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Administração em Unidades de Alimentação e Nutrição Aula 07: Planejamento de cardápios e PAT Profa. M.Sc Cremilda Amaral Roso de Oliveira E-mail: cremilda.oliveira@estacio.br Funções dos alimentos Veículos de nutrientes Papel psicofísico – o cardápio deve explorar estímulos sensoriais ao máximo para proporcionar a satisfação da refeição Estímulo emocionalEstímulo emocional Atender estímulos de fome e saciedade Agregador social Cardápio Lista de preparações culinárias que compõem uma refeição ou que compõem todas as refeições de 1 dia ou período determinado. É a partir do cardápio que todo o processo produtivo se inicia. Baseado no cardápio é possível: Relacionar os ingredientes a serem adquiridos;Relacionar os ingredientes a serem adquiridos; Selecionar os fornecedores dos insumos; Organizar as compras; Proceder ao pré-preparo e preparo das refeições. O NUTRICIONISTA é o profissional capacitado para planejar, elaborar e avaliar os cardápios, adequando-os ao perfil epidemiológico da clientela atendida, respeitando os hábitos alimentares. (CFN, 2005) Cardápio A partir do planejamento de cardápio podemos dimensionar: Os recursos humanos e materiais, O controle de custos, O planejamento de compras, A fixação dos níveis de estoque, A fixação dos níveis de estoque, A determinação dos padrões a serem utilizados na confecção das receitas, A pesquisa e análise das preferências alimentares do cliente Importância do planejamento do cardápio Satisfação da clientela Controle de custosControle de custos Marketing Instrumento de educação alimentar. SILVA et. al.(2004) e ABREU (2011) A quem se destina o serviço UAN: clientes com dependência total, como nos hospitais, nas creches ou em locais de trabalho de difícil acesso. Índivíduos saudáveis (com demandas de uma alimentação melhor para se obter saúde e bem-estar físico) Em condições fisiológicas especiais (durante os períodos de intenso crescimento e desenvolvimento) Enfermos (cuja doença demanda modificações na composição e/ou consistência da alimentação) Trabalho extenuante demandam aumento das necessidades de energia e nutrientes. Cardápio – aspectos a se considerar ■ Quanto ao cliente: tipo de atividade, níveis socioeconômico e cultural, hábitos alimentares, religião, região ou origem da clientela, estado nutricional e fisiológico, idade, gênero, necessidades básicas, número de comensais atendidos e expectativas de consumode comensais atendidos e expectativas de consumo ■ Quanto à escolha dos alimentos: disponibilidade dos alimentos, verba disponível, safra dos alimentos escolhidos, mercado fornecedor, aceitação por parte dos clientes, hábitos, combinação e monotonia dos ingredientes, alternância e balanço de nutrientes Cardápio – aspectos a se considerar ■ Quanto às preparações: disponibilidade de mão de obra, considerando turnos e habilidades, equipamentos, utensílios, área física, número de refeições, horário da distribuição, número de filas para distribuição das refeições, textura, cor, sabor, forma, consistência, temperatura, nível de saciedade da preparação e técnica de preparo ■ Quanto ao gerenciamento da UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição): planejamento antecipado e cíclico, custos e metas a serem atingidas, inventário físico da despensa, sazonalidade versus necessidade, reavaliação periódica dos cardápios elaborados, criação e teste de novas preparações, tipos e avaliação dos fornecedores, nível de sofisticação e de categorias dos clientes, supervisão do cumprimento das atividades programadas, treinamento da mão de obra e receituário-padrão. Cardápio – aspectos a se considerar – Preparações de menus equilibrados em nutrientes – Redução da quantidade de lipídios – Quantificação das calorias – Composição dos minerais e vitaminas– Composição dos minerais e vitaminas – Compensação entre hidratos de carbono, proteínas e gorduras – Incorporação de cereais e fibras alimentares – Redução de produtos com custo elevado e de difícil processo de elaboração – Definição das porções distribuídas Cardápio – aspectos a se considerar – Jovens e estudantes : simples, acessível, farto e barato -Jovem executivo: cardápio elaborado e rápido - Mulheres: colorido e variedade - Clima e estação do ano Modalidade de serviço Auto-gestão:serviço próprio. A Empresa assume a Terceirização: O serviço de cardápio e fechado por uma Empresa terceirizada. assume a responsabilidade pela elaboração do cardápio. Empresa terceirizada. Deve ser registrada no PAT. Classificação dos Cardápios Quanto ao período que será coberto pelo planejamento De curtíssimo prazo: 5 a 15 dias. Ex. self-service (obs: pode não haver tempo para pesquisa de mercado = piores preços). De curto prazo: máximo 1 mês. Ex. UAN Institucional De médio prazo: trimestre ou semestre. Ex. UAN pública. Facilita licitações. De longo prazo: mínimo 1 semestre. Ex. UAN pública. Bastante genérico. Passa por muitas modificações. (obs: pode provocar monotonia alimentar) Apresentação escrita 1. Cardápio trivial, básico ou tipo C (pouca variedade e preço acessível) São cardápios simples que apresentam geralmente: •Uma ou duas saladas Classificação dos Cardápios Quanto à estrutura e custo •Uma ou duas saladas •Um prato principal •Uma guarnição •Dois acompanhamentos (arroz e feijão) •Uma sobremesa •Uma bebida As preparações que compõem o cardápio trivial devem ser de fácil preparo e com ingredientes básicos (cenoura, alface crespa, carne moída, bife, frango, arroz, feijão). 2. Cardápio médio, intermediário ou tipo B (custo intermediário) São cardápios mais elaborados que apresentam geralmente: •No mínimo duas saladas •No mínimo dois pratos principais •No mínimo duas guarnições Classificação dos Cardápios Quanto à estrutura e custo •No mínimo duas guarnições •Dois acompanhamentos •Duas sobremesas •Duas bebidas As preparações que compõem o cardápio médio devem ser de médio preparo e com ingredientes básicos e alguns ingredientes mais sofisticados. 3. Cardápio formal ou superior ou tipo A: apresenta requinte no modo de preparo, na apresentação e distribuição dos alimentos. O custo é elevado. O cliente dispõe de maior variedade de preparações (elaboradas e sofisticadas), combinando com a alta gastronomia Estratégias de giro CÍCLICA Os cardápios são elaborados por tempo determinado e depois se repetem da mesma forma, ou seja , as mesmas preparações. Cardápio para 4 semanas Vantagens: necessita de menos treinamento prático; maior controle de produção; reavaliação constante do numero de funcionários e ligeira redução desta mão de obra. Desvantagem: é que há o tédio da clientela. Estratégias de giro ROTATIVA: Os cardápios são elaborados por um tempo que pode ser determinado ou indeterminado. Troca de todas as preparações. 6 meses ou mais 6 meses ou mais Manutenção de preparações características do local. Vantagens: maior espaço de criação; menos tédio da clientela, mudanças sazonais. Desvantagens: mão -de-obra mais especializada que conduza a criação de novas preparações; maior custo por causa da mão -de-obra; aumento de sobras de gêneros semiperecíveis (arroz, feijão, farinha) no momento das trocas. Estratégias de giro FIXA: Os cardápios são fixos e não trocam por longo período de tempo. Os restaurantes tradicionais e mais antigos normalmente apresentam as mesmas preparações há anos. Às vezes são introduzidas novas opções, mas a estrutura de base permanece a mesma.estrutura de base permanece a mesma. Restaurantes a la carte Recomendações de Pedro Escudero; Guia Alimentar; Método AQPC (Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio). PAT e PNAE Recomendações para elaboração de cardápios Quantidade: todo organismo necessita de alimento em uma determinada quantidade para atender às suas necessidades energéticas. Qualidade: os alimentos oferecidos devem