Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU AVALIAÇÃO CONVENCIONAL E DIFERENCIADA DE DESEMPENHO SUMÁRIO UNIDADE II ................................................................................................. AVALIAÇÃO CONVENCIONAL E DIFERENCIADA DE DESEMPENHO (AD) .................................................................................. 1. PRELIMINARES ..................................................................................... 2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS ................................................................ 3. MOTIVOS DA UTILIZAÇÃO ................................................................ 4. CUIDADOS .............................................................................................. 5. FINALIDADES ........................................................................................ 6. VANTAGENS .......................................................................................... 7. LIMITAÇÕES .......................................................................................... 8. PRÉ-REQUISITOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO ............................... 9.AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: SOB DIFERENTES ENFOQUES 10. FORMAS DE IMPLEMENTAÇÃO ...................................................... 12. ENFIM... ................................................................................................. 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294217 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294218 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294218 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294219 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294220 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294221 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294222 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294223 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294224 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294225 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294226 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294227 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294228 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294229 file:///F:/PÓS-GRAD%20-%20TODAS/FAZENDO%20AS%20POS-GRADUAÇOES/MBA%20em%20gestão%20de%20pessoas%20e%20RH/Módulo%20II/Mod.%20II%20-%202.%20Avaliação%20convencional%20e%20diferenciada%20de%20desempenho.doc%23_Toc456294230 UNIDADE II AVALIAÇÃO CONVENCIONAL E DIFERENCIADA DE DESEMPENHO (AD) 1. PRELIMINARES Para compreender a avaliação de desempenho cabe destacar que sua utilização é ampla, abrange a grande maioria das organizações e com metodologias as mais diversas. Avaliar desempenhos é uma atividade que existe no Brasil há mais de 50 anos e, naturalmente, com uma metodologia bastante simples. O entendimento era o de que "poucos combateriam a noção de vincular o salário ao desempenho, recompensando o bom trabalho e dando ao funcionário com desempenho medíocre um incentivo ou um estímulo para melhorar no próximo ano" (GELLERMAN; HODGSON, 1997) e nada mudou nos dias de hoje. É vital avaliar desempenhos para que não aconteça que pessoas medíocres, no sentido pejorativo, alcancem remunerações e posições de algum relevo em detrimento de outras pessoas que, se avaliadas corretamente, poderiam atender melhor à organização e dar a sua contribuição para os resultados globais. É comum muitos atribuírem à avaliação de desempenho uma função — quase exclusiva — de interesse apenas da unidade. Em outras palavras, há gestores de pessoas que estão interessados em avaliar pessoas, mas entre pessoas de uma mesma unidade, porque buscam a justiça entre iguais. Entretanto, entendemos que a avaliação pode ser um estudo entre iguais, mas sempre olhando na direção dos interesses maiores da organização. E repetindo, em outras palavras, o que dissemos anteriormente, que o foco tem de ser no negócio na procura incessante do melhor resultado possível. Logo, o foco em avaliar desempenhos não pode ser restrito à unidade de trabalho, mas, sim, pensando-se na organização como um todo. Por conseguinte, é bastante simples imaginar que todas as organizações necessitam de sistemáticas de avaliação capazes de acompanhar o crescimento das pessoas que nela exercem suas atribuições. Contudo, a questão é: de que forma é possível obter um acompanhamento eficiente e, ao mesmo tempo, fazer um link (ligação) com os propósitos maiores não só das unidades a que essas pessoas estejam vinculadas, mas também com os propósitos da organização como um todo? É lógico que na avaliação de desempenho o essencial é a maneira com que as pessoas dão andamento às suas atribuições e em consonância com as exigências das chefias imediatas e dessas com as exigências da administração superior até chegar à alta direção. O desempenho será mensurado a partir dessas exigências. Isso significa dizer que não queremos focar mais os resultados globais das organizações. Queremos que a avaliação seja realizada nos moldes, digamos, convencionais, mas não apenas isso. Neste momento, vale uma ressalva, visto que poucos autores se apropriaram da sigla AD para denominar a avaliação de desempenho ou administração do desempenho se você preferir. No entanto, consideramos interessante esta denominação, pois literalmente a expressão que denomina o assunto em tela despende uns segundos a mais na sua pronúncia, enquanto a sigla simplifica e facilita a comunicação. Então, não há o que estranhar quando a forma bastante abreviada aparecer ao longo do texto. Mas como podemos conhecerentender, analisar e aplicar a avaliação de desempenho, administração de desempenho ou AD? Para responder a estas questões, basta você prosseguir na leitura. 2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS A fim de responder às questões do final do parágrafo anterior, vale analisar as duas palavras que compõem a sigla AD de forma isolada. Começando por avaliar, sabemos que é comum que pessoas pensem em sinônimos como medir, mensurar, o que não é errado. Já em se tratando de desempenho, palavra de difícil definição, poucos serão aqueles que conseguirão alcançar a precisão de que consiste num "conjunto de entregas e resultados de determinada pessoa para a empresa ou negócio" (DUTRA, 2002). Trocando em miúdos, o desempenho de uma pessoa equivaleria, em princípio, ao efeito de sua atividade dentro do âmbito organizacional. Entretanto, é interessante lembrar que não devemos restringir definições, a fim de evitar perda de, muitas vezes, valiosas informações. Pensando desta forma, pode-se considerar que a expressão avaliação de desempenho implica a "identificação, mensuração e administração do desempenho humano nas organizações" (GOMEZ-MEJIA; BALKIN; CARDY, 1995). É interessante proceder, neste caso, como os próprios autores fizeram, destacando alguns termos da definição anterior e nos permitir acrescentar informações quando assim for necessário: • Identificação: ao notar certas consequências (positivas e/ou negativas) das atividades de pessoas dentro da organização, a empresa estará apta a remanejar pessoas de acordo com a definição de desempenho exigida para satisfazer às suas necessidades. O remanejamento será, então, em função do desempenho. • Mensuração: elemento central do sistema de avaliação de desempenho tem por objetivo principal a busca pela determinação de como o desempenho pode ser relacionado a certas formas de medições. Resumindo, consiste em tornar objetiva a subjetividade do desempenho, facilitando o procedimento. • Administração: dirigida para o futuro. O intuito de inserir este termo na definição da AD é o de enfatizar que esta não apenas busca o desenvolvimento, mas também fornece subsídios que geram a possibilidade de alcance de todo o potencial das pessoas, gerando resultados positivos para a organização. É importante compreender que os termos apresentados anteriormente de forma isolada servem para facilitar o aprendizado, mas de nada adianta se estes não forem analisados dentro do contexto da atividade de avaliação do desempenho. Desta forma, pode-se concluir que a AD engloba todo o processo desde a identificação do desempenho, passando pela mensuração, ou seja, medindo tal desempenho, até alcançar projeções para o médio e curto prazo, onde o potencial de cada pessoa estará a serviço da organização. Complementando a colocação anterior, tem-se outra definição interessante, em que a atividade em tela é considerada "o processo de rever atividades produtivas para avaliar a contribuição que os indivíduos fizeram para o alcance dos objetivos do sistema administrativo" (COGAN CERTO, 1994). É interessante destacar, neste caso, que a ideia central é avaliar ações passadas das pessoas da organização e identificar qual a sua implicação nos resultados atuais. Note, portanto, que Cogan (1994) segue a mesma linha de raciocínio de Gómez-Mejía, Balkin e Cardy (1995), mas partindo do princípio de que o futuro se refere aos resultados atuais. Outra forma interessante de compreender o processo de AD, ainda sugerida por Dutra (2002) e também complementada por nós, é a que ocorre por meio da análise das três perspectivas do desempenho de uma pessoa, que interagem entre si, a saber: • Desenvolvimento: para facilitar o entendimento, reflita acerca do seguinte exemplo: Joana é capaz de trabalhar, namorar e estudar. Bruno, seu irmão, apenas estuda e tem a ousadia de dizer que está sempre cansado. Portanto, a