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Padrão de Identidade e Qualidade de Alimentos Glicídicos – Açúcares, Amido e Mel Disciplina de Bromatologia Professora Emília Akil emilia.akil@estacio.br o Constituem mais de 90% da matéria seca das plantas o Componentes mais abundantes e amplamente distribuídos entre os alimentos oApresentam diversas funções • Nutricional (funções biológicas) • Adoçantes naturais • Matéria-prima para produtos fermentados • Principal ingrediente dos cereais • Propriedades reológicas – polissacarídeos • Responsável pelas reações de escurecimento Carboidratos - Definições Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia o Nas Tabelas Nutricionais de Alimento, o conteúdo de carboidrato é determinado por diferença: • CHO = 100 – (umidade + PTN + LIP + cinzas) Carboidratos - Definições TABELA DE CONTEÚDO DE CARBOIDRATO NOS ALIMENTOS Frutas 6-12% de sacarose Milho e batata 15% de amido Trigo 60% de amido Farinha de trigo 70% de amido Condimentos 9-39% de açúcares redutores Açúcar refinado branco 99,5% de sacarose Açúcar de milho 87,5% de glicose Mel 75% de açúcares redutores Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Presença nos Alimentos • Pão; •Batatas; • Farinhas; • Ervilhas; • Carne (em menor quantidade); • Frutas; •Hortaliças no geral. http://populo.weblog.com.pt/arquivo/batata.bmp Classificação dos CHO 1) De acordo com o peso molecular: Monossacarídeos 1 unidade de açúcar Dissacarídeos 2 unidade de açúcar Oligossacarídeo – Mais de 3 unidades de açucar Polissacarídeos – Amido, Glicogênio Mais de 10 unidades de açúcar Glicose Frutose Galactose Sacarose (glicose + frutose – cana de açucar) Lactose (glicose + galactose – leite) Maltose (glicose + glicose - cereais) Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Classificação dos CHO 2) De acordo com o grupo carbonila: o Se o grupo carbonila for um aldeído, o açúcar será uma ALDOSE (mais encontrado na natureza) o Se o grupo carbonila for uma cetona, será uma CETOSE. Grupo carbonila é no início da cadeia (logo é um aldeído) Grupo carbonila é no meio da cadeia (logo é uma cetona) Classificação dos CHO 2) De acordo com o grupo carbonila: Glicose Frutose Galactose É uma cetose!! Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Monossacarídeos Monossacarídeos mais frequentes encontrados na natureza o Glicose: frutas e mel – É produto final da hidrólise da maltose, sacarose, amido, etc. o Frutose: única cetose que ocorre em grande quantidade na natureza frutas e constitui 40% do mel o Galactose: faz parte da lactose Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Propriedades dos Monossacarídeos PODER EDULCORANTE Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição A maioria dos monossacarídeos possui sabor doce, o que os torna muito importantes para a indústria de alimentos. Dentre os monossacarídeos, a frutose é a que possui esta característica mais destacada. Propriedades dos Monossacarídeos HIGROSCOPICIDADE Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Possui ELEVADA capacidade de ADSORVER água. Pois apresentam grande número de grupos polares (hidroxilas); Desejável para alguns alimentos: pois precisam manter um certo grau de umidade (ex: produtos de confeitaria). Indesejável para alguns alimentos: aglomeram suas partículas devido a presença de água. Propriedades dos Monossacarídeos REAÇÃO DE MAILLARD Também conhecida como Reação de Escurecimento Não Enzimático; Importantíssimo na indústria de alimentos; Durante o aquecimento, os monossacarídeos produzem pigmentos marrons sob o aquecimento que são as melanoidinas (durante a fritura, grelha, panificação) que são desejáveis para determinados alimentos. Observação!! REAÇÃO DE CARAMELIZAÇÃO Reação de escurecimento que ocorre com QUALQUER açúcar! Caramelo Carboidrato Acima de 120°C Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição AÇÚCARES Açúcar comum oProduto obtido pela prensagem (caldo) da cana de açúcar (Sacharum officinarum) e submetido a processos tecnológicos adequados oQuimicamente: misto de grande teor de sacarose e mínimo de glicose e frutose Açúcar comum - Legislação oResolução RDC nº 271 / 2005 ANVISA • Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Açúcares e Produtos para Adoçar • Excluem-se os adoçantes dietéticos. Quais são os tipos de açúcares? Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Açúcar - Definições oAçúcar: é a sacarose obtida a partir do caldo de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) ou de beterraba (Beta alba L.). oAçúcar para Confeitaria: é o açúcar que pode ser adicionado de outros ingredientes, desde que não descaracterizem o produto. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Açúcar - Definições oRapadura: é o produto sólido obtido pela concentração do caldo de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.), podendo ser adicionado de outro(s) ingrediente(s) desde que não descaracterize(m) o produto. o Melado: é o produto obtido pela concentração do caldo de cana- de-açúcar (Saccharum officinarum L.), a partir da rapadura derretida Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Açúcar - Definições oMelaço: é um subproduto da produção de açúcar, produto da etapa de centrifugação no processo de fabricação de açúcar. oAdoçante de Mesa: é o produto formulado para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, constituído de edulcorante(s) previsto(s) em Regulamento Técnico específico. oAçúcar Líquido Invertido: é o produto obtido a partir da hidrólise da sacarose com diferentes concentrações de glicose, frutose e sacarose. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Açúcar no Rótulo Requisitos Adicionais: oA informação "Contém edulcorante(s)......“ oA informação, em destaque e em negrito: "Diabéticos: contém.....g de .....“ oA advertência, em destaque e em negrito: "Contém fenilalanina“ (aspartame é rico em fenilalanina) oO valor energético Tem que conter no rótulo! E qual tipo de açúcar está sendo utilizado! Determinação de açucares nos alimentos Análises Bromatológicas o Análise de composição centesimal (visto na aula de composição centesimal), em que o conteúdo total de açucares no alimento se dá pela diferença dos outros componentes; o Avançada tecnologia por CLAE (cromatografia líquida de alta eficiência) em que é possível analisar o conteúdo de CADA açúcar. o Método de Fehling (mais barato e referencia de análise) que determinar o conteúdo de açucares redutores (monossacarídeos) presentes nos alimentos. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia AMIDO, CEREAIS, FARINHAS E FARELOS Amido, Cereais, Farinhas e Farelos Vamos falar um pouco das caracteristísicas do AMIDO o Amido: Principal polissacarídeo dos alimentos o É um polímero de glicose (+ de 1400 moléculas de glicose). o Se encontra na natureza em forma de grânulos o Encontrado em todos os grãos, vegetais, hortaliças, leguminosas. o Insolúvel em água. o Formado por dois compostos: amilose e amilopectina. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Amilose e Amilopectina Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Amido O amido contribui de forma muito importante ao alimento, pois ele é responsável em fornecer textura e viscosidade a diversos alimentos. Por exemplo: produtos de panificação, sobremesas, maciez as leguminosas após cozimento, melhora a textura de diversos produtos cárneos, e etc. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Gelatinização do Amido O amido contribui de forma muito importante ao alimento, pois ele é responsável em fornecer textura e viscosidade a diversos alimentos. Por exemplo:produtos de panificação, sobremesas, maciez as leguminosas após cozimento, melhora a textura de diversos produtos cárneos, e etc. Mas como isso é possível se o amido é insolúvel em água?? SIM!! Através da GELATINIZAÇÃO DO AMIDO Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Gelatinização do Amido Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Grânulo de amido Água aquecida Ruptura do grânulo Inchamento do grânulo (ligação de amilose e amilopectina com moléculas de água através de pontes de hidrogênio) Pasta de amido (goma) Retrogradação do Amido Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição É o resfriamento da pasta de amido tornando um gel mais firme e viscoelástico Há vantagens e desvantagens com relação a esse processo. Quais são eles? Retrogradação do Amido Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição VANTAGENS o As moléculas do amido voltam a reconstituírem, ou seja, se re-cristalizar, mas isso ocorre de uma forma desorganizada, fazendo com que ocorra a perda de água, devido a contração das moléculas de amido tentando em se organizarem e resulta na liberação de moléculas de água; o Com isso a formação de um gel mais firme, ideal para a confecção das sobremesas geladas industrializadas. Retrogradação do Amido Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição DESVANTAGENS o Defeitos em alguns alimentos: • Envelhecimento dos produtos de panificação, devido ao enrijecimento da massa; • Perda da viscosidade e formação de precipitados em sopas e molhos; • Formação de crostas em mingaus e sopas. Uma forma das indústrias corrigirem esse erro, é a utilização dos AMIDOS MODIFICADOS Cereais, Farinhas e Farelos oLegislação - MAPA • Instrução Normativa 8/2005 – “Regulamento técnico de identidade e qualidade da farinha de trigo” oLegislação - Anvisa • Portaria n.º354/1996 – “Norma Técnica da Farinha de Trigo” • RDC n.º263 / 2005 - “Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos“ • RDC n.º344/2002 - “Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico” • RDC n.º175/2003- “Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados” Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Cereais, Farinhas e Farelos oCereais processados: são os produtos obtidos a partir de cereais laminados, rolados, flocados, pré- cozidos e ou por outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos, podendo conter outros ingredientes desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, formato e textura diversos o Farelo: são os produtos obtidos no primeiro processo de moagem, da casca de cereais, leguminosas, frutos, sementes, tubérculos. Ricos em fibras e vitaminas. É um resíduo da fabricação da farinha. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Cereais, Farinhas e Farelos o Farinha: pó desidratado rico em amido, é a continuação do processo de moagem de cereais desidratado, ou frutas, sementes, leguminosas, etc. oMassas Alimentícias: são os produtos obtidos da farinha de trigo ou de outros cereais, leguminosas, raízes e ou tubérculos, resultantes do processo de empasto (amassamento mecânico da farinha), sem fermentação. oPães: são os produtos obtidos da farinha de trigo e ou outras farinhas, adicionados de líquido, resultantes do processo de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros ingredientes, desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos Cereais, Farinhas e Farelos oBiscoitos ou Bolachas: produtos obtidos pela mistura de farinha, amido e/ou fécula com outros ingredientes, submetidos a processos de amassamento e cocção, fermentados ou não. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Trigo o 2ª maior cultura de grãos em produção no mundo; o Brasil consumidos em média cerca de 10 milhões de toneladas de trigo por ano; o Indústria de alimentos: beneficiamento do seu grão resulta na matéria-prima para uma gama de produtos; o Farinha de trigo: versátil devido a presença de glúten! Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia Farinha de Trigo o Legislação classifica em tipos: em 3 tipos (MAPA - Instrução normativa nº 8, de 02 de julho de 2005) Tipos Teor cinzas (máx.) Granulometria Teor PTN (mín.) Acidez graxa (máx.) (mg KOH/100 g) Umidade (máx.) Tipo 1 0,8% 95% do produto deve passar pela peneira de 250 µm 7,5% 100 15% Tipo 2 1,4% 8,0% Integral 2,5% - 8,0% 100 Bolos e biscoitos Pão (> teor glúten) Rica em fibras Tipo 1 Tipo 2 Integral • Teor de Cinzas: reflete o grau de extração, já que o teor de cinzas segue a ordem decrescente para Farelo > Gérmen > Endosperma. Farinha de Trigo Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Controle de qualidade físico-químico (Análises Bromatológicas) o Umidade: não deve ultrapassar de 