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Funções Vetoriais 1- Curvas Parametrizadas: Considere um intervalo I (ou uma união de intevalos) e uma função do tipo f : I⊂R →Rn , que associa a uma variável t∈I um vetor com n coordenadas f (t)=(f 1(t) , f 2( t) , f 3(t ) ,…, f n(t)) . As funções coordenadas f i( t) , para i variando de 1 até n, são funções do cálculo 1 , ou seja, f i : I⊂R → R t→ f i(t ) , a variável independente t é chamada de parâmetro. Exemplos: (1) Considere um ponto P=(x0 , y0 , x0)∈R 3 e um vetor v⃗=(v1, v2, v3) . As equações paramétricas da reta que passa por P e é paralela a v⃗ são x (t)=x0+t v1 y (t)= y0+ t v2 z (t)=z0+t v1 , sendo t∈R . Isto que está feito aqui é o mesmo do que considerar a função f : I⊂R →R 3 t→ f ( t)=(x0+ t v1, y0+t v2, z0+t v3) . (2) circunferência: f : [0,2π]→R 2 s→ f (s)=(cos(s) , sen (s )) (3) circunferência: f : [0,2π]→R 2 s→ f (t)=(cos (−t) , sen(−t)) Nos exemplos (2) e (3) as imagens das funções estão em R2 e são circunferências , mas são funções diferentes...por que? OBS: A imagem de f , que está em Rn , é chamada de trajetória e os pontos f(t) podem ser considerados como vetores posição (por exemplo, de uma partícula quando o contradomínio for R2 ou R3 ) . Nesse sentido podemos operar com funções vetoriais com as mesmas operações possíveis de serem realizadas entre vetores: 1. Função Soma ( ou Função Diferença), 2. Função Multiplicação por Escalar, 3. Função Produto Interno, 4. Função Produto Vetorial (apenas em ℝ3 ) (4) Hélice circular : f(t)=(a.cos (t), a sen(t), b. t), sendo a>0 e b≠0 , constantes reais dadas. Noção de Limite A noção de limite para essas funções recai no limite das funções coordenadas, que são funções que foram estudadas no Cálculo 1. Definição: Limite de curvas do ℝn Considere uma curva f : I⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt , t 0∈ℝ e L=L1, L2,…, Ln∈ℝ n . Diremos que lim t t0 f t =L , ou, em palavras, o limite de f(t) quando t∈ I tende a t0 é o vetor L se , e somente se, valerem simultaneamente os limites das coordenadas: lim t t0 f 1t =L1 , lim t t 0 f 2t =L2, , lim t t0 f nt =Ln . Assim se algum dos limites das coordenadas não existir então o limite da função vetorial também não existirá. E existindo os limites das coordenadas, podemos escrever ainda lim t t0 f t =lim t t0 f 1t , f 2 t ,⋯, f nt =limt t0 f 1t , limt t0 f 2t ,⋯ , limt t0 f nt Exemplos : 1) Considere f :ℝℝ2 e, portanto, f t = f 1t , f 2t sendo f 1t =t e f 2t ={sen t , se t≠ 2 0, se t= 2 } . 2) Outra notação: Considere f t = sent t it 23j função que representa a trajetória de uma partícula, encontre o limite quando t0 . 3) Para f(t)= ( cost, sent, t). Calcule lim h0 f th− f t h . Curvas Contínuas Definição: Considere f : I⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt e t 0∈I . Diremos que f é contínua em em ponto t 0 do domínio se valer lim t t0 f t = f t 0 . Pela definição de limite podemos afirmar que f será contínua em t 0∈ I se, e somente se, todas as funções coordenadas forem contínuas em t 0∈I . Diremos que f é contínua em todo intervalo I se for contínua para qualquer t∈ I . Exemplos: Utilizar os de limite OBS: No que segue trabalharemos com curvas parametrizadas contínuas. Derivada, Vetor Tangente e Vetor Velocidade Observe que tanto a noção de limite quanto a de função contínua recaem na análise das coordenadas da curva. O mesmo ocorrerá com a derivada! Definição: Considere f : I⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt e t 0∈I . Diremos que f é derivável