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Conteúdo: CARDÁPIOS COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO IVONILCE VENTURA © SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016 Colaboraram nesta edição: Coordenador técnico: Juliana Souza Closs CorreiaCapa e projeto gráfico: Equipe SAGAH Imagem da capa: Shutterstock Editoração: Juarez Menegassi Reservados todos os direitos de publicação à SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 90040-340 - Porto Alegre, RS Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070 É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa. IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL 9 INTRODUÇÃO Olá! Seja bem-vindo! O cardápio é um tema muito importante na rotina diária do nutricionista, pois é utilizado em todas as áreas de atuação deste profissional e é seu instrumento de trabalho. O cardápio é uma ferramenta operacional e gerencial cujas finalidades são atender às necessidades nutricionais da coletividade e auxiliar o nutricionista no planejamento em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN). Neste capítulo, você aprenderá que um cardápio é o instrumento de planejamento das ações do nutricionista na UAN e verá como um cardápio pode auxiliar na qualidade de vida das pessoas. Bons estudos! CARDÁPIOS: CONCEITO, OBJETIVOS E TIPOS De acordo com a Resolução 38/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), “compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições em Unidade de Alimentação e Nutrição, planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição. Realizar assistência e educação nutricional a coletividade ou indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e privadas”. Confira do que o nutricionista precisa para desenvolver todas essas atividades: – “Planejar, elaborar e avaliar os cardápios, adequando-os ao perfil epidemiológico da clientela atendida, respeitando os hábitos alimentares.” Precisamos saber, primeiro, o que é um cardápio, quais são seus objetivos em uma UAN e quais são os diferentes tipos de cardápios existentes. Encontramos na literatura inúmeros conceitos para “cardápio”. Veja agora alguns deles: Primeiro conceito: “é a relação de preparações ou alimentos que serão consumidos em uma ou mais refeições durante determinado período de tempo”. Segundo conceito: conforme Silva e Martinez (2008), o cardápio é definido como lista de preparação culinária que compõe uma refeição, ou lista de preparação que compõe todas as refeições de um dia ou período 10 determinado. Bernardes (1997) concorda com este conceito, acrescentando que, “para tal, utilizam-se de padrões nutricionais e reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos a fim de atender às leis da alimentação”. Terceiro conceito: “é a ferramenta operacional que relaciona os alimentos destinados a suprir as necessidades nutricionais individuais ou coletivas, discriminando os alimentos, por preparação, quantitativo per capita, para energia, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais”. Quarto conceito: para Teixeira et al. (2000), “os cardápios devem ser balanceados, de modo a satisfazer as necessidades energéticas e em nutrientes, garantindo, ao mesmo tempo, saúde, capacitação para o trabalho e ‘performance’ física desejável ao indivíduo. Sabe-se também que cardápios bem elaborados despertam, nos usuários, embora a longo prazo, conceitos básicos de nutrição”. Então, você consegue perceber que o cardápio é a relação de preparações que serão servidas ao consumidor? No entanto, essa relação é maior do que apenas uma lista de preparações exposta ao cliente. O cardápio é o instrumento gerencial que influencia em todas as etapas do processo gerencial dentro da UAN. É por meio do cardápio que são estabelecidos área física, equipamentos e número de funcionários necessários para a realização das preparações. Também por meio do cardápio, realiza- se todo o processo de compras, controle de custos e adequação nutricional para os clientes, assegurando uma refeição de qualidade. Todas as atividades desenvolvidas na UAN só acontecem após o planejamento do cardápio! Confira agora os objetivos de um cardápio! • promover a melhoria da saúde do trabalhador atendendo às suas exigências nutricionais com base nos parâmetros estabelecidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador; • auxiliar os consumidores em suas escolhas alimentares, por meio de ações de educação nutricional usando o cardápio; • dimensionar recursos materiais e