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Materno Infantil I

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1 
 
 
 
APOSTILA ENFERMAGEM 
MATERNO-INFANTIL I 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Obstetrícia e Ginecologia 
 
A obstetrícia é o ramo da medicina que estuda a reprodução na mulher. Investiga a gestação, o 
parto e o puerpério nos seus aspectos fisiológicos e patológicos. 
O obstetra é o médico especialista que cuida do desenvolvimento do feto, além de prestar 
assistência à mulher nos períodos da gravidez e pós-parto (puerpério). No entanto, existem outros 
profissionais habilitados no cuidado ao ciclo gravídico puerperal do parto normal: Enfermeiros Obstetras e 
Obstetra/Obstetriz. 
O termo "obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que é derivada do verbo "obstare" (ficar ao 
lado). Para alguns, seria relativo à "mulher assistindo à parturiente" ou "mulher que presta auxílio" 
Funções do sistema genital feminino: 
Produzir gametas - ovócito Secretar hormônios sexuais Receber os espermatozóides Fornecer 
locais para fertilização, implantação e desenvolvimento embrionário e fetal. Oferecer condições para o 
parto Prover nutrição do feto 
O Peritônio e a cavidade pélvica 
Os ovários, as tubas e o útero estão situados nesta cavidade, entre a bexiga que é anterior e o 
reto, que é posterior a eles. 
Após recobrir a face superior da bexiga, o peritônio parte do assoalho e paredes laterais da 
cavidade pélvica sobre o útero, formando o ligamento largo do útero. Após recobrir quase todo o útero, o 
peritônio reflete-se sobre o reto. O ligamento largo divide a cavidade pélvica em dois compartimentos, um 
anterior e outro posterior. No compartimento anterior existe um espaço, revestido por peritônio, delimitado 
anteriormente pela bexiga urinária e posteriormente pelo útero, chamado de escavação vesicouterina. Já 
no compartimento posterior o espaço, também revestido pelo peritônio, localizado entre o útero e o reto é 
chamado de escavação retouterina. 
O útero, pois, fica envolvido pelo ligamento largo, o mesmo acontecendo com as tubas uterinas, 
que ficam incluídas em sua borda superior. Já os ovários se prendem à face posterior do ligamento largo 
por uma prega denominada mesovário e desta forma se projetam na escavação retouterina. 
Ovários: 
São responsáveis pela produção dos gametas e hormônios femininos. Localizam-se lateralmente 
na cavidade pélvica, em depressões denominadas fossas ováricas. 
Apresenta na porção medial um hilo e a porção lateral fica voltada para tuba uterina. 
Estão fixados pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero e pelo ligamento 
uterovarico ao útero propriamente dito, porém, não são revestidos pelo peritônio. Antes da primeira 
ovulação o ovário é liso e rosado no vivente, mas depois se torna brancoacinzentado e rugoso devido às 
cicatrizes deixadas pelas subseqüentes ovulações. Na velhice, diminuem de tamanho. 
Tuba Uterina: 
Localizam-se na margem superior do ligamento largo do útero. Esta porção do ligamento envolve 
as tubas permitindo a passagem de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos e é chamada de mesosalpinge. 
As tubas uterinas tem como função a condução dos ovócitos. 
É um tubo de luz estreita que possui duas extremidades, uma medial e outra lateral. 
A extremidade medial apresenta uma abertura chamada de óstio uterino da tuba, que a comunica 
com a cavidade uterina enquanto a extremidade lateral possui o óstio abdominal da tuba comunicando-a 
com a cavidade peritoneal. O óstio abdominal da tuba permite a comunicação da cavidade uterina com 
meio exterior (através da tuba, cavidade uterina, vagina e pudendo). 
A tuba está subdividida em quatro partes, que indo do útero para o ovário, são: intramural ou 
uterina, istmo, ampola e infundíbulo. O infundíbulo tem forma de funil em cuja base se encontra o óstio 
abdominal da tuba e é dotado em suas margens de uma série de franjas irregulares – as fímbrias. 
Útero: 
É um órgão oco, cuja função é alojar o embrião/feto até que este complete seu desenvolvimento 
pré-natal. Está localizado na cavidade pélvica, póstero-superiormente à bexiga urinária e anterior ao reto. 
Sua posição é descrita como em anteversoflexão, formando um ângulo de aproximadamente 90º com a 
vagina. 
3 
 
Externamente, no útero, distinguem-se quatro regiões anatômicas: fundo, corpo, istmo e cérvix ou 
colo do útero. Internamente apresenta uma abertura mediana chamada de canal uterino que se abre para a 
vagina através do ostio uterino. 
O ligamento largo do, juntamente com o ligamento redondo, são os principais meios de fixação do 
útero. 
Vagina: 
As suas funções são: servir como órgão de cópula, canal do parto e via de excreção do fluxo 
menstrual. 
Está localizada entre a bexiga urinária, o reto e o canal anal. A cavidade da vagina possui um 
lúmen estreito, sendo que suas paredes ficam praticamente unidas. A vagina se comunica com o útero por 
meio do óstio uterino e com o meio externo por meio do óstio da vagina, que abre-se no vestíbulo da 
vagina. 
No seu interior há o hímen, prega com finalidade de proteção, que oblitera parcialmente o óstio da 
vagina, apresentando forma e tamanho variáveis. Quando rompido, restam fragmentos chamados 
carúnculas himenais. 
Os órgãos genitais externos em conjunto formam o pudendo feminino ou vulva. Vulva ou pudendo 
feminino: 
Monte do púbis - É uma elevação mediana, anterior à sínfise púbica e constituída principalmente 
de tecido adiposo. Apresenta pêlos espessos chamados de pêlos pubianos, que aparecem na puberdade e 
com distribuição característica. 
Lábios maiores do pudendo - São duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma 
fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade apresentam-se hiperpigmentadas e cobertos de pêlos 
somente nas suas faces externas, sendo suas faces internas lisas e desprovidas de pêlos. 
Lábios menores do pudendo - São duas pequenas pregas cutâneas, localizadas medialmente aos 
lábios maiores. É recoberto por pele lisa, úmida e vermelha. Ficam protegidos pelos lábios maiores, exceto 
nas crianças e na idade avançada, quando os lábios maiores apresentam menor quantidade de tecido 
adiposo diminuindo assim o seu volume. O espaço entre os lábios menores é o vestíbulo da vagina, onde 
estão localizados o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas 
vestibulares. 
Glândulas vestibulares maiores e menores - As maiores são em número de duas e as menores em 
número variável. Estão situadas profundamente no vestíbulo e possuem ductos que se abrem ao redor do 
ostio vaginal onde liberam um muco lubrificador. 
Estruturas eréteis: 
Clitóris – É o homólogo do pênis, ou mais exatamente, dos corpos cavernosos do pênis. Possui 
duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis chamadas de ramos do clitóris, que se juntam formando o 
corpo do clitóris, e este apresenta uma dilatação distal denominada glande do clitóris. Apenas a glande do 
clitóris é visível e esta ligada à excitabilidade sexual feminina. 
Bulbo do vestíbulo: É formado por duas massas pares de tecido erétil, alongadas e dispostas ao 
redor do óstio da vagina. Não são visíveis na superfície porque estão profundamente situados e recobertos. 
São os homólogos do bulbo do pênis e porção adjacente do corpo esponjoso. Quando cheios de sangue, 
dilatam-se e desta forma proporcionam maior contato entre o pênis e o orifício da vagina. 
Métodos Anticoncepcionais 
Qualquer outra definição para explicar o que são métodos anticoncepcionais não abrangeria sua 
verdadeira utilidade: eles servem para evitar uma gravidez. 
Não há como classificar o melhor método, pois o melhor é aquele que a mulher e seu parceiro 
confiam e também que não exista contra-indicações ao seu uso. 
Por isso é sempre bom saber quais são os métodos existentes e procurar se adequar a algum 
deles - sempre acompanhado de uma orientação médica. 
Existe cinco métodos: 
Comportamentais oude abstinência periódica: são aqueles que identificam o período fértil, para se 
ter relações nesse período. 
Tabelinha Método de Billings ou da ovulação 
Barreira: são aqueles que não deixam os espermatozóides subirem através do colo do útero. 
Camisinha Diafragma Espermicidas 
4 
 