no ponto t 0 do domínio se existir o seguinte limite lim h0 f t 0h− f t 0 h , neste caso o limite é denotado por f ´ t 0 ou df dt t 0 . É facilmente verificável que f é derivável em t 0∈ I se, e somente se, todas as funções coordenadas também forem, neste caso vale: f ´ t 0= f 1´ t 0 , f 2´ t 0 ,⋯, f n´ t 0 . A função f será derivável em I ser for derivável para todo t∈ I Exemplos: 1) Observe f t= sen3t , e−t 2 , t que a função f tem derivada de todas as ordens em todos os pontos do domínio. Encontre f ´(t) e f ”(t) e f '(0). 2) Verifique se a curva g t = ln t2 ,∣t∣ é derivável em t =0. Interpretação Geométrica da Derivada: Reta Tangente Considere uma curva f : I⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt , tal que exista f ´ t 0 e f ´ t 0≠0 . A reta que passa pelos pontos f t0h e f t 0 em R 3 (ou R2 ) é uma reta secante a trajetória de f . Quando h 0 , se o limite existir, o vetor f t0h− f t 0 h se aproxima de um vetor tangente a trajetória no ponto f t0 . A reta que passa por f t0 e é paralela ao vetor f ´ t 0 é chamada de reta tangente a trajetória de f no ponto f t0 . O vetor f ´ t 0 é chamado de vetor tangente à curva f no ponto f (t0) . Suponha que a curva f seja derivável em todo o intervalo I e f ' seja uma função contínua em todo o intervalo I, com f ´ t ≠0 . Então a curva f é chamada de curva lisa ou suave. OBS: Coeficiente Angular da Reta Tangente a uma Curva de R2 : Dada uma curva f t= f 1t , f 2t , o coeficiente angular da reta tangente é obtido através da inclinação do vetor tangente f ' 2t f ' 1t . Há uma outra forma de obtê-lo: considere as equações paramétricas x= f 1t y= f 2t e suponha que o parâmetro t possa ser eliminado (ou isolado). Então obtemos uma equação cartesiana para a curva, isto é, y = F(x) e o coeficiente angular da reta tangente é F´(x) . Observe que encontramos resultados equivalentes, de fato, f 2t =F f 1t e derivando, aplicando a regra da cadeia, obtemos F ' x= f ' 2t f ' 1t . Aplicações ao Movimento: Vetor Velocidade e Vetor Aceleração Interpretando a curva f : I⊂ℝ→ℝn t→ f (t)=( f 1(t) , f 2( t) ,⋯ , f n( t)) como a trajetória de uma partícula que no tempo t está na posição f(t), o vetor f t0h− f t0 h é construído a partir da variação da posição sobre a variação do tempo. Ou seja, tal quociente tem relação com a noção física de velocidade. Assim, se existir f ´ t 0 este vetor será chamado de vetor velocidade instantânea ( ou simplesmente vetor velocidade) da partícula no instante t 0 . E o vetor f ' ' t 0 é chamado vetor aceleração. A intensidade da velocidade ou rapidez da partícula é dada pela medida ∥ f ´ t 0∥ . Exercício: Considere a curva f t =t 3 , t 2 : 1) A curva é lisa? Geometricamente, o que significa esta curva não ser lisa? 2) Supondo que f representa a trajetória de uma partícula. Encontre a velocidade, rapidez e a aceleração no instante t = 1. Regras de Derivação Ver Thomas (página 234). 1. Produto de função escalar por uma função vetorial; 2. Soma ou diferença de funções vetoriais; 3. Produto interno; 4. Em R3 , o produto vetorial ; 5. Regra de Cadeia; Considere I um intervalo, a curva derivável em I f : I⊂ℝ→ℝ n t→ f (t)=( f 1(t ) , f 2( t) ,⋯ , f n( t)) e a função de valor real u dada por u : J⊂ℝ→I s→u (s)=t . Vamos realizar a seguinte composição f o u , ou seja, fou : J→ℝn s→ f (u (s))=( f 1(u (s)) , f 2(u (s)) ,⋯, f n(u(s))) . Se a função u for derivável em s então, sendo f derivável em t=u(s) , cada função coordenada f i será derivável em t=u(s) e pela Regra da Cadeia do Cálculo 1 