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CAPÍTULO 3 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Diferenciar mediação e mediatização. Compreender o que é interação e interatividade na EAD. Criar estratégias que possibilitem a interação entre tutor e aluno(s). Compreender como ocorre a interação e a mediação em processos de ensino e aprendizagem a distância. D8 - 68 Tutoria na Educação a Distância D8 - 69 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 69 Capítulo 3 CONTEXTUALIZAÇÃO Certamente, ao ler todos os materiais deste curso a distância, bem como outras referências indicadas pelos tutores e colegas na área da EAD, você se deparou com os termos: mediação; mediatização; interação; interatividade. Não é raro entrarmos em uma loja de eletroeletrônicos, livrarias ou em uma loja de fi lmes e games e ouvir do vendedor: este produto é interativo. Ou mesmo quando você assiste a uma propaganda na TV ou lê uma notícia ou um folder de uma universidade e instituição de ensino, por exemplo, no qual se afi rma que a mediação será feita por um professor. No nosso dia a dia estas palavras já são comuns, mas você sabe qual a diferença entre cada uma delas? Suas principais características e como são colocadas em prática na EAD? Neste capítulo, você vai estudar cada um dos conceitos mencionados anteriormente, de acordo com diversos autores e qual sua relação na ação tutorial. Você vai perceber que há na literatura uma infi nidade de conceitos e características para cada um deles e, em muitos casos, interação e interatividade são tratados como sinônimos, bem como mediação e mediatização. MEDIATIZAÇÃO E MEDIAÇÃO NA EAD Nesta parte desse caderno de estudos, você vai compreender como ocorre a mediação e a mediatização na relação tutor e aluno na EAD. Além disso, vai conhecer e entender os conceitos discutidos pelos principais autores que pesquisam e estudam estes assuntos. Não é nossa intenção apresentar a defi nição considerada a mais “correta” para cada um dos termos, entretanto, queremos que você tenha contato com vários posicionamentos, a fi m de que construa seus próprios argumentos, consiga diferenciá-los e relacioná-los à EAD e à ação do tutor, mas é essencial que, ao fi nal deste capítulo, você possa saber ao menos diferenciá-los e se posicionar quando questionado sobre eles. D8 - 70 Tutoria na Educação a Distância A mediatização Quantas vezes você falou as expressões mediação e mediatização ao longo deste curso de pós-graduação? Ao falar estas expressões, você tem a real noção e o conhecimento científi co sobre seus signifi cados e impactos na EAD? Como os tutores colocam em prática tais conceitos? São essenciais e importantes em cursos a distância? Se você sabe o signifi cado destes conceitos na EAD ou mesmo se não sabe, inicie agora mesmo a leitura deste capítulo, pois os conhecimentos e conceitos aqui desenvolvidos são necessários para que entenda a atuação do tutor na EAD. Mediatização, que vem do verbo mediatizar, signifi ca codifi car as mensagens pedagógicas, traduzindo-as sob diversas formas, segundo o meio técnico escolhido, respeitando as características técnicas e as peculiaridades de discurso do meio técnico. (BLANDIN apud BELLONI, 2003). Ainda, complementando o conceito apresentado antes, mediatizar signifi ca escolher, para um dado contexto e situação de comunicação, o modo mais efi caz de assegurá-la: selecionar o médium mais adequado a esse fi m e em função deste, conceber e elaborar o discurso que constitui a forma de revestir a substância do tema ou matéria a transmitir. (ROCHA-TRINDADE, 1988 apud BELLONI, 2003). Para a autora, mediatizar signifi ca produzir e elaborar conteúdos educativos que, de alguma forma, serão transmitidos e enviados aos alunos através das mídias, tais como, vídeo, áudio, internet etc. Azevedo (2000) afi rma que seguramente podemos falar de uma EAD antes e depois da internet. Pela internet temos três possibilidades de comunicação reunidas numa só mídia: um-para-muitos, um-para-um e, sobretudo, muitos- para-muitos. Mas não podemos esquecer que apenas a tecnologia, por mais sofi sticada que seja, não dá conta sozinha de resolver os problemas educacionais. Mediatização, que vem do verbo mediatizar, signifi ca codifi car as mensagens pedagógicas, traduzindo-as sob diversas formas, segundo o meio técnico escolhido, respeitando as características técnicas e as peculiaridades de discurso do meio técnico. (BLANDIN apud BELLONI, 2003). D8 - 71 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 71 Capítulo 3 Ainda de acordo com Belloni (1999, p. 54, grifo nosso): [...] as NTIC oferecem possibilidades inéditas de interação mediatizada (professor/aluno; estudante/estudante) e de interatividade com materiais de boa qualidade e grande variedade. As técnicas de interação mediatizada criadas pelas redes telemáticas (e-mail, lista de discussão, fórum, webs, sites etc.) apresentam grandes vantagens, pois permitem combinar a fl exibilidade da interação humana (com relação à rigidez dos programas informáticos, por mais interativos que sejam) com a independência no tempo e no espaço, sem por isso perder em velocidade. De acordo com Cruz (2007, p. 29), “utilizar as mídias como ferramentas pedagógicas signifi ca “mediatizar” as mensagens educativas, ou seja, adequar e traduzir o conteúdo educacional de acordo com as “regras da arte”, as características técnicas e as peculiaridades do discurso do meio técnico escolhido.” A autora complementa afi rmando que estes modos de aprendizagem mediatizados se constituem em um novo campo de saber e de atuação tanto do professor quanto do aluno. Isso teria como consequência, por um lado, capacitar tecnicamente professores e alunos (em termos de equipamentos e linguagem) para que conseguissem produzir seus próprios materiais midiáticos e, por outro lado, capacitá- los a saber como descobrir e utilizar outros materiais produzidos nas mais diversas fontes. (CRUZ, 2007, p. 30). Na educação a distância, segundo Belloni (2003, p. 54): pela própria dinâmica do processo, a interação entre alunos e professores é indireta e tem de ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, e o que torna esta modalidade de educação nem mais dependente da mediatização que a educação convencional, de onde decorre a grande importância dos meios tecnológicos. Com certeza você se lembra o que estudamos sobre o fato de o professor ser um facilitador, que procura auxiliar cada aluno para que este consiga avançar no processo de aprender. Este professor atuará frente a um novo tipo de estudante, mais autônomo, mais motivado que aquele do ensino