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ATUALIZAÇÃO EM ANÁLISE DOS ALIMENTOS ATUALIZAÇÃO EM ANÁLISE DOS ALIMENTOS Importância da análise dos alimentos: Exigência de mercado interno e externo ( mercosul e globalização) Código de defesa do consumidor : informação nutricional e garantia de qualidade IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ALIMENTOS Indústrias : controle de qualidade, controle de processos em águas, alimentos, matérias-primas, produto acabado, embalagens, vida-de-prateleira, etc); Universidades e Institutos de pesquisa : desenvolvimento de metodologia, controle de processos em pesquisas, prestação de serviços, etc. Órgãos Governamentais : registro de alimentos, fiscalização na venda e distribuição, etc. CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS Controle de qualidade de rotina: da matéria prima que chega e do produto que sai das industrias. Fiscalização: cumprimento da legislação, através de métodos analíticos que sejam precisos e exatos e, de preferência, oficiais. Pesquisa: desenvolver métodos analíticos sensíveis, rápidos, eficientes e de baixo custo. ETAPAS DE UM MÉTODO ANALÍTICO Um método analítico pode conter diferentes etapas até chegar ao resultado final. De um modo geral e simplificado podemos subdividir um método analítico em 3 etapas: Amostragem e preparo da amostra Determinação do componente de interesse Interpretação dos resultados 1. Amostragem A amostragem é a seqüência de operações específicas, empregadas para se obter uma amostra que seja representativa do sistema. A amostra é, portanto, uma porção média tomada do conjunto e que representa as características do mesmo. Processo de amostragem: Compreende 3 etapas: a) obtenção da amostra bruta b) redução da amostra bruta em amostra de laboratório; c) preparação da amostra para análise. ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA AMOSTRAGEM a amostra deve ser representativa da totalidade do alimento; a amostra não deve causar prejuízo econômico significativo; a parte da amostra a ser analisada numa análise de contraprova deve ser representativa da totalidade da amostra. obtenção da amostra bruta amostras fluidas (liquidas ou pastosas) homogêneas: podem ser coletadas em frascos com o mesmo volume, do alto, do meio e do fundo do recipiente, após agitação e homogeneização. amostras sólidas, cujos constituintes diferem em textura, densidade e tamanho de partículas: devem ser moídas e misturadas. b) Identificação da amostra A amostra do produto deverá ser devidamente rotulada para garantir a identificação e a rastreabilidade do mesmo (exemplo: Nome do Produto/Lote/Número da Ordem de Fabricação/Número do Tanque de Armazenamento/Data de Fabricação). Misturadores de alimentos 1 Duplo cone 2 Rufle ou em Y 3 Rufle em V : Quantidade ideal de amostra: O material poderá estar a granel ou embalado embalagens únicas ou pequenas lotes: todo o material pode ser tomado como amostra bruta; Lotes maiores: a amostragem deve compreender de 10 a 20 % do nº de embalagens contidas no lote, ou 5 a 10% do peso total do alimento a ser analisado; Lotes muito grandes: toma-se a raiz quadrada do nº de unidades do lote. OBS: toda amostra deve ser retirada aleatoriamente de pontos diferentes do lote Observações: Sacarias: utilizar um calador de metal retirando a amostra das partes superior, média e inferior do saco, misturando-as posteriormente. À granel : utilizar uma sonda de profundidade com cruzeta móvel, nas medidas aproximadas de 1,60 m de comprimento e 0,05 m de diâmetro, introduzindo-a por impulsão forçada. Sempre intercalando as posições vertical e inclinada da sonda Amostragem de sacarias Amostragem à granel b) redução da amostra bruta em amostra de laboratório; Alimentos secos: - diminuição da granulometria da amostra, mediante trituração ou moagem; - mistura dos materiais após a diminuição do tamanho dos fragmentos; - divisão da amostra, com rejeição de uma parte e aproveitamento de outra. Alimentos líquidos: - misturar bem o líquido no recipiente por agitação, inversão e repetida troca de recipientes. - Retirar porções de líquido de diferentes partes do recipiente misturando as porções no final. Alimentos semi-sólidos (queijos duros e chocolate): - as amostras devem ser raladas. 