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Estudo de caso SANTANDER CONSUMER FINANCE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Resenha Crítica de Caso 
Ana Carolina Costa Barbosa
Trabalho da disciplina Analise de investimentos em ações e fundos
 
 Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Taubaté - SP 
2020
ESTUDO DE CASO SANTANDER CONSUMER FINANCE
Referência: TRUMBULL Gunnar, CORSI Elena, BARRON Andrew. Santander Consumer Finance. Harvard Business School, Dezembro 2010.
O papel da gestão dentro das organizações é constantemente alvo de pesquisas e estudos acadêmicos seja na área financeira, de qualidade, de pessoas ou geral. O estudo de caso da Harvard Business School aborda de maneira sistemática e abrangente o tema em questão, pois planejar o futuro estratégico de uma empresa multinacional e global, cujas gestões anteriores foram excelentes é um dos principais desafios que a nova CEO do Grupo Santander Magda Salarich Fernandez de Valderrama tem de enfrentar. O estudo demostra a visão sistêmica dos antigos CEOS da Santander Consumer Finance (SCF) como Juan Rodriguez Inciarte, onde em sua gestão o grupo conseguiu evoluir e se tornar uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo, através do gerenciamento adequado do risco, e com o conhecimento pertinente do mercado e de seus concorrentes, bem como os desafios e as decisões que a nova CEO precisa tomar para superar as expectativas do presidente da SCF, do diretor executivo e membros do comitê em um curto prazo de tempo, mais especificamente, em quatro meses.
A premissa de manter uma empresa cada vez mais lucrativa ao longo do tempo, parte do fato das organizações buscarem sempre trazer mais rentabilidade no nível de seus acionistas e valor a sua companhia, essa ideia tem sido cada vez mais discutida atualmente no mundo dos negócios e o estudo de caso nos evidencia que o grupo Santander passou por diversas mudanças ao longo de sua história e diante de todas elas, o grupo conseguiu se consolidar gradualmente no mercado altamente competitivo, uma vez que, o diferencial do banco sempre foi ambicionado por seus CEO´S no decorrer da história.
O estudo prescreve que são inúmeros os passos que a SCF deu ao longo dos anos para se tornar de um pequeno grupo de unidades a uma empresa bem sucedida. O grupo Santander foi fundado em 1857 e dai em diante diversas estratégicas foram utilizadas, visando o crescimento e impacto da marca mundialmente. Em 1950 a expansão na Espanha foi à estratégia utilizada pelo CEO para reforçar sua posição no mercado nacional, já de 1986 á 1994 o lançamento do produto Supercuenta e a aquisição do Banco espanhol de crédito, expandiu o negócio a mercados externo. Em 1999 os negócios continuaram se estendendo e o mercado externo ficou ainda mais consolidado pela fusão do grupo Santander com o Banco Central Hispano (BHC) e a abertura de novos escritórios ao redor do mundo contribuiu para a expansão da marca nos Estados Unidos, América latina e Europa. 
O crescimento das organizações é resultado de um conjunto de métodos bem sucedidos e devem ser pensados e analisados com cautela, para não afetar negativamente a empresa. Na liderança de Iniciarte o grupo se concentrou em crescimento, e assim foi feito, o negocio se expandiu inicialmente para os grandes mercados da Europa, logo após para os Estados Unidos, México, Chile e na Rússia, porem não foi algo fácil, pois a empresa estava suscetível a riscos no decurso do processo. 
Quando o gestor precisa planejar a estratégia ideal é normal surgir algumas variáveis, como aconteceu com o grupo, mas existem alguns critérios que facilitam as tomadas de decisão, como o gerenciamento adequado do risco e conhecimento dos mercados em que o atua ou deseja atuar, pois conforme mostra no caso, a cobertura geográfica do grupo foi se expandido e os gestores precisaram pensar em diferentes produtos e estratégias para investir em uma dinâmica de distribuição de venda, já que os mercados eram diversificados. Essa diferença trouxe riscos devido às possibilidades do valor do ativo cair em decorrer de fatores de mercado. 