convencional. E, pelo que temos visto, a mudança mais signifi cativa deve ocorrer na ação docente, ou seja, no tutor. Para que isso ocorra, não podemos esquecer a necessidade de mudanças na formação de professores, que não deve ignorar a importância das tecnologias para a formulação de novas propostas de ensinar e aprender. D8 - 72 Tutoria na Educação a Distância As mudanças na educação dependem, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato saímos enriquecidos. O desafi o imposto aos docentes é mudar o eixo do ensinar para optar pelos caminhos que levem ao aprender. Na realidade, torna-se essencial que professores e alunos estejam num permanente processo de aprender a aprender. (MORAN, 2000, p. 73). Dessa forma, “saber ‘mediatizar’ será uma das competências mais importantes e indispensáveis à concepção e realização de qualquer ação de EAD”. (BELLONI, 1999,p. 57). Percebemos em nossa prática como tutoras de cursos de graduação e pós-graduação o quanto é importante que o professor tenha esta competência e este feeling, pois, atualmente, o elenco de recursos e mídias para a utilização em processos de ensino e aprendizagem a distância cresce a cada dia. A MEDIAÇÃO A mediação pedagógica consiste em um conjunto de procedimentos realizados na criação de materiais educativos, que objetivam uma educação baseada na comunicação e que tenha como fundamento o diálogo. Segundo Gutiérrez e Prieto (1994, p.62), ela é “o tratamento de conteúdos e das formas de expressão dos diferentes temas, a fi m de tornar possível o ato educativo dentro do horizonte de uma educação concebida como participação, criatividade, expressividade e relacionalidade”. Dessa forma, possui três dimensões: o tratamento com base no tema, com base na aprendizagem e, por fi m, com base na forma. Em cada um dos três tratamentos, existem ações específi cas que devem ser observadas na criação e na produção de materiais didáticos. (GUTIÉRREZ; PRIETO, 1994). Gutiérrez e Prieto (1994, p. 62) descrevem a mediação dissociando-a do ambiente no qual ocorre e vinculando-a muito mais à quebra dos paradigmas tradicionais: A mediação pedagógica parte de uma concepção radicalmente oposta aos sistemas de instrução baseados na primazia do ensino como mera transferência de informação. Entendemos por mediação pedagógica o tratamento de conteúdos e das formas de expressão dos diferentes temas, a fi m de tornar possível o ato educativo dentro do horizonte de uma educação concebida como participação, criatividade, expressividade e relacionalidade. A mediação pedagógica consiste em um conjunto de procedimentos realizados na criação de materiais educativos, que objetivam uma educação baseada na comunicação e que tenha como fundamento o diálogo. D8 - 73 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 73 Capítulo 3 Para Masetto (2000), deve-se entender mediação pedagógica como a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. Masetto (2000, p. 132) ainda sugere a “mediação pedagógica como fundamento para que se realize signifi cativamente o processo de aprendizagem a distância”. De acordo com Mallmann (2008), a mediação é um conceito cheio de indeterminações e desdobramentos. Para compreendê-lo, a autora aborda quatro signifi cados complementares e interligados: translação (tradução) de objetivos; composição; obscurecimento reversível; delegação. Vamos expor a seguir, de forma resumida, como Mallmann (2008) aborda e descreve os quatro diferentes tipos de mediação: • Translação (tradução) de objetivos: de acordo com a autora, os mediadores são sempre defi nidos a partir daquilo que podem fazer e pelas interferências que provocam nas ações dos outros numa rede. Em EAD, o material didático não age por si só, não tem “vontade” própria. O professor, por sua vez, potencializa sua ação docente primeiro ao elaborar o material e depois ao implementá-lo. O trabalho do professor no processo ensino e aprendizagem se modifi ca quando elabora e utiliza materiais didáticos. A mediação pedagógica é potencializada à medida que os humanos (professores, tutores, estudantes, designers de mediação) e não-humanos (mediadores pedagógicos impressos e hipermidiáticos) estão aliados, formando coletivos em torno dos objetivos que pretendem ser alcançados no processo de ensino e aprendizagem. Em EAD, os professores “falam” com os estudantes pela mediação dos materiais didáticos. Os materiais participam da rede de interação que se estabelece entre professores, tutores e estudantes. • Composição: aqui se fala em composição da ação. Os agentes um e dois que se transformam no terceiro agente, praticando coletivamente a ação. Não é somente um agente não-humano, mas diversos agentes não-humanos que oferecem aos humanos novas possibilidades, compondo novos objetivos, potencializando a ação. Um processo ensino e aprendizagem a distância não se faz somente com professores, tutores e estudantes. Os materiais didáticos, as tecnologias de informação e comunicação são importantes aliados. • Obscurecimento reversível: em diversas situações de ensino e aprendizagem os não-humanos sequer são percebidos. Participam das ações, mas são tratados como se fossem invisíveis na medida em que tudo D8 - 74 Tutoria na Educação a Distância transcorre no curso do tempo e do espaço, planejados com antecedência. A autora dá um exemplo de uma videoconferência. Tudo transcorre tranquilamente até que a vídeo dá algum problema no áudio, na imagem etc., então ela passa a ser percebida. Podemos citar outro exemplo para deixar mais claro este conceito: quando alunos e tutores estão realizando um chat e nenhum problema tecnológico ocorre, eles nem percebem que estão interagindo e conversando via esta tecnologia, mas quando ocorre algum problema na rede, por exemplo, ai sim a ferramenta se torna visível. • Delegação: a autora explica que os não-humanos delegam novas funções para os humanos e vice-versa. Os Ambientes Virtuais de Ensino- Aprendizagem (AVEA) disponibilizam uma série de ferramentas que permitem o planejamento de estratégias de delegação no processo de aprendizagem dos estudantes. Atividades de avaliação em hipertextos, tarefas, lições ou edições colaborativas implicam condutas diferenciadas. À medida que os próprios materiais apresentam orientações que instigam os estudantes a organizarem seus ritmos de estudos, não é necessário que o professor ou o tutor fi quem permanentemente de vigília, sinalizando os percursos aos estudantes. Ou seja, neste caso, a autora nos explica que os não-humanos também interagem conosco quando realizamos alguma ação elaborada por um humano, mas, neste momento, elencada por um