Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CADERNO DE AULAS PRÁTICAS DISCIPLINA DE TÉCNICAS DIETÉTICAS Fernando César Rodrigues Brito Gerusa Matias dos Santos Firmeza Iramaia Bruno Silva Lustosa Leandro Soares Damasceno Marta da Rocha Moreira Rafaella Maria Monteiro Sampaio Centro de Ciências da Saúde – CCS Curso de Graduação em Nutrição MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 2 APRESENTAÇÃO A disciplina Técnicas Dietéticas fundamenta a prática com alimentos do profissional nutricionista , sendo portanto imprescindível à sua formação. Todo o conteúdo teórico, visto em sala de aula, conta com a abordagem prática para sedimentação do conhecimento. O conteúdo programático passas por todos os grupos de alimentos e dentro destes, aborda as particularidades de cada tipo e a influência que recebem a partir dos métodos e técnicas de pré-prepara e preparo de alimentos. Por este eixo, o Caderno de Aulas Práticas de Técnicas Dietéticas tem como objetivo como objetivo orientar o aluno em busca compreensão dos conteúdos didáticos abordados em sala de aula, estabelecendo relações contínuas entre a teoria e a prática, servindo como instrumento na execução das aulas práticas. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 3 SUMÁRIO Apresentação 02 Aula Prática 1 - Pesos e medidas. Medidas caseiras, porções per capitas 04 Aula Prática 2 - Fator de correção. Fator de Cocção 06 Aula Prática 3 - Hortaliças (verduras e legumes) e frutas 09 Aula Prática 4 - Cereais 14 Aula Prática 5 – Leguminosas 19 Aula Prática 6 – Leite e Derivados 23 Aula Prática 7 – Ovos 27 Aula Prática 8 – Carnes, Aves e Pescados 32 Aula Prática 9 – Açúcares 37 Aula Prática 10 - Óleos e gorduras 40 Referências Bibliográficas 42 Anexos 1 – Fatores de Correção Médios 44 Anexos 2 – Fatores de Cocção Médios 46 Anexos 3 – Ficha Técnica de Preparo (FTP) padronizada 48 Anexos 4 – Medidas Caseiras 49 Anexos 5 – Per capitas e porções 52 MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 4 PRÁTICA 1 - DIMENSIONAMENTO DE PESOS E MEDIDAS, VOLUMES E MEDIDAS CASEIRAS, PORÇÕES E PER CAPITAS DE ALIMENTOS. INTRODUÇÃO: A construção de um padrão para a produção de uma refeição propicia benefícios para o trabalho do nutricionista, eliminando interrupções devido a dúvidas existentes, facilitando o treinamento de funcionários e planejamento do trabalho diário (Quintaes, 2000). É importante ressaltar, também, que a nutrição é impraticável estando isolada dos utensílios para preparação de alimentos, uma vez que estes são indispensáveis no preparo e na elaboração culinária (Quintaes, 2000). Outro ponto, numa UAN, que deve ser destacado, relaciona-se ao aspecto operacional, no que diz respeito à aquisição dirigida de alimentos. Diferentemente, da compra informal, num restaurante seja ele comercial ou institucional, devem ser observados todos os fatores para a compra e utilização dos gêneros alimentícios num planejamento de cardápios (Ornellas, 2007). OBJETIVOS: - Identificar medidas de pesos e volumes de alimentos e suas respectivas medidas caseiras; - Comparar as medidas entre gramas e mililitros. PESO DAS MEDIDAS CASEIRAS 1. PADRONIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS: Medir o volume em ml (usando água) das seguintes medidas: Medidas Caseiras dos utensílios 1º MEDIDA (ml) 2º MEDIDA (ml) MÉDIA 1 Xícara de café 1 Colher de sopa 1 Colher de sobremesa 1 Colher de chá 1 Colher de café OBS: Medir 2 vezes o volume de água em cada utensílio e depois calcular a média das medidas. 2. TÉCNICAS DE PESAGEM: a) Ingredientes Secos – Técnica: - Colocar cada ingrediente separadamente no medidor sem calcar ou acomodar; - Nivelar com uma faca; - Forrar o prato da balança com guardanapo de papel e tarar a balança; - Pesar cada ingrediente separadamente. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 5 Ingredientes Medidas caseiras: Uma Xícara de chá Uma Colher de sopa Uma Colher de sobremesa Uma Colher de chá 1 2 M 1 2 M 1 2 M 1 2 M Açúcar Sal Farinha de trigo Amido de milho Farinha de mandioca b) Ingredientes líquidos e pastosos – Técnica: - Pesar os utensílios vazios; - Verter os líquidos nos medidores e pesar em gramas, em seguida medir em mililitros; - Calcular a diferença; Ingredientes Medidas Caseiras Uma Xícara de chá Uma Colher de sopa Uma Colher de sobremesa 1 2 M 1 2 M 1 2 M Leite (gramas) Leite (mililitros) Óleo vegetal (gramas) Óleo vegetal (mililitros) Margarina (gramas) MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 6 PRÁTICA 2 – USO DE INDICADORES NO PREPARO DE ALIMENTOS – Fator de Correção (FC) e Fator de Cocção (FCy), Porção e Per capita INTRODUÇÃO: Na aquisição de gêneros alimentícios em Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é de fundamental importância a utilização de indicadores no planejamento de cardápios e no preparo dos alimentos (Ornelas, 2007; Philippi, 2006; Coelho, 2001). O fator de correção das preparações facilita o planejamento e a confecção da lista de compras e efetivas aquisições aleatórias que acarretam elevação dos custos. Ele também é uma importante forma de controlar o desperdício na unidade e de avaliar a necessidade de treinamento para os funcionários (Akutsu et. al., 2005). Em contrapartida o Índice de Cocção reflete a perda de água ou retração de fibras de um alimento, como carne e vegetais, e a hidratação produzida pela absorção de água pelo amido, no caso de cereais e leguminosas (Coelho, 2001). Para se estabelecer a quantidade de alimentos é necessário converter medidas caseiras/porções gramas. Dependendo da política de custos e do planejamento de restaurantes e outras instituições, as quantidades de per capita e porções poderão variar (Silva e Martinez, 2008). Neste contexto, de acordo com a definição de Paulino e Martinez (2008) considera-se: Per capita: utilizada em alimentação para referir a quantidade de alimento cru e limpo que deverá ser utilizada para a preparação por pessoa, considerando as perdas com limpeza e retirada por partes não comestíveis. Porção: quantidade razoável de alimento pronto para o consumo por pessoa. Devem ser consideradas as mudanças físico-químicas que o alimento sofre com o processo de cocção e manipulação, como agregação de umidade (hidratação), perda de umidade (desidratação), alteração de fibras vegetais ou musculares, mudança de densidade entre outros. No caso de vegetais servidos crus como verduras e frutas, per capita e porção serão iguais. Segundo Guimarães e Galiza (2008) na construção do cardápio é necessária a conversão em per capita. A transformação da porção em per capita é dada a partir da divisão da porção (alimento cozido) pelo índice de cocção. Vale destacar também que um instrumento de apoio operacional em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) é chamado de Ficha Técnica de Preparo (FTP), através dela realiza- se levantamentos dos custos, a ordenação do preparo e o cálculo do valor nutricional da preparação. A Ficha Técnica de Preparo contém o tempo total de preparo, sendo inclusos o tempo de pré- preparo e preparo. É possível por meio desta, obter também dados como o per capita, fator de correção e cocção, composição centesimal em macro e micronutrientes da preparação, o rendimentoe o número de porções (porcionamentos) da mesma, permitindo o controle financeiro e a determinação da composição nutricional (Akutsu et. al., 2005). As FTP desempenham um importante papel no trabalho do nutricionista, pois com elas este tem a possibilidade de melhor controlar o valor energético total (VET) das preparações. Como cada ficha possui a composição nutricional da preparação é possível combiná-las de tal forma que se obtenha um cardápio equilibrado e balanceado do ponto de vista nutricional (Martins, 2003). Numa Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) além de oferecer uma alimentação equilibrada, tem-se também como finalidade evitar a contaminação do alimento, tornando-o seguro do ponto de vista higiênico Nessa perspectiva as boas práticas de controle higiênico-sanitário dos alimentos devem ser observadas para evitar a contaminação desses (Silva Jr., 2002). MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 7 OBJETIVOS: - Realizar a higienização correta de hortaliças e frutas. - Determinar o fator de correção e índice de cocção de hortaliças e frutas e comparar com valores encontrados na literatura. - Estabelecer per capitas e porções dos alimentos crus e cozidos. - Avaliar o rendimento. - Analisar segundo a literatura. HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS HORTALIÇAS 1. Lavar as hortaliças e fruta em água corrente e colocar em hipoclorito de sódio por 10’ a 15’ (10 gotas para cada litro de água – solução clorada a 200ppm). Utilize uma escovinha nas frutas. 2. Para vegetais folhosos lavar folha por folha em água corrente. Colocar em solução de hipoclorito a 200ppm, em seguida colocar em solução de vinagre a 2% (1 litro de água para 20ml de vinagre por 10’) e enxaguar novamente. 