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Tratamento da doença arterial coronariana e o papel do exercício físico na reabilitação cardiaca

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Plano	de	Aula:	Tratamento	da	doença	arterial	coronariana	e	o
papel	do	exercício	físico	na	reabilitação	cardíaca
PRESCRIÇÃO	DE	EXERCÍCIOS	PARA
GRUPOS	ESPECIAIS	-	SDE3991
Título
Tratamento	da	doença	arterial	coronariana	e	o	papel	do	exercício	físico	na
reabilitação	cardíaca
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
11
Tema
Tratamento	da	doença	arterial	coronariana	e	o	papel	do	exercício	físico	na
reabilitação	cardíaca
Objetivos
Conhecer	o	modelo	de	tratamento	da	doença	arterial	coronariana.
Avaliar	a	atuação	do	profissional	de	Educação	Física	no	modelo	de	tratamento
da	doença	arterial	coronariana.
Entender	 os	 feitos	 crônicos	 do	 exercício	 físico	 em	 portadores	 de	 doença
arterial	coronariana.
Conhecer	os	fundamentos	básicos	da	reabilitação	cardíaca.
Estrutura	do	Conteúdo
Tratamento	da	doença	arterial	 coronariana:	 Inúmeras	 intervenções	 são
realizadas	 no	 tratamento	 da	 doença	 arterial	 coronariana	 (DAC),	 incluindo
agentes	 farmacológicos,	 mudança	 nos	 hábitos	 alimentares,	 suplementação
nutricional	e	exercício	físico	regular.
Efeitos	crônicos	do	exercício	físico	na	doença	arterial	coronariana:	 Os
efeitos	 benéficos	 da	 prática	 de	 exercício	 regular	 sobre	 as	 doenças
cardiovasculares	 (DCV)	 são	 associados,	 principalmente,	 à	maior	 produção	 de
agentes	vasodilatadores	derivados	do	endotélio,	com	consequente	redução	da
resistência	 vascular	 periférica,	 diminuição	 dos	 níveis	 de	 LDL	 colesterol	 e
inibição	 da	 agregação	 plaquetária.	 Resultados	 de	 estudos	 recentes	 têm
demonstrado	que	o	treinamento	físico	provoca	melhora	expressiva	na	perfusão
miocárdica.	 Entre	 os	 componentes	 envolvidos,	 pode-se	 citar	 melhorias	 nos
seguintes	aspectos:
1.	 A	função	endotelial
2.	 Velocidade	de	síntese	e	de	degradação	de	NO
3.	 A	microcirculação
4.	 Regressão	de	lesões	aterosclerótica
5.	 Neoformação	de	vasos	colaterais
6.	 Redução	da	viscosidade	sanguínea
7.	 Aumento	do	tempo	de	perfusão	diastólica
Portanto,	 sabe-se	 claramente	 que	 o	 exercício	 físico	 melhora	 a	 capacidade
física,	 a	 tolerância	 ao	 exercício	 e	 os	 sintomas	 em	 pacientes	 com	 DAC,
reduzindo	as	taxas	de	mortalidade.
Reabilitação	 cardíaca:	 Segundo	 a	 Organização	 Mundial	 da	 Saúde,
reabilitação	 cardíaca	 é	 o	 somatório	 das	 atividades	 necessárias	 para	 garantir
aos	pacientes	portadores	de	cardiopatia	as	melhores	condições	física,	mental
e	 social,	 de	 forma	que	eles	 consigam,	pelo	 seu	próprio	esforço,	 reconquistar
uma	 posição	 normal	 na	 comunidade	 e	 levar	 uma	 vida	 ativa	 e	 produtiva.	 Há
quatro	 décadas,	 quando	 esta	 definição	 foi	 estabelecida,	 os	 pacientes
acometidos	 de	 infarto	 do	 miocárdio	 apresentavam	 grande	 perda	 da
capacidade	funcional,	mesmo	após	serem	submetidos	ao	tratamento	daquela
época,	 que	 implicava	 até	 60	 dias	 de	 repouso	 no	 leito.	 Por	 ocasião	 da	 alta
hospitalar,	 os	 pacientes	 encontravam-se	 fisicamente	mal	 condicionados,	 sem
condições	para	 retornar	às	suas	atividades	 familiares,	 sociais	e	profissionais.