vale d ds f i(u(s))= df i dt (u(s)) . du ds (s) ou ( f i(u(s))) '= f i ' (u(s)). u ' (s) . Portanto, para a função vetorial f valerá: d ds f (u(s))=(f (u (s )))'=( f '1(u(s)). u ´(s) , f '2(u(s)). u '(s) ,⋯, f ´ n(u(s ))u ' (s)) e colocando u’(s) em evidência obtemos o formato resumido d ds f (u(s))=f ' (u(s)). u '(s) Exercício: I) Considere f (t)=et .cost i⃗ +e t . sen j⃗ e u(s) = 2.s : • Esboce a trajetória dada por f ; • Calcule o vetor velocidade em f(t) e sua intensidade ou comprimento; • Com a composição f(u(s))a trajetória mudou ? E a velocidade em t=u(s)referente ao ponto f(t)=f(t(u(s))? II) Funcões vetoriais de comprimento constante: Considere g(t)=(sen t , cos t ,√(3)) • Calculo o comprimento do vetor g(t) • Observe que ‖g(t )‖=√⟨g (t) , g (t)⟩ ; • Derive ⟨g (t) , g( t)⟩ e explique o seu resultado ; • Utilizando o resultado anterior conclua que os vetores posição g(t) e o vetor velocidade g´(t) são ortogonais. OBS: Em qualquer outra curva f que tenha comprimento constante valerá ⟨ f '(t ), f (t)⟩=0 . Primitiva de Uma Curva Considere f : I⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt . Definimos a primitiva ou integral de f como sendo uma função F, do mesmo tipo que f , isto é, F : I⊂ℝℝn tF t =F1t , F 2t ,⋯, F nt , tal que dF dt = f t . Assim é possível provar que primitivas de f podem ser encontrada calculando as primitivas das funções coordenadas: F t=∫ f 1t dt ,∫ f 2tdt ,⋯,∫ f nt dt . OBS: Em palavras, integrando a derivada de uma função obtemos a função. Integral Definida Seja f : [a ,b]⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt . A integral definida de f no intervalo [a,b] é definida por ∫ a b f t dt=∫ a b f 1t dt ,∫ a b f 2t dt ,⋯,∫ a b f nt dt . Assim, para que f seja integrável no intervalo [a,b] basta que existam as integrais definidas das funções coordenadas neste intervalo. Vale o Teorema Fundamental do Cálculo: Se f é uma função integrável em todos os pontos de [a,b] e se F é uma primitiva de f então vale ∫ a b f t dt=F b−F a . Exe 1: Considere função v t =2 t 21i3t 2−1 jt1k . Encontre primitivas de v. Exe 2: Seja r(t) trajetória de uma partícula que no instante t=0 está no ponto (1,0,0) e que tem velocidade v t =2 t 21,3 t2−1,t1 . Encontre a expressão de r(t). Exe3: Seja r(t) trajetória de uma partícula que no instante t=0 está no ponto (1,0,0), com velocidade (1,-1,1) e tem aceleração v t =4t ,6t ,1 . Encontre a expressão de r(t). OBS: Os exercícios 2 e 3 podem ser enquadrados em problemas que chamamos de problemas de valor inicial. Exe 4: Segundo a 2a Lei de Newton: Se F(t) é a força que age sobre uma partícula de massa m então a aceleração causada por esta força satisfaz a equação: F(t)=m.a(t). Movimento no Plano: Um projetil é lançado com um ângulo de inclinação e velocidade inicial de intensidade v0 . Admitindo que a única força que está agindo no projétil seja a da gravidade e que a massa do projetil seja m, encontre a função posição do projetil. Para que valor de obtem-se a maior distância percorrida? De F(t)=m.a(t) e a(t)= g.