15% (analisado por secagem em estuga a 150 ºC até peso constante) o Proteína: não deve ser inferiro a 7% (método de Kjeldahl usando fator de conversão do trigo 5,75) o Índice de acidez: máximo de 100 mg de KOH/100 g de farinha (extração do lipídio a quente por Soxhlet e titulação dos mesmos por KOH). o Cinzas: de 0,8 a 2,5% (depende do tipo - resíduo obtido pelo aquecimento em mufla a temperatura de 550 a 570 °C) Farinha de Trigo Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Controle de qualidade físico-químico Glúten: determinação de glúten e força do glúten do uso do lavador de glúten automático Glutomatic. oGliadina e glutenina entram em contato com a água + trabalho mecânico = glúten oQuantidade e qualidade de glúten afeta: • elasticidade da massa e retenção de gás; • propriedades de expansão; • capacidade de manter a firmeza desejada. Fibras Alimentares o Fibras alimentares: celulose, hemicelulose, pectinas, as gomas. o Alto conteúdo em cereais, frutas e verduras. o Polissacarídeos que as nossas enzimas do trato digestório não conseguem hidrolisar durante a digestão dos alimentos ligação 𝛽-1,4. o Também chamadas de fibras dietéticas. o Benefícios à saúde: • Chegam intactos no intestino grosso onde são fermentados pela nossa microbiota intestinal produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) reduz o pH intraluminal; • Reduz a absorção de colesterol e glicose no intestino; • Melhora o sistema imunológico; • Confere saciedade, estimula o peristaltismo intestinal melhorando o trânsito intestinal, entre outros. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Fibras Alimentares Classificadas quanto a sua SOLUBILIDADE EM ÁGUA: Fibra Solúvel Fibra Insolúvel - Solúveis em água; - Fermentadas pela microbiota intestinal; - Pectinas, gomas, hemicelulose, etc - Insolúeis em água; - Parcialmente fermentadas pela microbiota intestinal; - Pectinas, gomas, hemicelulose, etc Fibras Alimentares Determinação de fibras nos alimentos (Análises Bromatológicas) Métodos Detergentes Métodos Enzimáticos Fibras insolúveis em detergentes Fibra insolúvel Fibra solúvel MEL Definição e Legislações “Mel” é o produto natural açucarado elaborado por abelhas a partir de néctar de flores e/ou exsudados de açúcares de plantas.” - ANVISA – Comissão Nacional de Normas e Padrões de Alimentos nº12/1978 - Art. 757, RIISPOA - Ministério da Agricultura e Abastecimento, Instrução Normativa 11/2000 - Regulamento Técnico Mercosul “Identidade e Qualidade do Mel – MERCOSUL 89/99Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Alimento de fácil digestão, altamente viscoso, com aroma característico e sabor doce. Produção do mel no Brasil Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Apicultura • Brasil - 6° maior produtor de mel (ficando atrás somente da China, Estados Unidos, Argentina, México e Canadá). Animal produtor: ABELHAS • Mais de 20 mil espécies • Mas 2% são sociais e produzem mel. Gênero Apis Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Mel Floral Mel de Melato Ou Melato Produzido a partir do néctar das flores Produzido a partir de exsudados de vegetais e/ou de excreções de outros insetos sugadores. Origem do mel Mel monofloral: néctar coletado de uma única espécie de planta Mel multifloral: néctar coletado de mais de uma espécie de planta. Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Produção do mel pelas Abelhas 1) Néctar coletado é armazenado no “papo do mel”, localizado na boca da abelha, onde entra em contato com várias enzimas vitais na produção do mel – invertase (hidrolisa a sacarose), diástase (hidrolisa o amido que pode estar presente no pólen) e glicose oxidase (oxida a glicose no mel verde) - e ali já começa a ocorrer a produção do mel; 2) Quando a abelha chega na colmeia, este néctar é entregue às “abelhas receptoras” que irão proporcionar a desidratação do mel (pela exposição e contato com as enzimas) é o AMADURECIMENTO DO MEL; 3) Elas fazem essa desidratação até atingir 70% de açúcar; Caso não está maduro, o mel está verde! Não está pronto para ser retirado! - Os favos são centrifugados (ou