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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO PEDAGOGIA PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES CEL 0380 MIRELLA DA SILVA NICOLIELLO DIAS MAT. 201702463532 BOM JARDIM 2020-1 2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ O PEDAGOGO NAS INSTITUIÇÃO NÃO ESCOLARES NOVO PARADIGMA DE GESTÃO. COMO É ENTENDIDO? COMO É ACEITO? Proposta de prática como componente curricular, segundo o parecer da CN E/CEB n º 11/2010, apresentado como exigência da disciplina Currículo: PEDAGOGIA NAS ISNTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES – CE L 0380, Professora GABRIELA MAFFEI MOREIRA MALAGOLLI. 3 Curso: Pedagogia. SUMÁRIO 1. TEMA PROPOSTO – 2020.1...................................................................................04 2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................05 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..............................................................06 5. RESULTADO E CONCLUSÃO...............................................................................10 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................11 4 1-TEMA PROPOSTO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES – 2020.1 Este estudo tem o propósito de discutir sobre o campo da educação não formal, com a pretensão de analisar as práticas pedagógicas existentes em espaços não escolares, por empresários com pretensão moderna de gestão. Tendo a intenção de compreender como tem se dado a sistematização e caracterização das práticas pedagógicas, metodologias utilizadas, metas desejadas e organizadas, rotinas, espaços e recursos, aprendizagens e saberes. Identifica-se que as práticas pedagógicas são redirecionadas no contexto dos espaços não escolares e que vem crescendo e que se trata de um campo de pesquisa relativamente pouco explorado pela ciência da educação, além de ainda não é muito aceita a presença e reconhecida a importância de um pedagogo para esta finalidade nas empresas. Afonso (1989) apud Gohn (2010) apontou que educação não formal pode ser entendida como sinônimo de educação em espaços não escolares, que compreendemos como ações pedagógicas além dos muros escolares. 5 2 - INTRODUÇÃO: Esta pesquisa tem o objetivo de apresentar o olhar sobre o trabalho do pedagogo em organizações não escolares como suporte para uma gestão nova e moderna. Devido a imposição do distanciamento social pela COVID 19, a observação foi feita através de relatos de dois empresários, sócios, que atuam em ramo de comércio em três seguimentos, mercado, padaria e magazine. Ao se intitularem empresários que atuam sob paradigmas de uma gestão moderna geraram interesse pela observação de suas ações, metodologias, orientações e práticas que pudessem aproximar do que se entende pelo novo paradigma de gestão em detrimento ao paradigma tradicional de gestão. Até onde, de fato, uma gestão moderna é entendida na prática e qual seria o espaço do pedagogo nesta visão. Grande parte do que será apresentado partiu da observação dos fatos relatados em discordância com a atuação do pedagogo em empresas, ressaltando, através de pesquisa, a eficiência não reconhecida desta atuação, pela maioria dos gestores de organizações não escolares. O papel do pedagogo é de extrema importância em um espaço não-escolar, sendo capacitado para desempenhar uma função de mediador e articulador da aprendizagem em uma organização 6 4 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Durante, cerca, de 2 meses em que propus a conhecer as práticas de dois empresários que se habilitam a promover uma gestão moderna e atuante junto aos colaboradores, com objetivo de leva-los a melhor capacitação, integração ao ambiente de trabalho e, com isso, melhor atuação nos estabelecimentos geridos sob esta ótica. E assim conhecer a visão destes empresários sobre a atuação do pedagogo em suas empresas. Durante todo o tempo, ambos relatam o interesse da empresa em incentivar os colaboradores na busca por novos cursos, aumento da escolaridade, oferta de treinamento com psicólogos e especialistas nas áreas que atuam, como: atendimento a clientes, logística, novidades nas áreas de panificação e confeitaria. Palestras com coaching, para que se mantenham motivados. Entre outras ações que julgam eficientes e modernas. Mostrando preocupação, principalmente, em capacitar os profissionais que atuam em seus negócios. Ao serem perguntados sobre como são realizadas as contratações de novos funcionários relatam que através de analise, feita pelos próprios, de currículos deixados nas empresas escolhem um número de pessoas que serão entrevistadas por eles mesmos, e classificadas como aptas ou não para serem admitidas aos cargos oferecidos. Neste momento, relatam também que existe uma grande rotatividade de funcionários, com grande dificuldade em manter o colaborador e culpam o mercado local que, segundo eles, oferece fartura de vagas, fazendo com que o colaborador não se sinta parte da empresa. Diante de relato, conduzi a conversa para um diagnóstico mais específico do fato, pois notei que ficavam satisfeitos com a explicação dada. Sugeri se não seria ocaso de haver um profissional que pudesse exercer esta função além de atuar nas competências dos seus colaboradores, formando aprendizes, auxiliando os colaboradores em sua formação no seu desenvolvimento social e laboral. Dentre os profissionais por eles citados figuram psicólogos, administradores de empresas, entre outros. Quando mencionei o pedagogo para esta função houve um certo espanto diante da sugestão: “mas pedagogo não é professor?” Ou seja, neste momento, pude perceber que o pedagogo não é considerado como possível de atuar em organizações não escolares, mesmo aquelas que se denominam como sendo geridas por paradigmas novos e modernos. 