(0, -1), g=9.8 m / s2 Assim a(t)=(0,-9.8) e integrando obtem-se a velocidade v t =c1 ,−9.8 tc2 . Desta expressão observa-se que a velocidade inicial é v 0=c1 , c2 . Por outro lado, a informação da inclinação inicial nos informa que v(0) é paralelo ao vetor unitário cos , sen . Assim v 0=c1,c2=v0 .cos , sen . Portanto, a velocidade do projetil é v t =v0.cos ,−9.8 tv0. sen e integrando obtem-se a função posição: r t =v0.costd 1 ,−9.8 t 2 2 v0. sen td 2 . Admitindo que o projetil partiu da origem (0,0) então d 1=d 2=0 . Observe que a trajetória é uma parábola. Encontre essa parábola. A distância percorrida na horizontal será obtida quando r 2t =0 , isto é, t −4.9 tv0 sen=0 . Portanto, é atingida no tempo t= v0 sen 4.9 e neste tempo a distância será dada pela coordenada r 1 , ou seja, r 1= v0 2 cos sen 4.9 = v0 2 sen 2 9.8 . |Assim a distância será máxima se sen 2 assumir seu maior valor e isto ocorrerá quando 2= 2 ⇒= 4 . Comprimento de Arco (Thomas pagina 253) Dada uma curva f : [a ,b]⊂ℝℝn t f t = f 1t , f 2t ,⋯, f nt , derivável e tal que f ´(t) é contínua. O comprimento l do arco da curva entre os pontos f (a) e f (b) é dado por l=∫ a b ∥ f ´ t∥dt . • O comprimento de arco como parâmetro: Se o parâmetro de uma curva suave f: I → Rn for t então a cada t em I a função f associa um vetor f(t). Uma mudança de parâmetro de f é uma função r: J → I , bijetora e com derivada r’ contínua, que a cada s em J associa um t em I, ou seja, t=r(s). Assim ao realizarmos a composição for (s)=f (r (s))=f (t) , mudaremos o parâmetro de t para s. Observe que uma mudança de parâmetros não muda a imagem ou a trajetória percorrida, mas muda o modo como a percorremos ( pode mudar a velocidade ou o sentido do percurso). Considerar a mudança para s sendo o comprimento de arco significa que s = r -1 (t) é o comprimento da curva f entre um ponto P0=f(t0) fixado e um ponto qualquer da curva P=f(t): ◦ s=∫ t0 t ‖ f ´ (u)‖du=r−1(t) , OBS: Para s ser injetora supomos s´= (r -1 )´ (t)=|| f ´ (t) || >0 . Assim com este novo parâmetro temos algo interessante para o futuro , pois para f ( t)= f (r(s)) = g(s) vale que g´(s) = f ´(r(s)). r ´(s) e, como r ´ (s)= 1 (r−1)' (r (s)) = 1 ‖f ´ (r (s))‖ , obtemos g ´(s)= f ’(r (s)) ‖f ‘(r (s))‖ . Ou seja, quando o parâmetro for o comprimento de arco o vetor velocidade será sempre unitário, ou seja, a velocidade tem intensidade constante. Funções Vetoriais Generalizadas Considere D f⊆ℝ n o domínio de uma função f cujo o contradomínio é ℝm : f :D f⊆ℝ n ℝ m x=x1, x2,⋯ , xn f x= f 1x1, x2,⋯, xn , f 2x1, x2,⋯ , xn ,⋯, f mx1, x2,⋯ , xn . Esta é a forma generalizada de uma função vetorial que leva um vetor de D f⊆ℝ n em um único vetor do ℝm . No Cálculo 3 estamos especificamente interessados em dois tipos dessas funções: as superfícies parametrizadas e os campos vetoriais. Superfícies Parametrizadas Até então trabalhamos com superfícies em ℝ3 que são gráficos de funções do Cálculo 2 z=g(x,y) ou que são representadas por equações cartesianas do ℝ3 G(x,y,z)=0. Exemplos: 1) Esboce o gráfico da função g x , y= x2 y2 . Para isto devemos nos lembrar da noção de curvas de nível. 2) Esboce o gráfico da superfície que é dada pela equação x2 y2z2=1 . A partir deste momento estamos interessados não só no esboço de superfícies mas em como percorre-las. Neste sentido, apresentamos a definição de superfície parametrizada ou equações paramétricas de uma superfície: Considere uma função do tipo f : D f⊆ℝ 2 ℝ 3 u , v f u , v = f 1u , v , f 2u , v , f 3u , v As variáveis independentes u e v são chamadas de parâmetros e as funções coordenadas de f geram as equações paramétricas da superfície que é a imagem de f são: x= f 1u , v y= f 2u , v z= f 3u , v . A superfície S em ℝ3 que é imagem de f é chamada de superfície parametrizada e a função f (u,v) é chamada de parametrização de S. Exemplo 1: Obtenha uma parametrização para o parabolóide z=x2 y2 . Exemplo 2: Encontre o domínio da parametrização f u , v =u , v , x2 y2 e esboce a superfície parametrizada. Exemplo 