não-humano. Para Franciosi, Medeiros e Colla (2003), a ação do professor – como mediador – é transitiva e visa colocar o pensamento do grupo em movimento; propor situações e atividades de conhecimento; provocar situações em que os interesses possam emergir; dispor objetos/elementos/situações; propor condições para acesso a novos elementos, possibilitando a elaboração de respostas aos problemas; interagir com o sujeito; construir e percorrer caminhos, favorecendo a reconstrução das relações existentes entre o grupo e o objeto de conhecimento. Valente (2003) afi rma que a educação a distância só se concretiza com o alcance de um verdadeiro processo de comunicação, por meio de uma efetiva mediação pedagógica, que garanta a superação da unidirecionalidade, a modifi cação da relação emissão/recepção, gerando uma relação dialógica e possibilitando a co-criação do conhecimento. Ultrapassando o simples colocar de materiais instrucionais à disposição do aluno distante, exigindo o atendimento pedagógico, superador da distância e que promova a essencial relação professor-aluno, por meios e estratégias institucionalmente garantidos. Você conheceu e estudou até aqui as principais diferenças entre mediação e mediatização e as suas relações com o trabalho do tutor. Percebeu que na literatura há uma infi nidade de signifi cados para mediação e mediatização, mas que o mais aceito é aquele que compreende a mediação como relações sociais e de aprendizagem de dois ou mais sujeitos, sendo que a mediatização Valente (2003) afi rma que a educação a distância só se concretiza com o alcance de um verdadeiro processo de comunicação, por meio de uma efetiva mediação pedagógica, que garanta a superação da unidirecionalidade, a modifi cação da relação emissão/ recepção, gerando uma relação dialógica e possibilitando aco-criação do conhecimento. D8 - 75 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 75 Capítulo 3 é a relação do sujeito com a tecnologia, que poderá, por meio dela, realizar mediações. Ao ler alguns conceitos e concepções apresentadas sobre mediação e mediatização, chegou o momento de você realizar uma atividade de pesquisa e síntese sobre o que estudou até aqui, mas antes anote as indicações de leitura sobre o tema discutido até este momento no capítulo 3. ANDERSON, T.; ELLOUMI, F. Theory and Practice of Online Learning. Athabasca University. ISBN: 0-919737-59-5. Basta acessar: http://cde.athabascau.ca/online_book/pdf/TPOL_book.pdf GUTIÉRREZ, F.; PRIETO, D. A mediação pedagógica: educação a distância alternativa. Campinas: Papirus, 1994. SILVA, M. Educação online. São Paulo: Loyola, 2003. Atividade de Estudos: 1) Faça uma pesquisa na internet, dando prioridade a sites de instituições confi áveis, buscando dois conceitos de MEDIAÇÃO e dois conceitos de MEDIATIZAÇÃO diferentes daqueles apresentados neste capítulo. Transcreva os quatro conceitos que você pesquisou no espaço a seguir. Não se esqueça de inserir a fonte em que a pesquisa foi realizada. Agora responda os seguintes questionamentos: • Os conceitos pesquisados fazem referencia à EAD? De que maneira o fazem? • Quais as palavras-chave identifi cadas nos conceitos? • Existem relações nas palavras-chave dos conceitos de mediação e mediatização? Identifi que-as. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ D8 - 76 Tutoria na Educação a Distância 2) Depois de realizar a pesquisa e responder as questões anteriores, chegou o momento de você sistematizar o “seu” conceito de MEDIAÇÃO e MEDIATIZAÇÃO e apontar as divergências e convergências entre eles. MEDIAÇÃO MEDIATIZAÇÃO A INTERAÇÃO E A INTERATIVIDADE NA EAD Agora você vai estudar e compreender o que é interação e interatividade e como estes dois conceitos estão relacionados ao trabalho do tutor em processos de ensino e aprendizagem a distância. Atividade de Estudos: Antes de iniciar a leitura, é importante pensar o que você sabe sobre interação e interatividade na EAD e qual a relação destes conceitos com a ação do tutor. Anote suas considerações no espaço a seguir. Ao fi nal da leitura deste capítulo e da realização de todas as atividades, retorne ao que você escreveu neste espaço e faça as complementações e revisões que você considerar pertinentes. Assim, você estará comprovando que este capítulo foi signifi cativo para a sua aprendizagem. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ D8 - 77 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 77 Capítulo 3 a) A interação O dicionário Aurélio (2004, p. 1117) defi ne interação como “uma ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas, ou duas ou mais pessoas”. Já interatividade é defi nida como a “capacidade (de um equipamento ou sistema de comunicação ou sistema de computação, etc.) de interagir ou permitir a interação”. A obra também sugere que o termo interatividade está relacionado a interativo que é a capacidade de um “recurso, meio, ou processo de comunicação permitir ao receptor interagir ativamente com o emissor”. (FERREIRA, 2004, p. 1117). Encontramos na literatura vários conceitos sobre interação e interatividade. No entanto é importante ressaltar que a interação é inerente ao seres humanos e ocorre quase sempre quando duas ou mais pessoas se comunicam. Já a interatividade tem relação com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e ocorre quando duas ou mais pessoas interagem tendo como mediador alguma interface tecnológica. Wagner (1994, 1997 apud MATTAR, 2009) vem ao encontro da distinção apresentada anteriormente quando afi rma que a interação envolve o comportamento e as trocas entre indivíduos e grupos, desde que eles se infl uenciem e haja trocas e ações recíprocas. A interatividade envolveria os atributos das tecnologias atuais, principalmente, aquelas usadas na EAD. Ou seja, a interação está relacionada às pessoas e a interatividade à tecnologia e aos seus canais de comunicação. O conceito de interação vem de longe. Na física, refere-se ao comportamento de partículas cujo movimento é alterado pelo movimento de outras partículas. Em sociologia e psicologia social a premissa é: nenhuma ação humana ou social existe separada da interação. O conceito de interação social foi usado pelos interacionistas a partir do início do século XX. Designa a infl uência recíproca dos atos de pessoas ou grupos. Um desdobramento dessa corrente é o interacionismo simbólico que estudou a interação entre indivíduos e instituições no sentido de verifi car como são coagidos por elas e de como buscam transcender essa coação. (SILVA, 2000). O conceito de interatividade é recente. Pode ter surgido no fi nal dos anos 70 e início da década