mãe deles, Sylvia, jamais poderá avaliar o desempenho de ambos da mesma forma, visto que Joana se encontra num nível de desenvolvimento diferente de seu irmão, pois ela está apta a absorver mais atividades num mesmo período de tempo que ele. Observe que, se você acredita ser esse exemplo longínquo da realidade maior para lidar com um nível de complexidade também maior, pode, por exemplo, resolver fazer as compras pela Internet e quando chegar tudo já estará em sua casa. Contudo, se esta atividade se tornar mensal, não haverá nenhuma garantia de que Bruno estará sempre disposto a cumpri-la. Já sua irmã não terá problemas quanto a esta variável que foi acrescida ao seu mês. Bastarão alguns diques e pronto. Assim, fica claro, pelo exemplo caseiro, que interessa mais à organização ter pessoas capazes de autodesenvolvimento, do que apenas de demonstrar algum esforço, visto que esta última possibilidade é uma contingência relacionada à motivação das pessoas; logo, trata-se de uma variável totalmente instável. • Comportamento: por mais óbvio que possa parecer, é fundamental saber que o comportamento das pessoas afeta o ambiente em que estas se encontram, podendo, contudo, influenciar, ou não, as duas perspectivas anteriores do exemplo com a família da Sylvia. Prosseguindo com o exemplo da família, imagine a seguinte situação: no dia das compras do mês, Joana briga com seu namorado, Gustavo, e se encontra totalmente desnorteada alegando que não está em condições de executar qualquer tarefa, incluindo as compras do mês. Desta forma, seu irmão fica responsável pela execução da tarefa, mas não aceita a ideia de que só porque a irmã brigou com o "namoradinho" ele vai ter que fazer compras, deixando de ir jogar o seu futebolzinho sagrado. Transportando a atitude de nossas personagens para a realidade das organizações, antes de julgar se o comportamento de Joana foi correto ou não, deve-se realizar uma análise por múltiplas fontes (a famosa avaliação 360 graus, que será detalhada mais à frente). O objetivo deste tipo de procedimento é o de minimizar a subjetividade da análise do comportamento, fruto de padrões definidos pela empresa, por meio de diferentes visões, neste caso, de sua mãe, seu irmão e dela própria, de modo a apresentar à pessoa avaliada a opinião de muitos a seu respeito. Portanto, entendidas as perspectivas — desenvolvimento, esforço e comportamento —, fica simples compreender não só o que significa avaliar o desempenho humano, mas, também, adiantando o assunto que será explorado mais adiante, como podemos fazê-lo. Todavia, antes de prosseguir com a leitura, outra assertiva se faz necessária na medida em que este “instrumento gerencial permite ao administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área específicas (CHA que são conhecimentos, habilidades e atitudes)" (MARRAS, 2000). Destaca-se nesta afirmação que o processo se refere à avaliação de uma única pessoa, ou um grupo, em período e área específicos. Assim, a ponderação é feita sob os famosos CHAs, entendidos de forma isolada, ou agrupada, em determinado período de tempo. Como, no momento, o foco é a compreensão do conceito, o aprofundamento das áreas que compõem os CHAs não será realizado agora, e sim mais adiante. Então, a fim de não perder de vista o foco deste tópico, vale sintetizar a ideia de um processo de AD. Pode-se dizer que este procedimento consiste não só na identificação dos desempenhos, mas também em sua mensuração, feita sob os CHAs, visando a resultados futuros, de modo a usufruir do potencial das pessoas da organização. Observe que tal potencial pode se referir ao indivíduo ou a um grupo, de modo que, ao chegar ao final do processo, os resultados que eram considerados futuros passam a atuais, enquanto a identificação e a mensuração dos desempenhos se referem a desempenhos passados; logo, os termos condizentes ao tempo deverão estar de acordo com a etapa em que vocêse encontra no processo, visto que o mesmo deve ser feito num período de tempo determinado. Contudo, após compreender o processo de AD, uma questão se faz necessária: afinal, por que as empresas, ou mesmo as pessoas, devem estar preocupadas com a avaliação de seus respectivos desempenhos? Antes que você fique refletindo e refletindo, vale ler o tópico seguinte. 3. MOTIVOS DA UTILIZAÇÃO Neste momento a questão é: por que fazer a AD? Que razões levam o corpo funcional a estar preocupado com seu desempenho? Certamente, algumas proposições podem surgir no momento em que você se questiona sobre tal procedimento. No entanto, os itens a seguir, que contam com o suporte de McGregor (1972) e Marras (2000), seguramente ampliarão as alternativas, podendo até levá-lo (a) a pensar em outros tópicos que podem estar em divergência com o que estamos apresentando, o que não é errado; pelo contrário, se o seu raciocínio fizer sentido, não há por que ser desconsiderado. Ademais, não temos a pretensão de listar todas as razões que levam à utilização da avaliação do desempenho, e sim ampliar a sua linha de reflexão, facilitando a melhor compreensão possível de sua importância para a organização. • Alicerçar a ação do gestor: na medida em que este atua concedendo aumentos salariais, remanejando seu pessoal, ou até mesmo demitindo, com base em dados concretos fornecidos pela AD. Em outras palavras, pode-se dizer que a empresa se torna mais transparente, pois as ações de seus gestores estão alicerçadas em elementos palpáveis. Se a avaliação é realizada com rigor técnico a probabilidade de decisões errôneas é muito pequena e o corpo funcional atuará melhor, pensando nas avaliações posteriores e, principalmente, se a avaliação de desempenho estabelecer uma forte relação com os negócios da organização e se a pessoa avaliada souber, antecipadamente, que sua avaliação não será apenas para confirmar uma atuação correta, mas também para buscar a confirmação de uma atuação realmente proativa, que procure, permanentemente, os melhores caminhos para o crescimento e o desenvolvimento pessoal, da sua unidade e da organização. • Nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento (T&D): por meio da ponderação do nível de CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes), ou seja, essas três áreas específicas são responsáveis por determinar a direção que o processo de T&D deve tomar e a sua medida em cada caso. Aqui fica um registro: é essencial que essa relação AD/ T&D seja preservada e fortalecida, pois assim as possibilidades de resultados ótimos no treinamento e desenvolvimento crescem exponencialmente, face aos inputs (entrada de informação) que T&D receberá e que serão úteis na programação futura ou em ajustes de programação já em andamento. • Facilitar o feedback das pessoas: na medida em que mensura os desempenhos das pessoas e as informa do resultado. Assim, a organização pode mantê-las sempre informada de suas performances, de modo a sugerir mudanças, quando necessário. Nesse caso, o resultado será melhor se as avaliações acontecerem com boa frequência, ou seja, uma avaliação a cada dois, três meses. • Facilitar o progresso das organizações: por mais óbvio que possa parecer, tendo visto e entendido os itens anteriores, ao falar em feedback organizacional a ideia central é a de que, ao acompanhar o desempenho de seu pessoal, a empresa passa também a conhecer melhor a sua dinâmica, permitindo a identificação de seus pontos críticos, negativos e positivos e, por conseguinte, dando caráter facilitador à elaboração de estratégias para manutenção e crescimento de suas ações. Certamente, depois de abranger algumas das razões que geram a necessidade da utilização dos procedimentos direcionados à AD, fica claro que a mensuração neste caso é um item de extrema importância. Em outras palavras, a ideia de ponderar e um certo sentido quantificar a subjetividade que é o desempenho humano faz lembrar uma tecnologia recente utilizada pelas organizações; trata-se do Balanced Scorecard (BSC), que chegou para dar números ao que antes era, basicamente, subjetivo. No momento, a preocupação gira em torno do fato de tornar palpável o que não se apresenta como tal; logo, alguns cuidados devem ser levados em consideração. 