Hormonais: são aqueles que possuem substâncias que produzem algumas alterações no aparelho 
genital da mulher. Sua atuação é principalmente a nível de ovário, trompas, endométrio e muco. 
Pílulas Injetáveis 
Intra-uterinos: colocação de um aparelho que fica dentro do útero. DIU 
Cirúrgicos: operações que são feitas tanto no homem quanto na mulher para interromper 
definitivamente a capacidade reprodutiva. 
Vasectomia Ligadura de Trompas 
Fisiologia materna durante a gravidez 
Útero: o aumento durante a gravidez envolve o estiramento e a acentuada hipertrofia das células 
musculares existentes. Há também aumento no tecido fibroso, no tecido elástico, nos vasos sangüíneos e 
nos vasos linfáticos. O colo do útero apresenta amolecimento e cianose pronunciados devido o aumento da 
vascularização, edema, hipertrofia e hiperplasia das glândulas cervicais. 
Ovários: cessa a ovulação durante a gravidez e a maturação dos folículos fica suspensa. Um 
corpo lúteo funciona produzindo principalmente a progesterona. 
Vagina: a vascularização aumenta, hiperemia e amolecimento do tecido conjuntivo na pele e 
músculos do períneo e da vulva. As secreções vaginais aumentam. 
Parede abdominal: a linha nigra pode forma-se de pigmentação escurecida que se estende da 
cicatriz umbilical, seguindo a linha média, até a sínfise pubiana. 
Mamas: a sensação dolorosa e o formigamento acorrem nas primeiras semanas de gestação. O 
colostro pode ser extraído a partir do segundo trimestre. 
Coração: o diafragma sofre elevação durante a gestação e o coração é deslocado para a esquerda 
e para cima. Sopros cardíacos são comuns e, geralmente, desaparecem após o parto. 
Circulação: o volume cardíaco aumenta em 40% a 50% desde o início da gravidez até seu 
término. 
Respiratório: ocorre aumento da freqüência respiratória. O diafragma é elevado durante a 
gestação em decorrência do aumento uterino. 
Urinário: com a proximidade do final da gestação a drenagem sangüínea na base da bexiga fica 
comprometida, provocando edema, suscetibilidade a traumas e à infecção. 
Gastrointestinal: as gengivas podem tornar-se hiperemiadas e amolecidas, podendo sangrar com 
facilidade. O estômago e o intestino são deslocados para cima e para o lado do útero aumentado. A pirose 
é comum, provocada pelo refluxo das secreções ácidas na parte inferior do esôfago. 
Tegumentar: placas de pigmentação marrom podem formar-se sobre a face, denominadas 
cloasma. 
A avaliação pré-natal deverá ser iniciada logo após a descoberta da gravidez.Nessa avaliação o 
médico irá realizar exames clínicos e laboratóriais para o acompanhamento do desenvolvimento fetal. A 
periodicidade das consultas será determinada pelo médico, mas geralmente é mensal, aumentando a 
freqüência nos últimos dois meses. 
Quando houver possibilidade de acompanhamento por parte da enfermagem essa deverá priorizar 
o aprendizado de cuidados que envolvam a gestante, puérpera e ao recémnascido. 
Itens a serem observados pela equipe de saúde: 
Idade da gestante: as adolescentes apresentam maior incidência de anemia, hipertensão induzida 
pela gravidez, trabalho de parto prematuro, bebês pequenos para a idade gestacional. As mulheres mais 
velhas têm maior incidência de hipertensão, gestação complicada por problemas clínicos e bebês com 
anomalias genéticas. 
Condições sócio-econômicas: principalmente gestantes adolescentes apresentam dificuldades 
econômicas para manutenção de cuidados durante e após a gestação. 
Uso de drogas: drogas lícitas e ilícitas comprometem o desenvolvimento fetal e podem levar a 
crises de abstinência nos recém-nascidos. 
História pessoal de anomalias genéticas, diabetes, doenças sexualmente transmissíveis, doenças 
cardíacas e doenças mentais. Uso contínuo de remédios. 
História familiar de anomalias genéticas, diabetes e doenças cardíacas. Atualização da imunização 
(vacinas). 
Exames laboratoriais: 
Urina: verificação de glicose, proteína e infecção. Tipagem sangüínea Hematócrito e hemoglobina 
Sorologia para toxoplasmose Sorologia para tuberculose Sorologia para HIV 
5 
 
HPV Sorologia para sífilis Sorologia para rubéola Demais exames que o médico jukgar necessário 
durante o pré-natal. 
Exames de imagem: Ultrassonografia para acompanhar o desenvolvimento fetal 
Durante as consultas de rotina: 
Avaliação dos sinais vitais Avaliação de ganho de peso Avaliação de aumento uterino Ausculta 
cardíaca fetal Avaliação geral 
Orientações de enfermagem 
Utilizar sapatos de salto baixo; Usar cintas para gestantes; Fazer períodos de repouso com as 
pernas elevadas (edema); Uso de sutiã adequado, Incentivar o consumo de refeições freqüentes e em 
pequenas quantidades; Ingestão de líquidos entre refeições e não junto com alimentos; Diminuir o uso da 
cafeína; Não utilização de bebidas alcóolicas, fumo e medicações sem prescrição médica; Ingerir em média 
dois litros de água por dia; Incentivar exercícios físicos moderados e com acompanhamento médico; 
Utilização de roupas confortáveis; 
Não dirigir após o 7º mês; Cuidado com traumas e quedas; Não utilizar tintura nos cabelos; 
Realizar consulta preventiva ao dentista; Orientar em relação ao enxoval do recém-nascido; Orientar a 
visitar o hospital antes do parto; Orientação quanto à amamentação; Orientação quanto à cuidados de 
higiene do recém-nascido; Orientação quanto à vacinação e consulta ao pediatra. 
 
 
 Parto 
O parto deverá ser decisão médica em relação as condições clínicas da gestante e do recém-
nascido. 
Poderá ser natural (normal) ou cirúrgico (cesárea). 
Quanto a classificação relacionada a idade gestacional pode ser: 
Prematuro: inferior a 37 semanas Termo: entre 37 e 40 semanas Pós-termo: acima de 41 
semanas 
Parto Normal 
O trabalho de parto inicia-se com as contrações que deverão ser duração e freqüência adequadas; 
Ocorre a dilatação do colo do útero (ideal 10cm); Ocorre o rompimento da bolsa amniótica; Se 
necessário será feita anestesia peridural; O feto encaixa-se na entrada da pelve; São realizadas manobras 
de rotação para facilitar a expulsão; Se necessário será feito a episiotomia; 
Após o nascimento o cordão umbilical deverá ser cortado e serão prestados cuidados ao recém-
nascido; 
Ocorre a expulsão da placenta e observação de suas estruturas; Em caso de episiotomia deverá 
ser feito a episiorrafia. 
rompimento de bolsa expulsão parto normal 
6 
 
 
 
Parto Cesárea 
Poderá ser programado ou realizado em casos de urgência; A parturiente será anestesiada (raqui 
ou peridural); O médico fará todo o preparo para a cirurgia; É feita a incisão abdominal até atingir o útero; A 
bolsa amniótica será rompida; A criança é retirada e deverá ser cortado o cordão umbilical; O recém-
nascido receberá os cuidados imediatos; A placenta é retirada e avaliada em relação a sua formação; Os 
tecidos da puérpera serão suturados; Realizar curativo compressivo sobre a incisão. 
Cuidados antes do parto: 
Manter a gestante em jejum; Administrar medicamentos prescritos; Acompanhar a evolução do 
trabalho de parto; Realizar tricotomia, se necessário; Realizar lavagem intestinal, se prescrita; Proporcionar 
ambiente confortável; Apoiar a parturiente psicologicamente; Encaminhar para a sala de parto. 
 
Identificar a parturiente com pulseira de identificação. 
Cuidados com o recém-nascido na sala de parto: 
Anotar o horário do nascimento; Ao nascer a criança deverá ser envolvida em campo cirúrgico 
estéril; 
O cordão umbilical deverá ser cortado mantendo-se aproximadamente o tamanho de 10cm; 
Colocar o clip umbilical; Realizar exame deapgar; Proceder aspiração de vias aéreas superiores; 
Prestar os cuidados necessários; Mostrar a criança para a mãe, permitindo que ela segure o recém-
nascido; Identificar a criança com pulseira contendo dados da mãe; Encaminhar a criança para o berçário. 
Puerpério 
O puerpério é o período pós-parto, sendo dividido em: 
Puerpério imediato: primeiras 24 horas; Puerpério mediato: de 25 horas até 72 horas; Puerpério 
tardio: de 73 horas até 40 dias. 
Esse período é caracterizado por algumas mudanças fisiológicas da parturiente: 
Involução uterina: o útero entra em um processo de regressão gradativo até voltar ao seu tamanho 
original. Nas primeiras 24 horas a redução deverá ser de 50%. Cabe ao profissional da enfermagem 
observar e anotar esse processo. 
Técnica: com a mão no abdome da puérpera, localizar o fundo do útero, que deverá estar próximo 
da cicatriz umbilical. 
7 
 
Loquiação: é a secreção que sai do útero após o parto, semelhante a uma menstruação, mas com 
odor e características diferentes. O volume de loquiação será maior nos primeiros dias, diminuindo ao 
passar do tempo até cessar em torno de 15 dias. A sua coloração também sofre alterações indo do 
vermelho até o esbranquiçado. 
Colostro: é a secreção liberada pela mama nos primeiros dias de amamentação. Tem coloração 
amarelada, consistência grossa e rico em gordura. É a alimentação ideal do recém-nascido nos primeiros 
dias. 
Leite materno: apresenta uma consistência mais fina, mais transparente. É o alimento ideal nos 
primeiros 6 meses. Possue todos os nutrientes necessários, propriedades imunológicas e água. Além de 
proporcionar momento de interação entre mãe e filho. 
Cuidados de Enfermagem 
Observar sinais de hemorragia Aferir sinais vitais com freqüência Observar coloração, odor e 
volume de loquiação Observar e anotar eliminação vesical Observar e anotar eliminação intestinal 
Estimular hidratação oral 
Observar, anotar e comunicar queixas álgicas Observar e anotar aspecto de cicatrização de 
incisão cirúrgica Avaliar regressão uterina Avaliar e anotar engurgitamento de mamas e condições dos 
mamilos Observar e anotar aceitação alimentar Auxiliar a paciente para deambular Auxiliar a paciente em 
cuidados de higiene Observar a presença de cólicas uterinas durante a amamentação (regressão uterina) 
Complicações Pós-parto 
Mastite aguda 
É uma inflamação da mama que ocorre, geralmente, no início da lactação. 
A estase do leite pode levar à obstrução, seguida de inflamação. 
Pode evoluir para infecção atravé da contaminação pelo manuseio da própria paciente, pelos 
profissionais que estão prestando assistência ou da própria criança. Sinais e sintomas: 
Hiperemia Calor, edema Dor local Secreção pelo mamilo, diferente do leite. 
Tratamento: 
Antibióticos em caso de infecção Pode ou não ser necessário interromper a amamentação 
Aplicação de calor local 
 