de 80 no contexto das novas tecnologias de informação. Um dado que permite esta afi rmação é a ausência do termo nos dicionários de informática até meados dos anos 80. Ainda está por ser feita a genealogia do termo. (SILVA, 1998). A interação é inerente ao seres humanos e ocorre quase sempre quando duas ou mais pessoas se comunicam. Já a interatividade tem relação com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e ocorre quando duas ou mais pessoas interagem tendo como mediador alguma interface tecnológica. A interação é a ação recíproca entre sujeitos e pode ser mediatizada por diferentes meios, a interatividade pode ser entendida de duas maneiras: a primeira signifi ca a potencialidade técnica oferecida por algum meio tecnológico, e a segunda compreende a atividade humana de usar e agir sobre a máquina, bem como a modifi cação que a máquina pode permitir ao usuário. (BELLONI, 1999). D8 - 78 Tutoria na Educação a Distância Interação e interatividade são termos sociológicos com signifi cados diferentes, mas que se complementam. A interação é a ação recíproca entre sujeitos e pode ser mediatizada por diferentes meios, enquanto a interatividade pode ser entendida de duas maneiras: a primeira signifi ca a potencialidade técnica oferecida por algum meio tecnológico, como jogos, CDs e ambientes virtuais de aprendizagem, e a segunda compreende a atividade humana de usar e agir sobre a máquina, bem como a modifi cação que a máquina pode permitir ao usuário. (BELLONI, 1999). De acordo com Belloni (2003), uma das características principais das tecnologias é justamente a interatividade, que passa a ser uma característica técnica, que possibilita ao usuário interagir com uma máquina. A autora esclarece com muita propriedade a diferença entre os conceitos de interação e interatividade. Para Belloni (2003, p. 58), interação signifi ca a ação recíproca entre dois ou mais atores onde ocorre a intersubjetividade, ou seja, o encontro de dois ou mais sujeitos, “que pode ser direta ou indireta – mediatizada por algum veículo técnico de comunicação, por exemplo, carta, telefone e através do AVAs.” Conforme mencionado anteriormente, a interatividade vem sendo usada indiscriminadamente e com dois sentidos: “de um lado a potencialidade técnica oferecida por determinado meio (por exemplo, CDs de consulta, hipertextos em geral, ou jogos informatizados) e, de outros, a atividade humana, do usuário, de agir sobre a máquina, e de receber em troca uma ‘retroação’ da máquina sobre ele.” (BELLONI, 2003, p. 58). Para Primo (2003, p.62) existem dois tipos de interação: a interação mútua, caracterizada por relações interdependentes e processos de negociação, em que cada interagente participa da construção inventiva e cooperada da relação, afetando-se mutuamente. Já a interação reativa é limitada por relações determinísticas de estímulo e resposta. Preocupados com o papel da interação na modalidade a distância e com a falta de precisão com que o termo é usado, Moore e Kearsley (2007) propõem que a interação seja classifi cada em três tipos, conforme a comunicação seja unidirecional ou bidirecional: • Interação aprendiz-conteúdo: é uma característica da própria atividade educativa, pois a interação com conteúdos ou objetos de estudo resulta em mudanças na compreensão, nas perspectivas e na estrutura cognitiva e mental dos estudantes. Propostas de educação a distância que tenham base na comunicação unidirecional oferecem apenas este tipo de interação. • Interação aprendiz-tutor: o tutor ajuda o aluno a manter-se motivado e interessado nos estudos, avalia o progresso da aprendizagem, aconselha e oferece o suporte necessário ao progresso dos estudos. Este tipo de interação, no entanto, requer um alto grau de autonomia do estudante e o atendimento tende a ser individual. A interação é a ação recíproca entre sujeitos e pode ser mediatizada por diferentes meios, a interatividade pode ser entendida de duas maneiras: a primeira signifi ca a potencialidade técnica oferecida por algum meio tecnológico, e a segunda compreende a atividade humana de usar e agir sobre a máquina, bem como a modifi cação que a máquina pode permitir ao usuário. (BELLONI, 1999). D8 - 79 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 79 Capítulo 3 • Interação aprendiz-aprendiz: este tipo de interação vem crescendo desde os anos 1990, com o desenvolvimento da telemática, pode ocorrer com ou sem a presença do tutor e tem se mostrado uma fonte rica de aprendizagem. Indo ao encontro destes conceitos, apresentaremos a seguir uma síntese sobre os diversos tipos de interação apresentados por Mattar (2009, p. 116- 118). Vamos dar maior ênfase àquele tipo de interação que, de alguma forma, envolve o tutor e o aluno na EAD. • Aluno/professor: a interação síncrona ou assíncrona entre aluno e professor fornece motivação e feedback, além de auxiliar o aprendizado dos alunos. Yacci (2000 apud MATTAR, 2009) afi rma que o retorno do professor a uma dúvida que o aluno expõe é uma condição necessária para ocorrer a interação. No entanto, há um efeito negativo do feedback do professor quando este não o encaminha no timing certo para o aluno. Quando demora muito para o aluno, em geral, o seu objetivo perdeu a importância para o aluno. Muitas instituições que realizam cursos a distância estabelecem um prazo limite para que o tutor forneça aos alunos o feedback das dúvidas e, ainda, realize a correção das atividades ou participe dos fóruns propostos para a disciplina. Em geral, os prazos para sanar as dúvidas postadas nos EVAs são de 24h a 48h e a correção das atividades de 3 a 7 dias após a postagem do aluno. O tempo de correção das atividades pode variar conforme a política da instituição. • Aluno/conteúdo: o autor aponta que, com a utilização da internet, passou a ser possível disponibilizar para os alunos áudio, vídeo, realidade virtual, imagens etc., sendo que o aluno pode interagir com estes recursos no momento em que está estudando os conteúdos do seu curso. Assim, ele interage com os conteúdos de diversas maneiras. No caso da interação aluno/conteúdo, você leu anteriormente que o aluno interage com os conteúdos, mas cabe ao tutor potencializar esta interação, orientando os alunos para o conhecimento e a interação destes recursos. Sabemos que atualmente muitos conteúdos estão disponíveis na internet, com diversos formatos, lógicas e concepções e, neste caso, o tutor orienta seus alunos sobre estas armadilhas, ou seja, nem sempre o que está D8 - 80 Tutoria na Educação a Distância disponível na rede é científi co e confi ável. Como sites confi áveis, podemos destacar os