7 Essas implicações levam a não contratação desses profissionais. Em suma, a maioria é predominante por profissionais que são formados em economia, administração, psicologia, serviço social, o pensamento é decorrente dos conceitos já estabelecidos. A resposta que podemos dar para que o Pedagogo atue em lugares anteriormente predominado por outros profissionais é simples, devido sua formação acadêmica. Dessa maneira, verifica-se que é bem conexa a responsabilidade que a Universidade não apenas acompanhe a reboque as densas e rápidas modificações que estão ocorrendo, mas, principalmente se antecipe na formação de profissionais da educação com o perfil e as qualificações exigidas pela sociedade do século XXI Considerando este fato e leituras preliminares vejo que as organizações começaram a perceber que o índice de produtividade unido a um projeto de capacitação estratégica através de sua gestão de pessoas é possível haver resultados satisfatórios nas produções, investindo no treinamento e desenvolvimento. As organizações começam a ter uma demanda grande de conhecimento alcançando seus colaboradores, assim exigindo mais eficiência, praticidade e qualidade, mas para que essas potencialidades se tornem evidentes tem haver um projeto de capacitação estratégica. A atuação do pedagogo neste sentido levará subsídios metodológicos onde ainda é pouco desenvolvido, levando ainda com transmissão de valores, missões e culturas da organização. No entanto esta atuação não é considerada. Assim, o pedagogo auxilia nas competências dos colaboradores formando alunos aprendizes, pesquisadores e cidadão ajudando a formação de opiniões e no seu desenvolvimento social. Na sociedadedo conhecimento, da tecnologia, da aprendizagem a atuação do pedagogo nas organizações é fundamental para o crescimento da organização e dos colaboradores. A ação educativa está presente em todos os setores de nossa sociedade, e desta forma se confirma o caráter de “formadora de força de trabalho”, previsto inclusive em A atuação do pedagogo na empresa tem como pressuposto principal a filosofia e a política de recursos humanos adotados pela organização. Daí o cuidado para não imaginar que o treinamento tem um fim em si mesmo ou que a postura a adotar na empresa é a mesma a ser adotada em uma escola (RIBEIRO, 2003, p. 09-10) 8 nossa Constituição Federal: Art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Pimenta (2001) levanta discussões sobre os Cursos de Complementação Pedagógica, e aponta indicativos para a formação do pedagogo cientista educacionais, como sendo um profissional que atue como gestor/ pesquisador/ coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola: pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONGs; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas as campanhas sociais educativas sobre violência, drogas, AIDS, dengue; que estejam habilitados à criação e elaboração de brinquedos, materiais de autoestudo, programas de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins. Numa breve análise pode-se entender a afirmação como sendo uma atuação dos profissionais pertencentes à área de administração, mas está implícito no currículo do Pedagogo, este profissional vai sendo preparado para enfrentar desafios dessa natureza dentro das escolas, alinhando essa formação a necessidade de mercado, podemos perceber que o perfil se enquadra perfeitamente em espaços não-escolares. Perrenound, apud Ribeiro, (2003), comenta que na atuação do Pedagogo em empresas, é imprescindível que obedeça a um perfil alinhado as novas exigências sociais que estão atreladas a uma formação pautada no desenvolvimento de competências e habilidades do que na dominação teórica. Há duas décadas, nas várias organizações cientificas e profissionais de educadores, tem se debatido em todo o país, questões relativas ao campo de estudo da Pedagogia, da identidade do pedagogo, do sistema de formação de pedagogos, da estrutura do conhecimento pedagógico (LIBÂNEO, 2005, p. 56). 9 O pedagogo através de uma visão sistêmica que consiste na habilidade em compreender e perceber o conhecimento do todo, de modo a analise ou a interferência no mesmo, consolida a sua atuação, já que sua formação de cunho filosófico e sociológico dá a este profissional a possibilidade de adoção de postura de desenvolvimento ao recurso humano dentro da empresa. Considerando-se a Empresa como essencialmente um espaço educativo, estruturado como uma associação de pessoas em torno de uma atividade com objetivos específicos e, portanto, como um espaço também aprendente, cabe à Pedagogia a busca de estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem/apropriação de informações e conhecimentos. (2003, p. 9). 10 5 – RESULTADO E CONCLUSÃO: Em contato com os relatos dos empresários pude perceber que mesmo aqueles que se propõe a uma gestão moderna a presença do um pedagogo fora de ambientes escolares causa estranheza e resistência. A figura do pedagogo está fortemente relacionada a práticas escolares, no entanto, através de pesquisas e leituras pude também perceber que existe uma abertura a este profissional sendo admitida e levada à baila em várias discursões sobre o assunto. 11 5 – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 3 ed. São Paulo. Ed. Paz e terra. 2002 GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000. HEMSATH, Dave. Divirta-se: saiba tornar seu ambiente de trabalho agradável e divertido. São Paulo: Futura, 1998. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para que? 8ª ed. São Paulo Cortez. 2005. MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. 4° ed. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 2003. PIMENTA, Selma Garrido. (Org.). Pedagogia e Pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2001. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: a atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro. Ed. Wak:2003 SENGE, Peter M. A quinta disciplina - arte e prática da organização que aprende. São Paulo: Editora Best Seller, 2002. SILVA, Carmem Silvia Bissoli. Curso de pedagogia no Brasil. 2 ed. Campinas. SP: Autores Associados, 2003. SILVA, Carmem Silvia Bissoli. Curso de pedagogia no Brasil: uma questão em aberto. In: PIMENTA, Selma Garrido (org). Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez. 2002.
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