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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM DIREITO Resenha Crítica de Caso Nome do aluno (a) CYNTHIA PONCIONE ROCHA GOMES Matrícula:201703058119 Trabalho da disciplina:PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO Professor (a): Raphael da Silva Pitta Lopes Duque de Caxias 2020 O Direito do trabalho do qual conhecemos passou por diversas modificações, baseado nas primeiras relações de emprego advindas da pré-história, escravidão, servidão, corporações de ofício, começou a se desenvolver a partir das revoluções francesa e industrial e se consagrou no constitucionalismo social. Sob influência de todos esses aspectos, começou a surgir no Brasil a partir da abolição da escravidão, que possibilitou sua introdução no país, iniciando sua caminhada e desenvolvimento com a proclamação da republico, bem como consequentemente com as constituições e revoluções sociais como a de 1930. Até chegar os tempos atuais aonde ao acesso à justiça se torna mais fácil a qualquer indivíduo está em perfeita consonância com os princípios e direitos fundamentais abarcados pela nossa Constituição Federal de 1988. Tendo com maior empenho o acesso à justiça o âmbito trabalhista, já que por sua vez uma das partes da relação de emprego possui enormes dificuldades de realizar o referido acesso, devido, especialmente, à sua hipossuficiência. O acesso à justiça era encarado apenas como a possibilidade assegurada a qualquer indivíduo de provocar uma resposta jurisdicional, sem que fosse necessária a procura anterior por meios extrajudiciais de resolução de conflitos, como as vias administrativa. A liquidação dos pedidos não é requisito de validade da petição inicial A inovação introduzida ao art.840 da CLT pela lei 13.467/17 diz respeito aos requisitos de validade da petição inicial, expondo a necessidade de que o pedido seja certo, determinado e com indicação de seus valores. A certeza implica necessariamente que o pedido deve ser antes de tudo expresso, além de especificado e individualizado na petição inicial. Com a reforma trabalhista há uma inversão, e a regra de exceção se transforma em regra geral e passa a exigir que o valor dos pedidos conste expressamente na petição inicial, sendo natural que o valor da causa corresponda ao somatório dos mesmos, sob pena de extinção sem julgamento do mérito. Princípio do acesso à justiça, o princípio da inafastabilidade da jurisdição tem previsão no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal vigente, que dispõe: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” e o direito de ação é um direito público subjetivo do cidadão. É um direito autônomo porque, embora ele vise a proteger um direito material que o autor da ação entende lesado, ele (o direito de ação) não se confunde com o direito material que se pretende defender e não depende da efetiva existência desse direito material para que possa ser exercido. Desta forma, o direito de ação existe por si só e pode ser exercido mesmo que não exista nenhum direito material a ele subjacente. A Constituição da República empalmou o princípio da inafastabilidade da jurisdição, que, em síntese, de um lado, outorga ao Poder Judiciário o monopólio da jurisdição e, de outro, faculta ao indivíduo o direito de ação, ou seja, o direito de provocação daquele, é a principal garantia dos direitos subjetivos. Fundamenta-se também no princípio da separação de poderes, reconhecido pela doutrina como garantia das garantias constitucionais. No Brasil, somente o Judiciário, diante de um caso concreto, pode declarar o direito, se provocado por alguém que se encontre em situação de pretensão resistida, por meio de um dos princípios basilares, o do acesso à justiça. REFERÊNCIA: - BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal disponíveis em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.htm- -https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/201/edicao-1/principio-do-acesso-justiça 3