3. Pesar e fazer as devidas anotações do peso bruto e líquido para o cálculo do FCr e per capita 4. Realize o procedimento de acordo com o método abaixo. EXPERIMENTO 1. Fator de Correção (FC) e Fator de Cocção (FCy) – 2 grupos Ingredientes Quantidade Técnica de preparo Banana Batata Cenoura Maçã Pepino Tomate 2 unidades 1 unidade 2 unidades 2 unidades 1 unidade 2 unidades 1. Pesar todos os ingredientes antes de lavar 2. Lavar os ingredientes e secar; pesar novamente 3. Descascar os ingredientes. Pesar e calcular o FC. 4. Cortar a batata em cubos pequenos, levar à cocção em calor úmido com 300 ml de água. Escorrer e calcular o FCy 5. Ralar uma cenoura e deixar crua. Pesar uma colher de sopa. Cozinhar a outra cenoura (cortada em cubinhos) em 500 ml de água. Calcular o FCy. Pesar uma colher de sopa. 6. Cortar o pepino (metade em cubos e em fatias). Medir em colher de sopa. 7. Cortar uma banana em rodelas e amassar a outra. Pesar a banana amassada. Medir em colheres de sobremesa 8. Pesar a maçã com casca. Descascar e picar em cubos. A outra maçã, raspar e medir em colheres de sobremesa 9. Cortar um tomate em fatias e o outro em cubos. Pesar os dois. Pesar uma fatia. Pesar uma colher de sopa dos cubos. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 8 RESULTADOS: Anote os resultados obtidos na Ficha Técnica de Preparo, em anexo. EXPERIMENTO 2 – Rendimento Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Laranja Limão 6 unidades 6 unidades 1. Pesar os ingredientes. 2. Higienizar. 3. Cortar uma laranja e um limão ao meio e espremer manualmente o sumo de cada fruta. 4. Medir em proveta ou copo milimetrado. 5. Calcular o rendimento da laranja em copo. 6. Calcular o rendimento do limão em colher de sopa. RESULTADOS Anote os resultados obtidos na Ficha Técnica de Preparo, em anexo. QUESTIONAMENTOS: Comente sobre o uso de indicadores no preparo de alimentos. Qual é a importância de se conhecer o FC e Fcy dos alimentos? Qual é a utilidade de se estabelecer per capitas, porções e rendimento dos alimentos? Estabelecer as diferenças entre os modos de preparo ( cubos, fatias, amassados e raspados)? MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 9 PRÁTICA 3 – FRUTAS E HORTALIÇAS INTRODUÇÃO: Hortaliças e frutas são consideradas como alimentos de grande importância para a promoção da saúde e fazem parte das recomendações diárias para uma dieta saudável. Devem fazer parte diariamente da dieta, porque auxiliam na proteção à saúde e diminuem o risco de doenças crônicas. São considerados alimentos de baixa densidade calórica, fornecem água, vitaminas, minerais e fibras, além de pequenas quantidades de proteínas e lipídios. E dependendo do tipo, a quantidade de carboidratos é variável (Philippi, 2008). Um dos dez fatores centrais na determinação da carga global de doenças é constituído pelo consumo inadequado de frutas, verduras e legumes, gerando, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,7 milhões de mortes por ano em todo mundo (Claro, 2007). EXPERIMENTO 1 – Escurecimento enzimático, oxidação e branqueamento Objetivo: Observar o escurecimento enzimático e sua inibição, verificar o fator de correção e cocção. Material: Batata inglesa – 4und média; Maçã vermelha - 4 und média; Limão comum – 3 und Método: Descasque as maçãs e batatas, corte em fatias finas e divida-as em 8 porções e submeta-as aos tratamentos indicados no quadro que se segue. Anote qualquer mudança de cor ao final de 30 minutos. TRATAMENTO RESULTADO* EXPLICAÇÃO À temperatura ambiente À temperatura ambiente submersa em água Na geladeira Na geladeira submersa em água À temperatura ambiente submersa com suco de limão Na geladeira submersa com suco de limão Em água em ebulição por 3 min Branquear** e expor a temperatura ambiente *Sem alteração de cor, pouco escurecida ou muito escurecida. ** Branqueamento: levar 250mL de água à ebulição, adicionar a batata e esperar nova ebulição. Neste momento marcar 1,5 minutos, retirar da agua e fazer o choque térmico com água gelada (se necessário utilizar gelo). Após resfriamento, retirar da água e deixar secar. Comentários: Qual o pigmento encontrado na batata e na maçã? Comparar a cor após a realização dos procedimentos ? Qual a explicação da modificação desses pigmentos de acordo com os procedimentos realizados? Qual procedimento previne melhor o escurecimento enzimático ? Caso haja atraso na cocção da batata em uma UAN, você indicaria a imersão das batatas em água? Por que? Que composto químico está envolvido no escurecimento enzimático? MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 10 EXPERIMENTO 2 – Modificação dos pigmentos dos vegetais de acordo com o pH Objetivo: Determinar o efeito da modificação do pH sobre a cor, o sabor e a textura dos vegetais, verificar o fator de correção e cocção. Material: Beterraba (300g) Sal Cenoura (300g) Vinagre Couve-Flor (300g) Bicarbonato de sódio Vagem (300g) Métodos: Faça o beneficiamento dos vegetais e divida-os em 5 porções de 50g (reserve uma porção crua de cada para comparar os resultados), corte em pedaços e cozinhe individualmente em panela com tampa segundo os tratamentos indicados a seguir: - Cocção em água e sal (panela sem tampa) - Cocção com água, sal e 1 colher de sopa de vinagre - Cocção com água, sal e 1/2 colher de chá de bicarbonato - Cocção com água e sal sob cocção prolongada OBS: Com os dados obtidos preencha o seguinte quadro. ALTERAÇÃO DE VEGETAIS EM FUNÇÃO DA COCÇÃO VEGETAL BETERRABA VAGEM CENOURA COUVE FLOR Cor Vermelho Verde Alaranjada Branca Pigmento Betalaína Clorofila CarotenoFlavona Hidrossolubilidade1 Ação ácida2 Ação alcalina3 Cocção prolongada Observação 1: insolúvel, pouco solúvel, solúvel e muito solúvel 2: mínima, não altera, modifica a cor, intensifica 3: não altera, ficam amareladas, modifica a cor, intensifica Comentários: Qual o pigmento que não é afetado de forma perceptível pela alteração do pH? Qual o impacto nutricional da utilização do bicarbonato de sódio para a cocção dos vegetais? Você recomendaria a utilização desta em uma UAN? Explique. A agua de cocção pode ser utilizada para outros fins? Quais? EXPERIMENTO 3: Tipos de Cocção dos vegetais Objetivo: observar o efeito de diferentes métodos e tempos de cocção sobre as características sensoriais (cor, sabor, textura) dos vegetais, verificar o fator de correção e cocção. Material: Beterraba (400g), Cenoura (400g), Chuchu (400g), Óleo. Métodos: Faça o beneficiamento dos vegetais e divida-os em 7 porções; corte em pedaços e cozinhe conforme os tratamentos indicados no quadro a seguir; avalie e anote os resultados no quadro a seguir: MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 11 CARACTERISITICAS SENSORIAIS DOS VEGETAIS SOB DIFERENTES TIPOS DE COCÇÃO Tratamento Cor Sabor Textura Aceitabilidade Cozido com o mínimo de agua (água em ebulição) Cozido com o mínimo de agua (água em ebulição, panela tampada) Cozido com agua em abundância (panela destampada) Cozido em vapor Cocção em calor úmido sob pressão (panela de pressão por 2 min) Cozido em micro-ondas Fritura Critérios de avaliação Critérios 3 2 1 Cor Intensa Pouco intensa Descorada Textura Macia Pouco macia Dura Sabor Saboroso Pouco saborosa Ruim Aceitabilidade Ótima Boa Regular Comentários: Quais são os efeitos do volume da água de cocção sobre cada pigmento presente no vegetal? Quais são os efeitos causados à cor e ao sabor ao se tampar a panela? Quais as vantagens e desvantagens do uso do calor úmido sob pressão em cada um dos pigmentos? Por que se deve adicionar os vegetais na água já em ebulição? Qual o impacto nutricional obtido pela cocção nos vegetais? EXPERIMENTO 4: Cocção da Batata Inglesa Objetivo: observar o efeito de diferentes métodos e tempos de cocção sobre as características sensoriais (cor, sabor, textura) da batata inglesa, comparar o rendimento da batata quando submetida a diferentes métodos de cocção, verificar o fator de correção e cocção. Material: Batata inglesa (4und), Óleo e Sal. Métodos: Cozinhe as batatas conforme os tratamentos indicados abaixo e em seguida avalie e anote os resultados no quadro a seguir: Calor úmido – Higienizar as batatas, pesar, descascar e pesar novamente (calcular o fator de correção), cortar a batata, submeter a cocção em calor úmido (agua e sal) até que fique macia (calcular a quantidade de agua, o tempo, o fator de cocção e o rendimento); Calor seco – Lavar bem as batatas, pesar e cortar em 4 partes, embrulhar a batata (ainda com casca) em papel alumínio, furar a superfície com um garfo, colocar no forno a 200ºC para assar até ficar macia (marcar o tempo), deixar esfriar, pesar (fator de cocção) e descascar (fator de correção); Calor seco-fritura – Lavar bem a batata, pesar e descascar (fator de correção), aquecer o óleo até 170ºC e fritar a batata (marcar o tempo), após a fritura retirar o excesso de óleo, pesar e calcular o fator de cocção, medir o óleo antes e após a cocção; Micro-ondas – Lavar bem a batata, pesar, furar com um garfo e submeter a cocção em micro-ondas por 5 minutos em potencia alta, deixar descansar por 2 minutos, pesar, retirar a casca e pesar. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 12 CARACTERISITICAS SENSORIAIS DA BATATA SOB DIFERENTES TIPOS DE COCÇÃO Tratamento Cor Sabor Textura Aceitabilidade Cozido com o mínimo de agua (água em ebulição) Cozido com o mínimo de agua (água em ebulição, panela tampada) Cozido com agua em abundância (panela destampada) Cocção em calor úmido sob pressão (panela de pressão por 2 min) Cocção em calor seco Cozido em micro-ondas Fritura Critérios de avaliação Critérios 3 2 1 Cor Intensa Pouco intensa Descorada Textura Macia Pouco macia Dura Sabor Saboroso Pouco saborosa Ruim Aceitabilidade Ótima Boa Regular Comentários: Qual a diferença entre o rendimento para cada método de cocção? Qual é a porcentagem de absorção de óleo na batata frita? Qual é o pigmento encontrado na batata? Existe modificação deste nos diferentes métodos de cocção? EXPERIMENTO 5: Fator de correção/ Fator de conversão/ Desperdício/ Rendimento Objetivo: Encontrar o fator de correção/ fator de conversão/ desperdício e rendimentos das receitas a seguir. Confrontar o fator de correção e fator de conversão com a literatura. Material: Cenoura (2und), batata inglesa (2und), Chuchu (1und), Uva passas (200g), Peito de peru defumado (200g), Maionese Métodos: Pesar os ingredientes com casca (PB), descascar e pesar novamente (PL), calcular o fator de correção; Picar os ingredientes e submeter a cocção em calor úmido, após a cocção retirar a agua e pesar novamente (peso cozido), calcular o fator de cocção, deixar esfriar e montar a salada, pesar novamente a salada pronta. Calcular o desperdício e o rendimento. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 13 EXPERIMENTO 6: Salada de fruta Objetivo: Verificar o fator de correção, determinar per capitas de frutas em salada. Material: Mamão Formosa (1und), Laranja pêra (6und), Banana prata (2und), Maçã (3und), Abacaxi (1und), Leite condensado (1 cx) Métodos: 1. Separe o material necessário, pese para obter o PB; 2. Corte ao meio 3 laranjas, extraia o suco e reserve, com as outras 3 laranjas retire a casca e corte em cubos; 3. Descasque e corte em cubos, separadamente, as bananas, o mamão, as maçãs e o abacaxi; 4. Coloque tudo em um prato fundo, mexa por alguns segundos e leve a geladeira por 30 minutos, coloque o leite condensado na hora de servir. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 14 PRÁTICA 4 – CEREAIS INTRODUÇÃO: Grupo que exerce papel de grande significância na alimentação da população brasileira. Possui como nutriente de predominância os carboidratos. É denominado o grupo do arroz, pão, massa, batata e mandioca (Philippi, 2008). O arroz é responsável por 12% das proteínas e 18% das calorias da dieta básica da população brasileira. Sendo o seu consumo per capita no Brasil de aproximadamente 74 Kg/ano, superior à média mundial de 64,7 Kg (Ormenese, 2002). O índice de cocção é a relação entre o peso cozido e o peso líquido, e reflete a perda de água ou retração de fibras de um alimento, como carne e vegetais, e a hidratação produzida pela absorção de água pelo amido, no caso de cereais e leguminosas, como isso, permitir saber o rendimento do alimento para o cálculo da porção correta (Ornelas, 2007; Philippi, 2006). OBJETIVOS: - Avaliar diferentes métodos de cocção de diferentes tipos de cereais e massas, quanto ao seu rendimento, tempo de cocção, maciez e sabor. - Determinar o Fator de cocção (FCy) das preparações. - Exercitar elaboração de ficha Técnica de Preparo. - Dimensionar, porções, per capitas e medidas caseiras de diferentes alimentos. MATERIAIS E MÉTODOS: Procedimentos a serem observados e realizados: 1. Escolha um dos métodos abaixo para realizar o procedimento. 2. Avalie a preparação de acordo com os critérios abaixo. 3. Elabore uma ficha técnica de preparo (ANEXO 3), conforme modelo em anexo. 4. Preencha o quadro de medidas caseiras (ANEXO 2). 5. Calcule quanto quilos de arroz ou macarrãoque seriam necessários comprar para atender 550 pessoas. Se a porção cozida for 120 g CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Critérios de Avaliação Nº de pontos Avaliação 1 2 3 Maciez Duro Pouco macio Muito macio Sabor Ruim Pouco saboroso Muito saboroso MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 15 EXPERIMENTO 1 – COCÇÃO DO ARROZ – MÉTODO POR EBULIÇÃO Material: Arroz branco tipo 1 – 100g Arroz Parabolizado – 100g Arroz integral – 100g Arroz Arbóreo – 100g Cebola – 20g (para cada arroz) Sal – 3g (para cada arroz) Alho – 5g (para cada arroz) Óleo – 5mL (para cada arroz) Método: - Reserve 01 panela e coloque água para aquecer, na seguinte quantidade: 200ml - para arroz branco; 400 ml - para o parabolizado, integral e arbóreo - Coloque a amostra do arroz na água em ebulição e mexa um pouco. - Adicione o sal e diminua a chama. - Marque o tempo de cocção e observe se o arroz absorveu por completo a água de cocção. Mantenha uma chaleira com água aquecida e anote o total de água utilizada na amostra. - Quando o arroz estiver quase cozido, acrescente o óleo, a cebola e o alho, e por último, mexa levemente. Pese as amostras e faça a avaliação, anotando os dados no Quadro abaixo, conforme os critérios de avaliação. Tipo de Arroz Peso Líquido Peso Cozido I.C Volume de água Tempo de cocção Maciez Sabor Agulhinha Parabolizado Integral Arbóreo Comentários: Relacione as propriedades do amido presente nos cereais. Responda o que ocorreu com o mesmo no processo de cocção do arroz. Calcular a absorção de água para cada tipo de arroz utilizado. Por que a absorção se diferencia nos diferentes tipos de arroz? Interprete o resultado encontrado do IC: houve aumento ou perda da preparação? O que a literatura comenta sobre isso? Compare o IC dos diversos tipos de arroz e responda qual deles tem maior rentabilidade. EXPERIMENTO 2 – COCÇÃO DO ARROZ – MÉTODO REFOGADO Material: Arroz branco tipo 1 – 100g Arroz Parboilizado – 100g Arroz integral – 100g Arroz Arbóreo – 100g Cebola – 20g (para cada arroz) Sal – 3g (para cada arroz) Alho – 5g (para cada arroz) Óleo – 5mL (para cada arroz) MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 16 Método: - Reserve 01 panela e refogue a cebola ralada e o alho amassado no óleo. - Acrescente o arroz e deixe refogar mexendo sempre. - Acrescente cerca de 200ml de água aquecida (arroz branco polido) e 400 ml de água aquecida (parabolizado, integral e arbóreo). Diminua a chama quando entrar em ebulição. - Marque o tempo de cocção e coloque mais água se necessário. Anote o total de água utilizada. Quando o arroz estive cozido, desligue a chama e deixe em repouso por 10 minutos. Pese as amostras e faça a avaliação, anotando os dados no Quadro abaixo, conforme os critérios de avaliação. Tipo de Arroz Peso Líquido Peso Cozido I.C Volume de água Tempo de cocção Maciez Sabor Agulhinha Parabolizado Integral Arbóreo Comentários: Relacione as propriedades do amido presente nos cereais. Responda o que ocorreu com o mesmo no processo de cocção do arroz. Qual é o efeito de refogar o arroz? Calcular a absorção de agua para cada tipo de arroz utilizado. Por que a absorção se diferencia nos diferentes tipos de arroz? Interprete o resultado encontrado do IC: houve aumento ou perda da preparação? O que a literatura comenta sobre isso? Compare o IC dos diversos tipos de arroz e responda qual deles tem maior rentabilidade. EXPERIMENTO 3 - COCÇÃO DE MASSAS: MACARRÃO ESPAGUETE TALHARIM AO SUGO Ingredientes Quantidade Medidas caseiras Talharim 500g Queijo parmesão ralado 200g ½ xícara de chá Óleo 10ml 1 colher de sopa Sal q.s.p 01 colher de sobremesa Molho: Tomates 800g Cebola 100g 1 unidade Alho 3g cada 3 dentes Açúcar 5g 1 colher de chá Azeite 10ml 1 colher de sopa Pimenta-do-reino q.s.p 1 colher de café rasa Sal q.s.p 1 colher de café rasa Extrato de tomate 260g 1 cx Orégano q.s.p 1 pitada Modo de Pré-preparo e preparo: - Junte o sal e o óleo em 2 litros de água para cozinhar o macarrão; - Quando a água começar a ferver, acrescente o macarrão aos poucos, mexendo com o garfo para separar os fios. - Deixe cozinhar por 10 a 15 minutos e vá experimentando até atingir o ponto: “al dente”. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 17 - Em seguida jogue a massa no escorredor para retirar a água. Arrume uma porção no fundo de uma travessa, regue com o molho e assim alternadamente até terminar a massa. Molho: - Passe os tomates no liquidificador, coe e reserve. Aqueça o azeite e frite a cebola até que ela fique macia, mas não escura. Acrescente os tomates e os outros ingredientes. Cozinhe em fogo brando por 15 minutos. Acrescente o extrato de tomate, mexa e deixe engrossar um pouco a pasta. Em seguida feche o fogo. Pese a amostra e faça a avaliação, anotando os dados no quadro do experimento 2, conforme os critérios de avaliação. QUESTIONAMENTOS: - Conceitue cereais e massas. - Descreva sobre alguns cereais habitualmente consumidos no Brasil. - Relacione as propriedades do amido presente nos cereais. Responda o que ocorreu com o mesmo no processo de cocção do arroz ou do macarrão. - Interprete o resultado encontrado do FCy: houve aumento ou perda da preparação? O que a literatura comenta sobre isso? - Compare o FCy dos 3 (três) tipos de arroz e responda qual deles tem maior rentabilidade. - Explane sobre a importância da cocção dos cereais RESULTADOS: Experimento 1: Avaliação dos métodos de cocção, rendimento e tempo de cocção e maciez de Massas: Espaguete Método Tipo de Macarrão: ______________________________________ Peso cru (g) Peso cozido (g) FCy Maciez Sabor EXPERIMENTO 4 – COCÇÃO EM CALOR SECO A) TAPIOCA Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Goma de tapioca fresca Manteiga 100g 60g Peneirar o polvilho em um recipiente e acrescentar sal à gosto. Aquecer a frigideira e espalhar a massa para cobrir o fundo, em camada fina. Marcar o tempo Deixar gelatinizar. Calcular o rendimento e o FCy Obs. Insira as informações na FTP em anexo Apesar de a tapioca ser produzida com o polvilho que é extraído da mandioca, que é uma raiz, ela foi incluída aqui por ter o processo de gelatinização semelhante a outras farinhas. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 18 ANEXO 2: Quadro de medidas caseiras: Cereal ou massa:____________ Medidas caseiras ___________________________(gramas) 1 colher de sopa cheia 1 colher de sopa rasa 1 colher para arroz (servir) MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 19 PRÁTICA 5 – LEGUMINOSAS INTRODUÇÃO: Leguminosas, das quais os feijões são os principais representantes, são grãos que dão em vagens. As espécies desta família botânica são muitas, depois das gramíneas, representa talvez o papel mais importante na alimentação universal. Alguns exemplos são: feijões (preto, mulatinho, manteiga, dentre outros), sojas, ervilhas, lentilhas, grãos-de-bico, tremoços, guandos, amendoins e alfarroba (Ornellas, 2007). Este grupo alimentar deve fazer parte do seu cardápio diariamente. De acordo com a pirâmide alimentar, devemos comer uma porção deste grupo alimentar todos os dias. É fonte de proteínas vegetais e apresenta em suacomposição, carboidratos complexos, fibras, vitaminas do complexo B, minerais como potássio, fósforo, magnésio, zinco, ferro, cálcio e pouca quantidade de colesterol e sódio (Philippi, 2008). EXPERIMENTO 1: MÉTODOS DE COCÇÃO DE LEGUMINOSAS Objetivo: - Avaliar o tempo de cocção, a maciez e o rendimento de diferentes leguminosas em diferentes procedimentos de cocção. - Analisar o efeito do remolho na cocção e no rendimento das leguminosas. - Determinar Fator de Cocção de leguminosas. MATERIAL E MÉTODOS: Procedimentos a serem observados e realizados: 1. Escolha um dos métodos abaixo para realizar o procedimento. 2. Avalie a preparação de acordo com os critérios de avaliação (Quadro 1). Quadro 1 – Avaliação da Técnica de Cocção de Leguminosas Peso cru (g) Peso cozido (g) Índice de Reidratação (IR) Qdade de água utilizada Tempo de cocção IC Maciez Sabor Método A Método B Método C A – COCÇÃO SEM REMOLHO Material: Feijão mulatinho – 150g Cebola – 10g Sal – 1g Alho – 1g Óleo – 10Ml Coentro e Cebolinha – 2g cada Método: 1. Pesar os ingredientes, lavar, colocar o feijão já catado em uma panela de pressão com 3 xícaras de água e 5ml de óleo. 2. Por o feijão no fogo e observar quando começar a apitar (entrar em ebulição), momento em que o escapamento de vapor evidenciará o ponto de fervura. Anote o tempo utilizado. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 20 3. Abrir a panela e verificar se o feijão está cozido. Acrescentar mais água quente se necessário e anotar o volume utilizado. 4. Acrescente os condimentos refogados em 5 ml de óleo, fervendo um pouco na própria panela. 5. Pesar e calcular o IC e anotar no Quadro de Avaliação da leguminosa. B – COCÇÃO DO FEIJÃO VERDE – SEM REMOLHO Material: Feijão Verde – 150g Cebola – 10g Sal – 1g Alho – 1g Óleo – 10mL Método: 1. Refogue a cebola e o alho, em 5 ml de óleo e em seguida adicione o feijão nesta mesma mistura 2. Coloque água fervente na quantidade dobrada em relação à quantidade de feijão 3. Tempere com sal. Tampe a panela. 4. Pesar somente os grãos e calcular o IC. Medir o caldo em recipiente graduado 5. Anotar os dados no Quadro de Avaliação da Leguminosa. C – COCÇÃO DA SOJA – Estrogonoff de proteína texturizada de soja Material: Proteína texturizada de soja – 1 ½ xícara Tomates (maduros, sem semente, batidos no liquidificador) – 6 und Água morna (para hidratar a soja) – 2 litros Azeite – ½ colher de sopa Sal – 1 colher de chá Alho – 1 dente picado Cebola – 1 und picada Molho inglês – 1 colher de sopa Mostarda – 1 colher de sopa Maisena – ½ colher de sopa Milho verde – 1 lata Creme de leite – 1 lata Método: 1. Pesar a soja e todos os ingredientes e anotar; 2. Hidratar a soja na água morna por 15 minutos, 3. Escorrer e apertar bem com as mãos para extrair o máximo de água; 2. Calcular o Índice de Reidratação (relação entre peso hidratado/ peso cru). 3. Esquentar o azeite e refogar a cebola, o alho, os tomates batidos e o sal. 4. Acrescentar 2 xícaras de água e a proteína da soja hidratada e cozinhar por aproximadamente 20 minutos; 5. Dissolver a maisena em um pouco do caldo e acrescente na preparação; 6. Acrescentar o molho inglês e a mostarda, mexendo e deixando cozinhar até o molho engrossar por aproximadamente 5 minutos; 7. Acrescentar o creme de leite, mexer e retirar a panela do fogo. 6. Anotar o peso da preparação, calcular o IC da preparação e anotar no Quadro de Avaliação da leguminosa. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 21 TESTE DE ACEITABILIDADE Para a realização do teste de aceitabilidade deverá ser utilizada o quadro abaixo, com notas atribuídas por notas da Escala Hedônica de 5 pontos, em relação ao atributos elencados. Alimentos Atributos Sabor Cor Odor Textura Aceitabilidade ESCALA HEDÔNICA ( 5 pontos) RESULTADOS: Experimento: Avaliação da Técnica de Cocção das Leguminosas Variáveis Método Tipo de leguminosa: ______________________________________ Peso inicial (g) Peso hidra- tado(g) Índice de Reidratação (IR) Qdade de água utilizada Tempo de cocção (minutos) Peso final (g) IC Maciez Sabor Anexo: Quadro de medidas caseiras: Leguminosa Medidas caseiras Método utilizado: ________________________________________ 1 xícara de chá 1 concha média 1 colher de sopa cheia MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 22 1 colher de sopa rasa 1 colher para arroz (servir) QUESTIONAMENTOS: Comente por que a água de remolho das leguminosas não pode ser aproveitada para cocção. E responda qual o reflexo da qualidade nutricional desse alimento. Comparar o rendimento e o tempo de cocção das leguminosas. Responder sobre o que pode ser feito para impedir a descoloração do feijão no processo de cocção. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 23 PRÁTICA 6 – LEITE E DERIVADOS INTRODUÇÃO: O leite é o produto da secreção das glândulas mamárias das fêmeas dos mamíferos. Ele possui muitos nutrientes onde se destaca: proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais (Philippi, 2008; 2006). Dietas de exclusão do leite de vaca e seus derivados podem acarretar ingestão insuficiente de cálcio, elemento fundamental para a saúde óssea; aumentando assim o risco de problemas na mineralização óssea, e, por períodos prolongados, levando a casos de raquitismo, osteopenia e osteoporose (MEDEIROS, 2004). Um termo que tem sido utilizado de forma ampla para englobar uma série de produtos fabricados com leite e soro são as bebidas lácteas, que é o produto lácteo resultante da mistura do leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado, em pó, integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado e desnatado) e soro de leite (líquido, concentrado ou em pó) adicionado ou não de produto(s) alimentício(s) ou substância alimentícia, gordura vegetal, leite(s) fermentado(s), fermentos lácteos selecionados e outros produtos lácteos. Essas bebidas são consideradas nutritivas, pois contêm proteínas, lipídios, lactose, minerais e vitaminas (Thamer, 2006) EXPERIMENTO 1: MODIFICAÇÃO DO LEITE APÓS A COCÇÃO Objetivos: Verificar se existem modificações nas características do leite após o processo de cocção. Material: Leite pasteurizado – 200mL Leite UHT – 200mL Método: 1- Medir o leite e dividir em 2 partes de 100 mL; 2- Colocar 100 mL de cada leite para ferver, e deixar ou outros 100mL de cada um cru para comparação; 3- Deixar esfriar, faça a degustação e preencher tabela abaixo para verificar aceitabilidade. AVALIAÇÃO Leite pasteurizado Leite UHT Sabor Cor Aceitabilidade CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1 2 3 Sabor Saboroso Padrão Pouco Saboroso Cor Mais Escura Padrão Mais Clara Aceitabilidade Pouco aceitável Aceitável Muito Aceitável Comentários: O que acontece com o sabor do leite quando este é fervido? MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 24 EXPERIMENTO 2 : DANONINHO CASEIRO Objetivo: Identificar e degustar diferentes derivados do leite. Material: Gelatina em pó sabor morango – 1caixa Leite pasteurizado fervido – 3 xíc. de chá Iogurte natural – 200g Leite condensado – ½ lata Método: 1. Pesar e medir todos os ingredientes. 