humanos; • controlar custos; • planejar compras; • verificar preferências alimentares e satisfação do cliente; 11 • fidelizar o cliente; e • elaborar rotinas na UAN. Acessando o site do Ministério do Trabalho, você poderá saber mais sobre o Programa de Alimentação do Trabalhador. Confira neste link: http://trabalho. gov.br/pat. Caro aluno, repare que o cardápio é o instrumento que determina todas as atividades na UAN e, por meio dele, é possível fidelizar o cliente. Um cardápio pode ter diferentes apresentações e estruturas, sendo que esta última característica é influenciada pelo custo envolvido na negociação entre a empresa serve a refeição e a empresa que receberá a refeição. Observe a seguir os itens que compõem um cardápio: - Saladas: sempre que possível, inclua uma folha, um cru e um cozido, evitando a repetição de cores no mesmo dia. - Prato principal: é a preparação com o maior aporte de proteína do cardápio, normalmente composta por carnes. - Guarnição: acompanhamento do prato principal, podendo ser massas, legumes refogados, entre outros itens. - Acompanhamentos: os mais comuns são arroz e feijão, sendo que o feijão pode ser substituído por outra leguminosa, conforme a preferência do cliente. - Sobremesa: uma fruta ou um doce, sempre dando preferência à fruta. - Bebida: sucos ou água. - Complementos: podem ser temperos – vinagre, azeite, vinagrete ou pimenta, dependendo do padrão de cardápio estabelecido em contrato. O cardápio deve incentivar o consumo de frutas e verduras, além de restringir o consumo de sódio, doces, industrializados e alimentos com baixo teor de gorduras. Você, como nutricionista, também pode oferecer ao seu cliente cardápios especiais em função do perfil de saúde encontrado. Por exemplo, 12 na avaliação nutricional, se você verificar que alguns colaboradores têm hipertensão, diabetes, obesidade ou apresentam alguma outra restrição alimentar, você poderá oferecer cardápios especiais, garantindo a melhoria na qualidade de vida dos clientes e fidelizando-os. ITENS A CONSIDERAR EM UM PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO Compete a você, nutricionista, planejar o cardápio de acordo com a cultura alimentar, a situação nutricional da população atendida e a vocação agrícola da região, além da disponibilidade de equipamentos e utensílios e do custo. Você deve saber que o planejamento de cardápio é muito importante para a execução e avaliação das refeições, pois garante uma refeição nutricionalmente adequada e que satisfaz as necessidades dos clientes. É preciso que você leve em consideração, também, que cada unidade de alimentação e nutrição apresenta características específicas conforme o contrato estabelecido entre ambas as partes – cliente e empresa terceirizada para servir as refeições. Esteja atento, portanto, aos seguintes itens no momento do planejamento do cardápio: Características físicas do indivíduo: o cardápio deve ser elaborado em função das características relacionadas a sexo, faixa etária e atividade física. Alterações biológicas dos clientes: doenças e demais condições que necessitam de cuidados com a alimentação devem ser observadas, como diabetes, hipertensão arterial, alergias alimentares e obesidade. Hábitos alimentares: a ligação entre os hábitos alimentares e os aspectos culturais e religiosos pode ser muitoforte, além de haver também tabus e preferências alimentares. Características do cardápio: variedade, qualidade, consistência, sabores e cores são características a considerar na escolha dos alimentos, sendo que o cardápio deve ser atrativo e nutricionalmente adequado. Safra dos alimentos: a época de colheita dos alimentos deve ser observada, pois melhora seu valor nutricional e reduz o custo. Variação climática: as estações do ano são importantes e devem ser 13 observadas, além do clima de modo geral, pois, em climas mais frios, procura- se incluir no cardápio alimentos como sopas, caldos e comidas com molho; em regiões onde o clima é mais quente, procura-se incluir mais saladas cruas, gelatinas e alimentos que proporcionam sensação de frescor. Custo disponível: o valor disponível para elaborar o cardápio e os itens que compõem o contrato estabelecido definem a frequência com que determinados alimentos devem aparecer no cardápio. Com essas informações, o nutricionista precisa harmonizar o cardápio para manter seu valor nutricional. Sistema de compras e estocagem de alimentos: a política de compras que a empresa utiliza deve ser conhecida, observando-se o tempo mínimo de