Extração manual do leite 
Cuidados de enfermagem 
Estimular a amamentação com esvaziamento completo da mama, antes de trocar de mama 
Orientar sobre a extração manual de leite e sua conservação Uso de sutiã com sustentação 
adequada Aplicação de calor Higiene nos mamilos antes de amamentar Administrar medicamento Observar 
hipertermia (sinal de infecção). 
mastite 
Infecção em incisão cirúrgica (abdominal ou perineal) 
É a infecção que ocorre após o parto, podendo ou não ser considerada como infecção hospitalar. 
Normalmente está associada à falta de cuidados de higiene, ou contaminação por profissionais 
que prestam assistência. Sinais e sintomas: 
Dor no local da incisão Edema e calor local Presença de secreção Hipertermia 
Tratamento: Medicamentoso 
Troca de curativo com maior freqüência 
8 
 
Cuidados de enfermagem: 
Observar sinais vitais (hipertermia) Trocar curativo conforme orientação do médico ou enfermeiro 
Administrar medicamento Auxiliar nos cuidados de higiene. 
Complicações Obstétricas 
Prenhez ectópica 
É qualquer gestação localizada fora da cavidade uterina. Pode ocorrer em tubas uterinas, abdome, 
ovário e outras localizações do útero. 
Fatores pré-disponentes: 
Aderência de tuba uterina Salpingite Anomalias congênitas Prenhez ectópica prévia Uso de DIU 
Abortos induzidos 
Sinais e sintomas: 
Dor abdominal Sangramento vaginal diferente de menstruação Náuseas, vômitos ou desmaio 
Tratamento: 
Cirúrgico através da retirada do concepto. 
Cuidados de enfermagem: 
Aferir sinais vitais Preparo pré-operatório Observar e anotar volume e aspecto de sangramento 
Observar, anotar e comunicar queixas álgicas Administração de medicamentos 
Aborto 
É ainterrupção da gravidez, de forma natural ou provocada, antes da obtenção da viabilidade fetal 
(20 semanas ou 500g). 
Causas: 
Normalmente desconhecida, mas 50% são originadas de anomalias cromossomiais. Estado 
nutricional da gestante deficitário Doença viral na gestante (rubéola, toxoplasmose, etc.) Uso de drogas 
lícitas e ilícitas Alteração de maturação de espermatozóide ou óvulo 
Sinais e sintomas: 
Dor abdominal em forma de cólica Dor lombar Sangramento vaginal 
Complicações: 
Hemorragia Infecção uterina Septicemia 
Cuidados de enfermagem: 
Aferir sinais vitais Avaliar o volume e coloração do sangramento Observar, no sangramento, 
presença de membranas ou restos fetais Preparo pré-operatório, se necessário Preparo para exames de 
imagem, se necessário. 
Patologias Ginecológicas Câncer de Mama 
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e, 
sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem 
pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência 
cresce rápida e progressivamente. 
Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em 
mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto 
nos países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as 
mulheres. De acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, o câncer de mama 
será o segundo mais incidente, com 48.930 casos. 
Sintomas: 
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não 
de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações 
ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila. 
Fatores de Risco: 
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou 
mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o 
câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres 
de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência 
com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia 
(instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade 
(não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama. 
9 
 
Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o 
câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais 
de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram 
anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. 
A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de 
risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos. 
Detecção Precoce 
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mamae a mamografia. 
O Exame Clínico das Mamas (ECM) 
Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) 
centímetro, se superficial. O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações 
técnicas do Consenso para Controle do Câncer de Mama. 
A sensibilidade do ECM varia de 57% a 83% em mulheres com idade entre 50 e 59 anos, e em 
torno de 71% nas que estão entre 40 e 49 anos. A especificidade varia de 8% a 96% em mulheres com 
idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre 40 e 49 anos. 
A Mamografia 
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz 
de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). 
É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é 
comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O 
desconforto provocado é discreto e suportável. 
Estudos sobre a efetividade da mamografia sempre utilizam o exame clínico como exame 
adicional, o que torna difícil distinguir a sensibilidade do método como estratégia isolada de rastreamento. 
A sensibilidade varia de 46% a 8% e depende de fatores tais como: tamanho e localização da 
lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas), qualidade 
dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 9% 
e é igualmente dependente da qualidade do exame. 
O Auto-Exame das Mamas 
As evidências científicas sugerem que o auto-exame das mamas não é eficiente para o 
rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, o auto-
exame das mamas traz consigo conseqüências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões 
benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo 
nos exames falsamente positivos. 
Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado 
por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. 
 
 
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 
10 
 
O câncer de colo de útero se inicia no colo uterino da mulher, que é a parte do útero que fica no 
fundo da vagina. O útero é o órgão que envolve o bebê durante a gravidez e ao nascer de parto vaginal, o 
bebê passa pelo canal central do colo uterino. 
Este tipo de câncer costuma apresentar crescimento lento. Durante vários anos, células da 
superfície do colo do útero se tornam anormais. No início, estas anormalidades ainda não se caracterizam 
como um câncer e são denominadas displasias. Porém algumas dessas alterações ou displasias podem 
dar início a uma série de alterações que podem levar ao aparecimento do câncer de colo de útero. 
Algumas displasias se curam espontaneamente, sem tratamento, mas sendo algumas pré-
cancerosas, todas necessitam de atenção para evitar o aparecimento do câncer. Geralmente o tecido 
displásico pode ser retirado ou destruído sem atingir tecidos saudáveis, mas em alguns casos, a 
histerectomia (retirada total do útero) pode ser necessária. A decisão do tratamento da displasia depende 
de alguns pontos: 
Tamanho da lesão e quais tipos de alterações ocorreram nas células Se a mulher planeja ter filhos 
no futuro. A idade da mulher A saúde geral da mulher A preferência pessoal da mulher e do seu médico 
Se células pré-cancerosas se transformam em células verdadeiramente tumorais e se espalham 
mais profundamente no colo uterino ou outros órgãos e tecidos, a doença é chamada de câncer de colo 
uterino ou cervical (vindo da palavra cérvix, outro sinônimo para colo de útero). 
O câncer cervical está dividido em dois tipos principais, baseados no tipo de célula do qual o 
câncer se originou: 
Carcinoma de células escamosas - representa de 85% a 90% de todos os casos 
Adenocarcinomas - cerca de 10% 
Mortalidade 
Ainda é a terceira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, com 3.300 óbitos estimados 
anualmente. Em São Paulo, perfaz 5,9% dos óbitos femininos por câncer; se forem somadas as mortes 
atribuídas a todos os cânceres do útero, chega-se a 1.233 óbitos (10,2% do total). 
Fatores de risco 
Os fatores de riscos aumentam as chances do aparecimento do câncer do colo de útero nas 
mulheres. Alguns destes fatores estão relacionados ao estilo de vida. 
O fator de risco mais importante é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV. O 
HPV é transmitido de uma pessoa a outra através de relação sexual. O risco de adquirir HPV está 
aumentada quando: 
Se inicia atividade sexual muito jovem A mulher tem muitos parceiros (ou tem relações com um 
homem que teve muitas parceiras) 
A mulher que tem relações sexuais com homem que apresente verrugas no pênis ou outra doença 
sexualmente transmissível também apresenta maiores chances de desenvolver câncer de colo uterino. 
A Infecção por HIV (o vírus da AIDS) também constitui um fator de risco. Uma mulher 
HIV positiva possui um sistema imunológico menos capaz de lutar para eliminar cânceres iniciais. 
Mulheres fumantes têm duas vezes mais chance de câncer de colo do que as nãofumantes. 
Outros fatores de risco estão relacionados á circunstâncias fora do controle da mulher: 
Mulheres com sistema imunológico suprimidos devido ao uso de corticóides sistêmicos, 
transplantes ou terapias para outros tumores ou AIDS. 
Mulheres de baixo nível sócio-econômico têm maiores riscos, provavelmente por não fazerem 
exames preventivos regulares. 
Meninas menores que 15 anos tem baixo risco deste tipo de tumor. O risco aumenta dos 20 aos 
35 anos. Acima de 40 anos as mulheres ainda têm riscos e devem continuar fazendo Papanicolau 
regularmente. 
Sinais de alerta 
A maioria das mulheres não apresenta qualquer sinal ou sintoma na fase de displasia ou no 
câncer de colo inicial. Os sintomas aparecem quando o câncer invade outros tecidos ou órgãos. 
Abaixo estão listados alguns sinais e sintomas possíveis de displasia ou câncer cervical: 
Pequenos sangramentos fora do período menstrual 
Menstruação mais longa e volumosa que o usual. 
Sangramento após relação sexual ou ducha vaginal ou exame vaginal. 
Dor durante a relação Sangramento após a menopausa Aumento de secreção vaginal 
Diagnóstico precoce 
11 
 