inúmeros repositórios de objetos de aprendizagem disponíveis na internet atualmente, bem como site de repositórios de periódicos científi cos, administrados por instituições de renome nacional e internacional. • Aluno/aluno: segundo Mattar (2009), a interação pode ocorrer de forma síncrona e assíncrona, caracterizando o que é denominado na literatura como aprendizagem colaborativa e cooperativa. Este tipo de interação desenvolve o senso crítico e a capacidade de trabalhar em grupo, desenvolvendo no aluno a sensação de pertencer a uma comunidade virtual. Nos cursos de graduação e pós-graduação, temos acompanhado o quanto a interação aluno/aluno é importante, mas ao mesmo tempo difícil de ocorrer. A maioria dos alunos tem difi culdade para trabalhar em grupos na EAD. Geralmente, quando a disciplina termina é que os alunos conseguem se organizar para realizar as atividades em grupo. No entanto, percebemos que quando o aluno expõe suas atividades, mesmo que não obrigatórias, ou seja, apenas em caráter de autoavaliação, elas passam a ser muito visitadas e comentadas pelos colegas. • Professor/professor: a internet tem possibilitado aos professores as trocas de experiências e casos de sucesso na tutoria. Este tipo de interação ocorre em seminários, congressos, semanas de capacitação ou mesmo presencialmente. Sabemos que no presencial a interação e o contato entre os professores ocorrem geralmente na “sala dos professores” e nos corredores das universidades. Na EAD, de acordo com o modelo da instituição, este contato passa a não mais existir porque, na maioria das vezes, o tutor não precisa cumprir hora na instituição, com exceção de alguns modelos de tutoria presenciais. No entanto, sabemos que existem instituições, como, por exemplo, a Uniasselvi, onde o tutor deve cumprir horários regulares na instituição e participar de capacitações frequentes. Um dos principais desafi os das instituições que promovem cursos a distância é possibilitar mais interação entre os professores de um mesmo curso. Mesmo que não seja presencial, pode-se pensar em criar uma turma no ambiente virtual de aprendizagem, neste caso, formando uma comunidade virtual para discutir e trocar ideias sobre os acontecimentos e experiências de cada professor. • Professor/conteúdo: para Mattar (2009), o desenvolvimento de conteúdos por tutores está ocorrendo cada vez mais. Mas, nos casos em que isso não é possível, cabe ao tutor a elaboração de objetos de aprendizagem, D8 - 81 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 81 Capítulo 3 a proposta de atividades diferentes, adicionando textos complementares, sugerindo mudanças nos materiais e nos materiais do curso etc. Um exemplo é o desenvolvimento de objetos de aprendizagem pelos tutores, como, pequenos vídeos, áudios, Powerpoint com animações, vídeos e áudio etc. Ao perceber que os alunos estão tendo alguma difi culdade no entendimento de algum conteúdo ou atividade da disciplina, o tutor poderá fazer estes objetos de aprendizagem e inclusive voltar a utilizá-los em outras turmas da mesma disciplina. Um exemplo de software que o tutor poderá utilizar e de fácil manuseio é o Camtasia Studio. Ele permite a captura do que se passa na tela do computador com áudio, a captura de vídeo, de áudio e a edição destes recursos, bem como a opção de salvá-los com várias extensões, como mp3, mp4, avi, mov, wmv etc. • Conteúdo/conteúdo: segundo o autor, este é um dos tipos de interação mais complexos. Alguns programas hoje são adaptativos, autônomos e utilizam inteligência artifi cial. Leitores de feeds e RSS são recursos já utilizados por muitos alunos e tutores na EAD. Os Feeds, de modo geral, invertem o sentido da navegação, em outras palavras, são os sites que vão até você.Feeds também são conhecidos como RSS. Esta sigla signifi ca Rich Site Sumary ou Really Simple Syndication, é um formato que admite distribuir o conteúdo do site de forma padronizada e permite que ele seja lido em diversos leitores RSS. Fonte: http://www.baixaki.com.br/info/252-o-que-sao-feeds-.htm Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=6yLU0EFA Jw4 para conhecer em detalhes esta nova ferramenta da internet. • Aluno/interface: neste tipo de interação, o aluno interage com a tecnologia, já que utiliza a tecnologia para interagir com o conteúdo, com os colegas e com o tutor. O aluno tem muito a aprender nesta interação e acaba desenvolvendo uma competência de entendimento e manipulação da tecnologia que é altamente desejada pelo mercado de trabalho. Ai está o grande desafi o do design instrucional no planejamento deste ambiente, que precisa possibilitar ao aluno a aprendizagem desejada e objetivada. D8 - 82 Tutoria na Educação a Distância • Autointeração: de acordo com Mattar (2009), este tipo de interação ocorre quando o aluno conversa consigo mesmo sobre os conteúdos que está estudando. É, grosso modo, o próprio processo de aprendizagem. Segundo o autor, a atividade de resumo e de síntese é um exemplo de autointeração, pois o aluno está revendo seus conhecimentos sobre aqueles assuntos. O comentário de Mattar (2009) coincide com a orientação proposta no caderno de Educação a Distância e Métodos de Autoaprendizagem: portanto, fazer resumos, sínteses e mapas conceituais é essencial para que você possa acompanhar e avaliar sua aprendizagem. • Interação vicária: a interação vicária é a interação silenciosa em que o aluno observa os debates e o que está se passando através do ambiente virtual de aprendizagem da sua disciplina, sem deles participar. Ele lê as interações de outros colegas e dos colegas com o tutor, mas não faz nenhum comentário ou participa ativamente. Nesse sentido, “é possível falar de um interagente vicário e em um processo de aprendizagem vicário”. (MATTAR, 2009, p. 117). Este tipo de interação é muito complexa e difícil para o tutor diagnosticar. Pois na EAD o tutor “enxerga” a participação dos alunos, se ele está ativo no curso, fazendo suas leituras e entende o conteúdo quando participa das discussões, faz perguntas, ou seja, aparece e se faz “presente” no virtual. Cabe ao tutor uma grande sensibilidade nestes casos para, através de ferramentas de “controle” e administração do tempo de permanência do aluno conectado, que ferramentas que acessou e o desempenho nas atividades, perceber que o aluno está aprendendo e alcançando os objetivos propostos, mesmo que não esteja participando ativamente das discussões. Wagner (1997 apud MATTAR, 2009, p. 117) propõe outra classifi cação das interações possíveis em EAD, não através dos agentes que interagem, mas sim através dos objetivos pretendidos. “A interação deve