conter os nutrientes essenciais ao funcionamento do organismona quantidade necessária Leis Pedro Escudero essenciais ao funcionamento do organismo na quantidade necessária Harmonia: a dieta deve ser suficiente não apenas em calorias e nutrientes como também deve manter uma relação de proporcionalidade entre eles. Adequação: os alimentos devem ser oferecidos segundo as necessidades nutricionais do indivíduo, condições sociais, econômicas e culturais. FAZER DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS A BASE DA ALIMENTAÇÃO: Incluem muitas variedades de grãos, tubérculos e raízes (incluindo farinhas e massas feitas com essas farinhas e água), legumes e verduras, frutas, frutas secas, sementes oleaginosas, leite, ovos, peixes, carnes, água, chá e café. Guia Alimentar da População Brasileira UTILIZAR ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR EM PEQUENAS QUANTIDADES AO TEMPERAR E COZINHAR ALIMENTOS E CRIAR PREPARAÇÕES CULINÁRIAS: Produtos alimentícios usados para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. LIMITAR O USO DE ALIMENTOS PROCESSADOS, CONSUMINDO-OS, EM PEQUENAS QUANTIDADES, COMO INGREDIENTES DE PREPARAÇÕES CULINÁRIAS OU COMO PARTE DE REFEIÇÕES BASEADAS EM ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS Incluem alimentos em conserva; frutas em calda; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum enlatados; queijos e pães feitos de farina de trigo, leveduras água e sal. EVITAR ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS Incluem biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes, macarrão instantâneo, iogurtes açucarados e aromatizados, guloseimas, bolos e misturas para bolos, cereais matinais açucarados, barras de cereais, produtos congelados prontos, embutidos, produtos de panificação cujos ingredientes incluem substâncias como gordura hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificante e outros aditivos. Fatores que interferem na elaboração de um cardápio 1- CUSTO: Geralmente as instituições possuem um orçamento que deve ser respeitado. •Para isso deve-se procurar: Utilizar produtos de boa qualidade que, pelo rendimento, resulte em menor custo (CUSTO REAL X APARENTE); Intercalar cardápios caros e baratos, equilibrando as despesas; Utilizar os produtos em sua safra quando estão melhores e são mais nutritivos e mais baratos Fatores que interferem na elaboração de um cardápio 2- ACEITAÇÃO: Considerar a preferência da maioria dos usuários para evitar desperdícios e descontentamento pela não aceitação dos cardápios . Um cardápio barato pode sair caro, quando se considera o não Um cardápio barato pode sair caro, quando se considera o não aproveitamento da refeição e o descontentamento dos clientes. 3- FREQUÊNCIA DAS PREPARAÇÕES: Em função da aceitação, determinar a periodicidade em que cada prato deve retornar aos cardápios, evitando a monotonia. 4- CRIATIVIDADE: Deve-se ter criatividade a fim se elaborar cardápios bastante variados, para que: Um prato barato, mas pouco aceito, possa retornar, com outra maneira de apresentação; Fatores que interferem na elaboração de um cardápio de apresentação; Pratos muito bem aceitos não retornem ao cardápio com muita frequência para evitar a monotonia; Haja sempre pratos novos, quebrando a rotina do dia a dia. Obs: Um modo de variar os cardápios é utilizar: Substituição dos alimentos com diferentes formas de preparação 5- APRESENTAÇÃO/COLORIDO: A apresentação do cardápio ao cliente harmoniosa quanto à consistência, combinação deve ser de sabores e colorido. Ex: • Líquidos, cremosos, secos, crocantes etc. • Formas diferentes: tiras, cubos, rodelas, fatias etc. Fatores que interferem na elaboração de um cardápio • Formas diferentes: tiras, cubos, rodelas, fatias etc. • Temperatura adequada: sopa quente e suco gelado 6- ADEQUAÇÃO AO CLIMA: Utilizar no verão cardápios mais leves, de fácil digestão (assados, grelhados e saladas) e no inverno, os de mais difícil digestão (feijoada, molhos gordurosos etc). Ao utilizar uma entrada de alto valor calórico, escolher acompanhamento (sobremesa, por exemplo) com teor calórico reduzido. 7- RACIONALIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA: Elaborar o cardápio de forma a incluir somente um prato mais complexo a cada dia (depende do pessoal disponível), de forma a permitir, um trabalho racional, a tempo de ser entregue aos clientes, nos horários estipulados, garantindo, assim, um serviço de qualidade. Obs: UPRs que não trabalham nos finais de semana (adequar cardápio) Fatores que interferem na elaboração de um cardápio 8 - DISPONIBILIDADE DE EQUIPAMENTOS/ IN STAL AÇÕES / ÁREA: Os cardápios devem ser adequados às condições existentes: Se há fornos suficientes para fazer assados para todos os clientes; Se há batedeiras para massas, cremes etc.; Se há áreas de preparação suficientes; Se há câmaras e equipamentos de refrigeração para estoque de materiais perecíveis e alimentos prontos 9 - GIRO DO ESTOQUE: • Procurar programar o cardápio de forma a ter o estoque sempre renovado, isto é, não deixar os Fatores que interferem na elaboração de um cardápio estoque sempre renovado, isto é, não deixar os prazos de validade das mercadorias expirarem (Sistema PVPS). Noveletto, D.L. e Proença, R.P.C. Nutrição em Pauta, mar.2004 Planejamento de Cardápios Institucionais Deve seguir o contrato firmado entre a empresa contratada e a aceitação da clientela; Verificar a logística da região, identificando a disponibilidade dos produtos oferecidos;disponibilidade dos produtos oferecidos; Avaliar a previsão de custos e despesas: lucratividade; Analisar a qualidade e a aceitabilidade dos cardápios servidos Cardápios de Refeições Transportadas Preparações transportadas podem sofrer alterações nutricionais, microbiológicas e sensoriais; Evitar alimentos com compostos sulfurosos; Evitar preparações com muito molho, muito manipuladas e excelentes meios de cultura microbiana ( ovos, glacês etc.); Evitar preparações que se deformam ( gelatinas, musses etc.); Evitar preparações que se deformam ( gelatinas, musses etc.); Moderar o uso de temperos fortes. Cardápios para UANS Comerciais do Tipo Self-service por peso, auto atendimento ou autosserviço Serviço adotado por restaurantes comerciais e institucionais; Elaboração do cardápio se torna uma tarefa desafiadora em função da enorme variedade de preparações; O cardápio é um instrumento direto de venda; Algumas orientações gerais para elaboração de cardápios não de aplicam nesse serviço em função da variedade de preparações (aplicam nesse serviço em função da variedade de preparações ( ex. não repetir ingredientes no mesmo dia). Cardápio self service deve ser elaborado para pelo menos 15 dias de serviço; Estipular a quantidade de preparações de cada item. Cardápios para UANS hospitalares Adequar-se em cor, consistência, textura, temperatura e necessidades fisiológica do paciente; Evitar que o cardápio seja monótono e repetitivo; Dieta normal: dieta que não necessita de modificações em nutrientes e consistência.e consistência. Dieta branda: a consistência é abrandada por ação mecânica ou cocção devido a necessidade do paciente. Dieta pastosa: dieta em que os alimentos apresentam-se pastosos (purês, mingaus etc.), as carnes são trituradas, picadas ou moídas. Aplicada a indivíduos com dificuldades de mastigação e deglutição. Cardápios para UANS hospitalares Dieta líquida completa: consistência semi-líquida (sopas, geléia, cremes, etc.). Apresenta a restrição de diversos alimentos como grãos de leguminosas, embutidos e conservas, bebidas gaseificadas, especiarias e condimentos picantes, hortaliças e frutas cruas, doces concentrados e bolachas recheadas (permite-se torradas e bolachas tipo Maria ebolachas recheadas (permite-se torradas e bolachas tipo Maria e maisena, bolacha d´água). Dieta líquida restrita: essa dieta