4. CUIDADOS É importante dedicar certa atenção ao se falar em cuidados quanto aos processos de AD, pois consiste em mensurar o não mensurável, por assim dizer. Então, é fundamental que algumas precauções sejam consideradas neste processo, a saber: • Quanto à participação das pessoas: não deve estar relacionada a desempenhos passados ou acontecimentos recentes. Em relação às atuações passadas, a preocupação é a de que as pessoas não vejam a sua participação "como uma situação de recompensa ou de punição pelo desempenho passado" (R1DER, 1973). Pelo contrário, os envolvidos devem enxergar a sua participação como algo positivo para o seu desenvolvimento. Da mesma forma, a organização não deve basear o processo de AD nos "acontecimentos recentes, ou seja, aqueles que permanecem acima do nível da memória, enquanto os que tiveram lugar há mais tempo encontram-se submersos, tal qual um iceberg" (MARRAS, 2000), visto que tal atitude acaba por desvalorizar este último, tomando o processo injusto. • Quanto às ênfases: não se devem enfatizar ações burocráticas em detrimento de avaliações críticas do processo. Nesta vertente tem-se uma dificuldade prática, já que muitos são os casos em que as pessoas dão ênfase a uma única variável do processo, a mensuração. Desta forma, perde-se de vista tanto a identificação, quanto a administração do futuro, onde a empresa e as pessoas poderão de fato transformar o potencial em realidade palpável. Portanto, o cuidado gira em tomo de não deixar "a ênfase do processo repousar mais sob o preenchimento de formulários do que sobre a avaliação crítica e objetiva do desempenho" (RIDER, 1973). A afirmação de Rider tem na nossa administração pública, exemplos os mais variados, onde o preenchimento do formulário supera o provável alcance social de uma decisão tomada a partir de um objetivo claro e insofismável, mas há um formulário a ser preenchido e, para aquele que não entende o alcance do objetivo, o formulário é tudo. • Quanto ao processo: o processo não pode ser visto como injusto, ou seja, as pessoas não podem enxergá-lo com "mais uma iniquidade (RIDER, 1973) contra a minha pessoa", pois do contrário estas não acreditarão na avaliação, podendo fazer com que todo o esforço da empresa "caia por água abaixo" como sugere o dito popular. Note, contudo, que uma avaliação tendenciosa pode englobar diversos tipos de cuidados, como, por exemplo, evitar os "obstáculos interpessoais, que se dá quando o avaliador se deixa levar por simpatias ou antipatias pessoais" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). Reforçando esta colocação, temos Marras (2000), que acredita que o avaliador deve ter o cuidado de não se deixar influenciar por uma qualidade do avaliado não tão relevante para a avaliação em andamento. • Quanto ao grupo de avaliadores: deve-se trabalhar com uma uniformidade dos avaliadores quanto à mensuração. Note que, neste caso, não há razão para desconsiderar as diferenças existentes nos avaliadores, apenas colocamos o cuidado que se deve ter, pois "diferentes graus de rigor" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001) podem gerar dificuldades quanto ao andamento da avaliação. Ademais, "classificações feitas por gerentes diferentes, especialmente gerentes de unidades diferentes, muitas vezes, não podem ser comparadas" (LEVINSON, 1997), porque tais gerentes têm, logicamente, acesso a informações, também distintas. Por outro lado, deve-se atentar para a questão da leniência, que trata da tendência que têm algumas pessoas de abrandar o seu julgamento sobre os avaliados, é o popular "panosquentes" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). Neste caso, o resultado fica distorcido, visto que os reais dados serão, como se costuma dizer, maquiados. • Quanto à consistência da avaliação: a avaliação não deve ser inconsistente, ou seja, "estar baseada em fatores de avaliação que não conduzem a nada e não agregam valor a ninguém (inócua)" (RIDER, 1973). Em outras palavras, o processo deve, necessariamente, agregar valor àqueles envolvidos. De nada adianta a empresa se propor a tal esforço se estiver alicerçada a valores que não a conduzirão a lugar algum. Da mesma forma, não adianta os comentários do avaliador serem feitos de maneira displicente, porque algumas críticas, se feitas de forma destrutiva, podem gerar um comportamento nada positivo, trazendo insatisfação e decepção, o que não interessa ao processo. Afinal a ideia é explorar o potencial humano e não destruí-lo, ou mesmo inibi-lo. Ou, então, torná-lo indiferente. • Quanto ao avaliador: a avaliação não deve conter o halo effect (efeito de halo), ou seja, o avaliador não pode "se deixar levar por alguma característica do avaliado, que o marcou de forma tão significativa que lhe impede de interpretar as demais características com neutralidade e clareza" (MARRAS, 2000). Este cuidado vai além da ideia de que o processo não deve ser inócuo, pois trata da posição do avaliador, porque ele não pode "nivelar o julgamento de uma pessoa por cima ou por baixo" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTU¬NA, 2001). Pelo contrário, o avaliador analisa os fatos com imparcialidade, pois "a ocultação ou distorção proposital de informações sobre o julgamento do avaliado, com o intuito de prejudicá-lo ou beneficiá-lo" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001) só tende a desvalidar o processo. É bom salientar que a neutralidade é quase uma utopia. Todos nós somos movidos pela emoção e sentimentos os mais variados, mas fica a sugestão da neutralidade, muito difícil, mas não impossível de ser exercitada. • Quanto ao avaliador, em relação aos avaliados: a avaliação não pode tender a um nivelamento das pessoas. A ideia, neste caso, é que o fato de pessoas diferentes estarem sendo avaliadas deve ser relevante, de modo que a proposta de alguns avaliadores de implementar o "efeito tendência central" (MARRAS, 2000), ou seja, forçar a sua avaliação para o ponto central da escala tornando os seus avaliados uniformes, não deve ser considerada. Os seres humanos são diferentes sim. Ademais, ao trabalhar da maneira descrita, "pode-se acabar não só negando aumentos a pessoas competentes, como também desmotivandoos" (THOMP-SON; DALTON, 1970). Por vezes avaliadores consideram que o melhor é avaliar buscando a tendência central por ser mais adequado no sentido de não serem criados problemas de relacionamentos entre os avaliados. Ledo engano, avaliar por igual é rota garantida para problemas de toda sorte. • Quanto às formas de implementação: as formas de implementação selecionadas devem estar diretamente relacionadas aos seus objetivos. Por mais óbvio que este procedimento possa parecer, há organizações que optam por determinado método de avaliação "sem realmente analisar que técnica, especificamente, seria mais adequada para um determinado objetivo de avaliação" (OBERG, 1997). Desta forma, certamente, ocorrerá distorção nos resultados, pois não existe o melhor método, mas sim aquele que melhor se adequar a sua realidade, de modo a minimizar os possíveis desvios. Assim, se você não se preocupar em descobrir o caminho certo para a sua organização certamente erros serão cometidos. Acreditamos mesmo que as obviedades da implantação geram equívocos. Aliás, coisas óbvias geram equívocos os mais variados, nas mais variadas contingências, nas mais variadas áreas da organização e em qualquer organização E implementação feita de forma ineficiente põe a perder um considerável esforço. Neste momento, tendo sido apontados alguns dos cuidados e deduzidos inúmeros outros, provando a complexidade do processo de AD, torna-se simples concluir a necessidade do total comprometimento tanto de avaliador e avaliado, quanto da própria organização. No entanto, para que as pessoas e a organização, de maneira global, se empenhem é vital entender a sua finalidade, tópico que você conhecerá logo a seguir. 5. FINALIDADES Uma questão a ser colocada e, por consequência, respondida é: para que implementar o processo de AU> Afinal de contas, se este consiste num processo tão complexo e cheio de cuidados, qual o sentido de se esforçar tanto para implementá-lo? Será que uma simples conversa informal não poderia equacionar e resolver os problemas, ou, simplesmente, apresentar soluções? Veja que em casos mais simples a ação sem formalidades pode ser suficiente, porém situações mais complexas, seguramente, exigirão ações técnicas cuidadosas e específicas. Portanto, cabe conhecer as finalidades do processo, de modo a compreender a essência da sua aplicação nas organizações. Veja, então, algumas destas finalidades. • Identificar o valor das pessoas para a organização: de forma extremamente objetiva, podemos dizer que esta finalidade visa mensurar qualitativamente o impacto de cada pessoa nos resultados organizacionais, ou seja, consiste em "julgar ou estimar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, a sua contribuição para o negócio da organização" (CHIAVENATO, 1999). E quando nos referimos a resultados organizacionais estamos, também, nos referindo a resultados objetivos como, por exemplo, resultados de natureza financeira. Entendemos que mesmo uma avaliação numa posição que, em princípio, não guarda alguma relação a resultados financeiros deve ser considerada, inclusive, para uma eventual conectividade e mostrar ao avaliado a importância de seu trabalho, inclusive para os resultados finais globais. • Desenvolver talentos: como os pontos fortes e fracos das pessoas da organização são detectados, via avaliação de desempenho, as necessidades de desenvolvimento tornam-se transparentes. De modo mais simplista, consiste "numa forma de dizer a um subordinado como ele está se saindo e sugerir mudanças necessárias" (McGREGOR, 1997). A avaliação de desempenho pode não ser o momento mais importante para o quadro funcional, mas não podemos duvidar da força de seus resultados e, assim, será uma ferramenta de valor na descoberta e na identificação dos talentos. E o desenvolvimento desses talentos ficará facilitado para T&D, principalmente. • Fornecer informações essenciais: que auxiliem o desenvolvimento das demais atividades referentes à gestão de pessoas. Em outras palavras, ao ponderar elementos até então subjetivos, tal processo passa a subsidiar as demais atividades relativas à gestão de pessoas "oferecendo dados de apoio para as decisões gerenciais no que diz respeito aos aumentos por mérito, transferências, demissões e assim por diante" (OBERG, 1997). E aqui vamos repetir o que aparece aqui e ali em nosso livro: não existem mais compartimentações nas organizações, ou seja, uma atividade qualquer tem alguma conexão com uma ou mais atividades e, não obrigatoriamente, dentro da mesma área. Fazer uma boa avaliação de desempenho significa que profissionais que cuidam dessa avaliação sabem de que informações os demais gestores