ter diferentes objetivos, como participação, comunicação, feedback, elaboração, controle/ autorregulação, motivação, negociação, constituição de grupos, descoberta, exploração, clarifi cação e fechamento.” McIsaac e Gunawardena (1996) explicam como ocorrerá a interação através da comunicação na educação a distância. Segundo os autores, existem quatro situações: no mesmo tempo e lugar; no mesmo tempo e D8 - 83 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 83 Capítulo 3 lugares diferentes, em tempos diferentes e no mesmo lugar, em tempos e lugares diferentes. A seguir, apresentamos as explicações que caracterizam cada dessas interações. • Mesmo tempo e lugar: é a interação mais comum, face a face. Muitas vezes, certos objetivos, na educação a distância, só conseguem ser cumpridos se as atividades forem realizadas face a face. Certas instituições de educação a distância propõem encontros presenciais ocasionais, durante o curso, como forma de melhorar a interação entre professor e aluno. Como exemplo deste tipo de interação, podemos citar os momentos de encontros presenciais para aplicação de provas, apresentação de trabalhos e os pólos presenciais que estão sendo impostos pelo MEC para todas as instituições que pretendem atuar na EAD. Muitas vezes, nestes pólos presenciais o professor fi ca à disposição do aluno para sanar aquelas dúvidas que não foram possíveis de sanar por outros recursos. • Mesmo tempo e lugares diferentes: neste caso, existem dois tipos principais de interação. Uma é a interação que ocorre quando o aluno e o professor estão separados geografi camente, mas interagem um com o outro simultaneamente. Um exemplo disto é a videoconferência, que permite a transmissão de áudio e vídeo, pela rede de computadores e/ ou via satélite, possibilitando a interatividade no momento em que a transmissão ocorre. Outros exemplos são a teleconferência, o chat, listas de discussão e o rádio. Este é um dos principais tipos de interação que ocorre em processos de ensino e aprendizagem. Neste tipo de interação se encontram as ferramentas síncronas. Síncrono quer dizer mesmo tempo e mesmo lugar, simultâneo. • Tempos diferentes e no mesmo lugar: este tipo de interação ocorre principalmente em laboratórios, bibliotecas e centros de estudos. Muitas vezes, experimentos são desenvolvidos individualmente ou em grupo no mesmo laboratório, o qual os alunos utilizam em momentos diferentes. São lugares também usados para encontros entre alunos e professores de cursos a distância. Geralmente, os cursos de ensino a distância não pressupõem a utilização de laboratórios físicos, apenas virtuais e, neste caso, este exemplo cabe para explicar o tipo de interação anteriormente descrito. • Tempos e lugares diferentes: as tecnologias que oferecem este tipo de recurso, normalmente, materiais impressos, as fi tas de vídeo e audiocassetes, que transmitem informação unidirecionada e também aquelas que oferecem interação entre o professor e o aluno, e entre grupos de alunos. Síncrono quer dizer mesmo tempo e mesmo lugar, simultâneo. D8 - 84 Tutoria na Educação a Distância O tipo de interação anteriormente é aquele que caracteriza a maioria dos cursos a distância no Brasil. Temos, como exemplo, os fóruns de discussão, os blogs, as listas de discussão e toda uma gama de ferramentas que compõem os chamados ambientes virtuais de aprendizagem. Atividade de Estudos: 1) Neste momento, você já pensou como ocorre a interação no seu curso? De que tipo ela é? Quais são as principais características que a compõem? Pense nisso e aproveite o espaço a seguir para registrar suas refl exões. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Você estudou neste capítulo o que é interação e qual a sua relação com as atividades e funções do tutor e a prática pedagógica na EAD. Leia as palavras-chave a seguir e selecione pelo menos quatro das oito apresentadas. Interação Prática pedagógica Conteúdo Interface Aluno Tecnologias Tutor Internet Agora, escreva um texto sobre o tema: A interação na prática do tutor na EAD. Não se esqueça de atribuir um título ao texto elaborado. Você deve fazer alusão, sob a forma de citação, a pelo menos uma ideia de outros autores que discutem e falam sobre este assunto (aproveite a internet para realizar suas pesquisas). No fi nal, insira as referências. Não esqueça: tanto as citações quanto as referências devem seguir as regras da ABNT. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________ D8 - 85 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 85 Capítulo 3 ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ D8 - 86 Tutoria na Educação a Distância b) A interatividade O termo “interatividade” surgiu, de acordo com Silva (2000), no contexto das críticas aos meios e tecnologias de comunicação unidirecionais, que teve início na década de 70 e hoje está em pleno uso. A palavra foi inventada pelos críticos das mídias de massa e as novas TICs, passando a ser amplamente utilizada pela informática. (MATTAR, 2009). Entretanto, alguns o utilizam como sinônimo de interação, outros como um caso específi co de interação, a interação digital. Para outros, ainda, interatividade signifi ca simplesmente uma “troca”, um conceito muito superfi cial para todo o campo de signifi cação que abrange. Num primeiro momento, é necessário, portanto, compararmos e/ou distinguirmos interatividade de interação. Para Lemos (2009), interatividade é um caso específi co de interação, a interatividade digital, compreendida como um tipo de relação tecnossocial, ou seja, como um diálogo entre homem e máquina, através de interfaces gráfi cas, em tempo real. Em sua defi nição mais geral, a interatividade é a possibilidade de intervir no dispositivo tecnológico e/ou no ambiente informático. (PERAYA, 2002, p. 43). Para Lévy (1999, p. 82), “a interatividade assinala muito mais um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, de concepção e de avaliação dos modos de comunicação do que uma característica simples e unívoca atribuível a um sistema específi co”, não se limitando, portanto, às tecnologias digitais. Mattar (2009, p. 112) destaca um elemento bem importante nesta discussão e diferenciação de interação e interatividade. Segundo o autor, mesmo que o nascimento das duas palavras seja distante um do outro, muitas vezes, são usadas como sinônimas. O que prova isso é que “quando ocorre interação ou quando ocorre interatividade, usamos o mesmo adjetivo: interativo”. Para Silva (1998, p. 29), a interatividade está na “disposição ou predisposição para mais interação, para uma hiper-interação, para bidirecionalidade - fusão