consiste de líquidos límpidos como chá, caldos, suco de frutas coado, gelatina, sopa batida e coada, sorvetes de frutas preparados com frutas coadas. O leite e os líquidos preparados com leite não entram nessadieta Dados mundiais Perfil nutricional brasileiro •Nas últimas décadas observou-se uma mudança no perfil epidemiológico da população brasileira:epidemiológico da população brasileira: < da mortalidade por doenças infecciosas crescimento das DCNT(hipertensão,diabetes,excesso de peso). Dados mundiais Em 2005: •1,6 bilhões de pessoas acima de 15 anos de idade com excesso de peso (IMC ≥ 25kg/m²) •400 milhões de obesos(IMC ≥ 30 kg/m²). A projeção para 2020 é ainda mais pessimista: •2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso •700 milhões de obesos. Indica: > 75% nos casos de obesidade em 10 anos. Dados mundiais Estudos evidenciam modificações na alimentação brasileira. Dietas com alimentos de alta densidade energética, deficiência de fibras, incorporação de produtosdeficiência de fibras, incorporação de produtos industrializados, Aumento na ingestão de açúcares em geral e gorduras, principalmente de origem animal. Nesse contexto, a educação alimentar deve ser pensada como um instrumento fundamental. Dados mundiais Em grande parte esses números alarmantes são influenciados: •pelo fumo, •má alimentação, •consumo de álcool, •obesidade•obesidade •falta de exercício O controle dessas doenças só pode ser alcançado por meio de esforços concentrados na prevenção e controle. •fatores de risco associados, •melhoria das condições e qualidade de vida. Organização Mundial da Saúde (OMS) •Considera que o ambiente de alimentação coletiva das empresas é importante na promoção de uma alimentação saudável A partir de 19 78, quando a Volkswagen passou a fornecer desjejum aos seus empregados, houve um aumento de 10 % na produtividade. Resultado semelhante ocorreu quando se passou a fornecer almoço: a produtividade cresceu Dados mundiais a fornecer almoço: a produtividade cresceu aproximadamente 30 % PAT (Programa de alimentação do trabalhador) Programa Governamental Criado em abril de 1976 – Lei 6321 que faculta às pessoasjurídicas a dedução das despesas com a alimentação dos própriostrabalhadores em até 4% do Imposto de Renda (IR) devido. DECRETO Nº 2.101, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1996.DECRETO Nº 2.101, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1996. Dá nova redação ao caput do art. 4º do Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que dispõe sobre o Programa de Alimentação do Trabalhador. PORTARIA Nº. 03, DE 1º DE MARÇO DE 2002. •Baixa instruções sobre a execução do Programa de Alimentação do Trabalhador ( PAT ) . PAT (Programa de alimentação do trabalhador) Programa de abrangência nacional de complementação alimentar (governo, empresas e trabalhadores) Objetivos: Melhorar o estado nutricional dos trabalhadores, priorizando os de baixa renda, visando promover a saúde (melhor qualidade de vida), prevenindo as doenças relacionadas ao trabalho e aumentar a produtividadeas doenças relacionadas ao trabalho e aumentar a produtividade •Prioridade – trabalhadores de baixa renda (até 5 salários mínimos) É formado por uma parceria entre governo federal ( benefício fiscal), empresa beneficiária (assume a maior parte do custo da refeição) e trabalhadores ( contribuem com um % de seu salário). PAT (Programa de alimentação do trabalhador) A adesão ao PAT é voluntária, mas para usufruir dos seus benefícios as empresas beneficiárias devem elaborar suas refeições seguindo os parâmetros nutricionais exigidos: Portaria Interministerial nº66/2006 Portaria nº 193/2006 Estabelecem: Critérios em relação à distribuição de macronutrientes, fibra e sódio nas refeições; quantitativo de frutas, legumes ou verduras Exigência de responsabilidade técnica (Nutricionista) para a execução do programa. PAT (Programa de alimentação do