3: Verifique que f u , v =r senucos v , r sen u sen v , r cos u , com u∈[0,] e v∈[0,2] , é uma parametrização de uma esfera de centro em (0,0,0). Superfícies Especiais: os gráficos de funções do cálculo II, as quádricas, os cilindros e as superfícies de revolução. Campos Vetoriais Consideremos funções vetoriais F em que o domínio DF⊆ℝ n e o contradomínio também é ℝn . Assim, F :DF⊆ℝ n ℝ n x=x1, x2,⋯ , xn F x =F1x1, x2,⋯ , xn , F2 x1, x2,⋯, xn ,⋯, F nx1, x2,⋯ , x n . Com o objetivo de dar significado físico a este tipo de funções trabalharemos com n=2 ou n=3. Além disso, a representação geométrica desta função não será o seu gráfico, por razão óbvia! Representação gráfica: 1) Para P∈DF marque o ponto P, 2) Calcule o vetor F P e, na mesma figura, esboce este vetor com origem em P. Exemplos: Esboce os campos vetoriais: a) F x , y =0,1 b) F x , y = x x2 y 2 , y x2 y2 , c) Para f x , y , z = x2 y2z 2 esboce o campo vetorial: F :DF⊆ℝ 3 ℝ 3 x , y , z F x, y , z =∇ f x , y , z , sendo DF a esfera de centro (0,0,0) e raio 2. O Cálculo Diferencial das Funções Vetoriais Generalizadas Exatamente como ocorreu no exemplo das curvas, também para as funções vetoriais generalizadas o cálculo de limite recai para os cálculos dos limites das funções coordenadas, que são funções do Cálculo 2. Assim, para F :DF⊆ℝ n →ℝ m x=(x1, x2,⋯ , xn)→F (x)=(F 1(x1, x2,⋯ , xn) ,F 2( x1, x 2,⋯, xn) ,⋯, F m(x1, x2,⋯ , xn)) P∈ℝn e L=L1 , L2 ,… , Ln diremos que lim x→P f ( x)=L se, e só se, todos os n limites das coordenadas satisfazem lim x P f 1x =L1 , lim x P f 2x =L2 ,..., e lim x P f nx =Ln . Portanto as noções de funções contínuas e derivadas parciais e derivadas direcionais são obtidas a partir de tais noções para as funções coordenadas. Exemplos: 1. A função mudança de coordenada • Função Contínua A função F :DF⊆ℝ n →ℝ m x=(x1, x2,⋯ , xn)→F (x)=(F 1(x1, x2,⋯ , xn) ,F 2( x1, x 2,⋯, xn) ,⋯, F m(x1, x2,⋯ , xn)) é contínua em P0∈DF , domínio de F, se valer lim x→P0 F (x )=F (P0) . Isto equivale a dizer que F será contínua em P0 se, e só se, todas as funções coordenadas Fi , i=1,2...m, ( que são funções do Cálculo 2) forem contínuas em P0 . • Derivadas Parciais Sejam F :DF⊆ℝ n →ℝ m x=(x1, x2,⋯ , xn)→F (x)=(F 1(x1, x2,⋯ , xn) ,F 2( x1, x 2,⋯, xn) ,⋯, F m(x1, x2,⋯ , xn)) e P∈DF , um ponto do domínio de F, e assim P=(p1, p2 , …, pn) . Considere a base canônica de Rn , { e⃗1=(1,0 , … ,0) , e⃗2=(0,1 , … ,0) , …, e⃗n=(0,0 , … ,1) }, assim o i-ésimo vetor e⃗ i terá todas as coordenadas nulas exceto a i-ésima que será 1. Construa reta P+h . e⃗i e considere apenas um segmento desta reta ao redor de P, de tal forma, que tal segmento está no domínio de F. Observe que P+h . e⃗i=( p1 , p2,. .. , pi+h , pi+1,... , pn) , ou seja, apenas a i-ésima coordenada é alterada. Assim a variação média sofrida pela função F quando mudamos de F(P) para F(P+h . e⃗ i) é F (P+h . e⃗ i)−F (P) h =( F1(P+h .e⃗ i)−F1(P)h , F2(P+h . e⃗ i)−F2(P) h , ..., Fm(P+h. e⃗ i)−Fm(P) h ) . E a variação instantânea será o limite, se existir, lim h→0 F (P+h . e⃗i)−F (P) h . Mas tal limite passa para as coordenadas e, todos os limites existirem o que obtemos é lim h→0 F (P+h . e⃗i)−F (P) h =(∂F1∂ x i (P) , ∂F2 ∂ xi (P) ,... , ∂Fm ∂ xi (P)) , vetor que será denotado por ∂F ∂ x i (P) , isto é, a derivada parcial de F em relação a variável x i , calculada no ponto P. Exemplo: Considere F(ρ ,θ ,φ)=(ρcos (θ). sen(φ) ,ρ sen (θ). sen (φ ) ,ρcos (φ )) calcule as derivadas parciais.
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