emissão-recepção, para participação e intervenção”. Portanto, não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação digital. Interatividade é a abertura para mais e mais comunicação, mais e mais trocas, mais e mais participação. O termo “interatividade” surgiu, de acordo com Silva (2000), no contexto das críticas aos meios e tecnologias de comunicação unidirecionais, que teve início na década de 70 e hoje está em pleno uso. Em sua defi nição mais geral, a interatividade é a possibilidade de intervir no dispositivo tecnológico e/ou no ambiente informático. (PERAYA, 2002, p. 43). Portanto, não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação digital. Interatividade é a abertura para mais e mais comunicação, mais e mais trocas, mais e mais participação. D8 - 87 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 87 Capítulo 3 O autor avisa que os conceitos a seguir não são mutuamente excludentes, mas que podem ser combinados para a disponibilização de transações “instrucionais” mais compreensivas e envolventes. Apresentamos a taxonomia de Sims (2009): Taxonomia: Taxonomia (do Grego verbo τασσε�ν ou tassein = "para classifi car" e νόμος ou nomos = lei, ciência, administrar), foi uma vez, a ciência de classifi car organismos vivos (alfa taxonomia). Mais tarde a palavra foi aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se a uma das duas, classifi cação de coisas ou aos princípios subjacentes da classifi cação. Quase tudo - objetos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classifi cado de acordo com algum esquema taxonômico. Disponível em: <http:// pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia>. Acesso em: 20 nov. 2009. • Interatividade do objeto – refere-se aos programas em que objetos (como botões) podem ser ativados pelo mouse. As ações disparadas podem variar dependendo dos conteúdos e objetos anteriores. • Interatividade linear – programas em que o aluno pode se movimentar para frente ou para trás em uma sequência linear predeterminada de material “instrucional” (recurso chamado de “virador de página eletrônico”). O controle do aluno é limitado, não se permite que ele crie novas sequências e não se oferece feedback às ações do aluno. • Interatividade hierárquica – oferece ao aluno um conjunto defi nido de opções em que um curso específi co pode ser selecionado. A confi guração mais conhecida desse tipo é o chamado menu. Porém, logo após ter selecionado a opção de seu interesse, o aluno cai em uma interação linear e quando termina a sequência, volta ao menu original. • Interatividade de suporte – trata-se da capacidade do sistema de dar suporte ao aluno desde um simples módulo de ajuda (help) até um tutorial de maior complexidade. Essa ajuda pode ser “sensitiva ao contexto”, isto é, dá suporte específi co sobre as ações presentes do aluno em dado momento. • Interatividade de atualização – considerada pelo autor como uma das mais poderosas, refere-se às circunstâncias do “diálogo” entre aluno e o conteúdo gerado pelo computador. O aplicativo gera problemas (a partir de um banco de dados ou em função da performance do aluno) que o D8 - 88 Tutoria na Educação a Distância estudante deve responder. Sua resposta será avaliada pelo programa que gerará uma atualização ou feedback. Esse tipo de “interatividade” pode variar desde o formato simples de pergunta/resposta até respostas condicionais(se/então) que envolvem inteligência artifi cial. Quanto mais as atualizações do sistema forem baseadas nas respostas do aluno, mais individualizadas elas parecerão. • Interatividade de construção – é uma extensão da classe anterior, em que o ambiente “instrucional” requer que o aluno manipule certos objetos para que alcance certos objetivos. A lição avançará para o próximo estágio somente se o aluno conseguir resolver a montagem necessária. • Interatividade refl etida – em muitas situações de teste (do tipo pergunta/ resposta), por mais que se computem respostas possíveis, ainda é comum aparecerem alunos com outras respostas corretas. Mas, como o sistema desconhece aquele input, o considera errado. Para prevenir isso, este tipo de “interatividade” grava cada resposta dos “usuários” e permite ao aluno comparar sua resposta com as dos outros colegas, bem como as respostas de experts no assunto. Assim, o aluno pode refl etir e julgar se sua resposta foi adequada. • Interatividade de simulação – aqui, o aluno também se torna o operador do curso, já que as escolhas individuais tomadas determinam a sequência do “treinamento”. Por exemplo, ligando uma série específi ca de interruptores para fazer uma linha de produção funcionar, determinam a próxima sequência ou atualização. • Interatividade de hiperlinks – o aluno tem a sua disposição uma grande quantidade de informações, podendo navegar como quiser nesse “banco de conhecimento”. Ele pode resolver certos problemas a partir da correta navegação pelo “labirinto” de informações. Um maior esforço da equipe de produção é necessário na defi nição, manutenção e integração apropriada de links que garantam que todas as relações sejam acessíveis. Se algumas relações (links) que o aluno deseja disparar estão ausentes ou inoperantes, ele pode se sentir desmotivado. • Interatividade contextual não-imersiva – este conceito combina e estende os outros níveis num completo ambiente virtual de “treinamento”. Nesta modalidade, o aluno pode agir em um ambiente similar ao contexto real de trabalho. Isso impede que o estudante fi que apenas movendo-se passivamente através de sequências de conteúdo. • Interatividade virtual imersiva – o aluno é projetado em um mundo virtual gerado por computador, o qual responde ao movimento e às ações individuais. Sims (2009) sugere que essa é a forma mais avançada de “interatividade”. D8 - 89 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 89 Capítulo 3 Enfi m, diante do cenário descrito, Silva (2000, p. 9) indica três reações frequentes ao termo “interatividade”: A primeira é aquela que vê mera aplicação oportunista de um termo “da moda” para signifi car velhas coisas como diálogo e comunicação. Para a segunda reação, interatividade tem a ver com ideologia, com publicidade, estratégia de marketing, fabricação de adesão, produção de opinião pública, aquilo que legitima a expansão globalizada do novo poderio tecno- industrial baseado na informática. E fazem parte da terceira reação os que dizem jamais se iludir com a interatividade homem computador, pois, acreditam que, por trás de uma aparente inocência da tecnologia “amigável”, “soft”, o que há é rivalidade e dominação da técnica promovendo a regressão do homem à condição