2. Ferver o leite 3. Dissolver a gelatina em pó em 1 xícara do leite fervido 4. Colocar a gelatina dissolvida no liquidificador e bater com o restante do leite, o iogurte e o leite condensado. 5. Distribuir em copinhos de café descartáveis e levar ao congelador por 20 minutos 6. Retirar o congelador e manter na geladeira até a hora de servir. 7. Fazer teste de aceitabilidade (avaliar a cor, sabor, odor, textura/consistência e aceitabilidade). EXPERIMENTO 3 : EXTRAÇÃO DA CASEÍNA Objetivo: Extração da caseína para proceder a fabricação do queijo, observando o efeito do pH e da temperatura nesse processo de coagulação. Material: Leite pasteurizado – 1L Vinagre branco – 2 colheres de sopa Sal – 1 colher de café Método: 1- Colocar o leite em uma panela, adicionar o ácido e aquecer; 2- Mexer de vez em quando pelas bordas até que ocorra coagulação completa da caseína com separação do soro; 3- Escorrer em uma peneira fina e lavar o coágulo em água filtrada fria; 4- Adicionar o sal e retirar ao máximo o líquido restante; 5- Colocar em uma xícara para modelar; pesar e degustar preenchendo tabela que segue. AVALIAÇÃO CASEÍNA SABOR ACEITABILIDADE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1 2 3 SABOR Pouco Saboroso Saboroso Muito Saboroso ACEITABILIDADE Pouco Aceitável Aceitável Muito Aceitável MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 25 EXPERIMENTO 4 : PUDIM DE LEITE CONDENSADO Objetivo: Elaboração de uma receita à base de um dos tipos de leite encontrados no mercado. Material: Leite UHT – 300mL Leite condensado – 1 lata Maisena – 1 colher de sopa Açúcar – 1 xícara Ovo – 3und Método: 1- Pese a forma que será feita a preparação e anote; 2- Coloque o açúcar em uma forma e leve ao fogo deixando derreter até formar uma calda (caramelo). Reserve; 3- Bata no liquidificador os demais ingredientes (ovo, leite UHT, leite condensado e maisena), até a obtenção de um creme homogêneo. Não se esqueça de retirar a vitelina da gema; 4- Despeje o creme na forma com o açúcar caramelizado e leve ao forno pré-aquecido para cozinhar em banho-maria por aproximadamente 40 minutos; 5- Verifique se está cozido introduzindo uma faca no pudim, se a mesma sair seca ele está pronto; 6- Retire do forno e deixe esfriar, pese e porcione. EXPERIMENTO 5 : LEITE CONDENSADO Objetivo: Observar a elaboração do leite condensado caseiro Material: Leite em pó – 200g Açúcar – 200g Água – 200mL Método: 1- Pesar e medir todos os ingredientes; 2- Dissolver completamente o leite na água e em seguida adicionar o açúcar; 3- Levar ao fogo mexendo sempre, até engrossar e obter um leite condensado. EXPERIMENTO 6 : LEITE ALBUMINOSO Objetivo: Elaboração de um leite enriquecido de proteínas através da adição de clara em neve Material: Leite UHT – 200mL Açúcar refinado – 1 col sopa rasa Clara de ovo – 1und Essência de baunilha – 10 gotas Método: a. Aquecer o leite em banho-maria a uma temperatura de 80ºC; b. Bater as claras em neve, acrescentar o açúcar e bater mais um pouco para misturar; c. Acrescentar o leite quente (80ºC) e em seguida adicionar a essência de baunilha para aromatizar; d. Tampe com papel alumínio e mantenha em banho-maria; e. Faça a degustação e preencha o quadro a seguir. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 26 AVALIAÇÃO LEITE ALBUMINOSO Volume = __________ Odor Sabor CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1 2 3 4 Sabor Indesejável Pouco Saboroso Saboroso Muito saboroso Odor Leve Moderado Forte Muito forte TESTE DE ACEITABILIDADE Para a realização do teste de aceitabilidade deverá ser utilizada o quadro abaixo, com notas atribuídas por notas da Escala Hedônica de 5 pontos, em relação ao atributos elencados. Alimentos Atributos Sabor Cor Odor Textura Aceitabilidade ESCALA HEDÔNICA ( 5 pontos) MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 27 PRÁTICA 7 – OVOS INTRODUÇÃO: Cerca de 60% do peso do ovo é representado pela clara; rica em água e proteínas, principalmente albumina. E cerca 30 a 32% do peso total do ovo constituem-se pela gema; formada basicamente por água, proteínas e lipídios. Entre estes últimos encontra-se o colesterol que, quando consumido em excesso, está associado ao aumento da incidência de doenças cardiovasculares. Os restantes 10% de seu peso total é representado pela sua casca (SALVADOR, 2002). Ingredientes como os ovos, são utilizados em diversos alimentos. Para a obtenção de emulsões do tipo merengue e mousse, os ovos são submetidos a agitação, processo esse que forma uma espuma, devido à retenção de ar na rede protéica. O tempo e a temperatura têm grande importância na formação dessa espuma, pois as condições de armazenamento dos ovos são essenciais para uma boa qualidade de textura e características organolépticas. Por ser um produto protegido por casca, a qualidade torna-se visível apenas quando o comprador for utilizá-lo (Alleoni, 2001). A população brasileira utiliza o ovo com muita freqüência, pelo fato deste apresentar preços bastante acessíveis e fazer parte dos hábitos alimentares do brasileiro. Mas o seu consumo deve ser limitado já que se trata de um alimento de alto conteúdo de colesterol, apesar de fonte de proteínas de alto valor biológico e sua gema é rica em vitamina A (Rodrigues, 2001). EXPERIMENTO 1: FORMAÇÃO DO ANEL VERDE Objetivo: Verificar o efeito do calor excessivo sobre a aparência do ovo. Material: Ovo de galinha – 2 unidades Método: 1- Colocar água em uma panela pequena para ferver; 2- Após o início da ebulição, juntar os dois ovos, e cozinhar um dos ovos por 12 minutos e o outro por 20 minutos; 3- Retirar o ovo cozido por 12 minutos e resfriar rapidamente em água corrente fria; 4- Deixar o ovo que foi cozido por 20 minutos na água de cocção até esfriar; 5- Depois de frios, descascar e cortar os ovos no sentido longitudinal; 6- Observar a formação do anel verde. Comentários: Qual a reação química responsável pela formação do anel verde? O que fazer para evitar essa reação? Fazer o teste de aceitabilidade. EXPERIMENTO 2: OVO POCHÊ Objetivo: Verificar o efeito causado pela alteração do pH sobre a cocção do ovo. Material: Ovo de galinha – 4 unidades Leite – 300mL Sal – 1 colher de sobremesa Vinagre – 1 colher de sobremesa MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 28 Método: 1- Separe 4 caçarolas pequenas e numere-as de 1 a 4; 2- Coloque: Nº 1: 300 mL de água; Nº 2: 300 mL de água + 1 colher de sobremesa de sal; Nº 3: 300 mL de água + 1 colher de sobremesa de vinagre; Nº 4: 300 mL de leite. 3- Aqueça as 4 caçarolas e mantenha-as em ebulição em chama baixa; 4- Quebre os ovos separadamente em um pires entorne-os lentamente sobre cada caçarola; 5- Abaixe o fogo imediatamente para não permitir a fervura de imediato (se necessário retirar a panela do fogo), sendo importante que o líquido cubra todo o ovo; 6- Marque o tempo e eleve a chama; 7- Quando a água entrar em ebulição desligue a chama, tampe as caçarolas e deixe repousar por 10 minutos observando a seguir a coagulação da clara e da gema; 8- Retire os ovos das caçarolas com auxílio de uma espumadeira e coloque-os em umprato de sobremesa; 9- Deguste-os e avalie o sabor; 10- Preencha o quadro abaixo com os resultados encontrados. AVALIAÇÃO DOS OVOS ESCALDADOS: POCHÊ VARIÁVEIS PROCESSOS TEMPO (min.) CONSISTÊNCIA APARÊNCIA OBSERVAÇÃO CLARA GEMA N° 1- só com água N° 2- água + sal N° 3- água + ácido N° 4- só com leite PONTUAÇÃO AVALIAÇÃO 1 2 3 4 CONSISTÊNCIA Ligeiramente Cozida Parcialmente Cozida Totalmente Cozida Rígida APARÊNCIA Opaco Pouco Brilhante Brilhante Muito Brilhante Comentários: Qual o efeito do sal e do vinagre na cocção do ovo? Fazer o teste de aceitabilidade. EXPERIMENTO 3: TEMPO DE COCÇÃO DO OVO – CALOR ÚMIDO Objetivo: Verificar o efeito do tempo de cocção sobre a consistência do ovo Material: Ovo de galinha – 5 unidades Sal – a gosto MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 29 Método: 1- Colocar água em uma panela para ferver (a agua de cocção deve ser suficiente para cobrir os ovos); 2- Após o inicio da ebulição, colocar os ovos inteiros na água e marcar o tempo de cocção; 3- Retirar o primeiro ovo com 2 minutos de fervura, o 2º com 5 minutos de fervura, o 3º ovo com 8 minutos, o 4º com 10 minutos, o 5º com 20 minutos de cozimento. 