O exame ginecológico regular é o melhor método para o diagnóstico precoce. Toda mulher 
sexualmente ativa deve realizar os exames preventivos de acordo com o calendário estabelecido pelo seu 
médico (a cada 1 a 3 anos). 
Se o medico percebe alterações no colo de útero durante o exame ginecológico e no 
Papanicolaou, ele pode tratar como infecção e depois repetir mais uma vez o exame após o 
tratamento. 
Se o exame continuar alterado, uma colposcopia será feita para checar o colo uterino, procurando 
áreas suspeitas. O colposcópio é o instrumento que é inserido na vagina para o exame. Este exame não é 
doloroso e não apresenta qualquer efeito colateral. O colposcópio dá uma visão aumentada e iluminada 
dos tecidos da vagina e colo de útero. 
O próximo passo pode ser a realização de uma biópsia. A biópsia é um pequeno fragmento 
retirado de áreas suspeitas para exame microscópico. Se a lesão for pequena, o medico poderá tentar 
retirá-la totalmente durante a biópsia. 
Se a biópsia confirma câncer de colo uterino, o paciente pode ser encaminhado para um 
especialista para tratamento. O especialista poderá pedir e fazer exames adicionais para avaliar se o 
câncer está além do colo de útero. 
Tratamento 
Dentre os tratamentos mais comuns para o câncer de colo de útero estão a cirurgia e a 
radioterapia, mas a quimioterapia e a terapia biológica também são usadas em alguns casos. O tipo de 
tratamento que o doente receberá depende do estadio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais 
como idade de desejo de filhos no futuro.Sobrevivência 
A taxa média de sobrevida de um ano das pacientes com tumor de colo uterino é de 89%. A taxa 
de sobrevida em 5 anos é de 71% (dados americanos). 
A chance de sobrevida em 5 anos, em casos iniciais é de praticamente 100%. Para tumores 
localizados, essa taxa chega a 90%. Para o tumor já invasivo, vai de 10 até 50%, dependendo do grau de 
infiltração. 
 Patologias Ginecológicas 
Síndrome do ovário policístico 
Hoje, quase todas as mulheres são submetidas ao exame de ultra-som ginecológico em alguma 
fase da vida. Esse procedimento permitiu identificar vários cistos nos ovários em 20% a 30% delas. São os 
ovários policísticos. 
Na maior parte dos casos, porém, esses cistos não têm nenhuma importância fisiológica, não 
modificam nada no corpo da mulher. Entretanto, ao redor de 10% deles, os ovários policísticos estão 
associados a outros sintomas, principalmente a alterações menstruais, geralmente a longos intervalos, às 
vezes até de meses, entre dois ciclos menstruais. 
Os ovários policísticos podem estar associados, ainda, ao aparecimento de pêlos no corpo, de 
acne e da obesidade. É esse conjunto de manifestações que caracteriza a síndrome dos ovários 
policísticos. 
O ovário policístico é constituído por tecido normal, embora possua pequenos cistos, em geral ao 
redor de dez. 
Menopausa 
Menopausa é a parada de funcionamento dos ovários.Ou seja, os ovários deixam de produzir os 
hormônios estrógeno e progesterona. 
Não é uma doença, é apenas um estágio na vida da mulher. A principal característica da 
menopausa é a parada das menstruações. 
No entanto em muitas mulheres a menopausa se anuncia por irregularidades menstruais, 
menstruações mais escassas, hemorragias, menstruações mais ou menos freqüentes. 
Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os 45 e os 5 anos, 
no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema. 
Não há relação entre a primeira menstruação e a idade da menopausa nem tão pouco existe 
relação entre a idade familiar da menopausa e a da paciente. 
Sintomas da Menopausa 
Se bem que em algumas mulheres não sintam nada durante o período da menopausa, a maioria 
poderá sentir alguns sintomas: 
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Ondas de calor 
Suores noturnos 
Insônia 
Menor desejo sexual 
Irritabilidade Depressão 
Ressecamento vaginal Dor durante o ato sexual Diminuição da atenção e memória 
Causa dos sintomas 
O estrogênio é o hormônio básico da mulher. Sua produção começa na adolescência, quando é 
responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher, e vai até a menopausa. 
A falta de estrogênio causa as ondas de calor ou fogachos em aproximadamente 75 a 80 % das 
mulheres. 
O estrogênio também é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura. 
Sua falta causará a diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina, ou seja, na 
barriga. 
É a falta de estrogênio que causa a secura vaginal que acaba por afetar o desejo sexual pois 
transforma as relações em algo desagradável e doloroso. 
O estrogênio também é relacionado ao equilíbrio entre as gorduras no sangue, colesterol e hdl-
colesterol. Estudos mostram que as mulheres na menopausa têm uma chance muito maior de sofrerem 
ataques cardíacos ou doenças cardio-vasculares. 
Uma outra alteração importante na saúde da mulher pela falta de estrogênio é a irritabilidade e a 
depressão. O estrogênio está associado a sentimentos de alta estima e a falta dele pode causar depressão 
em graus variados. 
Por último o estrogênio é responsável pela fixação do cálcio nos ossos. Após a menopausa grande 
parte das mulheres passará a perder o cálcio dos ossos, doença chamada osteoporose, responsável por 
fraturas e por grande perda na qualidade de vida da mulher. Estudos recentes têm associado à falta de 
estrogênio ao Mal de Alzheimer, perda total da memória. 
Tratamento da Menopausa Terapia Hormonal 
Se o que falta na menopausa é o estrógeno nada mais lógico que a base do tratamento seja a 
reposição hormonal com o estrógeno. 
Em mulheres que ainda tem o útero é importante associar a progesterona para proteger contra o 
risco de câncer do endométrio. 
Mas o mais importante hoje é que o tratamento deve ser individualizado. Médico e paciente devem 
discutir todas as vantagens e riscos dos diversos tipos de terapia existentes e chegar a um consenso sobre 
o que fazer. 
Vantagens do tratamento 
Redução do Risco de Osteoporose. Redução dos Riscos de Doenças Cárdio-vasculares.# Melhora 
da Depressão. Melhora da Atividade Sexual. Melhora da Memória com possível prevenção da Doença de 
Alzheimer. 
Desvantagens 
Custo do Tratamento. Tratamento Prolongado. Volta da Menstruação em algumas mulheres. 
Agravamento da possibilidade de Câncer de Mama em mulheres suscetíveis. 
Infecção Urinária 
A mulher é mais susceptível a infecção urinária, por sua própria constituição anatômica (uretra 
mais curta). A proximidade da região vulvar e perineal,os hábitos de higiene, as relações sexuais, 
traumatismos da uretra,a gravidez, o climatério(devido ao hipoestrogenismo),a menopausa,o diabetes,os 
cálculos renais são fatores predisponentes. 
A incidência de infecção urinária é mais freqüente, na mulher na época de período reprodutivo 
(gravidez) Embora possa ocorrer desde a infância até a velhice. 
Como principal fator etiológico temos : E. coli que é o patógeno responsável por 80% das 
infecções urinárias. A ascensão das bactérias se faz por via ascendente, a partir da uretra, embora se cite 
as vias hematogênica e linfática. 
A gravidez é um período da vida da mulher, onde há diminuição da imunidade celular daí a maior 
incidência de infecções urinarias na grávida, devido a estase urinária associado com a atuação relaxante 
da progesterona.Estima-se que 15% das grávidas são susceptíveis a um quadro de infecção urinária. 
Repercussões: 
13 
 
Maior número de partos prematuros, abortamentos, infecção ovular. 
Quadro clínico apresentado pela paciente: 
Febre Disúria 
Ardência a micção. Polaciúria dor lombar, dor pélvica. 
Nos exames de laboratório será constatado: Na cultura de urina+ antibiograma: 100.0 col/ml 
Sumário de urina: presença de hematúria (excluir contaminação por sangue menstrual) . Infeccção urinária 
de repetição: 
Neste quadro a paciente apresenta 3 ou mais infecções urinárias, durante 12 meses. A reiinfecção 
é resultante de microrganismo na flora do períneo. 
Cuidados básicos para a mulher: 
Esvaziar a bexiga após o ato sexual. Higiene anal antero-posterior. Aumentar a ingestão hídrica. 
Não reter o ato miccional 
Investigação Clinica: 
A ultra-sonografia deve ser solicitada em casos de infecções urinárias recorrentes na gravidez 
para descartar, patologias renais. Fora do período gestacional outros exames devem ser solicitados: 
urografia excretora, cistografia, tomografia, ressonância etc. para investigação clínica 
Tratamento: 
Existe condutas para tratamento de 3 dias, 7 dias 10 dias , 4 semana ou mais,dependendo da 
gravidade da infecção .O seu médico é quem decidirá a conduta terapêutica e métodos de investigação. 
 