trabalhador) Vantagens Para o Governo redução de despesas e investimentos na área da saúde; crescimento da atividade econômica; bem estar social. bem estar social. Para os trabalhadores melhorias de suas condições nutricionais e de qualidade de vida; aumento de sua capacidade física; aumento de resistência à fadiga; aumento de resistência à doenças; diminuição dos acidentes de trabalho. PAT (Programa de alimentação do trabalhador) Vantagens Para as empresas aumento da produtividade; maior integração entre trabalhador e empresa; maior integração entre trabalhador e empresa; redução de faltas e atrasos ao serviço; redução da rotatividade de trabalhadores; isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; incentivo fiscal (dedução de até 4% no imposto de renda devido). Funcionamento do PAT Poderão participar do PAT todo as pessoas jurídicas que tenham trabalhadores contratados ( tiver no mínimo 1 trabalhador) EMPRESAS BENEFICIÁRIAS: aquela que concede um benefício- alimentação ao trabalhador por ela contratado. EMPRESAS FORNECEDORAS: aquela que prepara e comercializa a EMPRESAS FORNECEDORAS: aquela que prepara e comercializa a alimentação. •administradora de cozinha da contratante •fornecedora de refeições preparadas transportadas; •fornecedora de cestas de alimento e similares PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA: aquela que administra documentos de legitimação (impressos ou cartão eletrônico = “tickets) – supermercado ou restaurantes. Funcionamento do PAT As empresas beneficiárias, poderão deduzir o valor das despesas realizadas com o PAT, em até 4% do Imposto de Renda devido. •Podendo ser considerado nas despesas todos o custo direto•Podendo ser considerado nas despesas todos o custo direto e exclusivo do serviço de alimentação: matéria-prima, mão de obra, encargos decorrentes do salário, asseio e gastos com energia proveniente do preparo das refeições Funcionamento do PAT Trabalhadores de renda mais elevada poderão ser incluídos no PAT, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que recebem até 5 salários-mínimos. O acesso à alimentação é viabilizado: refeições servidas O acesso à alimentação é viabilizado: refeições servidas no local de trabalho ou pelo fornecimento de tíquetes e cestas básicas. A participação do trabalhador fica limitada a 20% do custo direto da refeição e 80% das empresas e governo. O benefício não pode ser na forma de dinheiro Funcionamento do PAT A empresa pode conceder mais de um benefício ao trabalhador? Independe da modalidade adotada para o provimento da refeição, a empresa beneficiária poderá oferecer aos seus trabalhadores uma ou mais refeições diárias, inclusive cesta de alimentos (art.5º, III, §§ 1º e 2º da Portaria nº 03/2002). Quando a pessoa jurídica beneficiária fornecer documentos de legitimação (impressos, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologia adequada = “ticket”) que permitam a aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais, o valor do documento deverá ser suficiente para atender às exigências nutricionais do PAT. Cabe às prestadoras de serviços de alimentação coletiva: Garantir que os restaurantes e outros estabelecimentos credenciados se situem nas imediações dos locais de trabalho; Garantir que os documentos de legitimação para aquisição de Funcionamento do PAT Garantir que os documentos de legitimação para aquisição de refeições ou gêneros alimentícios sejam diferenciados e aceitos pelos estabelecimentos credenciados. Cancelar o credenciamento dos estabelecimentos comerciais que não cumprirem as exigências sanitárias e nutricionais. Nutrientes e valores diários Refeições Carboidra tos (%) Proteínas (%) Gorduras Totais (%) Gorduras Saturadas (%) Fibras (g) Sódio (mg) Desjejum / Lanche 60 15 25 < 10 4 - 5 360 - 480 Almoço / Jantar / Ceia 60 15 25 < 10 7 - 10 720 - 960 I - refeições principais (almoço, jantar e ceia ) deverão conter de 600 a 800 kilocalorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 cal) do VET 2000 calorias/dia. Deverão corresponder a faixa de 30 - 40% do VET diário. II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de 300 a 400 kilocalorias, admitindo-se um acréscimode 20% (quatrocentas calorias) do VET de 2000 calorias/dia. Recomendações PAT Deverão corresponder a faixa de 15 - 20 % do VET diário; IV - o percentual proteico - calórico (NdPCal) das refeições deverá ser de no mínimo 6% e no máximo 10 %. § 10º Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche) Recomendações PAT Valor nutricional das proteínas •A avaliação biológica de um cardápio pode ser feita por meio da verificação do seu teor de proteínas (quantidade e qualidade), onde: •Calcula-se o NPCal e o NdPCal% (Net Dietary Protein Calory) que é o percentual fornecido pela proteína líquida (NPU = Net Protein Utilization) em relação ao valor calórico total do cardápio, ou seja, porcentagem de calorias fornecidas pela proteína líquida em relação a o VET. NPCal = soma de proteínas líquidas x 4 Kcal NdPCal – Relação entre as calorias e proteínas líquidas – procura garantir que o cardápio seja elaborado com PTN alto valor biológico Recomendações PAT Multiplicam-se as g de PTN de acordo com a origem da PTN pelos seguintes fatores Proteína Fator Proteína do ovo 1,0 Proteína de origem animal 0,7 Proteína de leguminosas 0,6 Proteína de cereais 0,5 Recomendações PAT 1) Identificar as fontes de proteína da refeição; 2) Calcular quantas gramas de proteína tem a porção dos alimentos destacados 3) Multiplicar as gramas de proteína de cada alimento pela taxa de absorção de cada grupo 4) Multiplicar o valor de NPU por 4 kcal, pois equivale as 4) Multiplicar o valor de NPU por 4 kcal, pois equivale as calorias que cada grama de proteína possui 5) Identificar o total de calorias da refeição completa 6) Calcular o NDPcal Obs: As proteínas provenientes de frutas, vegetais A, B, e C, não são utilizadas para o cálculo do NDpCal% Descrição das Atividades Leve: sentar, estar parado em pé – motorista, trabalhador de laboratório, pintor, datilógrafo/digitador, professor, vendedor, bancário, manobrista, eletricista, cozinheiro, telefonista, administrativo, supervisor, balconista e estudante. Moderada: caminhar em superfície plana carregando peso – Moderada: caminhar em superfície plana carregando peso – carpinteiro, faxineira, auxiliar de serviços, auxiliar de cozinha Intensa: caminhar, subir carregando peso – agricultor não- mecanizado, operários da construção civil (ferreiro, pedreiro, servente,...), metalúrgicos, soldados em atividade. Dificuldades do PAT •O PAT passou por uma insuficiente adequação calórica encontrada nos anos 80 para uma superalimentação no trabalho, representando mais de 96% das recomendações energéticas. •Estudos mostraram que entre os anos de 1995 e 2000, houve uma tendência de aumento generalizado de peso, inclusive no grupo detendência de aumento generalizado de peso, inclusive no grupo de indivíduos eutróficos ou com sobrepeso, nas empresas onde foi implantado o PAT, concluindo-se que, ao contrário do previsto, o programa pode contribuir para o aumento da ocorrência de excesso de peso e das morbidades associadas entre os trabalhadores beneficiados. SAVIO,K.E.O.;COSTA,T.H.M.;MIAZAKIB,E.SCHMITZB,B.A.S.AVALIAÇÃO DO ALMOÇO SERVIDO A PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR. REV. SAÚDE PÚBLICA, N.39, V.2. 