4- Ao retirar o ovo da cocção, passar em agua fria, descascar e cortar ao meio. 5- Observar a consistência do ovo (coagulação da clara e da gema) a cada tempo e preencha o quadro de avaliação a seguir. Em ebulição por: COCÇÃO Observações Gema Clara 2 minutos 5 minutos 8 minutos 10 minutos 20 minutos Critérios de avaliação 1 2 3 4 Cocção Totalmente crua Parcialmente crua Parcialmente cozida Totalmente cozida EXPERIMENTO 4: ESTABILIDADE DA CLARA EM NEVE Objetivo: Identificar o efeito de diferentes agentes sobre a obtenção de clara em ponto de neve, e sobre a estabilização e desestabilização do sistema espuma. Material: Clara – 6 unidades Gema Agua Sal Açúcar Óleo Método: 1- Bata uma clara até o ponto “neve” 2- Bata uma clara até o ponto “neve” com 1 colher de chá de água 3- Bata uma clara até o ponto “neve” com 1 colher de chá de gema 4- Bata uma clara até o ponto “neve” com 1 colher de chá de óleo 5- Bata uma clara até o ponto “neve” com 1 colher de chá de açúcar 6- Bata uma clara até o ponto “neve” com 1 colher de chá de sal 7- Após a obtenção das claras em neve, deixe descansar por 20 minutos para medir a quantidade de liquido que se separa e verificar a estabilidade. Observe o tempo de formação da neve, o rendimento e a estabilidade da neve e preencha o quadro de avaliação a seguir: MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 30 Avaliação da estabilidade do sistema espuma da clara Métodos Tempo de batimento Estabilização (mL) Avaliação da Formação da espuma 10 min 20 min 30 min Clara Clara + agua Clara + gema Clara + óleo Clara + açúcar Clara + sal Critérios de avaliação 1 2 3 4 Estabilização Escoou muito Escoou pouco Escoou muito pouco Não escoou Formação da espuma Dificuldade na formação Pouco volume Volume razoável Volume abundante Comentários: Qual o efeito do sal, da água, do óleo, do açúcar e da gema na formação e estabilidade das espumas? EXPERIMENTO 5: BOLO DE CHOCOLATE Objetivo: Observar o uso de ovos em preparações culinárias. Material: Ovo de galinha – 5 unidades Farinha de trigo com fermento – 3 xicaras de chá Açúcar – 2 xícaras de chá Chocolate em pó – 1 xícara de chá Leite – 1 xícara de chá Margarina – 250g Cobertura: Leite condensado – 1 lata Margarina – 1 colher de sopa Chocolate em pó – 3 colheres de sopa Método: Bata na batedeira a margarina e o açúcar até homogeneizar, acrescentar os ovos e continuar batendo, Acrescentar aos poucos a farinha de trigo peneirada e continuar batendo, Adicione o chocolate em pó e o leite, sem parar de bater até obter uma massa homogênea. Despeje em uma forma redonda (28 cm de diâmetro) untada e leve para assar em forno quente (200°C) por aproximadamente 40 minutos ou até que enfiando um palito esse saia limpo Deixe esfriar desenforme e coloque a cobertura Cobertura: Leve o leite condensado, a manteiga, o achocolatado ao fogo mexendo sempre. Quando ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar sem parar de mexer por cerca de 6 minutos ou até formar um creme consistente. Coloque em cima do bolo Faça a degustação. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 31 EXPERIMENTO 6: OMELETE Objetivo: Verificar o efeito de coagulação do ovo. Material: Ingredientes Quantidades Ingredientes Quantidades Ovo de galinha 5 und Óleo 2 col de sopa Cebola 1 und picadinha Queijo mussarela 200g Tomate 2 und picado Presunto de peru 200g Alho 2 dentes amassados Sal A gosto Método: 1- Bata os ovos e misture os demais ingredientes. 2- Em um frigideira aqueça o óleo, controlando a temperatura para que fiquem transparente (fogo médio). 3- Colocar os ovos batidos com os ingredientes. 4- Depois de 4 a 5 min, dobrar a omelete e virá-la. Deixar mais 2 a 3 min. 5- Repita a preparo caso necessário. Faça a degustação. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 32 PRÁTICA 8 – CARNES, AVES E PESCADOS INTRODUÇÃO: Do ponto de vista nutricional, a carne bovina é considerada um alimento de alto valor biológico, pois sua composição em aminoácidos essenciais, lipídios, vitaminas e sais minerais são adequados à alimentação humana. É predominantemente uma fonte protéica, em função de ter entre seus componentes maior proporção de fibras musculares (Ornellas, 2007; Philippi, 2006). O estado de maturação da carne influi sobre sua consistência. Rigor mortis é um processo advindo de uma série de transformações químicas e físicas que resultam na rigidez da carcaça, processo este que ocorre logo após o abate do animal. Não termina nesta etapa, mas prossegue uma série de degradações enzimáticas e desnaturação protéica, sendo assim denominado conversão do músculo em carne, causando uma pseudo-resolução do rigor mortis, que tornará menos rígida a carcaça. Pode ter uma duração variável e dependendo dos métodos de conservação utilizados, pode resultar em marcantes variações nas propriedades da carne, como a capacidade de retenção de água, cor e firmeza da carne fresca; maciez, sabor e suculência da carne preparada para consumo, e capacidade de emulsificação das matérias primas, rendimentos de processo e cor dos produtos processados (Costa, 2002). A carne de aves e pescados assemelha-se aos outros tipos de carnes devido á sua composição e valor nutritivo, os princípios culinários e condições de armazenamento. EXPERIMENTO 1: AMACIAMENTO DE CARNES Objetivo: Verificar a eficácia dos métodos de amaciamento de carnes sejam eles físicos, químicos ou enzimáticos. Material: Chã de dentro 1Kg Pimenta do Reino 0,5 g/amostra Abacaxi 30 mL de suco Vinagre 30ml/amostra Cebola ½ unidade Sal 2g/amostra Óleo 20 ml/amostra Alho 2g/amostra Método: 1- Prepare o vinha d‘alho para 03 amostras (vinagre, pimenta, alho, cebola e sal) e reserve; 2- Corte 06 bifes médios (±150g) cada, sendo 05 deles no sentido vertical (contrário) das fibras e (01) no sentido longitudinal (mesmo) das fibras; 3- Identifique os bifes da seguinteforma: - Amostra nº 1 (Padrão): não sofrerá nenhum processo de amaciamento, devendo ser temperado apenas com sal; - Amostra nº 2 (Batido): bater com batedor de carne ou parte traseira da faca, temperar com sal e pimenta; - Amostra nº 3: cortado no sentido longitudinal (mesmo) das fibras, devendo ser colocado no vinha d’alho. Ficar em repouso até fritar; - Amostra nº 4: cortado no sentido vertical (contrário) das fibras, devendo ser colocado no vinha d’alho. Ficar em repouso até fritar; - Amostra nº 5 (enzima): temperar com sal e acrescentar 02 colheres de sopa de suco de abacaxi 10 minutos antes de fritar; - Amostra nº 6 (Processos Associados): bater, temperar com vinha d‘alho e acrescentar 01 colher de sobremesa de suco de abacaxi, 10 minutos antes de fritar; MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 33 OBS: as amostras 05 e 06 devem ser as ÚLTIMAS, a serem fritas!!!!! 4- Aqueça o óleo nas frigideiras e frite os bifes por cerca de 03 minutos mexendo com um garfo para não soltar salmoura. Vire e frite o outro lado até que fiquem dourados; 5- Preencha o quadro a seguir: AVALIAÇÃO Peso Inicial Tempo de Cocção Peso Final Fator de Cocção Maciez Aceitabilidade Padrão Batido Sentido longitudinal (vinha d’alho) Sentido vertical (vinha d’alho) Enzimas Processos associados Comentários: Comente os possíveis motivos para os resultados encontrados. Comparar a textura dos bifes. Qual o efeito da adição do suco de abacaxi na carne? Como o tempo de exposição ao suco de abacaxi influencia na qualidade da carne? EXPERIMENTO 2: PEIXE À DELÍCIA Objetivo: Elaboração de uma receita à base de pescado. Material: Filé de peixe 1,5Kg Banana Prata 10 unidades Óleo Margarina 160g Farinha de trigo 100g Sal a gosto Limão 2 unidades Pimenta do reino 6g Queijo mussarela 150g Método: 1- Tempere o peixe com sal, pimenta e limão; 2- Passe farinha de trigo no peixe e leve-o para fritar; 3- Em uma outra panela, frite as bananas (que devem estar partidas ao meio) em óleo quente (pouco); 4- Prepare o molho Bechamel, de acordo com os ingredientes e a receita a seguir: Farinha de trigo – 150g Margarina – 80g Cebola ralada – 60g Leite – 1L Creme de Leite – 1 lata a) Refogue a cebola na margarina e deixe dourar mexendo sempre para não queimar; b) Acrescente a farinha de trigo dissolvida no leite com a panela fora do fogo; d) Leve ao fogo novamente para gelatinizar o amido até obter a consistência de molho, quando estiver pronto acrescentar o creme de leite. 