necessitam para compreensão da ação de seu pessoal. • Tornar transparente a relação entre avaliadores e avaliados: ao se recolherem informações essenciais sobre o quadro funcional, identificar talentos potenciais e identificar o que as pessoas agregam para a organização, tem-se "a base para toda discussão entre superior e subordinado a respeito de assuntos do trabalho" (CHIAVENATO, 1999). E, por isso, quanto mais transparente for a relação entre avaliadores e avaliados maiores serão as possibilidades da identificação de talentos e do que as pessoassomam para a organização. • Abastecer a organização com avaliações periódicas: engana-se quem por um segundo chegou a imaginar que o processo de avaliação de desempenho deve ser feito uma única vez. Pelo contrário, o mundo em que vivemos é mutante o suficiente para exigir o "fornecimento de julgamentos sistemáticos" (Mc-Gregor, 1997). Por via de consequência, as organizações necessitam estar permanentemente empenhadas na atualização da AD. Em outro ponto deste capitulo, mencionamos que a AD deve ser realizada com alguma frequência. Alguma frequência porque a periodicidade vai depender de cada organização. Por exemplo, as avaliações de organizações onde os ganhos tecnológicos ocorrem em pequeno espaço de tempo têm de ser com alguma frequência, diferentemente de organizações onde tais ganhos ocorrem em longos períodos de tempo. De qualquer maneira, difícil considerar uma única avaliação uma vez por ano, qualquer que seja o negócio. Estamos convencidos de que você, a partir de algumas finalidades da AD, entendeu e percebeu algumas ou muitas vantagens da atividade que estamos detalhando. Contudo, vamos dedicar, a seguir, um tópico específico para as vantagens da avaliação do desempenho das pessoas na certeza de que será uma boa contribuição para que você entenda mais adequadamente o seu significado e a sua relevância. 6. VANTAGENS Antes de pensar que elas já foram apresentadas, retome ao sumário desta obra, pois a constatação será inversa. Isso mesmo, as vantagens da aplicação dos processos de avaliação do desempenho ainda não foram discriminadas. Na verdade, tanto os motivos que levam a sua aplicação, quanto as suas finalidades, certamente, já fizeram com que fossem levantadas algumas observações sobre motivos e finalidades. Mas a ideia é essa mesmo, possibilitar reflexões que antecipem os assuntos a serem tratados, a fim de facilitar a assimilação desejada. • Possibilita a descoberta de talentos: por meio da identificação dos atributos de cada pessoa. Para compreender esta vantagem é fundamental remeter-se às finalidades da AD, especificamente à ideia de desenvolver pessoas via identificação dos pontos positivos e negativos. Desta forma, não é difícil "descobrir o surgimento de novos talentos na organização" (MARRAS, 2000); logo, os processos que buscam a descoberta e retenção de talentos passam a ser utilizados com maior eficiência e eficácia, apresentando uma vantagem competitiva para a empresa. • Facilita o feedback às pessoas da organização: a avaliação quando realizada tende a tornar palpáveis informações até então desconhecidas até mesmo por quem estava sendo avaliado, e com esse feedback será possível desfrutar do que foi coletado e analisado e concluído pelos avaliadores, podendo a partir daí encontrar caminhos para autodesenvolvimento, pois, como já mencionado nas finalidades, a avaliação de desenvolvimento é, também, utilizada "como base para a instrução e aconselhamento do indivíduo por seu superior" (McGregor, 1997). Sem dúvida, essa é uma vantagem extremamente valiosa e nossos gestores de pessoas devem estar atentos aos procedimentos após as avaliações, porque haverá ocasiões em que o resultado da avaliação não é mostrado ao avaliado ou, então, é feita uma avaliação dos pontos principais, sem o necessário detalhamento que permitiria ao avaliado conhecer um pouco de si mesmo, na opinião de alguns profissionais da organização. • Auxilia o direcionamento dos esforços da organização: esta vantagem está diretamente conectada à finalidade que nos fala do fornecimento de informações essenciais que façam interface a outras atividades da gestão de pessoas. Para compreender tal conexão cabe saber que as vantagens da avaliação nada mais são do que uma natural consequência de suas finalidades, ou seja, neste caso, o fato de haver informações proporciona à organização a possibilidade de "identificar aquelas pessoas que necessitam de aperfeiçoamento" (MARRAS, 2000). • Auxilia o aprimoramento da qualidade de vida: ou seja, "constitui um poderoso meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade do trabalho e a qualidade de vida dentro das organizações" (CHIAVENATO, 1999). É interessante destacar uma variável citada pelo autor, a qualidade de vida, que vem sendo tão discutida no Brasil, onde as realidades são diversas, com altos e baixos nas várias regiões do país. De qualquer maneira, o autor tenta dar uma tintura mais, digamos, humana à avaliação formal das pessoas, porque é claro que a melhor qualidade de vida não terá uma única origem, e se tivesse não seria a avaliação individual a grande promotora de uma qualidade de vida mais justa. • Situa as pessoas na estrutura organizacional: o ponto central deste item é que, pelo fato de a AD subsidiar as demais atividades, deve-se admitir que sua utilidade não se esgota em apenas "apreciar o desempenho do indivíduo no exercício das funções inerentes ao seu cargo, mas também situa ele na escala impessoal de salários criada por aquela administração" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). Portanto, avaliar o desempenho não é apenas identificar a performance das pessoas, mas também, por meio desta identificação, situá-las na estrutura organizacional. É crucial que o gestor de pessoas entenda essa vantagem como algo que vai diferenciar a sua atuação de outros gestores. Uma "simples" avaliação de desempenho pode desencadear algumas ações que culminem com alterações significativas na estrutura da organização. • Incentiva a utilização do coaching: assim, a AD "ajuda ou estimula os supervisores a observarem seus subordinados mais de perto e a desempenhar melhor a função de treinadores (coaching)" (OBERG, 1997). Trocando em miúdos, o fato de os avaliadores deterem informações palpáveis, concretas acerca do avaliado simplifica a sua atuação de aconselhamento de forma individualizada, como propõe a tecnologia coaching, apresentada nas atividades de T&D desta obra e ao longo do Capítulo 9. O fato de as vantagens terem sido apresentadas logo após as finalidades certamente facilitará a ligação e a compreensão e assim organizará seus pensamentos e direcionará seus esforços para o desenvolvimento de novos tópicos. Entretanto, não se pode pensar nos pontos positivos apenas. O certo é analisar os dois lados da moeda a fim de obter uma visão crítica bem-elaborada para no momento da aplicação da avaliação as chances de não dar certo serem reduzidas ou mesmo eliminadas. Desta forma, o que importa é balancear ambos os lados, então gostaríamos que você acompanhasse o texto que segue e descubra os pontos nada vantajosos. 7. LIMITAÇÕES É importante ressaltar que os processos administrativos não são autossuficientes, e estão longe de serem considerados livres de imperfeições. Seguindo esta linha de raciocínio, vale estudar os itens a seguir no que diz respeito às limitações, a fim de entender melhor os pontos fracos, e saber como lidar com eles. • Serve de justificativa para discussões salariais: tendo em vista que, ao mesmo tempo em que oferece feedback às pessoas da organização, possibilitando o seu autodesenvolvimento, o processo de AD serve para situar as pessoas na estrutura organizacional, como vimos nas vantagens, podendo gerar a partir daí argumentações direcionadas a salários e vantagens face a uma possível nova posição funcional numa outra unidade. Logo, tal processo apresenta "dois objetivos conflitantes que transformam, muitas vezes, o sistema de avaliação tradicional em basicamente uma discussão salarial na qual o gerente justifica as medidas tomadas" (MEYER; KAY; FRENCH JR., 1997). E o titular da área de pessoas deve ser extremamente cauteloso ao enfrentar situações como essa que estamos mencionando. • Trata-se de um processo vulnerável: para compreender esta limitação não é preciso voltar muito na leitura, poisde tempos em tempos enfatizamos a dificuldade que se tem de tornar objetivo algo tão subjetivo como o desempenho. Em muitos casos, "as avaliações fornecem informações inadequadas sob as sutilezas do desempenho, os gerentes frequentemente fazem julgamentos arbitrários" (LEV1NSON, 1997), o que é prejudicial para o futuro da organização, ou mesmo de seu quadro funcional. É comum pedir clareza em pedidos e em informações, mas é comum não se ter o que se deseja de forma clara. E isso acontece, também, com as avaliações de desempenho e, nesse caso, atingindo o que há de mais relevante nas organizações: as pessoas. • Há uma tendência à exclusão dos não envolvidos diretamente: com o processo. Pode parecer meio redundante, mas a ideia central é a de que aquelas pessoas que "não participam efetivamente do processo acabam não tendo a oportunidade de discutir ou mesmo 'defender' ou argumentar os posicionamentos do avaliador, provocando um distanciamento cada vez maior" (MARRAS, 2000). Em outras palavras, se você não representa influência direta nos resultados da organização, dificilmente terá oportunidade de questionar a avaliação feita de modo que cada vez menos