da máquina. Primo (2003) rejeita o conceito de interatividade. Em suas pesquisas e publicações, o autor adota apenas o termo interação. Para ele, não interessa a simples interação com a máquina, mas sim a interação entre seres humanos, que pode ser mediada pelas tecnologias. Braga e Calazans (2001) afi rmam ser necessário ultrapassar os níveis simplifi cadores do termo “interativo”, superar a visão simplista valorativa, evitar que o conceito se caracterize como atributo substancial de uns meios e de outros não. Reduzem a interatividade a dois níveis relacionados ao computador: Diálógico (e-mails, chats): os usuários enviam mensagens entre si. Homem/máquina: selecionam e comandam processos e percursos. Como o objetivo de superar esta limitação, Braga e Calazans (2001) descrevem os tipos de interação que eles consideram as importantes: Conversacionais (presencial; face a face). Mediadas dialógicas. Diferidas e/ou difusas, que se referem a interações em torno de mensagens (proposições, produtos, textos, discursos) diferidas no tempo e no espaço. Lemos (2009) compreende que interatividade é nada mais do que uma nova forma de interação técnica, de característica eletrônico-digital, e que se diferencia da interação analógica que caracteriza a mídia tradicional. O autor delimita o estudo da interatividade como uma ação dialógica entre homem e D8 - 90 Tutoria na Educação a Distância técnica. Para ele, a interação homem-técnica é uma atividade tecnossocial que esteve sempre presente na civilização humana. Por outro lado, pensa que o que se vê hoje com as tecnologias digitais não é a criação da interatividade propriamente dita, mas sim de processos baseados em manipulações de informações binárias. Finalmente, conclui que a interatividade se situa em três níveis não excludentes: técnico “analógico-mecânico”, técnico “eletrônico-digital” e social (ou, como sugere, simplesmente interação). Sendo assim, a interatividade digital seria um tipo de relação tecnossocial. Seria um diálogo, uma conversação entre homens e máquinas, em tempo real, localizadas em uma zona de contato, zonas de negociação, as interfaces gráfi cas. A relação deixaria de ser passiva ou representativa, passando a ser ativa e permitindo, inclusive, a relação inteligente entre máquinas inteligentes sem a mediação humana. Você deve ter percebido, ao ler este capítulo, o quanto os termos e conceitos estudados são complexos e ainda merecem estudos e pesquisas. Ainda não há unanimidade em relação a muitos deles, mas, independente disso, é importante que tenha compreendido qual o impacto deles na relação tutor e aluno. Realize a atividade a seguir para fechar e fi nalizar os estudos deste capítulo. Não desanime, descanse um pouco, pare e refl ita consigo mesmo, com seu tutor e seus colegas e parta logo em seguida para os estudos do último capítulo, que vai trazer algumas dicas e orientações sobre a prática tutorial. Curioso? Então vamos lá! Atividade de Estudos: Chegamos ao fi nal do capítulo que tratou e discutiu a mediação, a mediatização, a interação e a interatividade na EAD e suas relações na prática tutorial. Agora, imagine a seguinte situação: você é um profi ssional que atua há muitos anos na EAD e foi convidado por uma instituição de nível superior que possui dez mil alunos no ensino presencial e pretende iniciar suas atividades de EAD no próximo ano. Esta instituição vai ofertar pelo menos três cursos de ensino superior e três de pós-graduação. Os componentes básicos da metodologia desta instituição serão: tutor, aluno, avaliação presencial, avaliação a distância, encontros presenciais, caderno de estudos e ambiente virtual de aprendizagem. Você deve ter percebido, ao ler este capítulo, o quanto os termos e conceitos estudados são complexos e ainda merecem estudos e pesquisas. Ainda não há unanimidade em relação a muitos deles, mas, independente disso, é importante que tenha compreendido qual o impacto deles na relação tutor e aluno. D8 - 91 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 91 Capítulo 3 Sua tarefa nesta instituição será a de enumerar as funções e atuações deste tutor na EAD e descrever como será a mediação e a interação deste tutor através do ambiente virtual de aprendizagem. Sendo assim, anote a seguir de que forma ocorrerá a mediação e as interações do tutor com seus alunos nesta instituição. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Depois de ler as defi nições de interação, mediação, mediatização e interatividade na EAD você conseguiu compreender estes conceitos e fazer as relações de como cada um deles se apresentam na relação entre o tutor e sua prática pedagógica? Você deve ter percebido o quanto cada um dos conceitos são confundidos e, muitas vezes, pensados como sinônimos. Como ainda não existe unanimidade sobre eles (e quem diz que deve haver?) neste momento chegou a sua vez de sistematizar e sintetizar o que estudou até este momento. Caso seja necessário, retome as leituras, atividades e anotações que você realizou ao estudar este capítulo. Pense nas principais características de cada um dos conceitos apresentados e qual a sua relação com a prática tutorial. Vamos lá! D8 - 92 Tutoria na Educação a Distância Mediação: Mediatização: Interação: Interatividade: Esperamos que sua aprendizagem até aqui tenha sido signifi cativa e que os conceitos estudados tenham modifi cado de alguma forma o seu entendimento sobre a atuação do tutor e quais são os elementos presentes e que integram a prática tutorial no que diz respeito à interação e à mediação na EAD. Lembramos que você tem à disposição todas as referências utilizadas para a elaboração deste capítulo e que ao mesmo tempo elas servem para você como um grande SAIBA MAIS sobre o assunto. No próximo capítulo, você vai conhecer e praticar algumas dicas, sugestões e orientações para uma boa e signifi cativa atuação do tutor na EAD. D8 - 93 MEDIAÇÃO E INTERAÇÃO EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 93 Capítulo 3 Então arregace as mangas e prepare-se para mais conhecimentos sobre este campo tão importante da EAD: a prática do tutor! REFERÊNCIAS AZEVEDO, Wilson. Panorama Atual da Educação a Distância no Brasil. Conect@, n. 2, set.2000. Disponível em: <http://www.revistaconecta.com/ conectados/wilson_seminario.htm>. Acesso em: 3 out. 2008. BELLONI, M. L. O que é mídia-educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. ______. M. L. Educação a distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999. BRAGA, J. L.; CALAZANS, R. Comunicação e educação: questões delicadas na interface. 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