sofrerem ferimentos ou intervenção cirúrgica, receberão 5000 a 10000 UI de soro antitetânico. As éguas prenhes deverão receber uma dose de reforço, um mês antes do parto. 4. Animais vacinados e que sofrerem ferimentos ou intervenções cirúrgicas deverão receber uma dose de reforço da vacina imediatamente. Vermes e carrapatos (endoparasitas e ectoparasitas) Endoparasitas: Vermes gastro-intestinais competem na absorção dos nutrientes ingerindo grande quantidade de sangue; Causam lesões graves na parede do estômago, intestino, artérias. Sintomas: Diarréias ou cólicas que podem ser fatais. Ectoparasitas: Carrapatos espoliam os animais e transmitem doenças graves como babesioses, erliquioses; Levam os animais ao emagrecimento extremo até a morte. Controle Os vermífugos mantêm os animais limpos de vermes durante 90 dias; Os carrapaticidas indicados pelos eqüinos são à base de piretróides; Carrapaticidas a base de amitracina devem ser evitados porque podem intoxicar os animais. Obrigada!