Miomas 
Miomas são os tumores benignos (não cancerosos) mais comuns do trato genital feminino. Eles 
também são conhecidos como fibromas, fibromiomas ou leiomiomas. Desenvolvem-se na parede muscular 
do útero. Embora nem sempre causem sintomas, seu tamanho e localização podem causar problemas em 
algumas mulheres, como por exemplo, sangramento ginecológico importante e dor em baixo ventre. 
As causas exatas do aparecimento dos miomas não são bem estabelecidas, mas os 
pesquisadores acreditam que haja tanto uma predisposição genética quanto uma maior sensibilidade à 
estimulação hormonal (principalmente estrogênio) nas mulheres que apresentam miomas. Algumas 
mulheres que podem ter esta predisposição desenvolvemfatores que permitem que estes cresçam sob a 
influência dos hormônios femininos. Isto explicaria porque certos grupos étnicos e familiares são mais 
propensos a ter miomas. 
Os miomas variam muito em tamanho. Em alguns casos eles podem causar um crescimento 
acentuado do útero, simulando uma gravidez de até 5 ou 6 meses. Na maioria dos casos os miomas são 
múltiplos. 
Os miomas podem se localizar em diversas partes do útero. Existem, basicamente, 4 tipos de 
mioma: 
1- Subserosos: aparecem e se desenvolvem abaixo da camada (serosa) externa do útero e se 
expandem através desta, dando ao útero uma aparência nodular. Tipicamente não afetam o fluxo 
menstrual, mas podem causar dores em baixo ventre, na região lombar e sensação de pressão no 
abdômen. Este mioma pode desenvolver uma haste ou pedículo, tornando-o difícil de distinguir de um 
tumor ovariano na ultra-sonografia. 
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2-Intramurais: desenvolvem-se na parede do útero e se expandem para dentro, aumentando o 
tamanho do útero. É o tipo mais comum de mioma. Podem causar sangramento menstrual intenso e dores 
no baixo ventre e na região lombar e/ou sensação de pressão generalizada em baixo ventre, de que muitas 
mulheres se queixam. 
3-Submucosos: estão justamente abaixo do revestimento interno do útero (endométrio). É o tipo 
menos comum de mioma, mas o que pode causar mais problemas. Mesmo um pequeno mioma submucoso 
pode causar sangramento ginecológico maciço. 
4-Pediculados: são os miomas que inicialmente crescem como subserosos e se destacam 
parcialmente do útero, ficando a ele ligado apenas por uma pequena porção de tecido chamado pedículo. 
Podem ser confundidos na ultra-sonografia com tumores ovarianos. 
Sintomas 
A maioria dos miomas não causam sintomas – apenas 10 à 20% das mulheres que têm miomas 
necessitarão de tratamento. Dependendo de sua localização,tamanho e quantidade, a mulher pode 
apresentar os seguintes sintomas: 
Períodos menstruais prolongados e com fluxo aumentado, sangramento fora de época, algumas 
vezes com coágulos, podendo levar à anemia. Este é o sintoma mais freqüentemente associado aos 
miomas. 
Aumento de intensidade das cólicas menstruais. 
Dor em baixo ventre, ou mais precisamente, sensação de pressão ou desconforto causado pelo 
tamanho e peso dos miomas que pressionam as estruturas adjacentes. 
Dor na região lombar, flanco ou pernas (os miomas podem pressionar os nervos que inervam o 
baixo ventre e as pernas). 
Dor durante o ato sexual. 
Pressão no sistema urinário, o que tipicamente resulta no aumento da freqüência da micção, 
principalmente à noite. 
Pressão no intestino grosso, levando à prisão de ventre e retenção de gases. 
Aumento do volume abdominal que pode ser mal interpretado como ganho progressivo de peso. 
Predisposição 
Miomas são tumores muito comuns. O número de mulheres que têm mioma aumenta com a idade 
até a menopausa, quando então eles regridem pela falta de estímulo hormonal. Aproximadamente 20% das 
mulheres entre a 2ª e 3ª décadas de vida apresentam miomas, 30% entre a 3ª e 4ª décadas, e 40% entre a 
4ª e 5ª décadas. De 20 à 40% das mulheres com 35 anos ou mais, têm miomas de tamanho significativo. 
Mulheres negras apresentam risco maior de desenvolver miomas: 50% delas podem ter miomas 
de tamanho significativo. Não se sabe ao certo o porque, embora pareça haver um fator genético 
desempenhando papel importante. 
Embora os miomas possam aparecer na mulher aos 20 anos, a maioria das mulheres não 
apresenta sintomas até os 30-40 anos. Os médicos não são capazes de prever se um mioma vai crescer 
ou causar sintomas. 
Os miomas podem crescer acentuadamente durante a gravidez, o que parece ser devido ao 
aumento dos níveis hormonais. Após a gestação, geralmente os miomas retornam ao seu tamanho 
anterior. 
Os miomas tipicamente melhoram após a menopausa quando os níveis hormonais caem bastante, 
embora isto nem sempre ocorra. 
Diagnóstico 
Geralmente os miomas são detectados primeiro durante um exame ginecológico, quando o médico 
percebe o aumento do tamanho do útero. 
A presença dos miomas é então confirmada por uma ultra-sonografia abdominal. Este é um exame 
indolor no qual o médico move um instrumento (transdutor) parecido com um "mouse" sobre a superfície 
abdominal. Ondas de som são transmitidas através da pele e permitem ao médico "ver" o tamanho, forma e 
textura do útero. Uma imagem é exibida numa tela de computador à medida que o médico realiza a 
ultrasonografia. Quando a intenção é apenas a realização da histerectomia (cirurgia de retirada do útero) 
em nosso serviço consideramos este exame suficiente. 
Para as pacientes que desejam preservar seus úteros e são candidatas a uma embolização, a 
uma miomectomia ou para saber se podemos apenas manter os miomas sob observação realizamos uma 
ressonância magnética de pelve, exame igualmente indolor e que fornece um diagnóstico mais preciso. 
15 
 
Finalmente, a vídeo-histeroscopia diagnóstica é uma excelente opção, principalmente para avaliar 
a presença de miomas submucosos. Um finíssimo tubo (3 m de diâmetro), ligado a uma microcâmera de 
televisão, é introduzido através da vagina e do colo uterino até o útero, permitindo ao médico visualizar seu 
interior e colher amostras de tecido para análise. Este procedimento é realizado pelo ginecologista e pode 
ser feito até mesmo no consultório sob anestesia local. 
Displasia Mamária 
O termo displasia mamária encerra uma grande variedade de condições clínicas e 
histopatológicas, cujas principais manifestações são a mastalgia e graus variados de espessamento do 
parênquima mamário. A classificação das doenças benignas da mama, onde se inclui a displasia mamária, 
tem sido objeto de numerosos estudos. Apresenta ampla sinonímia, como mastopatia fibrocística, 
mastopatia crônica cística, alterações fibrocísticas, mastopatia funcional. 
Diagnóstico: 
É baseado nos dados de anamnese, propedêutica física e subsidiária, quando esta se fizer 
necessária. É importante ressaltar que, na maioria dos casos, inspira-se apenas na sintomatologia 
característica e na propedêutica incruenta. Os métodos invasivos (punção, biópsia, exérese de nódulo ou 
setor) são indicados naqueles casos em que é imperioso o diagnóstico diferencial com o carcinoma. Dor, 
tumor e fluxo papilar constituem a tríade sintomática da mastopatia fibrocística. 
Devemos lembrar que após excluir doença maligna ou inflamatória o tratamento é puramente 
sintomático. Nesse sentido, a terapia mais importante é o esclarecimento para a paciente de que esta não 
é portadora de doença maligna ou que predisponha ao carcinoma. A terapêutica é baseada principalmente 
na orientação verbal e psicoterapia de apoio. Em casos selecionados pode-se indicar terapia 
medicamentosa com uso de progesterona, diurético, tamoxifeno, bromoergocriptina e danazol. A cirurgia é 
praticada em casos excepcionais. Em adição à vitamina E, mostrou aliviar os sintomas da displasia 
mamária na maioria das mulheres e causou a regressão em algumas. O mecanismo é desconhecido. 
Patologias Ginecológicas/ Laboratório 
Osteoporose 
A osteoporose é a diminuição da massa óssea. O osso é um tecido vivo que se renova com mais 
intensidade nas primeiras décadas da vida, sendo que, a partir dos 30 anos, o quadro se inverte e a 
absorção de osso passa a ser maior que a formação. As mulheres chegam a perder 50% de toda a sua 
massa óssea, enquanto os homens perdem cerca de 25%. A falta de atividade física ou a pouca ingestão 
de cálcio na infância e na adolescência aumentam a fragilidade do osso e o risco de desenvolver a doença. 
Um dos grandes problemas da osteoporose é que ela, por si só, não apresenta sintomas. A maior 
parte das pessoas descobre que tem a doença por causa das dores provocadas pelas fraturas, 
principalmente no fêmur, no punho e nas vértebras. Elas se tornam muito mais comunspor causa do 
enfraquecimento dos ossos. O diagnóstico pode ser feito através de exames laboratoriais e da 
densitometria óssea. 
Nas mulheres, em grande parte das vezes, o déficit de estrogênio que ocorre na menopausa é o 
principal responsável pelo aparecimento da doença. Em casos aparentemente sem explicação, pode haver 
uma predisposição genética, no caso da pessoa pertencer à raça branca ou asiática ou ter parentes 
próximos com osteoporose. Há casos, passíveis de reversão, nos quais o desenvolvimento da doença está 
relacionado com o estilo de vida, bebida, fumo, alimentação e prática de exercícios físicos. 
Algumas providências devem ser tomadas para prevenção da doença. No caso das mulheres, 
assim que chega a menopausa, o ideal é procurar o ginecologista para verificar se há necessidade de 
reposição hormonal, com estrogênio. Geralmente, a alimentação rica em cálcio, presente no leite e em 
seus derivados, também é importante. Além disso, uma providência que não se refere especificamente à 
prevenção da osteoporose, mas das fraturas, é evitar, a partir dos 50 ou 60 anos, ter em casa pisos 
escorregadios ou tapetes soltos. 
O tratamento difere de acordo com o tipo de osteoporose. No caso da pósmenopausa, ele é feito, 
como já foi citado, com reposição de estrogênio. Em outros tipos, o tratamento pode ser realizado com 
reposição de calcitonina, que é um outro hormônio, com alendronato de sódio, que é um estimulador da 
formação óssea, ou com cálcio. 
Quanto à atividade física, ela é importante como prevenção e como tratamento, principalmente os 
exercícios com carga, que são absolutamente essenciais para a saúde dos ossos. Durante a atividade 
física, com a contração da musculatura, ocorre deformação do osso. Quanto maior o estímulo, maior a 
deformação. O osso interpreta esta deformação como um estímulo à formação. Os ossos assim se 
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adaptam à sobrecarga mecânica. A intensidade da carga é mais importante na formação da massa óssea 
do que a duração do estímulo. 
Neonatologia 
A neonatologia (do latim: ne(o) - novo; nat(o) - nascimento; e logia - estudo) é o ramo da Pediatria 
que ocupa-se das crianças desde o nascimento até 28 dias de idade (quando as crianças deixam de ser 
nomeadas recém-nascidos e passam a ser lactentes). 
A neonatologia tem avançado muito nos últimos tempos, conseguindo menores índices de 
mortalidade e também de morbidade graças a maior compreensão das peculiaridades dos recém-nascidos, 
melhores equipamentos e medicamentos como o surfactante, além de abordagens como a nutrição 
parenteral. 
A equipe que cuida do recém-nascidos é multiprofissional, contando com a equipe de 
neonatologia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras. Também é necessária atenção com a 
família do recém-nascido, condições sociais etc. 
Algumas definições dentro da neonatologia: 
AIG: adequado para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está entre 
os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para 
esta determinação. 
Baixo Peso: recém-nascido com peso inferior a 2500 gramas 
D.U.M. : data da última menstruação. A partir daí será marcada a idade gestacional. 
GIG: grande para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está acima 
do percentil 90 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para esta 
determinação. 
Idade gestacional: idade em semanas e dias desde o início da última menstruação. 
Muito Baixo Peso: recém-nascido com peso inferior a 1500 gramas 
PIG: pequeno para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está abaixo 
do percentil 10 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para esta 
determinação. 
Pós-maturo ou Pós-termo: recém-nascido com 42 ou mais semanas de idade gestacional (10 
meses) 
Prematuro ou Pré-termo: recém-nascido com menos de 37 semanas de idade gestacional (36 
semanas e 6 dias ou menos - abaixo dos 9 meses). 
Recém-nascido: do nascimento até 28 dias de idade 
RN: recém-nascido 
Termo ou RN de termo: diz-se do recém-nascido cuja idade gestacional está entre 37 semanas e 
41 semanas e 6 dias. 
Principais doenças do recém-nascido 
Doenças do pulmão: doença da membrana hialina, taquipneia transitória do recém-nascido, 
pneumotórax, enfisema pulmonar intersticial, pneumomediastino, persistência da hipertensão pulmonar, 
hemorragia pulmonar, doença pulmonar crônica e apneia. 
Doenças do coração (cardiopatia congênita) 
Doenças do rim 
Doenças infecciosas e pegajosas (ou infectocontagiosas) 
Doenças metabólicas: hipoglicemia, hiperglicemia, hipocalcemia, hipercalcemia, 
hipermagnesemia, doença metabólica óssea da prematuridade, erros inatos do metabolismo 
Doenças genéticas 
Icterícia neonatal 
Malformação congênita 
 