você se sentirá participe do processo, o que pode acarretar sua desmotivação e seu desinteresse pela organização. Em outras palavras, os gestores devem estar atentos a essa circunstância possível e que traz dificuldades, e em nada ajuda os processos todos. • Dificuldade de manter as avaliações periódicas: apesar de a aplicação de avaliações periódicas ser uma das finalidades do processo de avaliação do desempenho, a elaboração e a aplicação dependem do feedback oferecido às pessoas pelos avaliadores. Todavia, apesar de as organizações solicitarem aos avaliadores o fornecimento de feedback contínuo a seu pessoal, "não há mecanismos internos para garantir que essa solicitação seja atendida"; logo, em muitos casos, são fornecidos feedbacks com algum ou muito atraso, definido assim pelo autor, que "além de criar frustração, quando o bom desempenho não é reconhecido rapidamente, gera raiva, quando o julgamento se baseia em inadequações passadas" (LEVINSON, 1997). O gestor de pessoas tem de estar atento a essas possíveis falhas de percurso e providenciar para que nada se repita. Nós queremos que você entenda que não há nada mais desintegrador do que ausência de informações sobre a avaliação do desempenho quando existe o compromisso dessa disponibilização. Usando uma frase bastante popular: se vendeu tem de entregar a mercadoria. • Se constante, AD inibe o desenvolvimento criativo do potencial humano: na medida em que pessoas criativas necessitam de certo grau de liberdade para desenvolver seu potencial. Porém, manter avaliações constantes, dependendo da maneira como é realizada, pode representar um controle na visão das pessoas em processo de avaliação. Veja a seguir um exemplo bastante simples: para escrever determinada obra foi concedido ao autor o prazo de 12 meses. Entretanto, a editora resolveu acompanhar o desempenho estipulando que 40 páginas fossem elaboradas por mês. Contudo, logo no início do contrato, verificou-se que somando a produção dos meses de março e abril apenas 40 páginas tinham sido produzidas, isto quer dizer que somente 50% do estipulado foi alcançado. Note que não estamos julgando o quesito qualidade, porque a editora direcionou a sua avaliação para o número de páginas produzidas; logo, a conclusão a que se chega é que o tipo de avaliação adotado pode restringir a capacidade produtiva da pessoa. Mas deixe-nos terminar o exemplo: pode restringir por uma razão muito simples: é raro encontrar um autor que se determine a escrever tantas páginas por dia. A criatividade, exigência típica a qualquer escritor, não surge a partir da exigência de certo número de páginas a cada dia, mas sim de explosões intelectuais, intuição, que podem acontecer a qualquer momento do dia, da noite ou da madrugada mesmo, à frente de um computador ou dirigindo um carro ou mesmo quando no exterior durante uma sessão de cinema. • Dificulta a avaliação do grupo: este tipo de procedimento sempre tende a recair numa avaliação individualizada. Para facilitar a compreensão deste tópico, imagine a seguinte situação: Tatyana, Aryana e Fernanda devem apresentar um trabalho em grupo. Taty, que não quer saber de nada, ignora o tal trabalho. Fernanda e Aryana, por outro lado, se desdobram para elaborá-lo. Como era previsto, no dia da apresentação, Taty mal sabia o que deveria falar. Claro que o trabalho era em grupo e deveria ser avaliado desta forma, mas, certamente, se o professor Carlos Cunha procedesse desta maneira, iria prejudicar duas pessoas por culpa de uma que nada quis o tempo todo. É bem verdade que existe um argumento que o alunado ouve com razoável frequência: se o trabalho era em grupo, tinha de ser trabalhado pelo grupo. Se apenas um trabalhou e dois nada fizeram, eu não posso fazer nada. A culpa é de todos e a nota é uma só. Dou três. Felizmente, os tempos mudaram e sabemos que o professorado entende que é preciso ouvir o que de fato aconteceu e só a partir daí tirar conclusões. Ou seja, não ter um comportamento único que seria o de prejudicar um ou mais participantes. Portanto, neste caso, é difícil avaliar o grupo, pois vai depender do que realmente aconteceu. Observe, contudo, que podemos identificar esta limitação também no cotidiano das organizações, como veremos mais à frente no tópico referente ao processo de avaliação de desempenho em diversas perspectivas. Cabe, neste momento, nos reportarmos a Levinson (1997), que faz uma afirmação importante em se tratando das limitações descritas anteriormente. Segundo o autor, há uma tendência dos gestores a se esquivarem, alegando que tais deficiências são fruto das ações das pessoas e não dos procedimentos dos sistemas; logo, "a avaliação de desempenho precisa ser vista não como uma técnica, mas sim como um processo que envolve pessoas e dados" (LEVINSON, 1997). Em outras palavras, a partir do momento em que se considera a AD como um processo, têm que se levar em consideração as diversas particularidades das pessoas envolvidas, não desconsiderando suas características. Note que esta avaliação deve ser encaminhada de maneira objetiva, e não deve conter o chamado efeito de halo, ou seja, o avaliador não pode se deixar influenciar, de maneira alguma, pois isso só tende a invalidar o processo. Entretanto, este fato já foi mencionado e discorrido quando tratamos de alguns cuidados necessários para a implementação do processo. Qualquer dúvida, retome a este tópico e releia com mais atenção. Agora que uma série de vantagens e limitações foi desenvolvida e comentada e algumas dúvidas foram esclarecidas, podemos prosseguir com a leitura e descobrir como a avaliação de desempenho pode ser, efetivamente, aplicada nas organizações. Para tanto, é preciso conhecer e entender os pré-requisitos indispensáveis para implementação da AD. Desta forma, é de grande valia analisar com atenção o tópico a seguir. 8. PRÉ-REQUISITOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO Para garantir a excelência do processo, é necessário que os pré-requisitos a seguir sejam bem-compreendidos para, no futuro, compor uma avaliação de desempenho eficaz, porque sua implementação foi bem-projetada, lembrando que a adequação à cultura de cada organização é indispensável para a aplicação ser considerada eficiente. Os pré-requisitos podem ser observados a seguir: • Clareza de objetivo em sintonia com o desempenho: é apresentado como o primeiro pré-requisito, não por ser o mais importante, mas sim por considerarmos que, após o entendimento deste, fica mais fácil compreender os demais. Note que o "desempenho e objetivos devem ser tópicos inseparáveis da avaliação do desempenho" (KOONTZ, 1972), porque quando se tem um objetivo bem-definido e bem-coordenadocom o desempenho da pessoa, o desenvolvimento dessa pessoa ocorrerá da forma mais natural possível, facilitando todo o processo. • Determinar o responsável pelo processo: ao pensar em implementar um processo de avaliação, qualquer que seja ele, deve-se voltar a atenção para a pessoa que irá se responsabilizar tanto pela sua aplicação quanto pelos procedimentos, pois em caso de sucesso certamente aparecerão diversos responsáveis. Do contrário, dificilmente, alguém se culpará pelo fracasso, mantendo sempre o conhecido jogo de empurra, onde, na maioria das vezes, não se descobre o verdadeiro culpado, por assim dizer. • Haver concordância de ambas as partes: tanto de quem avalia, quanto de quem é avaliado. Entenda que, ao analisar e aceitar a opinião de outras pessoas da organização, você, por exemplo, deverá estar consciente de que esta ação acarretará resultados futuros. Desta forma, o consentimento é extremamente importante para que o processo flua corretamente. A imposição já não faz mais sentido nos dias de hoje. Crianças de quatro anos argumentam com os pais, pais procuram palavras para convencer seus filhos e isso quer dizer que as palmadinhas deixaram de ser "argumentos definitivos". E se crianças de três ou quatro anos já detêm o poder da palavra, imaginem na fase adolescente ou adulta. Se você, aluno(a) de um curso de graduação, sabe que hoje pode discordar do(a) professor(a), no passado as pessoas mais velhas nem mesmo se imaginavam discordando. E estamos falando de uma média de situações. É lógico que havia docentes que gostavam de ouvir argumentos e discentes que tinham receio de algum questionamento. Repetindo: concordância, consentimento deve ser a tônica na avaliação das pessoas no exercício de suas atribuições. 9. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: SOB DIFERENTES ENFOQUES Neste momento, compreendidos os pré-requisitos e com o intuito de obter uma aplicação adequadamente programada, uma complementação é necessária, pois, quando o assunto é avaliação de pessoas num meio organizacional, algumas questões devem ser vistas e revistas. Questões como: quem deve avaliar quem? A auto avaliação funciona? Qual o papel dos supervisores na AD? O grupo interfere na avaliação individual ou é o oposto que ocorre? Qual (is) enfoque(s) melhor se ajusta (m) à sua realidade? Observe que os enfoques apresentados a seguir, além de não serem excludentes, independem da forma de implementação escolhida, razão de este tópico ter sido incluído antes daquele que se refere às formas. • As pessoas da organização: retomando a ideia central de a organização ser formada por pessoas, que por sua vez são as principais responsáveis pelo seu progresso, ou mesmo sobrevivência, conclui-se que, ao focalizar as pessoas que serão avaliadas, "o ideal é que cada uma delas avalie o seu próprio desempenho" (CHIAVENATO, 1999), partindo de critérios preestabelecidos a fim de minimizar a conhecida subjetividade do processo. Note que o autor coloca a palavra ideal, pois na realidade de diversas empresas quem avalia o desempenho do corpo funcional é o próprio chefe direto. Entretanto, não há ninguém melhor que a própria pessoa para saber onde se encontram as suas carências e virtudes, de modo que "somente a avaliação individual pode mapear os pontos fortes e os pontos fracos da pessoa" (TACHIZAWA; FERREIRA; FOR-TUNA, 2001), proporcionando não só o seu crescimento, mas também o da organização de maneira global. É verdade que a auto avaliação pode causar algum exagero positivo, mas é o chefe quem deverá trocar ideias a respeito de eventuais excessos positivos e de alguns esquecimentos nada positivos. • Os superiores: antes de explicar como proceder nesta alternativa é necessário que uma leve confusão seja desfeita, pois ao ler pessoas da organização no item anterior e compreender que o ideal é que a própria pessoa faça a auto avaliação, por assim dizer, você pode imaginar que com os superiores o processo deveria ser o mesmo, na medida em que eles também são pessoas da organização, correto? Errado. Apesar de os superiores serem pessoas da organização o procedimento deve ser diferente, porque ao enfocar os superiores, certamente o objetivo do processo será avaliar as pessoas enquanto ocupantes de cargos deste nível. Portanto, para conseguir implementar o processo de AD com este enfoque, pode-se recorrer a uma "avaliação para cima" (CHIAVENATO, 1999), ou seja, oferecer às pessoas a possibilidade de avaliar seus superiores sob o aspecto de proficiência de recursos e, até mesmo, sugestões de incrementos. Desta forma, é essencial compreender que o processo de AD consiste numa "avaliação em mão-dupla" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). • A equipe: neste caso, a responsável pelo processo é a própria equipe, que "avalia o desempenho de cada um de seus membros e programa com cada um deles as providências necessárias para a sua melhoria" (CHIAVE-NATO, 1999). Em outras palavras, consiste numa troca de experiências, em que todos avaliam determinado membro e buscam caminhos para ele. Desta forma, não só se constata a importância do grupo, mas também se permite "que o gestor verifique a efetividade do fluxo interno do processo produtivo e a participação de cada um no produto ou serviço final" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). É interessante notar que constatar "a participação de cada um", última vantagem salientada pelos autores acerca desta alternativa, recaia no primeiro item apresentado: as pessoas da organização, de modo que a questão levantada nas limitações deste processo procede, ou seja, tal procedimento dificulta a avaliação do grupo. • As equipes: destaque para a pluralidade do item, pois englobam as avaliações feitas acerca dos setores, das unidades, da organização, ou mesmo de um conjunto de equipes que interagem, logo, este item não deve ser confundido com o apresentado anteriormente, pois apesar de seus procedimentos serem semelhantes, a visão aqui é ampliada. Ou seja, o importante é a inter-relação entre as equipes e não uma equipe em particular; todavia, caso haja equipes mais ou menos importantes no processo produtivo, "recomenda-se atribuir previamente pesos a cada uma delas, mantendo-as sempre que o ciclo de avaliação seja reiniciado" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). 10. FORMAS DE IMPLEMENTAÇÃO Neste momento, tendo definido o(s) foco(s) do processo a ser implementado, vale entender as formas disponíveis para tal procedimento, ou seja, conhecer os meios e modos que facilitam tal procedimento. Entretanto, antes de apresentar as formas, vale destacar a classificação feita por Marras (2000), onde o autor coloca que uma organização pode administrar a mensuração sob três campos. O primeiro campo apresentado pelo autor é referente aos resultados, em que as metas funcionais são previamente definidas pela própria empresa. Lembrando que, neste caso, a variável "tempo" é bastante relevante para a excelência do processo. Por falar em resultados, é importante esclarecer que estes podem ser apresentados tanto quantitativa (por meio de valores) quanto qualitativamente (por meio da análise de seus atributos). Em seguida, ele fala do campo do conhecimento, que consiste em acompanhar o desenvolvimento das pessoas da organização, em se tratando da evolução profissional de cada uma delas. E, por último, mas não menos importante, é apresentado o campo do comportamento, onde é analisada a maneira como a pessoa se porta, atrelada aos seus valores e relacionada aos padrões culturais previamente definidos. É importante compreender que estes três campos não foram apresentados em vão. Pelo contrário, aldeia é você conseguir relacionar constantemente as formas de implementação com os campos apresentados. Em outras palavras, é sugerido que você administre a mensuração sob três aspectos: resultado, conhecimentoe comportamento. Portanto, com o intuito de não só facilitar o aprendizado, mas também ampliá-lo, seguem algumas das formas de implementação. • Escalas gráficas: de forma bastante sucinta, pode-se afirmar que dizem respeito à utilização de indicadores de desempenho para a elaboração de gráficos, que facilitarão a avaliação. Vale ressaltar que a avaliação por indicadores, neste caso, deve ser feita sob o campo dos resultados apresentado anteriormente, ou seja, implica não só a análise quantitativa, mas também qualitativa. Para facilitar o entendimento, observe o Quadro 6.1. O Quadro 6.1 tem o propósito de proporcionar a você uma opção de como proceder com as escalas gráficas. Neste exemplo, a ideia é a de avaliar o desempenho do alunado de determinada turma. Assim, um de seus docentes ficou responsável pela tarefa. A avaliação foi feita da seguinte maneira: primeiramente foram definidos três indicadores (assiduidade, participação e trabalhos) com os seus devidos pesos, no processo (25%, 25% e 50%, respectivamente). Logo em seguida, escalas de excelência — excelente, bom, razoável, ruim — foram associadas a tais indicadores por meio de valores atrelados. Note que os valores só foram apresentados na própria ficha que se manteve em poder do avaliador e, ao final da coleta de dados, multiplicou-se o número obtido pela soma dos valores referentes à escala de excelência, pelo peso atribuído a cada indicador. Desta forma, completa-se a avaliação de desempenho de cada integrante da turma, de modo a alcançar conclusões como: "ele se destaca, está acima da média, na média ou apresenta desempenho insatisfatório" (OBERG, 1997), dependendo dos números apresentados ao final da análise da escala gráfica. • Observação direta: é importante entender que as formas apresentadas nem sempre excluem a utilização de outra forma; pelo contrário, em muitos casos são complementares. Para facilitar o entendimento basta voltar ao exemplo anterior e questionar sobre a forma com que o indicador participação foi coletado, porque consiste em algo de alguma subjetividade. Portanto, neste caso, apesar de a observação direta "parecer um método um tanto quanto ultrapassado, ela ainda é utilizada inclusive por algumas das funções de mais alta tecnologia" (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000) e se enquadra perfeitamente nesta realidade. Do contrário, como poderia o alunado ser avaliado no quesito participação? Calma, pois não estamos excluindo as demais formas, mas sim demonstrando que a observação direta ainda tem um espaço significativo na vida das organizações, podendo consistir em muitos casos no melhor caminho a se percorrer. Mas é bom ressaltar que a observação direta pode ser desastrosa, porque, nesse caso, o avaliador pode dar a interpretação que desejar a determinado comportamento, atitude ou algum gesto mesmo ou até um olhar do alunado em observação. • Listas de verificação (checklist): este método, apesar de bastante tradicional, é utilizado pelas empresas até os dias de hoje, na medida em que as organizações, em geral, buscam avaliar o desempenho com base nos fatores individuais. Como o próprio rótulo sugere, a lista de verificação funciona como uma forma de aviso, a fim de que o gestor responsável analise somente as características essenciais das pessoas da organização. Entenda que, "na prática, é uma simplificação do método das escalas gráficas" (CHIAVENATO, 1999), visto que o resultado apresentado é uma reunião de comportamentos, adjetivos ou descrições das pessoas avaliadas. Portanto, a implementação do checklist é semelhante à das escalas gráficas; contudo, o avaliador, neste caso, quando achar que a pessoa possui determinada característica, deve fazer uma marca diferencial; caso contrário, nada deve ser feito. Por conseguinte, a pessoa que estiver avaliando terá base para suas conclusões acerca das outras pessoas, de modo a checar as informações anteriores. • Pesquisa de campo: em se tratando de avaliar o desempenho, a ideia desta modalidade é um pouco diferente do que se possa imaginar, na medida em que seu rótulo sugere a ida ao campo, pura e simplesmente, para coletar dados. Pelo contrário, neste caso, consiste numa forma de aplicação clássica e uma das mais completas no campo da AD. É interessante compreender que suas bases estão no "princípio da responsabilidade de linha e da função de staff, o processo", segue Chiavenato. Trocando em miúdos, entenda função de staff como a responsabilidade dos avaliadores no processo de AD. Já a