5. Unte uma forma com margarina, coloque o peixe frito, por cima as bananas fritas e regue com o molho Bechamel; cubra com o queijo 6 - Leve para gratinar no forno pré-aquecido (+ 180ºC) por cerca de 20 minutos; 8- Pese a preparação, e depois pese uma porção MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 34 Comentários: Porque se adicionou limão ao peixe durante o pré-preparo desta receita? EXPERIMENTO 3: COBERTURA À MILANESA Objetivo: Avaliar o efeito dos diferentes processos de cocção no rendimento, sabor e suculência das aves. Material: Peito de frango 1 unidade Ovo 2 unidades Óleo 400 mL Farinha de trigo ±100g Farinha de rosca ±150g Sal 2% (peso do frango) Alho 4% (peso do frango) Método 1- Pesar o frango, limpar e pesar novamente. Calcular o fator de correção; 2- Cortar em filés médios, temperar com sal e alho, e deixar em repouso por 30 minutos; 3- Empanar os pedaços, passando na farinha de trigo, no ovo batido e depois na farinha de rosca. Pesar novamente; 4- Colocar o óleo para aquecer em uma frigideira, fritar até ficar dourado e colocar para escorrer em papel toalha. Pesar novamente; 5- Pese a preparação, e depois pese uma porção; 6- Fazer teste de aceitabilidade e preencher o quadro a seguir AVALIAÇÃO Peso Bruto Peso Líquido Fator de correção Peso Empanado Peso Final Fator de Cocção Maciez Aceitabilidade Peito de frango Comentários: Qual o efeito do uso de coberturas e frituras na cocção de carnes? EXPERIMENTO 4: CORTES POUCO MACIOS SUBMETIDOS AO CALOR ÚMIDO, SECO E MISTO Objetivo: Comparar diferentes técnicas de cocção de carnes e analisar seu efeito sobre o tempo de cocção, rendimento e sabor da carne. Material: Lagarto bovino 1,0Kg Sal 6 g Colorau 6 g Óleo 20 mL/amostra Água 150 mL/amostra Método: 1- Divida a carne em 6 bifes, limpe caso haja necessidade e pese novamente. Calcule o fator de correção (se houver); 2- Tempere os bifes com sal e colorau; MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 35 3- Separe os bifes em 03 porções; 4- Cozinhar a 1ª porção em CALOR ÚMIDO (marcar tempo): colocar na frigideira fria o óleo, a água e os bifes; submeter à cocção em fogo brando, com a panela tampada até ficar macio. Não deixar a água secar, Se necessários acrescentar mais pesar os bifes depois de prontos 5- Cozinhar a 2ª porção em CALOR SECO (marcar tempo): colocar na frigideira o óleo, deixar aquecer e quando bem quente adicionar os bifes; submeter à cocção até fritar totalmente; pesar os bifes depois de prontos 6- Cozinhar a 3ª porção em CALOR MISTO (marcar tempo): aquecer uma frigideira untada com óleo, colocar os bifes e deixar corar por 1,5 minutos em cada lado; adicionar a água aos poucos e tampar, deixando cozinhar em fogo baixo até ficar macio; pesar os bifes depois de prontos. 7- Fazer degustação e preencher quadro a seguir AVALIAÇÃO Peso Bruto Peso Líquido Fator de correção Tempo de Cocção Peso Final Fator de Cocção Maciez Aceitabilidade Calor Úmido Calor Seco Calor Misto Comentários: Qual o efeito da tostadura na qualidade sensorial dos bifes? Justifique. EXPERIMENTO 5 : PEITO DE FRANGO SUBMETIDO AO CALOR SECO Objetivos: Relacionar o método de preparo ao tempo de cocção, rendimento e sabor do frango; monitorar tempo e temperatura de cocção; e analisar maciez e sabor após a cocção. Material: Peito de Frango 2 unidades Óleo 120 mL Cebola 10g/amostra Colorau 1,0 g/amostra Alho 2,0 g/amostra Sal 4,0 g/amostra Pimenta do Reino 1,0 g/amostra MÉTODO DE COCÇÃO EM CALOR SECO INDIRETO 1- Numere cada peito em amostra Nº1 e Nº2; 2- Pese cada amostra, retire a pele e pese novamente. Divida cada peito em 4 porções; 3- Tempere as amostras com todos os temperos indicados acima; MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 36 4- Deixe reservado por 20 minutos para tomar o tempero; 5- Para a Amostra Nº 1: - aqueça em uma panela 100 mL de óleo e frite o peito temperado, marcando o tempo de preparo (após colocar no óleo quente) - coloque cada porção frita em papel absorvente para eliminar o excesso de óleo, pese e marque o tempo de cocção. - deguste, avalie as características sensoriais e anote as avaliações no quadro a seguir. 6- Para a Amostra Nº 2: - unte uma forma com óleo, forre com um pedaço de papel alumínio e unte novamente - coloque o frango sobre o papel alumínio untado e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 30 minutos, marcandoo tempo de preparo - vire cada porção, regue com o próprio molho e leve novamente ao forno para dourar por cerca de 15 minutos - marque o tempo de cocção, pese, deguste e avalie as características sensoriais conforme os Critérios de Avaliação no quadro a seguir. AVALIAÇÃO Peso Bruto Peso Líquido Fator de correção Tempo de Cocção Peso Final Fator de Cocção Maciez Aceitabilidade Fritura Forno Comentários: Qual o efeito dos diferentes tipos de calor aplicados nas preparações? Qual o melhor método? Justifique. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 37 PRÁTICA 9 – AÇÚCARES INTRODUÇÃO: Esse grupo está representado na pirâmide alimentar em seu ápice. Termo empregado para denominar os carboidratos monossacarídeos e dissacarídeos. Existem vários alimentos açucarados, dentre alguns estão: mel, alimentos elaborados com açúcares (balas, bombons, caramelos, etc). Nas frutas os açúcares são encontrados em dissacarídeos (glicose e frutose). Dentre os açucares mais encontrado na alimentação está a sacarose, dissacarídeo formado por glicose e frutose (Philippi, 2008) O consumo de alimentos adoçados é influenciado por uma variedade de fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Uma preferência por doces tem sido sugerida como importante fator no consumo individual de açúcar. Outras variáveis para a preferência por açúcar incluem sexo, etnia e sensibilidade gustativa (Tomita, 1999). OBJETIVOS: - Analisar o efeito da temperatura na produção de diferentes preparações à base de açúcar ou alimentos doces. - Estima per capita e porções ideais das preparações. PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS E DESCRITOS: 1. Estimar a porção per capita de cada ingrediente da preparação 2. Calcular as quantidades necessárias dos ingredientes utilizados nas preparações para 230 comensais. 3. Estimar o tempo de preparo. EXPERIMENTO 1 - CALDAS E COBERTURAS A) Calda de Açúcar - Manjar de Coco Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Leite integral Leite condensado Leite de coco Creme de leite Amido de milho 500ml ½ caixa ½ vidrinho ½ caixa ½ xícara de chá Bata no liquidificador o leite, o leite condensado, o leite de coco, o creme de leite e o amido de milho Despeje a mistura em uma panela e leve ao fogo Deixe cozinhar, mexendo sempre, por 20 minutos ou até engrossar Coloque o creme numa fôrma de anel molhada com água e deixe esfriar por 30 minutos Leve à geladeira até ficar bem firme Se preferir, adicione 2 colheres (sopa) de coco ralado na preparação do manjar Calda: Coloque o açúcar em uma panela e leve ao fogo para caramelizar Em seguida, acrescente a água e as ameixas e deixe ferver por 20 minutos ou até formar uma calda Espere esfriar Desenforme o manjar já frio e cubra com a calda, também fria Obs. Insira as informações na FTP em anexo Açúcar Caramelizado 1 parte de água para 2 de açúcar refinado; Leve a mistura a uma panela em fogo baixo Deixe cozinhar até atingir o ponto desejado MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 38 EXPERIMENTO 2 - SOBREMESAS A) Brownie Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Trigo sem fermento açúcar nescau manteiga derretida ovos castanhas 2 xíc.chá 2 xic.chá 8 col.sopa 200g 3 unidades 200g Mistura a farinha de trigo, açúcar e o Nescau em uma vasilha. Em seguida misture os 3 ovos (gema e clara) e reserve. Despeje a manteiga em uma panela e leve-a ao fogo até derretê-la. Depois a despeje na mistura de farinha de trigo, açúcar, Nescau e os ovos, até homogeneizar. Triture as castanhas e adicione Unte uma forma média com manteiga e farinha de trigo sem fermento. Coloque a massa homogeneizada na forma e leve ao forno e deixe por aproximadamente 25 minutos (Forno já aquecido). O Brownie estará pronto quando você colocar o palito na massa e o palito não sujar Obs. Insira as informações na FTP em anexo B) Bolo diet Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Fubá de milho Farinha de trigo Fermente em pó Leite desnatado Margarina Gema de ovo Adoçante ( forno e fogão) Erva-doce Claras de ovo 1 xíc.chá 1 xíc.chá 1 col.sopa 1 xíc.chá 5 col.sopa 1 unidade 4 col.sopa 1 col.chá 4 unidades Pese todos os ingredientes Pré-aqueça o forno em temperatura média (180ºC).Em uma tigela peneire o fubá com a farinha de trigo e o fermento em pó. Reserve. Coloque o leite em uma panela e leve ao fogo por 2 minutos. Retire do fogo e reserve. Coloque na tigela da batedeira 3 colheres (sopa) de azeite de oliva, a gema e o adoçante. Bata por 5 minutos. Junte, aos poucos, os ingrediente secos peneirados alternando com o leite, sem parar de mexer. Misture as sementes de erva-doce e, por último, incorpore as claras batidas em neve. Mexa delicadamente. Despeje a massa em um uma fôrma refratária untada com azeite oliva restante. Leve ao forno por 30 minutos ou até que, enfiando um palito, este saia limpo. Retire do forno, desenforme e sirva. Pese a preparação pronta. Calcule o FCy e estabeleça uma porção ideal. Obs. Insira as informações na FTP em anexo C) Bolo de banana Objetivo: Elaboração de um produto utilizando diferentes tipos de açúcar. Material: Margarina – 150g Banana prata – 5 unidade Açúcar mascavo – 1 xícara Essência de baunilha – 1 colher de chá Agua – 1 xícara Ovo – 6 unidades Açúcar refinado – ½ xícara Canela em pó – 2 colheres de chá Leite – ½ xícara Sal – 2g Farinha de trigo com fermento – 2 xícaras MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 39 Método: 1. Separe todos os ingredientes e pré-aqueça o forno a temperatura de 1800 C 2. Derreta a margarina em uma forma em fogo médio; 3. Em outra forma junte o açúcar mascavo e a água e cozinhe, mexendo com uma colher, até dissolver completamente o açúcar e formar uma calda firme; 4. Distribua sobre o caramelo as bananas cortadas em rodelas, formando círculos, sobrepondo- as levemente. Polvilhe com canela em pó e reserve; 5. Peneire a farinha de trigo; 6. Em uma batedeira bata as gemas até ficarem esbranquiçadas; sem seguida acrescente 3 colheres de sopa da margarina derretida, a essência de baunilha e o sal; 7. Sem parar de bater, aos poucos acrescente o açúcar, a farinha de trigo e o leite; 8. Por último acrescente as claras em neve; 9. Coloque a mistura na forma reservada, nivele a superfície e leve ao forno por cerca de 30 minutos 10. Desenforme o bolo imediatamente sobre um prato. Deixe descansar um pouco para o caramelo escorrer e cobrir as fatias de banana 11. Pese, porcione e sirva. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 40 PRÁTICA 10 – ÓLEOS E GORDURAS INTRODUÇÃO Os componentes dos alimentos conhecidos como gorduras (glicerídeos) forma-se principalmente de carbono, oxigênio e hidrogênio. Um glicerídeo simples é composto por uma molécula de glicerol ligada a dois ou três ácidos graxos. Distribuem-se na natureza em forma de monoglicerídeos, glicerídeos e triglicerídeos, estes, mais abundantes que os demais. Os ácidos graxos que compõem as gorduras podem apresentar-se na forma saturada ou insaturada, dependendo da forma química. Na forma insaturada, os ácidos graxos podem sem monoinsaturados ou polinsaturados e possuem papel importante na saúde das pessoas. Em condições de armazenamento inadequadas, as gorduras são susceptíveis a alterações em sua forma química,o que a torna imprópria ao consumo humano. Em contato com oxigênio, calor e luz, por exemplo, reage com o oxigênio e forma substância caracterizadas por sabor e odor desagradáveis. Esta situação caracteriza a formação do ranço (formação de peróxidos). Na Técnica dietética é importante observar o ponto de fusão e o ponto de fumaça das gordura, uma vez que influem diretamente na qualidade do alimento. O ponto de fusão fica em torno de 20ºC e o ponto de fumaça (em torno de 180ºC). O ponto de fusão diferencia gorduras (sólidas) de óleos ( líquidos). O ponto de fumaça indica ate que ponto a gordura pode ser aquecida sem se deteriorar (ALMEIDA, 2007). Os alimentos gordurosos são excelentes fontes de energia (9kcl/g), vitaminas lipossolúveis, sendo portando imprescindíveis à alimentação humana. Além disto, na técnica dietética, as gorduras são evidenciadas por melhorarem o sabor e a textura dos alimentos e, do mesmo modo, aceleram os processos de cocção por distribuírem igualmente o calor nos alimentos (DOMENE, 2011). Uma dieta balanceada deve conter gorduras em proporção aos demais nutrientes a quantidade ideal, segundo a Food and Nutrition Board (1985), deve ser de 25 a 35% do valor Calórico Total da dieta, respeitando as variações individuais. OBJETIVOS - Diferenciar o ponto de fumaça de óleos e gorduras - Determinar o efeito da temperatura, tipo de óleo e gordura na qualidade de alimentos fritos - Mostra o agente emulsificante em produtos à base de óleo - Analisar a quantidade de gordura aderida aos alimentos fritos. EXPERIMENTO 1 – FRITURA EM ÓLEO Batata frita Ingredientes Quantidades Técnica de Preparo Batata Óleo de soja Gordura vegetal Sal 800g 1litro 1 kg q.s.p Higienizar , pesar, descascar e pesar a batata. Calcular o FC Cortar as batatas à Juliana. Pesar Dividir a batata em duas partes Medir o óleo e a gordura vegetal, colocar em frigideiras e deixar aquecer até 170ºC (óleo) e 145ºC (gordura) Fritar a batata nas duas frigideiras MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 41 Retirar, escorrer, pesar, descansar em papel toalha por 10 minutos, pesar novamente Medir o óleo e a gordura que ficaram nas frigideiras Calcular o rendimento, o FCy e a porção ideal Estimar a gordura que aderiu à batata Obs. Insira as informações na FTP em anexo EXPERIMENTO 2: FRITURAS EM DIFERENTES GORDURAS Objetivo: Observar o efeito de diferentes tipos de gordura sobre características sensoriais de frituras. Material: Banana – 6 unidades Óleo vegetal Margarina Manteiga Método: Descasque as bananas, corte-as no sentido longitudinal, divida em três porções e frite em manteiga, margarina e óleo vegetal. Coloque em um prato e avalie quanto a cor, sabor e textura Preencha o quadro a seguir: Avaliação Tipo de fritura Peso líquido Peso frito Fator de cocção Textura Sabor Cor Óleo Manteiga Margarina EXPERIMENTO 3: PODER AMACIANTE DA GORDURA Objetivo: Observar o poder amaciante da gordura Material: Farinha de trigo – 400g Gema de ovo – 4 unidades Queijo parmesão – 100g Sal – 4g Margarina – 150g Manteiga – 150g Método: 1. Misture bem metade dos ingredientes com a margarina até obter uma massa uniforme, que não grude nas mãos; 2. Modele bolinhos e asse no forno; 3. Proceda como no item anterior, mas desta vez usando a manteiga. 4. Avalie a textura dos bolinhos preparados com a manteiga e com a margarina MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKUTSU, R. C.; BOTELHO, R. A.; CAMARGO, E. B.; SÁVIO, K. E. O. ARAÚJO, W. C. A ficha técnica de preparação como instrumento de qualidade na produção de refeições. Rev. Nutr., vol.18, n.2, p. 277-279. 2005 ALLEONI, A. C. C.; ANTUNES, A. J. Unidade Haugh como medida da qualidade de ovos de galinha armazenados sob refrigeração. Sci. agric., vol.58, n.4, p. 681-685. 2001. ALMEIDA, D. T. Apostila da Disciplina Técnica Dietética I, mimio, Salvador. 2007. ALMEIDA, D. T., NUNES I. L., ANDRADE L. L., Técnica Dietética I, Aula Prática de Mensuração de Alimentos. 2007 CLARO, R. M.; CARMO, H. C. E.; MACHADO, F. M. S.; MONTEIRO, C. A. Renda, preço dos alimentos e participação de frutas e hortaliças na dieta. Rev. Saúde Pública, vol.41, n.4, p. 557- 564. 2007. COSTA, Eduardo Castro da et al. Composição Física da Carcaça, Qualidade da Carne e Conteúdo de Colesterol no Músculo Longissimus dorsi de Novilhos Red Angus Superprecoces, Terminados em Confinamento e Abatidos com Diferentes Pesos. Rev. Bras. Zootec., vol.31, n.1, suppl., p. 417- 428, 2002. COELHO, T. Alimentos. Propriedades Fisico – Químicas. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2001. DOMENE, S M A. Técnica Dietética. Teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 350p. DUTRA-DE-OLIVEIRA; J.E.; MARCHINI. Ciências Nutricionais. Ribeirão Preto, São Paulo: SARVIER, 1998. p.377-380. FERREIRA, Edilene Cristina et al. Análise exploratória dos teores de constituintes inorgânicos em sucos e refrigerantes de uva. Eclet. Quím. vol.27, p. 77-90, 2002. Guimarães, A, F., Galisa, M. S. Cálculos Nutricionais. Conceitos e Aplicações Práticas. São Paulo: M. Books, 2008. p. 37-41. MARTINS, C. C. Padronização das operações de restaurante do tipo self-service. Brasília. 2003. MEDEIROS, Lilian C. S. et al. Ingestão de nutrientes e estado nutricional de crianças em dieta isenta de leite de vaca e derivados. J. Pediatr., vol.80, n.5, p. 363-370. 2004. ORMENESE, R. C. S. C.; CHANG, Y. K. Massas Alimentícias de Arroz: uma revisão. B.CEPPA, vol. 20, n.2, p. 175-190. 2002. ORNELLAS, L. H. Técnica Dietética. Seleção e preparo de alimentos. 8ª edição. São Paulo: Atheneu, 2007. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 43 PAULINO, E. G. F.; MARTINEZ, S. Previsão Quantitativa de Gêneros. In: SILVA, S. M. C. da; MARTINEZ, S. Cardápio. Guia Prático para a Elaboração. 2ª ed. São Paulo: ROCA, 2008. p.129-132. PHILIPPI, S. T. Pirâmide dos Alimentos. Fundamentos básicos da nutrição. Barueri, São Paulo: Manole, 2008. p. 71-95. ____________ Nutrição e Técnica Dietética. Barueri, São Paulo: Manole: 2006. QUINTAES, K. Diego. Utensílios para alimentos e implicações nutricionais. Rev. Nutr., vol.13, n.3, p. 151-156, 2000. RAMALHO, V. C.; JORGE, N. Antioxidantes utilizados em óleos, gorduras e alimentos gordurosos. Quim. Nova, vol. 29, n. 4, p. 755-760. 2006. REDA, S. Y.; CARNEIRO, P. I. B. Óleos e Gorduras Aplicações e Implicações. Revista Analytica, n. 27, p. 60 a 67, 2007. RODRIGUES, K. R. M.; SALA, E. Atitudes de granjeiros, atacadistas, varejistas e consumidores em relação à qualidade sanitária do ovo de galinha in natura. Rev. Nutr., vol.14, n.3, p. 185-193. 2001. SALVADOR, M.; SANTA, P. D. Teores de macronutrientes e de colesterol em diferentes tipos de ovos. B.CEPPA, vol. 20, n.1, p. 133-140. 2002. SILVA, S. M. C. da; MARTINEZ, S. Cardápio. Guia Prático para a Elaboração. 2ª ed. São Paulo: ROCA, 2008. p.149-154; 132; 150-152. THAMER, Karime Gianetti and PENNA, Ana Lúcia Barretto. Caracterização de bebidas lácteas funcionais fermentadas por probióticos e acrescidas de prebiótico. Ciênc. Tecnol. Aliment., vol.26, n.3, p. 589-595, 2006. TOMITA, N. E., NADANOVSKY P., VIEIRA A. L. F. e LOPES E. S. Preferências por alimentos doces e cárie dentária em pré-escolares. Rev. Saúde Pública, n. 33, p.542-546, 1999. MANUAL DE AULAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS DIETÉTICAS 44 ANEXOS ANEXO 1: FATOR DE CORREÇÃO DOS ALIMENTOS Alimento FC Alimento FC Frutas Frescas
Compartilhar