Pediatria 
 
A pediatria (do grego παιδιατρική, composto de παιδός, "criança", e ἰατρός, "doutor", 
"aquele que cura")[1] é a especialidade médicadedicada à assistência à criança e 
ao adolescente (pelo menos até aos 13 anos), nos seus diversos aspetos, sejam eles preventivos 
17 
 
ou curativos. Pessoas como crianças e adolescentes se estiverem com doenças devem dirigir-se 
ao seu pediatra. 
Os aspectos preventivos envolvem ações como o aleitamento materno, imunizações 
(vacinas), prevenção de acidentes, além do acompanhamento e das orientações necessárias a um 
crescimento e desenvolvimento saudáveis (puericultura). Já os curativos correspondem aos 
diversos procedimentos e tratamentos das mais diversas doenças exclusivas ou não da criança e 
adolescente. 
O pediatra é o médico com formação dirigida exclusivamente para os cuidados da criança 
e do adolescente, com uma formação que compreende no mínimo dois anos de residência 
médica ou curso de especialização equivalente a pós-graduação, ambas garantindo ao 
profissional médico o registro como especialista nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). 
Para atuar em áreas especificas da pediatria é necessário além da formação inicial, 
treinamento e estudos em serviços especializados por um período que vai de um a três anos. 
 
História 
 
Após a metade final do século XIX houve necessidade de maior resolutividade médica, 
pois os índices de mortalidade infantil estavam muito altos, além disto ter uma especilalização 
agiria como inibidor da concorrência profissional. A partir disto surgiu a Pediatria como uma 
especialidade. 
Mas houve certas dificuldades para institucionalizar e reconhecer a especialidade, para 
tanto os argumentos que foram utilizados é de que para crianças deveria haver uma semiologia e 
uma terapêutica voltadas especificamente para crianças. 
Conforme a ampliação da especialização, os pediatras foram se unindo em sociedades 
que surgiram em locais como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul. 
A sociedade do Rio de Janeiro foi fundada em 1910 e possuía somente 67 sócios, mas 
era para os residentes no estado do Rio de Janeiro, somente em 1951 é que se nacionalizou a 
sociedade e passou a ser considerada Sociedade Brasileira de Pediatria. 
 
Pediatra na atualidade 
 
Estima-se que os pediatras ocupam 40% das suas atividades clinicas com prevenção.O 
pediatra, atualmente,depara-se com situações diversas nas consultas, tais como: 
Mães que trabalham o dia todo; 
Televisão e mídias como um todo; 
Grande exposição a conteúdos eróticos; 
Violência; 
Dificuldades financeiras. 
 
Pediatra no futuro 
 
Com a expectativa de vida podendo chegar até 100 anos o grande desafio do pediatra é a 
prevenção de doenças crônicas dos adultos e idosos, modificando hábitos nocivos à saúde 
futura,os quais se estabelecem nesta faixa etária, tais como obesidade,v diabetes, arteriosclerose,hipertensão arterial, pneumopatias, entre outras. Mostra-se também que no futuro segundo as 
situações recentes os pediatras terão que se formar em Psicologia, e Psiquiatria, pois, as 
prevençõesPsíquicas, dentre as crianças terão que ser elaboradas. 
 
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CICLO MENSTRUAL 
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O ciclo menstrual é o resultado dos eventos coordenados pelo eixo hipotalâmico-
hipofisário-ovariano através de mecanismos de retroalimentação e de sua natureza cíclica. Para o 
melhor entendimento do ciclo menstrual normal, podemos dividi-lo em três fases: Folicular, 
Ovulação e Lútea. O controle é feito com a participação das gonadotrofinas (FSH e LH), e dos 
hormônios esteroides ovarianos. Além disso, mais três peptídeos também participam da regulação 
do ciclo: a inibina, a ativina e a folistatina que regulam a ação e produção do FSH. Por último, há 
também fatores de crescimento, dos quais o mais importante é o IGF, responsável pela atenuação 
ou amplificação dos efeitos do LH e FSH. A partir do estímulo feito pela liberação pulsátil do 
GnRH, as células gonadotróficas da hipófise anterior produzem e secretam os Hormônios 
Luteinizante (LH) e Folículo Estimulante (FSH). Esses, por sua vez, sofrem influência direta dos 
esteroides ovarianos (estradiol e progesterona) e pela inibina que modulam a frequência e a 
amplitude do pulso das gonadotrofinas. 
 
FASE FOLICULAR 
 
A fase folicular inicia-se no primeiro dia da menstruação e dura até o pico do LH, 
apresentando uma duração média de 10 a 14 dias. Nesta fase um pool de folículos é selecionado 
para iniciar seu crescimento, sendo que apenas um deles irá completar seu desenvolvimento até 
atingir a ovulação. É dividida em três estágios. 
 
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL 
 
A diminuição nos níveis dos esteroides gonadais permite a elevação na secreção de FSH, 
por um mecanismo de feedback positivo na hipófise. O FSH, por sua vez, em níveis crescentes irá 
estimular o crescimento folicular até atingir o estágio antral. 
 
FOLÍCULO ANTRAL 
 
Na estrutura folicular pré-antral e antral, as células da teca apresentam os receptores de 
LH, enquanto as células da granulosa apresentam os receptores de FSH. Em tal situação, o LH 
estimula a produção de androgênio e o FSH induz a sua aromatização em estrogênio. O folículo 
com maior número de receptores de FSH irá se desenvolver e os demais entrarão em atresia. 
Essa ocorre pela diminuição nos níveis de FSH consequente ao aumento dos níveis de 
estrogênios (feed back negativo). Os altos níveis estrogênicos intrafolicular do folículo dominante 
levam a um aumento de receptores de FSH e LH nas células da granulosa. Esse fenômeno irá 
promover uma melhor resposta do folículo ao pico de LH, responsável pela ovulação. Além disso, 
o folículo dominante possui maior vascularização, o que possibilita atuação mais eficaz do FSH. 
 
FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO 
 
Nessa fase há um aumento na produção de estrogênio, que, em níveis elevados, 
determina a elevação e pico de LH. O aumento desse hormônio inicia a luteinização da granulosa, 
que começa a produzir progesterona em baixos níveis, além de, induzir o aumento na síntese de 
FSH para formação de mais receptores do próprio LH e aumentar a libido devido à maior produção 
de androgênios pelos folículos atresiados. O pico de LH induz a retomada da meiose do oócito, 
passando de prófase I para metáfase II. A ovulação ocorre aproximadamente 36 horas após o 
inicio da elevação do LH e 18 horas após o seu pico. 
 
 
 
20 
 
FASE DE OVULAÇÃO 
 
Há uma distensão do colágeno da parede do folículo devido à ação de enzimas 
proteolíticas, que, além disso, são responsáveis pela digestão no estigma folicular, o que culmina 
na ovulação. Os níveis de estradiol caem bastante quando o pico de LH se aproxima, devido aos 
feedbacks negativos promovidos tanto pela alta concentração de LH quanto de progesterona. Os 
níveis de FSH que sobem, devido ao estímulo da progesterona, ajudam a liberar o oócito das 
aderências foliculares, com a conversão de enzimas proteolíticas. Os altos níveis de FSH ainda 
garantem um bom número de receptores de LH no folículo, permitindo, assim, que a fase lútea 
seja adequada. 
 