Os	 programas	 de	 reabilitação	 cardíaca	 foram	 desenvolvidos	 com	 o	 propósito
de	 trazer	 esses	 pacientes	 de	 volta	 às	 suas	 atividades	 diárias	 habituais,	 com
ênfase	 na	 prática	 do	 exercício	 físico,	 acompanhada	 por	 ações	 educacionais
voltadas	 para	 mudanças	 no	 estilo	 de	 vida.	 Atualmente,	 as	 novas	 técnicas
terapêuticas	 permitem	 que	 a	 maioria	 dos	 pacientes	 tenha	 alta	 hospitalar
precocemente	 após	 infarto,	 sem	 perder	 a	 capacidade	 funcional.	 Nos	 últimos
anos,	 foram	 descritos	 inúmeros	 benefícios	 do	 exercício	 regular	 para
portadores	de	cardiopatia,	além	da	melhora	na	capacidade	funcional.	Assim,	a
reabilitação	cardíaca	tem	especial	ênfase	no	treinamento	físico.
Além	de	dar	ênfase	à	prática	da	atividade	física,	os	programas	de	reabilitação
cardíaca	 também	 envolvem	 outras	 ações	 desenvolvidas	 por	 profissionais	 das
áreas	 de	 enfermagem,	 nutrição,	 assistência	 social	 e	 psicologia	 visando
modificar	outros	aspectos	que	contribuem	com	a	diminuição	do	risco	cardíaco
de	forma	global.	O	paciente	e,	eventualmente,	membros	de	sua	família,	recebe
informações	 sobre	 a	 fisiopatologia	 da	 doença	 cardíaca,	 os	 mecanismos	 de
ação	das	drogas	em	uso,	a	relação	da	doença	com	a	atividade	física	diária	e
as	possíveis	implicações	na	sua	vida	sexual	e	profissional.	Quando	necessário,
os	hábitos	alimentares	e	aspectos	nocivos	do	estilo	de	vida	são	reformulados,
com	especial	ênfase	na	cessação	do	tabagismo.	As	intervenções	psicológicas
também	devem	ser	consideradas,	visando	ao	controle	do	estresse,	o	que	pode
ser	 obtido	 por	 meio	 de	 técnicas	 de	 relaxamento,	 terapia	 de	 grupo	 e
tratamento	da	depressão.
A	realização	do	exercício	constitui	um	estresse	fisiológico	para	o	organismo	em
função	do	grande	aumento	da	demanda	energética	em	relação	ao	repouso,	o
que	provoca	grande	liberação	de	calor	e	intensa	modificação	do	ambiente
químico	muscular	e	sistêmico.	Conseqüentemente,	a	exposição	regular	ao
exercício	ao	longo	do	tempo	(treinamento	físico)	promove	um	conjunto	de
adaptações	morfológicas	e	funcionais	que	conferem	maior	capacidade	ao
organismo	para	responder	ao	estresse	do	exercício.	Desta	forma,	após	essas
adaptações,	um	exercício	de	mesma	intensidade	absoluta	(mesma	velocidade
e	inclinação	na	esteira,	por	exemplo),	provocaria	menores	efeitos	agudos	após
um	período	de	treinamento.	É	importante	destacar	que	os	efeitos	crônicos	do
exercício	dependem,	fundamentalmente,	de	uma	adaptação	periférica,	que
envolve	tanto	um	melhor	controle	e	distribuição	do	fluxo	sangüíneo,	como
adaptações	específicas	da	musculatura	esquelética.	Ocorrem	modificações
histoquímicas	na	musculatura	treinada	dependentes	do	tipo	de	treinamento,
fazendo	com	que	a	atividade	enzimática	seja	predominantemente	oxidativa
(aeróbica)	ou	glicolítica	(anaeróbica	lática).
Aplicação	Prática	Teórica
Discutir	 com	 os	 discentes	 algumas	 situações	 práticas	 do	 dia-a-dia	 que
demonstram	a	 atuação	 do	 profissional	 de	 Educação	 Física	 no	 tratamento	 da
DAC.

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