2005. •OBJETIVO: Avaliar o almoço servido na UAN e avaliar as seguintes variáveis medidas antropométricas para o cálculo do Índice de Massa Corporal e o consumo alimentar obtido pelo método da pesagem e pela obser vação direta da montagem dos pratos. •MÉTODOS: Este estudo foi realizado em 52 unidades de alimentação e Nutrição (UAN) em Brasília (n= 1.044).Nutrição (UAN) em Brasília (n= 1.044). •RESULTADOS: Observou-se que 43% da população estudada apresentam excesso de peso, sendo 33,7% com sobrepeso e 9,3% com obesidade, com maiores percentuais no sexo masculino. A mediana do valor energético do almoço foi de 515 Kcal para as mulheres e de 736 Kcal para os homens. O consumo mediano de fibras foi de 6,0 g para o sexo feminino e de 8,3 g para o sexo masculino, e o consumo mediano de colesterol foi acima de 90 mg nos indivíduos com excesso de peso. •CONCLUSÕES: a população em estudo apresentou risco nutricional, devendo a mesma ser alvo de estratégias com foco na promoção da saúde, salientado-se, assim, a atribuição de educador do nutricionista Os estabelecimentos vinculados ao PAT, deverão promover EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: É um programa que visa estimular empresas a adotar um programaÉ um programa que visa estimular empresas a adotar um programa educativo permanente destinado a fazer o ato de alimentar-se no contexto do trabalho uma fonte de saúde, bem estar, qualidade de vida e produtividade RDC 380/2005 – atribuições do profissional nutricionista Recursos materiais e ações para o processo de educação nutricional •Displays informativos: grupos de alimentos em forma de pirâmide; •Folhetos: distribuídos periodicamente na forma de revista em quadrinhos, informando sobre o alimento em várias situações (ex. época de seca – maior ingestão de líquidos) •Fita de vídeo: exibidas durante as refeições •Apresentação do prato do dia: com respectivas porções e valores•Apresentação do prato do dia: com respectivas porções e valores calóricos •Mensagens informativas e educativa: expostas nos guardanapos e toalhas de bandejas descartáveis •Participação na Semana da CIPA–abordando temas sobre alimentação e nutrição •Campanhas educativas Cuidar a linguagem : apropriada para cada público Recursos utilizados : ser atrativos e objetivos De que forma? Redução da quantidade de gorduras; Redução da quantidade de açúcar; Redução da quantidade de sal dos alimentos, elaborando opções inovadoras e saudáveis noselaborando opções inovadoras e saudáveis nos cardápios; Promover o consumo de frutas, legumes e verduras; Promover o consumo adequado de proteínas de origem animal. Estratégias Retirada dos saleiros das mesas. Retirada dos cardápios de alimentos ultra processados - ingredientes já processados e de baixo valor nutricional como óleos, gorduras, farinhas, amido, açúcar e sal, acrescidos de conservantes, estabilizantes, flavorizantes e corantes; cujos teores de sódio estejam muito acima dos teores de sódio equivalentes nos alimentos in natura. Substituir totalmente ou parcialmente o sal de adição por temperos ou especiarias, bem como por sal adicionado de ervas, entre outras estratégias. Deve-se, também, evitar o uso de temperos prontos, produzidos na unidade ou não e caldos industrializados. Implantar sistema de ficha técnica de produção. Dificuldades na implementação do PAT Conhecimento do PAT, pelos gestores, como potencial promotor de saúde; Tempo disponibilizado pela empresa para ações de educação nutricional junto aos colaboradores; Meios de comunicação adequados para chamar a atenção dos Meios de comunicação adequados para chamar a atenção dos colaboradores; Adesão e entendimento dos colaboradores; Inspeção do governo sobre o andamento do PAT; Contexto socioeconômico e cultural do trabalhador; O PAT é chave para as políticas de alimentação nutrição voltadas para a população adulta brasileira, podendo contribuir efetivamentepara a população adulta brasileira, podendo contribuir efetivamente na transformação do atual panorama de aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e da obesidade no País. Bandoni DH et al, 2006 Vamos praticar? Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Entrada 1 folhosos Entrada 2 legumes Prato Principal 1 Carne vermelha Prato principal 2 Carne branca Guarnição Legumes ou massa Sobremesa 1 Fruta Sobremesa 2 Doce Bebida Suco natural
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