 FASE LÚTEA 
 
As células da granulosa, nessa fase, apresentam-se aumentadas e amareladas devido ao 
pigmento luteína. A produção hormonal do corpo lúteo depende da boa quantidade de receptores 
para o LH, desenvolvidos nas fases anteriores, e do próprio LH. Quando o corpo lúteo apresenta 
sua maior vascularização, por volta do oitavo ou nono dia, há uma maior disponibilidade de 
colesterol, que servirá de substrato para a produção de progesterona e estrogênio, pelo próprio 
corpo lúteo. Os elevados níveis de estradiol, progesterona e inibina, presentes nessa fase, inibem 
a produção de FSH e LH por feedback negativo pois limitam a produção de GnRH hipotalâmico. 
Isso ocorre para que não haja uma nova maturação folicular durante o ciclo. Além disso, o 
estrogênio atua aumentando a quantidade de receptores para a progesterona no endométrio. 
Caso não ocorra a gravidez, com a diminuição fisiológica dos níveis de LH, a sustentação do 
corpo lúteo será interrompida, com consequente queda nos níveis de estrogênio e progesterona, 
seguida da descamação do endométrio. Irá ocorrer atrofia do corpo lúteo devido a ação da 
prostaglandina F2-α, produzido no ovário. O tempo decorrido entre a ovulação e a menstruação é 
de 14 dias. Caso se concretize a gravidez, o corpo lúteo recebe o estímulo da gonadotrofina 
coriônica humana (hCG), secretada pelas células do sincíciotrofoblasto, que age de forma 
semelhante ao LH, sustentando o corpo lúteo e impedindo a sua involução. Com a manutenção do 
corpo lúteo, persiste a secreção de strogênio e progesterona, que estimulam o endométrio a se 
tornar receptivo à implantação embrionária. O hCG sustenta a atividade do corpo lúteo, até que a 
placenta assuma a produção dos esteroides, em torno da 8a à 12a semana de gestação. 
 
PREPARO ENDOMETRIAL 
 
Para que ocorra a gravidez, é necessário que ocorra também a preparação do 
endométrio. Assim, o estrogênio e a progesterona têm papel fundamental no desenvolvimento 
vascular, formação glandular e a manutenção dessas alterações. O endométrio, influenciado por 
esses hormônios, passa por duas fases: a proliferativa e a secretora. Fase Proliferativa Ao iniciar 
um novo ciclo, com o primeiro dia do sangramento vaginal, o endométrio começa a se preparar 
novamente para receber um possível embrião. Sob a influência estrogênica o endométrio, que no 
início do ciclo tem suas glândulas curtas e estreitas e estroma compacto e com pouca atividade 
mitótica, passa a apresentar suas glândulas proliferativas, assumindo um espessamento com 
aspecto denso, no período pré ovulatório. Fase Secretora Depois da ovulação, o endométrio 
passa a ser estimulado, também pela progesterona produzida pelo corpo lúteo. As glândulas 
tornam-se espiraladas e secretoras, com, uma secreção de glicogênio em seu lúmen, e aumenta a 
vascularização e edema. Caso a gravidez se efetue, o endométrio desenvolvido se mantem. Se, 
no entanto, a gravidez não acontecer, o corpo lúteo não mais sustentado pelo LH interrompe a 
produção de progesterona, levando à descamação do endométrio. 
 
21 
 
Transtorno do Ciclo Menstrual 
Irregularidades nos ciclos menstruais como a ausência de menstruação ou o sangramento 
uterino excessivo e fora de época são os distúrbios menstruais que mais afetam as mulheres na 
fase reprodutiva. O desequilíbrio na produção de hormônios estrogênios e de progesterona, 
especialmente deste último, está em geral por trás dessas irregularidades, embora elas possam 
ser consequência, em alguns casos, de problemas psíquicos ou do estresse físico. O excesso de 
exercícios, por exemplo, leva geralmente à suspensão das menstruações.A ausência de 
menstruação por um ou mais ciclos menstruais sem a ocorrência de gravidez, também chamada 
de amenorréia, pode ser primária ou secundária e tem origens diversas como veremos a seguir. O 
sangramento uterino excessivo, o segundo tipo mais comum de distúrbio menstrual, ocorre na 
maioria dos casos como resultado da anovulação (falta de ovulação) ou em função do 
desenvolvimento de pólipos e miomas. 
 
A produção dos hormônios sexuais que participam da reprodução humana começa no 
hipotálamo, região do cérebro que regula algumas funções importantes no organismo de homens 
e mulheres, entre elas a de fabricação das substâncias conhecidas pela sigla GnRH, um hormônio 
liberador de gonadotrofinas. O GnRH é a materia prima das substâncias gonadotrofínicas, 
estimulantes do ciclo reprodutivo humano. Elas são produzidas na glândula pituitária, a popular 
hipófise (alojada na base do cérebro) e transportam dois tipos de hormônios, o FSH ou hormônio 
foliculoestimulante e o LH ou hormônio luteinizante. Nos homens esses dois hormônios entram em 
ação ao mesmo tempo. O FSH estimula a produção de espermatozóides e o LH leva os testículos 
a fabricar a testosterona. Nas mulheres, o FSH e o LH atuam de forma alternada. O FSH entra em 
ação na primeira metade do ciclo, induzindo os ovários a produzir estradiol, o estrogênio que 
amadurece os óvulos guardados nos folículos. O LH participa da segunda metade do ciclo. Ele 
ajuda o óvulo a romper o folículo e finaliza o processo de ovulação que culmina com o transporte 
do óvula pelas trompas de Falópio até o útero. 
 
Idade da Menopausa 
 
Menopausa é o período fisiológico após a última menstruação espontânea da mulher. 
Nesse espaço de tempo estão sendo encerrados os ciclos menstruais e ovulatórios. O início da 
menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo menstrual, uma vez que, 
durante esse intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente, menstruar. 
Esse tempo de transição que antecede a menopausa é chamado de climatério. Ele 
representa a passagem da fase reprodutiva da mulher para a não reprodutiva. O organismo deixa 
de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona. 
22 
 
A menopausa é mais um estágio na vida da mulher. Nesse período ocorrem 
transformações no organismo feminino, que aumentam a possibilidade de aparecimento e 
agravamento de doenças. 
Não há uma idade exata para a menopausa: ela varia de mulher para mulher. Em média, 
ocorre entre os 45 e 55 anos. Pode acontecer antes dessa fase, de forma espontânea ou cirúrgica 
– a chamada menopausa precoce. A menopausa cirúrgica ocorre após a retirada dos ovários ou 
do útero. Quando aparece após os 55 anos, é intitulada menopausa tardia. 
 
SINTOMAS 
 
Apesar de não haver uma data pré-estabelecida para o início do climatério (período de 
transição para a menopausa), algumas mudanças no corpo feminino indicam a chegada da 
menopausa. A intensidade ou a duração do fluxo menstrual modifica-se, tende a ficar mais 
espaçada, até parar. 
Durante o climatério, é comum as mulheres sentirem outros sintomas físicos e 
comportamentais. Os principais sintomas da menopausa são: 
Ausência da menstruação; 
Ressecamento vaginal (secura); 
Ondas de calor; 
Suores noturnos; 
Insônia; 
Diminuição no desejo sexual; 
Diminuição da atenção e memória; 
Perda de massa óssea (osteoporose); 
Aumento do risco cardiovascular; 
Alterações na distribuição da gordura corporal; 
Depressão. 
Nessa fase, é ideal que a mulher faça consulta regulares com outros profissionais além do 
ginecologista habitual, especialmente com o cardiologista e, se necessário, o psicólogo. Devido à 
redução do metabolismo ocasionado pela idade, pode haver ganho de peso, aumento do nível do 
colesterol e, consequentemente, da Pressão Arterial. Para evitar esses sintomas, recomenda-se a 
visita ao cardiologista uma vez por ano, para que assim o profissional possa orientar exercícios 
físicos adequados. Em casos de baixa autoestima e depressão, o psicólogo é o profissional que 
dará o suporte necessário para a superação dessa fase repleta de desafios. 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
Não há uma data certa para a menopausa ocorrer, no entanto há um indicativo para saber 
se a mulher está no climatério. O principal sintoma é a escassez da menstruação. 
Ir regularmente ao médico é importante para confirmar se, de fato, a mulher entrou na 
menopausa. Em algumas mulheres, a menstruação vai se espaçando com um intervalo cada vez 
maior, até parar. Em outras, cessa de uma vez. “Só se saberá que é a última depois de um ano 
sem nenhum sangramento. Então se confirma que a mulher não pode mais ficar grávida”, declara 
o ginecologista e psicólogo Jorge José Serapião, professor do Instituto de Ginecologia da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
Se a mulher toma pílula, pondera ele, o diagnóstico é mais difícil. Serapião avisa que “a 
pílula cria um ciclo artificial. Em determinada idade, se surgirem contraindicações ao seu uso, 
pode haver a necessidade de troca por dispositivos intrauterino (DIU) ou algum método definitivo, 
como ligadura de trompas”, explica o ginecologista e psicólogo. 
23 
 
Alguns tipos de DIU com progesterona também dificultam o diagnóstico, porque 
suspendem artificialmente a menstruação. “Se a mulher quiser ter certeza de que está na 
menopausa, não existirá a necessidade de retirar o DIU. Podem ser realizadas as dosagens 
hormonais, como as do FSH e LH, na faixa próxima a dos 50 anos”, comenta Serapião. 
 
EXAMES 
 
Durante o climatério, a consulta com o ginecologista deve continuar regularmente. O 
ginecologista e psicólogo Jorge José Serapião, professor do Instituto de Ginecologia da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a visita ao médico e o exame clínico 
nessa nova etapa continuam sendo importantes. “De modo geral, as mulheres tendem a diminuir 
as visitas ao médico, mas o ideal seria que a frequência de uma vez ao ano não fosse alterada.” 
Para detectar o início da menopausa, o exame clínico, em certos casos, é mais preciso, 
assim como o exame manual das mamas em relação à mamografia. É também através dos relatos 
da mulher ao seu médico que é possível analisar as variações na concentração dos hormônios, 
como progesterona, estrogênio e FSH. 
De acordo com os eventuais sintomas, o médico poderá solicitar exames 
complementares. Caso suspeite de anemia, o especialista poderá solicitar um hemograma. Os 
exames mais solicitados são a mamografia, a ultrassonografia e o papanicolau. Para ajudar na 
detecção precoce de doenças, o ginecologista pode pedir ultrassom transvaginal e exames de 
sangue. 
 