O objetivo inicial do SCF foi criar ferramentas de sinergia que centralizasse as decisões em relação às atividades e centro de dados dos clientes, o que facilitaria para que a marca fosse mundialmente reconhecida. “A marca SCF não era conhecida fora do grupo Santander, pois cada empresa afiliada tinha seu próprio nome. Mudamos seus nomes para SCF”, citou o diretor da SCF, contudo o grupo teve dificuldades em centralizar suas operações, devido a alguns fatores, como a cultura da União Europeia, que em comparação com os Estados Unidos em relação a aquisições de empréstimos, era consideravelmente inferior, pois nos Estados Unidos a população possuía duas vezes mais endividamento que os europeus, o que dificultava a empresa a alcançar o nível dos Estados Unidos “É difícil prever se alcançaremos 100% dos níveis dos estadunidenses” afirmou o diretor de analise de investimento. 
O caso também nos traz um fato interessante “No final de 2007, empréstimos a varejo aos consumidores exceto hipotecas, correspondiam a US$ 6 trilhões em saldos devedores, dos quais 51,5% estavam nas Américas, 30% na Europa e 18,6% na Ásia”. Se analisado com cuidado, nota-se que essas diferenças afetaram negativamente o mercado em que o grupo atuava, visto que, o produto era mais rentável nos EUA do que na união Europeia. Com o passar dos anos o índice de endividamento da União Europeia foi aumentando, no entanto, não chegou ao mesmo nível que os Estados Unidos, porem foi suficiente para abrir oportunidades para a SCF. De acordo com o caso, o risco médio de inadimplência era geralmente baixo, e os empréstimos eram baseados em menor risco, o que limitava o banco a gerir produtos de alto risco.
Outras questões no estudo são trazidas como: a diversificação dos mercados dentro da Europa, que são muito diferentes entre si em termos de produtos, como o cartão de crédito, que na Alemanha não é muito utilizado, porem na Espanha e na França sim. A SCF precisou se adaptar ao campo em que atuava o que dificultaria cada vez mais o objetivo inicial de integralizar as operações. Durante a administração de um dos ex-gerentes foi determinado que os mercados de créditos da Europa permanecessem divididos, devido a isso, abordagem da SCF teria que variar de acordo com o produto. O processo funcionava com maior tecnologia para facilitar o desenvolvimento das atividades de empréstimos e financiamento de veículos para as diferentes praças. Um gerente acrescentou “Cada país europeu apresenta a SCF suas próprias limitações regulamentares específicas. Temos que ser extremamente flexíveis”.
Para se adaptar aos mercados foram utilizadas estratégias como a de ponto de venda, onde o revendedor era o responsável por oferecer os empréstimos aos clientes individuais e não a SCF, no entanto, foi através dessa metodologia que o grupo conseguiu transformar o cliente indireto em direto, uma vez que, o contato face a face com esses clientes deu ao grupo ideias de como conseguir a fidelização, atendendo as necessidades e agradando os consumidores, o que contribuiu para o diferencial competitivo da marca perante os concorrentes. Na Alemanha, por exemplo, o grupo conseguiu converter três em cada de 100 clientes de empréstimos para veículos em consumidores diretos, mostrando que o grupo SCF tinha acertado em seu planejamento. Para continuar crescendo em mercados locais a estratégia foi impulsionada por aquisições e as equipes eram compostas por funcionários locais o que deixava o contato com os clientes mais pessoal e confortável, e apesar da proposta de centralização ser a chave do negocio, as filiais tinham algumas funções onde era possível ter total autonomia como o desenvolvimento de produtos para atender com mais eficiência o mercado nacional.
Entender a relevância do uso do planejamento estratégico e de ferramentas adequadas de gestão proporciona ao gestor a habilidade de se amoldar de acordo com a volatilidade do mercado, permitindo a empresaresultados financeiros, econômicos e rentáveis. O grupo Santander precisou se consolidar e evoluir de acordo com o mercado em que atuava e diante dos desafios foi necessário à utilização de estratégias cabíveis para investir e alcançar com êxito os objetivos da companhia. Em alguns momentos a rentabilidade foi afetada, devido à complexidade e diversificação de cada mercado, visto que, em determinados países, alguns produtos eram mais rentáveis que outros. 
Os gestores têm grandes desafios e indecisões que vão percorrer durante a sua administração, mas através de técnicas como: visão sistêmica, planejamento estratégico e conhecimento das oportunidades de mercado e dos concorrentes, demonstrados no caso, as decisões a serem tomadas se tornam mais assertivas, contribuindo especialmente, para quem esta começando a trilhar novos caminhos como gestor, como é o caso da nova CEO Salarich.

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