estoque parado que deve existir na unidade, certificando-se da área disponível para armazenar alimentos, garantindo sua qualidade. Deve- se observar também os per capitas necessários para a elaboração de um cardápio adequado, evitando compras em excesso e/ou a menos. Disponibilidade de equipamentos e utensílios: os equipamentos e sua capacidade de produção dentro da unidade devem ser observados, evitando- se sobrecarregar alguns equipamentos, o que possibilita atrasos no servimento. Um exemplo dessa situação é incluir duas frituras na mesma refeição, tendo apenas uma fritadeira. Recursos humanos: o número de colaboradores deve ser bem planejado em função do cardápio estabelecido em contrato, cuidando para não incluir preparações muito elaboradas na mesma refeição, o que causa sobrecarga de trabalho nos funcionários. Outro ponto importante é a formação técnica da equipe de trabalho, pois é fundamental que os manipuladores tenham conhecimento técnico sobre o manuseio de alimentos, estando capacitados para a elaboração de preparações de diferentes complexidades. Ficha técnica de preparação (FTP): o nutricionista deve fazer uso da FTP para adequar o cardápio às necessidades nutricionais e ao custo, evitando desperdícios ou falta de alimentos. Satisfação do cliente: o cardápio deve ser avaliado com frequência visando a adequar a satisfação do cliente. Ações de educação nutricional: o cardápio sempre deve estar acompanhado de orientações nutricionais ao cliente para melhorar seus hábitos alimentares com vistas à melhora da condição nutricional da população. Atendimento às necessidades nutricionais: o cardápio deve atender às necessidades nutricionais do cliente e estar adequado às normas do Programa de Alimentação do Trabalhador, que sugere as faixas de valores 14 nutricionais para diferentes grupos, com diferentes atividades físicas. Deve- se fazer uso das leis de Pedro Escudeiro (qualidade, variedade, moderação e harmonia) e dos guias alimentares vigentes. COMO PLANEJAR UM CARDÁPIO O planejamento de um cardápio é a etapa mais importante na UAN, pois dele depende todo o processo produtivo. Procure estar sempre em um lugar mais calmo para conseguir elaborar um cardápio com atenção. Tenha sempre em mãos as FTPs e algumas revistas com receitas, caso queira ou precise implantar novas preparações. Nunca inclua uma receita no cardápio sem testá-la antes com seus colaboradores, verificando, assim, a qualidade da preparação, o rendimento e o custo. Primeiramente, você, como nutricionista, deve ter muito claras as leis da alimentação propostas por Pedro Escudeiro. Confira todas elas a seguir! Quantidade: porção necessária e suficiente para atender às necessidades nutricionais e energéticas do indivíduo, evitando excessos ou deficiências, situações que geram doenças. Qualidade: os alimentos devem conter os nutrientes necessários e em quantidade adequada ao bom funcionamento do organismo. Adequação: as refeições devem estar adequadas aos princípios culturais, religiosos e econômicos do grupo populacional atendido. Harmonia: deve existir relação de equilíbrio e proporcionalidade entre os nutrientes. Com estes princípios e contando com guias alimentares, você deve elaborar o cardápio, buscando sempre oferecer uma elevada qualidade nutricional ao cliente. É importante você ter em mente que os alimentos do cardápio atuam em todos os sentidos do ser humano. Eles podem ser ouvidos (audição), vistos (visão) e sentidos (olfato), podem ser tocados (tato) e, principalmente, degustados (paladar) pelo cliente. Os alimentos podem ser ouvidos quando você serve uma preparação mais crocante; podem ser vistos em suas formas e cores – um cardápio pouco colorido não é agradável aos olhos, por isso a 15 importância de um cardápio colorido e padronizado na forma dos cortes e na apresentação. Os alimentos podem ser sentidos quanto ao aroma que desperta a vontade do comer. Já o tato está relacionado à textura e à temperatura do alimento, pois a comida com temperaturas extremas (muito quente ou muito fria), sem que sejam próprias do alimento, pode desagradar no momento do consumo. O paladar é a finalização de todos os sentidos, pois a preparação deve estar com sabores bem destacados e ser bem temperada, sem excessos que a descaracterizem ou a tornem muito salgada/muito picante, fazendo com que o cliente não consiga comer. Estes itens devem estar em harmonia, evitando desperdícios e insatisfação do consumidor. Confira neste site mais informações sobre leis da alimentação propostas