TRATAMENTOS E CUIDADOS 
 
O método mais eficaz de tratar a menopausa é a terapia de reposição hormonal. Ela traz 
de volta ao organismo os hormônios estrogênio e progesterona, de modo a amenizar e/ou reverter 
os sintomas da menopausa, tais como ondas de calor, depressão, ressecamento vaginal, falta de 
libido, entre outros. 
O tratamento é realizado por meio de comprimidos, adesivos ou géis que repõem o 
estrogênio. Os medicamentos mais recomendados são comprimidos para consumo diário, que 
contêm progesterona e hormônio esteroide feminino para proteger o útero. 
Outro método utilizado é o uso da pílula anticoncepcional, no qual a mulher toma por três 
semanas e faz um intervalo de sete dias. A grande diferença entre a “pílula” e o comprimido de 
terapia hormonal é a concentração de hormônios, isso porque no tratamento hormonal é usado o 
estrogênio natural em doses mínimas, apenas o suficiente para que a mulher se sinta bem. Já a 
pílula possui estrogênio sintético e seu objetivo maior é evitar a gravidez. 
O tratamento hormonal pode ser realizado por meio de medicamentos com progesterona e 
hormônio esteroide, apenas com estrogênio, ou, em alguns casos, com hormônio masculino – atestosterona. Há também os tratamentos não hormonais que procuram amenizar os sintomas sem 
repor os hormônios em queda. Alguns desses tratamentos usam inibidores de receptação de 
serotonina, clonidina, cinarizina. Ainda há tratamento sem medicação, como acupuntura, 
relaxamento, etc. 
O tratamento para a menopausa varia de acordo com o perfil de cada paciente. É 
necessário primeiramente analisar as condições físicas, como a Pressão Arterial, para então 
escolher o tratamento adequado para cada mulher. Os primeiros resultados da reposição 
hormonal aparecem, geralmente, após um mês do início do tratamento. 
 
CONVIVENDO 
 
Dúvidas sobre a Menopausa 
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Com sintomas tão abrangentes, que vão de ondas de calor a depressão – não é à toa que 
tantos mitos envolvam o climatério –, a transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva tem 
como marco a última menstruação. Como esse período traz um quadro muito particular de 
sintomas e tratamentos para cada mulher, é natural que surjam várias dúvidas. Por isso, é 
importante consultar seu médico ginecologista, uma vez que somente ele poderá tirar todas as 
dúvidas sobre a terapia de reposição hormonal. Confira os mitos e verdades sobre essa 
importante etapa na vida de todas as mulheres: 
A reposição hormonal é obrigatória para todas as mulheres? 
Mito. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para mulheres que têm sintomas 
relacionados à falta de estrogênio, como ondas de calor, sudorese noturna, secura vaginal, insônia 
e etc. Outra vantagem do tratamento é a prevenção da osteoporose. Quanto à doença 
cardiovascular, a TRH não é mais usada para prevenção, a qual é feita com atividade física e 
controle dos fatores de risco. Segundo o ginecologista Marcel da Associação de Obstetrícia e 
Ginecologia de São Paulo (Sogesp), algumas mulheres não sentem nenhuma alteração em seu 
bem-estar e, por isso, não precisam de terapia hormonal. Há mulheres que sentem um único 
sintoma e que pode ter tratamento específico. 
Em alguns casos, a reposição é contraindicada, como histórico ou tendência de câncer de 
mama e trombose . O estrogênio reposto pela terapia hormonal pode aumentar o risco dessas 
doenças se desenvolverem. A influência, porém, é pequena, diz Steiner. “Um estudo mostra que, 
entre as mulheres que não fazem terapia hormonal, a ocorrência de câncer de mama anual é de 
30 casos por grupo de 10 mil pessoas. Nas mulheres que fizeram terapia hormonal, o número 
sobe para 38.”, afirma o especialista. 
A terapia de reposição hormonal estimula o bem estar, deixando a pele e o cabelo mais 
bonitos? 
Verdade. A reposição hormonal melhora a elasticidade da pele e da mucosa. Além disso, 
o cabelo tende a ficar mais bonito e volumoso. Em geral, são mudanças sutis, embora perceptíveis 
pela própria paciente. 
O tratamento de reposição hormonal facilita o ganho de peso? 
Mito. Dependendo do tipo de terapia hormonal, pode haver ganho de peso por conta do 
inchaço. No entanto, não ocorre o ganho calórico. Há dois fatores que influenciam os quilinhos a 
mais nessa fase: a queda do estrogênio (parcialmente compensada pela reposição hormonal) e, 
sobretudo, o envelhecimento, que reduz o ritmo do metabolismo. Segundo especialistas, a falta de 
estrogênio aumenta o risco de acúmulo de gordura na barriga, como o que acontece nos homens. 
Isso aumenta o risco de diabetes, colesterol e doenças cardiovasculares. 
O tratamento de reposição hormonal pode provocar doenças cardiovasculares? 
Depende. Se a mulher faz o tratamento quando está entrando no climatério, ele ajuda a 
diminuir a incidência de doenças cardiovasculares. Se já se passaram cinco ou sete anos da 
última menstruação e o tratamento é feito, o risco aumenta. 
O estrogênio é um hormônio que ajuda a evitar doenças cardiovasculares – por isso o 
homem que não tem essa substância sofre mais infarto e acidente vascular cerebral (AVC, 
também chamado de derrame). Quando a mulher entra no climatério, sua produção de estrogênio 
diminui gradualmente, até parar por completo, o que tende a intensificar o depósito de gordura em 
veias e artérias. Após alguns anos, ela já sofre os efeitos de não ter esse hormônio. Se, depois 
disso, você der estrogênio para essa mulher, ele vai trazer problemas para o vaso, cuja placa de 
aterosclerose pode evoluir para ruptura e trombose, e, dependendo do órgão acometido, causar 
infarto do miocárdio ou derrame. 
Não por acaso, a principal causa de morte da mulher na pós-menopausa são as doenças 
cardiovasculares. Se ela não faz terapia hormonal, tem que se exercitar e manter uma dieta 
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equilibrada para que o coração se mantenha saudável. Além disso, também é feita a terapia 
hormonal. 
O tratamento reverte sintomas do climatério, como falta de libido e secura vaginal? 
Verdade. A terapia hormonal é o mais eficaz dos tratamentos. É também amplo: melhora a 
pele, protege os ossos e o coração, além de diminuir a secura vaginal. 
Podem ocorrer sangramentos durante o tratamento? 
Verdade. Pode ser um efeito colateral do remédio, às vezes porque não se acertou a 
dose. É muito mais um problema com o medicamento do que com a paciente em si. Este tipo de 
tratamento costuma melhorar com o tempo de uso do medicamento. 
Há diferentes tipos de tratamentos. Quando a paciente tem útero, usam-se estrogênio e 
progesterona (esta protege contra câncer de endométrio). Para as mulheres que não têm útero, 
utiliza-se somente o estrogênio. Neste tipo de tratamento, os riscos de câncer de mama são quase 
nulos. 
Existe relação entre a idade em que a mulher tem a primeira menstruação (menarca) e a 
última (menopausa)? Se ela teve a primeira menstruação cedo, com 11 anos, a última delas vai 
ser cedo também, com 40 anos? 
Mito. A única relação é com a carga genética. O período em que a paciente vai entrar na 
menopausa é parecido com o que a mãe passou. 
A mulher que tomou pílula anticoncepcional por muito tempo vai demorar a entrar na 
menopausa? 
Mito. O anticoncepcional não influencia na data de início do climatério. 
 
Busca da Qualidade de Vida Sexual na Maturidade 
 
A Menopausa é a parada completa da menstruação. O Climatério é o período que 
compreende desde as modificações fisiológicas, que vão ocorrendo com a diminuição de 
produção hormonal por parte dos ovários, até culminar na menopausa. 
O processo de envelhecer ocorre desde que nascemos, mas há maior preocupação com a 
idade quando nossas funções vitais vão sendo perdidas. A perda da capacidade reprodutiva nas 
mulheres é acompanhada por uma série de sintomas físicos ou emocionais. Fogachos (os 
calorões), suor excessivo, cefaléia, pele seca, entre outros, são comuns. Mas, no que tange à vida 
sexual, algumas modificações são mais condicionantes. 
Com a chegada da menopausa o desejo sexual pode diminuir. Algumas mulheres que se 
sentiram obrigadas a manter relações sexuais por toda uma vida, justificam a perda da função 
sexual com o fim da menstruação. Usam a menopausa como escudo para não precisarem mais 
"servir" seus parceiros sem obtenção alguma de prazer. 
Já outras mulheres experimentam uma melhora da vida sexual e de seu desejo com a 
parada do ciclo menstrual, pois não precisam mais temer a gravidez indesejada e geralmente não 
têm mais filhos pequenos que atrapalhem o sono ou que ocupem muito sua atenção ao longo do 
dia. Logo, é uma questão na qual o peso cultural tem grande influência. 
Com a perda da produção de alguns hormônios na menopausa, a mulher fica com menos 
lubrificação vaginal, devendo ter maior cuidado durante o ato sexual. Quando a vagina fica seca, o 
atrito do pênis pode machucá-la, como também ao seu parceiro, além de poder provocar algumas 
infecções (vulvovaginites). O uso de cremes lubrificantes é aconselhável, bem como a 
possibilidade de reposição hormonal. Um outro fenômeno que ocorre é a perda da gordura