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Nulidade e anulabilidade do Casamento

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DIREITO CIVIL – FAMÍLIA
ALUNO – JONATAS J. PULQUÉRIO
PROF. CELSO BARINI NETO
ATIVIDADE AVALIATIVA 01
OS EFEITOS DO CASAMENTO NAS HIPÓTESES DE NULIDADE E ANULABILIDADE
Como primordial, se faz estritamente necessário, para tratar dos efeitos de um casamento sob o qual se recaiu os institutos de nulidade e anulabilidade, conceituar o que são esses institutos presentes no Código Civil e como eles ocorrem.
De tal modo, caracteriza-se como ato nulo aquele praticado com ofensas a legislação, apesar de reunir os elementos para a sua existência, neste caso necessita de decisão judicial para cessar a sua eficácia e produz efeitos.
Por outro óbice, a definição de ato anulável é aquele que apresentam defeitos sanáveis, consoante a definição do doutrinador Clóvis Beviláqua, “a negócios que se acham inquinados de vícios capaz de lhes determinar a ineficácia, mas que poderá ser eliminado, restabelecendo-se sua normalidade”. Nesta situação os seus efeitos são ex nunc, isto é, mesmo sendo anulado produz efeitos até a data de declaração de anulação, e é passível de ratificação.
No que tange ao assunto de casamento, os efeitos de quando um casamento vem a ser declarado nulo, é que o ato se torna sem validade desde a data de sua celebração, tendo, portanto, o efeito  retroativo, não produzindo os efeitos civis do matrimônio perante os contraentes, salvo nos casos de boa-fé dos nubentes. E a nulidade, por ser de ordem pública, poderá ser arguida a qualquer tempo e por qualquer interessado.
Ambientando ao relacionamento jurídico, o Código Civil determina que o casamento é nulo quando é realizado em infringência de impedimento, casos previstos no art. 1.521 do aludido código, em seu rol taxativo, in verbis:
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
	Ao se tratar da possibilidade de anulabilidade do casamento, o Código Civil também elenca as possibilidades plausíveis de anulação de casamento, estando elas presentes no art. 1.550, como se vê:
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
O artigo 1.551, estabelece que não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
Outro artigo que merece a nossa atenção é o 1.552 onde afirma que:
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor;
II - por seus representantes legais;
III - por seus ascendentes.
É importante ressaltar que diferente das hipóteses do casamento nulo, os anuláveis dependem de prazo para a sua anulação, conforme se depreende do Art. 1.555:
Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários.
§ 1 o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do incapaz.
Outro ponto importante que vale a pena frizar é que a ação cabível para anulação é a ação declaratória de nulidade e somente interessados poderão requerer a referida ação, ressalvando que, em casos de erro ou coação, somente o cônjuge pode demandar a anulação do casamento, conforme previsto no Art. 1.559 do CC.
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