responsabilidade de linha, como o papel dos gestores, por assim dizer. Desta forma, a ideia da pesquisa de campo é de que haja uma troca entre estas duas posições acerca da pessoa a ser avaliada, de modo que ambas as atividades trabalhem em conjunto, avaliando no grupo o desempenho das pessoas individualmente. Portanto, esta forma de implementação, além de aumentar o grau de validação do processo, "permite que o pessoal administrativo central desenvolva uma consciência dos vários graus de brandura e severidade exibidos pelos avaliadores em diferentes departamentos" (unidades) (OBERG, 1997). Vale destacar da assertiva o fato de que a troca de informações por parte dos avaliadores minimiza a tendenciosidade no processo. • Incidentes críticos: neste caso há a ideia simplista de avaliação, onde o enfoque é dado sob os pontos fortes ou fracos do avaliado. Em outras palavras, são avaliadas as atitudes das pessoas de forma extrema, ou seja, sem se preocupar com alguns traços de personalidade. Para tanto, é necessário que "os avaliadores anotem os incidentes diariamente ou no mínimo semanalmente" (OBERG, 1997), de modo a manter atualizada alguma forma de registro. Assim, a preocupação central se encontra nos extremos, ou melhor, nos pontos críticos, deixando o meio num segundo plano. Logo, a tendência é que sejam "representados desempenhos altamente positivos (sucesso) ou altamente negativos (fracasso)" (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000), o que para avaliar determinado processo que apresenta falha pode ser de grande valia. Aqui, a nossa expectativa é de um cuidado especial do gestor de pessoas, face às possibilidades concretíssimas de muitas injustiças. E, infelizmente, temos de concordar que tais avaliações existem e, em muitas oportunidades, acaba sendo destruidor de talentos, garantindo um alto índice de desmotivação e responsável por alguns pedidos de demissão. Insistimos: o gestor de pessoas tem de ser extremamente cuidadoso quando percebe que a avaliação é em cima, muitas vezes, uma projeção da personalidade da chefia imediata. Explicando melhor, a chefia imediata não gosta de pessoas do sexo masculino de brinco ou de pessoas de ambos os sexos com tatuagens e termina por concluir a sua avaliação dando importância a essas inovações inocentes dos nossos tempos. Nós insistimos nos cuidados a serem tomados pelos gestores, porque não concordamos com posturas de algumas chefias que preferem o conservadorismo em detrimento de novas formas de enfrentar a vida, sem causar mal a ninguém. Ninguém mesmo. • Avaliação por escrito: esta forma de aplicação assemelha-se à de incidentes críticos. Observe que a palavra utilizada foi assemelhar e não igualar, pois neste caso trata-se de um enfoque macro que se opõe àquele simplista, micro, abordado anteriormente. Para facilitar o entendimento, basta compreender o processo neste caso, onde, além de avaliar os extremos, o responsável pelo processo tem a possibilidade de apresentar, por exemplo, os potenciais do avaliado. Note que para avaliações por escrito, normalmente, a forma é indefinida, de maneira que sua "maior limitação é a variabilidade em termos de tamanho e conteúdo. Sendo assim, é difícil combinar ou comparar as classificações atribuídas através dessa técnica" (OBERG, 1997). Porém, este obstáculo não pode ser visto como forma de impossibilitartal procedimento, na medida em que ao avaliar com um certo grau de liberdade da expressão escrita, sem ter que se adequar aos espaços do formulário pré-concebido, onde muitas vezes pontos que queremos ressaltar não têm espaço suficiente. É claro que o gestor de pessoas é fundamental num momento como esse, pois terá de estar alerta para a elaboração dos formulários, tentando evitar (evitar mesmo é quase impossível) diagramações inadequadas. • Método comparativo: a ideia deste método é "utilizar análises comparativas entre uma e outra pessoa da organização ou entre esta última e o grupo onde ela atua" (MARRAS, 2000). Por mais óbvio que tal procedimento possa parecer, vale retomarmos o fato de que as formas apresentadas nem sempre são excludentes, mas, em muitos casos, complementares; logo, se torna simples deduzir que as "análises comparativas" tratam dos cruzamentos de quaisquer formas de avaliação do desempenho individual. Entretanto, você deve estar se perguntando para que comparar desempenhos se pessoas são seres tão peculiares. A resposta é simples, pois o confronto destas avaliações proporcionará a definição de "padrões desejáveis e indesejáveis de desempenho, de modo que as características do avaliado poderão ser comparadas com estes padrões" (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000), gerando atitudes-padrões que facilitam a gestão desde que bem-aplicadas e, logicamente, o gestor de pessoas deverá estar atento, porque esse método abrange toda a organização, mas de forma comparada, que vai exigir cuidados adicionais. • Padrões de trabalho: é fundamental saber que esta alternativa pode ser considerada uma variação do método comparativo, porque consiste no "estabelecimento de metas de trabalho e administração para as pessoas da organização, destinadas a melhorar a produtividade" (OBERG, 1997). Portanto, ao invés de solicitar que as pessoas determinem as suas metas, a própria organização estabelece os padrões que deverão ser seguidos em determinado período, padrões estes que podem ser definidos por meio de métodos comparativos. Poderíamos dizer que essa seria uma maneira de certa forma simples de ser aplicada e analisada, por existirem padrões previamente estabelecidos e conhecidos. Note que a pessoa avaliada deve saber da existência de padrões e deve conhecê-los. • Escolha forçada (forced choice): apesar de ser um método de certa complexidade, a escolha forçada "oferece a possibilidade de neutralizar o subjetivismo, fato este que o torna um instrumento de avaliação mais objetivo e eficaz que os demais em uso" (MARRAS, 2000). Então, vale destacar que a maior vantagem do forced chofre em relação às demais formas de aplicação é o fato de que ele, repetindo, possibilita a minimização da subjetividade do processo ao "estabelecer padrões de comparação objetivos entre os indivíduos" (OBERG, 1997). Neste momento uma ressalva é necessária, pois, ao falar de comparação e estabelecimento de padrões, certamente você deve estar um pouco confuso com esta forma vis-à-vis o método comparativo. Todavia, a escolha forçada, diferentemente do método comparativo, trata da "atuação dos indivíduos por meio de frases descritivas de determinado tipo de desempenho da pessoa, em relação às tarefas que lhe forem atribuídas" (LUCENA, 1992). Assim, a função do avaliador é apenas a de indicar a relação entre o desempenho revelado e a descrição feita, forma esta que o obriga "a considerar somente o trabalho e os respectivos resultados e não a personalidade do avaliado" (MARRAS, 2000). Aqui o gestor de pessoas deve cuidar de não permitir entendimento não correto, evitando, assim, resultados que não traduzem a realidade. • Avaliação por objetivos (APO): esta roupagem apareceu pela primeira vez na obra The practice of management (1954) de Peter Drucker, fato este que o fez criador desta forma de implementação. Para exemplificar este método vale refletir acerca da figura do atleta, ou seja, alguém que, em princípio, conhece seus potenciais e suas limitações melhor do que qualquer um e sabe exatamente qual é o seu objetivo. Por outro lado, o treinador também, em princípio, conhece perfeitamente a sua equipe e sabe qual é o ponto a ser alcançado. Desta forma, os interesses de ambos — treinador e atleta — raramente entram em conflito; pelo contrário, se unem e se fortalecem, de modo que o atleta busca o melhor de si, superando em muitos casos a expectativa do treinador. Portanto, é interessante notar que, da mesma maneira que as demais formas de implementação, a APO requer a participação ativa tanto do avaliador, quanto do avaliado, pois se o atleta desconhecesse o objetivo final da equipe, poderia como diria o ditado popular, "nadar, nadar e morrer na praia". Entretanto, é essencial compreender que ao ser apontado no exemplo: "o atleta busca o melhor de si, superando em muitos casos a expectativa do treinador", uma diferença foi observada, na medida em que a avaliação por objetivos "permite substituir a administração por domínio pela administração por autocontrole" (DRUCKER, 1964). Em outras palavras, a ideia é a de fornecer algum grau de autonomia para que os avaliados não busquem somente o resultado satisfatório, mas também o otimizado, por meio de sua motivação, sendo o desempenho avaliado com base no atingimento das metas. Contudo, "deve-se notar, que quando se aplica a APO em níveis mais baixos da organização, as pessoas nem sempre querem se envolver na fixação de seus próprios objetivos" (OBERG, 1997). • 360 graus: apesar de estar em evidência no início deste século, o seu princípio é bastante simples teoricamente falando, pois parte da ideia de que "quem emite os feedbacks são pessoas situadas em diferentes posições ao redor do receptor e que fazem parte de sua rede de contatos: superior imediato, subordinados, stakeholders, entre outros" (REIS, 2003). Em outras palavras, avaliar o desempenho por meio do método 360 graus implica a seguinte condição: os responsáveis pela avaliação serão representados por todos aqueles interessados no processo de AD, tanto agentes internos, quanto externos (stakeholders). Entenda stakeholders como "pessoas (agente externo) que detêm algum