prensado, etc), filtrados, decantados por 48 h e envazado em vidro (única embalagem permita para exportação). Composição química do mel O mel é uma solução saturada de açúcares e água, com outros componentes. oAçúcares oÁgua oProteínas (enzimas) oÁcidos oMinerais Características da fonte floral que o originou Composição química do mel ACÚCARES (é uma solução açucarada com predominância de glicose e frutose) o Glicose e frutose monossacarídeos (açucares redutores); o Sacarose dissacarídeo o Não pode ser adicionado de açucares Em que: Mínimo de 65% (MEL FLORAL) Mínimo de 60% (MEL MELATO) o Responsáveis por propriedades físicas: • Viscosidade • Densidade • Higroscopicidade • Cristalização Mínimo de 80 % De GLICOSE e FRUTOSE Mel mais doce Mel menos doce e mais susceptível a cristalização Composição química do mel ÁGUA o Entre 15 a 21% Legislação brasileira: máximo de 20% o Influencia a viscosidade, cristalização, maturidade, sabor e conservação Favorece a fermentação por leveduras Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Composição química do mel Enzimas Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição oPermitem o “amadurecimento” do mel o Invertase – transforma 3/4 da sacarose inicial do néctar em glicose e frutose oDiastase – hidrólise do amido oGlicose-oxidase – forma o ácido glucônico e peróxido de hidrogênio Termolábel Antibacteriano Composição química do mel Proteínas Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição oAnimal e vegetal oAminoácido prolina secreções salivares • Usada como um parâmetro de identificação da maturidade do mel. 0,2% e 2,8% Ácidos Orgânicos oMenos 0,5% dos sólidos oÁcido glucônico e outros. Composição química do mel Outros compostos: o Ácidos orgânicos o Pode conter cera de abelhas procedentes do processo de extração o Pigmentos o Flavonoides propriedades medicinais e terapêuticas Observação: Hidroximetilfurfural (HMF): presente naturalmente do mel, formado por reações dos açucares com os ácidos; o Temperaturas o Principal indicador de qualidade do mel fraude por adição de xarope de milho ou redução do valor nutricional Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Classificação do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição 1) De acordo com o processo de obtenção a) mel virgem - produto que flui espontaneamente dos favos b) mel centrifugado - obtido por processo de centrifugação c) mel prensado - obtido por compressão a frio d) mel em favos - mantido dentro dos próprios favos 2) De acordo com as suas características físicas e químicas: a) mel de mesa b) mel industrial Classificação do mel 2) De acordo com as suas características físicas e químicas a) mel de mesa - Extraído por um dos processos anteriores - Trabalhando em condições de perfeita higiene - Sem pólen - Características analíticas específicas b) mel industrial - Extraído por qualquer processo anteriores - Menor valor nutritivo - Falhas em sua obtenção Classificação do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição 3) De acordo com a tonalidade • Branco d’água • Âmbar • Dourado • Vermelho • Pardo • Para comércio Internacional Conservação do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição CRISTALIZAÇÃO DO MEL: oProcesso natural do mel, devido a altas concentrações de açúcar. o Sua ocorrência NÃO é fraude e NÃO indica deterioração, mas NÃO É DE AGRADO para o consumidor. o Inicia-se a partir do envase, sua formação será mais rápida em méis com alto teor de glicose Como prevenir? Mel Impróprio ao Consumo Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição oResíduos estranhos: falta de cuidados na extração e na embalagem oAlteração ou fermentação: formação de espuma superficial oPresença de patógenos ou flora microbiana elevada oAcidez elevada oOdor ou sabor anormais oAcidez corrigida Mel Fraudado o Edulcorantes naturais ou artificiais o Substâncias aromatizantes o Espessantes: amido, gelatina oConservantes oCorantes de qualquer natureza oCorreção da acidez oAquecimento excessivo (eleva o HMF) oAdição de xarope de glicose CONTROLE DE QUALIDADE DO MEL ANÁLISES