17 Alimentos úmidos (carnes, peixes e vegetais): A amostra deve ser picada ou moída e misturada. A estocagem deve ser sob refrigeração. Alimentos semiviscosos e pastosos (pudins, molhos,etc.) e alimentos líquidos contendo sólidos (compotas de frutas, vegetais em salmoura e produtos enlatados em geral): As amostras devem ser trituradas em liquidificador, misturadas e as alíquotas retiradas para análise. Alimentos com emulsão (manteiga e margarina): - as amostras devem aquecidas a 35 ºC num frasco com tampa,que depois é agitado para homogeneização. Frutas: as frutas grandes devem ser cortadas ao meio no sentido longitudinal e transversal, de modo a reparti-las em quatro partes. Duas partes opostas devem ser descartadas, e as outras duas devem ser juntadas e homogeneizadas em liquidificador. As frutas pequenas podem ser simplesmente homogeneizadas inteiras no liquidificador. c) preparação da amostra de laboratório para análise. pulverização: moagem da amostra. secagem da amostra; dissolução da amostra extração do componente eliminação de interferentes Obs.: durante o processo de moagem a amostra poderá sofrer variação na sua composição, devido ao atrito que pode gerar aquecimento da mesma. 2. Determinação do componente de interesse. a) Métodos gravimétricos; b) Métodos volumétricos; c) Métodos instrumentais. Tipos de métodos: a) Métodos Gravimétricos. Consiste em determinar a quantidade de um elemento ou composto presente em uma amostra, eliminando todas as sustâncias que interferem e convertendo o componente desejado em um composto de composição definida, que seja suscetível de pesar-se. . EX: Determinar cloretos por precipitação sob forma de cloreto de prata Determinação da umidade de uma amostra22 b) Métodos Volumétricos: a concentração desconhecida de uma espécie química é determinada através de uma medida de volume. Podem ser: Volumetria de neutralização (acidimetria ou alcalimetria): quando envolve reações ácido- base; Volumetria de precipitação: quando envolve reações que formam precipitados; Volumetria de complexação: quando envolve a formação de quelatos; Volumetria de oxi-redução: quando envolve reações de oxi-redução. c) Método Instrumental. Também conhecido como físico-químico, o qual se baseia na comparação de propriedades físico-químicas das amostras, que possui o componente de interesse a analisar, com as mesmas propriedades físico-químicas da amostra padrão. Método no qual se utiliza um equipamento mais sensível para determinar a quantidade de analito. Ex.: espectroscopia ou técnicas espectroscópicas do Ultra Violeta – Visível (UV/Visível), espectrometria de absorção atômica (EAA); espectrometria de absorção no infravermelho; espectrometria de ressonância magnética nuclear; espectrometria de raios-X; espectrometria de massas etc. ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO Depende: da espécie a ser determinada : qual o reagente adequado e/ou condições adequadas da quantidade da espécie na amostra: Maiores: mais de 1% - métodos convencionais Menores: 0,01%-1% Micros: menos de 0,01% métodos instrumentais Traços: ppm e ppb ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO Da exatidão requerida: Métodos Clássicos: Exatidão de até 99,9% - Quando o composto se encontra em mais de 10% da amostra. Quantidades menores que 10% - exige métodos mais sofisticados e exatos. das substâncias presentes - se vão interferir nos resultados ESCOLHA DO MÉTODO ANALÍTICO do custo da análise ou disponibilidade de equipamentos envolvidos da complexidade da análise da fonte de erros envolvidos se o método é oficial OBS: um determinado método pode ser apropriado para um tipo de alimento e não fornecer bons resultados para outro 3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Uma análise química é conduzida por um motivo importante, para se atingir um objetivo, para atender uma determinada finalidade. O resultado analítico deve ser interpretado e servir de base para uma tomada de decisão: Métodos de Análise Convencionais titulação Filtração comum Filtração a vácuo Métodos de Análise Instrumentais Absorção atômica Fotômetro de chama Espectrofotômetro Titulador Karl Fischer Métodos de Análise Instrumentais Cromatógrafo Líquido Analisador de proteinas total Mufla com aquecimento por micro-ondas Analisador de umidade referencias Análise de Alimentos- Uma visão Química da Nutrição- GONÇALVESE.C.B PENSALAB-lab. Apostila de Quimica dos Alimentos-Nicolau R.
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