por Pedro Escudeiro: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/ materias-especiais/51403-alimentacao-saudavel-habito-conhecido- desde-1937-ainda-e-seguido-por-poucas-pessoas?utm_source=>. Já neste site, você conhecerá o Guia alimentar para a população brasileira: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/PAT/guia_ alimentar_populacao_brasileira.pdf>. A seguir, você verá algumas dicas importantes no momento de elaborar o cardápio. Elas são fundamentais no cuidado que você deve tomar ao planejar as refeições! • Elabore um cardápio mensal, não semanal, pois o mensal permite que você visualize todas as preparações, evitando repetir preparações, por exemplo, sopa de legumes na sexta e sopa de legumes na segunda. Uma boa dica é observar as estatísticas de servimento das preparações. • Evite receitas com os mesmos ingredientes, mas com apresentações diferentes, por exemplo, refogado (ervilha, vagem, cenoura e milho) e salada de cenoura cozida. • Diferencie as características organolépticas do cardápio, evitando todas as preparações cozidas ou todas fritas na mesma refeição. • Deixe o cardápio sempre colorido! A monotonia da cor estimula a insatisfação do cliente. Veja este exemplo de cardápio: macarrão ao alho e óleo, frango assado, salada de batata e pudim de caramelo. Todos os alimentos têm a cor muito semelhante! • Inclua alimentos de todos os grupos da pirâmide, sempre que possível. • Use temperos com moderação. • Evite o excesso de preparações fritas. 16 • Procurar sempre inserir preparações novas, ao menos uma por mês. • Inclua sempre uma fruta cítrica ou um alimento que forneça vitamina C. • Evite planejar preparações como feijoada, carneiro, soja, fígado, e miúdos de frango na mesma semana. • Cuidado com preparações que repetem a mesma carne durante a semana, como bife de panela, picadinho de carne com cebola, bife a rolê e bife a milanesa. • Esteja atento a preparações muito gordurosas servidas em curto espaço de tempo, como feijoada, dobradinha, preparações com maionese, lasanha, entre outras. Nunca se esqueça: o cardápio deve atender às necessidades nutricionais do grupo e manter o cliente sempre satisfeito! CARDÁPIO COMO INSTRUMENTODE PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES EM UMA UAN Você, como nutricionista em uma UAN, terá uma série de atividades a realizar diariamente, por isso o planejamento é muito importante em todas as etapas do processo produtivo. De acordo com Teixeira e Rego (2007), o planejamento representa a forma de relacionar objetivos e atividades necessárias na UAN. A partir do planejamento, é possível visualizar as ações referentes ao “que fazer, como fazer, quem deve fazer, e quando fazer”. O não planejamento pode causar erros na previsão de custos, além de aumento do desperdício, havendo, por consequência, redução do lucro. Passos para um bom planejamento Confira agora algumas orientações que servirão a você como um guia para um bom planejamento de cardápio! 1) Verifique o VET do cliente, conforme a atividade física. 2) Determine as recomendações necessárias de macro e micronutrientes para atingir as necessidades nutricionais do grupo, em relação ao número de refeições servidas. 3) Tenha em mãos a FTP e o livro de receitas. 17 4) Defina o cardápio. 5) Avalie a disponibilidade de equipamentos e utensílios. 6) Verifique a mão de obra técnica para elaborar as preparações. 7) Calcule os custos. 8) Verifique os alimentos no estoque. 9) Realize as compras, planejando datas de entrega. 10) Elabore o cardápio propriamente dito. 11) Realize atividades de educação nutricional com o cliente. 12) Avalie a execução do cardápio em relação ao custo planejado e executado e à avaliação das FTPs. 13) Verifique a satisfação do cliente. 14) Realize modificações quando forem necessárias. Você poderá saber mais sobre a avaliação do cardápio (realizada no passo 12 das orientações para um bom planejamento) lendo o artigo a seguir: <http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/ download/29/2319>. Um ponto importante em relação ao planejamento e que pode facilitar a organização da UAN é o ciclo PDCA (plan, do, check, action), ou seja, planejar, executar, controlar e atuar corretivamente. Seguindo essas etapas, você terá um cardápio sempre atualizado em relação a custos e satisfação do cliente. Planejar: é importante ter objetivos definidos (quais são as metas que se deseja alcançar na UAN [podem ser metas financeiras, de satisfação do cliente ou de higiene]) e métodos a serem utilizados para alcançar tais objetivos. Executar: é a elaboração do cardápio com o servimento ao cliente e a execução das atividades de educação nutricional. Controlar: é a verificação do custo planejado com o realizado, a satisfação do cliente, o desperdício e o cumprimento das normas técnicas pelos colaboradores. Agir corretivamente: é o desenvolvimento de estratégias de correção quando observa-se que algum item anterior não foi bem realizado. Assim, busca-se sempre a melhoria do serviço prestado, servindo um cardápio com qualidade nutricional ao cliente. Leia mais sobre o ciclo PDCA neste artigo: <http://www.abepro.org.br/ biblioteca/enegep2012_tn_stp_157_919_20348.pdf>. 