QUÍMICAS-BROMATOLÓGICAS Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Análises Químico-Bromatologica o Monitoramento de parâmetros físico-químico de méis é importante para a sua CARACTERIZAÇÃO e PREVENIR FRAUDES o Regulamentos para o controle de qualidade são válidos apenas para os méis de mesa. Análises para atestar o padrão de identidade de mel: - Reação de Fiehe (Teor de hidroximetilfurfural) - Reação de Lund - Reação de Lugol - Fermento diastásico - Teor de umidade (por refratometria) - Acúcares redutores (análise titulomérica de Fehling) - Acidez (análise tItulométrica com NaOH) Reação de Fiehe o Verifica o conteúdo de hidroximetilfurfural (HMF) presente no mel o Valor máximo permitido é de 40 mg/kg. o Valores acima: FRAUDE por adição de xarope de glicose ou armazenamento inadequado (temperatura elevada) o Maior que 80 mg/kg adulteração por açúcar comercial ou aquecimento indevido. Controle de qualidade do mel Desidratação da glicose e frutose aquecimento HMF O aparecimento de coloração vermelha indica a presença de HMF, possivelmente em quantidade maior que 200 mg/kg. Reação de Lund Controle de qualidade do mel oO mel verdadeiro apresenta substâncias albuminóides, que precipitam na presença de ácido tânico oDetermina se houve FRAUDE por adição de água ou outro diluidor no mel Mel puro: forma um precipitado entre 0,6 a 3 ml. A ausência dessas substâncias indica FRAUDE Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Reação de Lugol Controle de qualidadedo mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição oPesquisa a presença de amido no mel oO mel adulterado apresenta reação positiva (azul) em função da presença de amido e dextrina Fermento Diastásico Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição oAusência de coloração azul – indica que o amido foi hidrolisado pelas enzimas hidrolíticas naturais do mel (fermentos diastásicos) oNão sofreu superaquecimento – preservação das enzimas ativas oNão é adulterado Teor de umidade • Não são tolerados valores acima de 20% • Indicativo de adição de água ou mel colhido prematuramente. Método de análise: método mais utilizado índice de refração utilizando o refratômetro de Abbé. Desenvolvimento de microrganismos responsáveis pela fermentação Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Teor de umidade: Índice de refração pelo retratômetro de Abbé oÉ adicionado uma pequena quantidade de mel a 20ºC utilizando a escala a tabela de Chataway Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Teor de açucares redutores (glicose e frutose) Análise titulométrico de Fehling • Méis de néctar mínimo permitido de 65% • Méis melato mínimo permitido de 60% • Valores abaixo: fraude por adição de sacarose Análise de grande importância porque é utilizada em todos os alimentos com alto conteúdo de acúcares! Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Método titulométrico de Fehling Controle de qualidade do mel Capacidade de os açúcares redutores (todos os monossacarídeos são redutores) reduzirem o Cu2+ (azul)- Íons cúprico - a Cu1+ (vermelho) – óxido cuproso - sob aquecimento em pH fortemente alcalino. Aspecto do reagente de Fehling (a) azul – antes de reagir com o açúcar redutor e (b) vermelho – após reação com o açúcar redutor •5ml Fehling A •5mL Fehling B •20mL água Dado: 9,9mL Titular vagarosamente Até sair do azul e ficar “vermelho tijolo” Determinação de acidez livre Análise titulométrica com NaOH oMel é ácido devido a presença dos ácidos orgânicos, mantendo seu pH em torno de 4,0 (mEq NaOH/kg). oValores com acidez elevada: adição de acidulantes (proibido qualquer aditivo em méis) ou fraude por adição de xarope de glicose, alimento ácido pois é obtido pela hidrólise ácida da sacarose. Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição Determinação de acidez livre Análise titulométrica com NaOH Controle de qualidade do mel Profa. Dra. Emília Akil Bromatologia – Curso de Graduação em Nutrição 5 mL suco 50 mL água destilada 2 a4 gotas de fenolftaleína INCOLOR Solução de NaOH 0,1N Titular vagarosamente Até ficar na cor ROSA
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