interesse negociai frente à empresa" (ARAUJO, 2004). São exemplos: fornecedores, consumidores, mercado financeiro e Organizações Não Governamentais (ONGs). Portanto, ao executar uma avaliação usando a dimensão de 360 graus, a pessoa avaliada está sendo exposta, fato este que pode ser bom ou ruim. Bom no sentido de que ela, pessoa avaliada, pode ter ganhos e permanecer numa zona de conforto, podendo melhor se ajustar às diferentes demandas, tanto internas, quanto externas. Ruim, porque o avaliado pode não estar preparado emocionalmente para receber críticas, até mesmo construtivas, mas que certamente não serão no caso dele, gerando um obstáculo para o seu desenvolvimento e, em muitos casos, também o daqueles que o cercam. • Balanced Scorecard (BSC): algumas pessoas podem vir a estranhar que o BSC, um sistema de gestão em longo prazo, venha aparecer como uma forma de aplicação na AD. Contudo, o que poucas pessoas sabem é que este sistema, inicialmente desenvolvido pelos americanos Robert S. Kaplan e David P. Norton na década de 1990, surgiu com o intuito de avaliar o desempenho sob quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento. Observe que, ao proceder com base em quatro diferentes variáveis, o Balanced contrapõe-se ao método tradicional que enfoca somente a variável financeira. Por via de consequência, uma de suas vantagens consiste na possibilidade de criar procedimentos e não apenas avaliar os já existentes. Ademais, pelo fato de implicar uma relação de causa e efeito jamais se tem a crença de que a organização possui uma vantagem competitiva eterna tendo como foco melhoriascontínuas. Para facilitar o entendimento desta sistemática vale compreender a Figura 6.11, onde as quatro perspectivas do BSC são apresentadas nos retângulos, enquanto os objetivos estratégicos de cada uma delas aparecem logo abaixo em retângulos menores. Desta forma, tarefas são definidas para o atingimento da meta em cada objetivo estratégico, de modo que o não-atingimento destas metas leva à reformulação das tarefas. Em suma, o objetivo estratégico serve de alicerce para a definição de metas e as ações que deverão ser realizadas para o alcance destas é que poderão ser substituídas no caso do não atingimento da meta. É importante atenta¬-10 para esse processo de reformulação das tarefas, pois trata-se da relação causa e efeito referida anteriormente. O que pretendemos é passar a você uma possibilidade bastante atual, enquanto se aplica essa sistemática dentro das possibilidades demonstradas pelo gráfico, de fazer avaliações de desempenho das pessoas envolvidas. Muito provavelmente não será uma avaliação definitiva, mas muito certamente será um gigantesco subsídio para outras formações de implementação na avaliação de desempenho. Primeiramente, é importante saber que o objetivo deste tópico foi o de apresentar algumas das formas de implementação da AD. Seguramente, determinadas vantagens e limitações de tais formas apareceram, todavia não era este o objetivo, mesmo porque os prós e contras do processo já haviam sido abordados anteriormente. Outro ponto relevante se refere à crença de que existe um modelo ideal de implementação. Pelo contrário, "a maneira mais eficaz de fazê-lo depende da situação. Não existe apenas uma única resposta correta" (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000). E, por tudo isso, deixamos ao gestor de pessoas a definição da melhor forma de implementação que poderá ser uma das apresentadas ou uma combinação de todas elas ou de outras, eventualmente, não listadas anteriormente. 11. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: ONTEM, HOJE E TENDÊNCIAS Certamente, ao iniciar a leitura referente ao processo de AD, algumas pessoas podem ter pensado que avaliar o desempenho é uma atitude natural de qualquer empresa, mesmo porque desta forma será possível conhecer as pessoas e confirmar talentos e potenciais. Contudo, é importante salientar que, apesar do fato de "um sistema de avaliação formal ser, no mínimo, uma tentativa elogiável de tornar visível e, portanto, aperfeiçoável, um conjunto de atividades organizacionais essenciais" (OBERG, 1997), muitos críticos a consideram prejudicial e sem utilidade. Por quê? A resposta pode estar nos primórdios da AD, onde "a avaliação de desempenho do supervisor era considerada tabu" (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001), ou seja, a visão dos críticos pode estar fundada não na ideia de avaliar o desempenho, mas na possibilidade de todas as pessoas da organização serem avaliadas sem discriminação, pois na "abordagem convencional o gestor era colocado na posição insustentável de juiz do valor pessoal dos subordinados, obrigando-o a agir de acordo com esses julgamentos" (McGregor, 1997). Desta forma, é no mínimo complicado admitir que tais gestores aceitem processos como, por exemplo, os 360º graus, com alguma facilidade. No entanto, a figura do gestor como "juiz de valor" não é mais real na grande maioria das organizações. Pelo contrário, aquela hierarquia visível onde o chefe mandava no subordinado vem dando espaço a uma nova estrutura, horizontalizada, com menos níveis hierárquicos, maior descentralização do poder e mais autonomia às pessoas da organização. Em outras palavras, "as organizações estão substituindo a estrutura funcional e departamentalizada pela organização por processos ou por equipes, alterando profundamente os sistemas de indicadores e de mediações dentro delas" (CHIAVENATO, 1999), fato este que toma a figura do "juiz de valor" obsoleta. É importante atentar você para o impacto da palavra obsoleta no final do parágrafo anterior, pois a ideia é que o "juiz de valor" não mais detém um poder decisório definitivo em relação àqueles em procedimentos de avaliação na medida em que a organização irá trabalhar com foco nos seus processos, sendo estes executados por equipes que não necessariamente se encontram numa mesma unidade, mas que, certamente, se encontram vinculadas a algum gestor da organização ainda que temporariamente. Portanto, a profunda alteração a que o autor se refere consiste na forma de implementação, ou melhor, a partir do momento em que as pessoas da organização passam a ter maior autonomia, pode-se aplicar a auto avaliação que é considerada ideal apresentada anteriormente. Todavia, aplicar o método de auto avaliação requer habilidade do gestor e tempo, contudo sabemos que "a motivação e o desenvolvimento mais eficaz das pessoas da organização podem justificar algum custo adicional" (McGREGOR, 1997). Em suma, estamos falando da influência da horizontalização nas organizações no processo da AD, porque, se num passado não tão distante a hierarquia permitia que um simples esquema burocrático e rotineiro desenvolvesse o processo, hoje temos uma burocracia que dá espaço para novas incursões no campo da análise do corpo funcional visando a fundamentalmente integrar os vários processos de gestão das pessoas, descartando o que era no passado uma atividade de cada chefe, sem maiores preocupações com o todo organizacional. 12. ENFIM... No decorrer deste capítulo, foram desenvolvidas as características referentes à avaliação de desempenho, de modo que possíveis interpretações errôneas fossem retificadas. Assim, alguns entendimentos equivocados, fruto da origem do processo de AD, como, por exemplo, a associação que um número considerável de pessoas faz deste procedimento com a remuneração salarial, foram desfeitas, porque hoje entendemos que a avaliação abrange a performance das pessoas da organização sob diferentes ângulos e não se limitando apenas à determinação de salários. Com o intuito de desmistificar a avaliação de desempenho, foram apresentadas as definições dos termos que compõem o seu rótulo, para que em seguida o mesmo fosse visto em sua totalidade. Dessa forma, delimitamos as três palavras-chave que facilitam na compreensão do processo: identificação, mensuração e administração. Sem esquecer, é claro, que a ponderação, neste caso, é feita sob os CHAs (conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas da organização). Compreendido o procedimento, a questão passou a ser as razões que levam a sua utilização. Desta forma, algumas razões foram apresentadas, como, por exemplo, o fato de facilitar o feedback às pessoas. Todavia, como estamos falando de um processo em que se deseja mensurar o imensurável, por assim dizer, alguns cuidados quanto às pessoas envolvidas e a AD, de forma global, devem ser levados em consideração. Delimitados alguns cuidados, prosseguimos para a finalidade da avaliação de desempenho, ou seja, para que ela serve, tendo visto que se reveste de alguma complexidade. Note que as razões e as finalidades são complementares, pois primeiramente são apresentadas algumas situações que levam à implementação da AD, por conseguinte, tais circunstâncias podem sugerir a intenção do processo. Partimos, neste momento, para a exploração de algumas das vantagens e limitações, porque os processos administrativos não são autossuficientes, e estão longe de ser considerados livres de imperfeições. Vale ressaltar, portanto, exemplos de virtudes e limitações abordadas: auxiliar o aprimoramento da qualidade de vida e tratar-se de um processo vulnerável, respectivamente. Porém, para que se possa gozar dos benefícios proporcionados pelo processo, e ao mesmo tempo minimizar seus pontos fracos, é essencial que haja uma implementação bem-programada, o que requer boa compreensão dos pré-requisitos. Antes de apresentarmos as diferentes
Compartilhar