18 Avalição do cardápio quanto à satisfação do cliente Vários métodos estão disponíveis para avaliar o cardápio servido aos clientes. Veja agora alguns exemplos! • Pesquisa de satisfação por meio de painel eletrônico. • Livro de registro de reclamações, elogios ou sugestões. • Pesagem de sobra suja. Este método mensura qual preparação teve maior percentual de sobra no prato, ou seja, não agradou ao cliente. • Avaliação de sobras limpas e indicador de resto-ingestão. Educação nutricional Realizar atividades de educação nutricional com o cliente é parte das funções do nutricionista na UAN. Estas atividades devem ser rotineiras, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida e incentivando o cliente a desenvolver bons hábitos alimentares. Veja a seguir algumas atividades que podem ser realizadas junto ao cliente! • Incluir mensagens rápidas informativas no buffet. • Expor um prato como modelo com seus valores nutricionais. • Realizar uma semana de prevenção de determinada doença cuja alta incidência você verificou entre os clientes. • Planejar cardápios comemorativos com apelo saudável. No link a seguir, você poderá aprender mais sobre a educação nutricional: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/PAT/Manual-Orientacao- Educacao-Alimentar.pdf>. Desafio Repare, caro aluno, que o nutricionista tem papel fundamental na gestão 19 de uma UAN. O planejamento do cardápio é uma atividade estratégica que possibilita alcançar as metas estabelecidas, além de permitir programar todas as atividades técnicas em relação ao cardápio e assegurar que este seja elaborado a um custo planejado, dentro das normas higiênico-sanitárias e atendendo todas as normas do Programa de Alimentação do Trabalhador, valorizando o trabalho de toda a equipe envolvida no processo. • O cardápio é uma ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento no processo gerencial da UAN. • A partir do planejamento do cardápio, é estabelecido o que, quanto e quando comprar e quais equipamentos e utensílios serão necessários, além de auxiliar na definição dos recursos humanos. • O planejamento do cardápio é o instrumento que controla custos. • A avaliação do cardápio servido é necessária e se faz por meio da satisfação do cliente, além da relação entre custo previsto e custo realizado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/ novosite/pdf/res/2005/res380.pdf>. 2. PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dieteética. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2003. PI 3. SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da Silva; MARTINEZ, Sílvia. Cardápio – Guia Prático para a Elaboração. 2.ed. São Paulo: Roca, 2008. 4. BERNARDES, S. M. et al. Cardápio: Guia prático para a elaboração. São Paulo: Atheneu, 2 5. CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN n⁰ 465/2010. Dispõe sobre as atribuições do Nutricionista, estabelece parâmetros numéricos mínimos de referência no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providências. Disponível em: <http://www.cfn.org. br/novosite/arquivos/Resol-CFN-465-atribuicao-nutricionista-PAE.pdf>. 20 6. TEIXEIRA, S. M. F. G. et al. Administração aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. 1. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. 7. TEIXEIRA, S.M.F; REGO, J. C. Funcionamento das unidades de alimentação e nutrição. In: ______. Administração aplicada aos serviços de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Planejamento de cardápio. In. ______. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Metha, 2003. TEICHMANN, I. M. Cardápios: técnicas e criatividade. 7. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2009. VASCONCELLOS, F.; CAVALCANTI, E. Menu: como montar um cardápio eficiente. São Paulo: Roca, 2002. Conteúdo:
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