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Caderno RH - Segurança e Saúde do Trabalho [Articulado - 2019

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Segurança e Saúde do Trabalho 
Marcelina Verônica Pinto de Souza 
 
Curso Técnico em Recursos Humanos 
Educação a Distância 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança e Saúde do Trabalho 
Marcelina Verônica Pinto de Souza 
 
Curso Técnico em Recursos Humanos 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | nov. 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB 
 
S729s 
Souza, Marcelina Verônica Pinto de. 
Segurança e Saúde do Trabalho: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a 
distância / Marcelina Verônica Pinto de Souza. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor 
Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019. 
57 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
Caderno eletrônico produzido em novembro de 2019 pela Escola Técnica Estadual Professor 
Antônio Carlos Gomes da Costa. 
 
1. Segurança do trabalho. 2. Política de Saúde. 3. Trabalhadores. I. Título. 
 
CDU – 613.6 
 
 
Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 
Professora Autora 
Marcelina Verônica Pinto de Souza 
 
Revisão 
Marcelina Verônica Pinto de Souza 
Dannilo Dayvid da Silva 
 
Coordenação de Curso 
Cristiane Maria de Oliveira 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Fernanda Paiva Furtado da Silveira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 6 
1.Competência 01 | Fundamentos da Fisiologia no Trabalho ............................................................... 8 
1.1 Antes de tudo... ...........................................................................................................................................8 
2.Competência 02 | Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho .................................................... 17 
2.1 Riscos Ambientais .................................................................................................................................... 17 
2.1.1 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. (NR 9) ............................................................ 17 
2.1 .1 PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. (NR 7) ............................................ 18 
2.2 Mapa de Riscos ........................................................................................................................................ 21 
2.2.1 Laudo de insalubridade. (NR 15) ........................................................................................................... 21 
2.2.2 Laudo de periculosidade. (NR 16) ......................................................................................................... 25 
2.3 Medida de Prevenção dos Riscos ............................................................................................................. 27 
2.3.1 LTCAT – Laudo técnico das Condições do Ambiente de trabalho e PPP – Perfil Profissiográfico 
Profissional ..................................................................................................................................................... 27 
2.3.1.2 Recursos Humanos e a Segurança do Trabalho ................................................................................. 31 
3.Competência 03 | Condições Técnicas de Trabalho ......................................................................... 32 
3.1 Medidas de Prevenção Administrativa: Procedimentos, treinamento e competência para realização do 
trabalho. ......................................................................................................................................................... 32 
3.2 EPC Equipamento de Proteção Coletiva - (SESMT NR 04 e CIPA NR 05).................................................. 34 
3.3 EPI Equipamento de Proteção Individual ................................................................................................. 35 
3.3.1 NORMA REGULAMENTADORA 18 - NR 18 – Treinamento para os empregados. ................................ 39 
Treinamento ................................................................................................................................................... 39 
3.4 O trabalhador e o ambiente de trabalho ................................................................................................. 40 
3.4.1 Iluminação ............................................................................................................................................. 40 
3.4.2 Temperatura ......................................................................................................................................... 41 
3.4.3 Ruídos e vibrações sonoras. ................................................................................................................. 43 
 
 
 
 
 
 
4.Competência 04 | Aplicações legais entre Direitos e Obrigações na Segurança e Saúde do 
Trabalhador. ......................................................................................................................................... 45 
Conclusão ............................................................................................................................................. 54 
Referências ........................................................................................................................................... 55 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Introdução 
Olá estudante seja muito bem-vindo(a), á disciplina de SST – Segurança e Saúde do 
Trabalho, assim como todas que foram estudadas até aqui ela abrange um conteúdo muito 
importante que compõem o nosso curso técnico. 
Você irá adquirir conhecimento de como teve início a preocupação com a saúde do 
trabalhador, a importância da prevenção e da proteção através do uso correto de EPI – Equipamento 
de Proteção Individual e do EPC – Equipamento de Proteção Coletiva. 
Como tudo começou, desde o tempo das cavernas até os dias atuais. 
Nossa disciplina está dividida em 04 competências, conforme segue: 
 
1. Competência 01 - Fundamentos da Fisiologia no Trabalho 
Nesta competência apresentamos uma breve história do trabalho: segurança, ergonomia 
e risco ergonômico. 
 
2. Competência 02 - Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho 
Após terem tomado conhecimento da história da Segurança e Saúde do trabalhador, 
iremos dar início a gestão do SST – Segurança e Saúde do Trabalhador, tais como suas normas: 
• Riscos ambientais: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Norma 
Regulamentadora 09), PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(Norma Regulamentadora 07); 
• Mapa de Riscos: Laudo de insalubridade (Norma Regulamentadora 15); Laudo de 
periculosidade (Norma Regulamentadora 16) 
• Medidas de Prevenção de Riscos: LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais 
do Trabalho, e o PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário. 
 
3. Competência 03 - Condições Técnicas de TrabalhoMedidas de Prevenção Administrativa: Procedimentos, treinamento e competência para 
realização do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
4. Competência 04 - Aplicações legais entre Direitos e Obrigações na Segurança e Saúde 
do Trabalhador. 
Nesta competência iremos abordar: quando e como surgiu a preocupação com a Saúde 
ocupacional e os acidentes de trabalho; as Leis sobre acidentes de trabalho (incluído o Acidente de 
Percurso que foi alterado recentemente na Reforma Trabalhista 13.467 de 13 de julho de 2017); o 
papel da Previdência Social e seus benefícios, e quais as consequências de um acidente de trabalho 
tanto para o trabalhador como para a empresa. 
Cada uma das competências contém: dicas de leitura que complementam o assunto 
abordado; figuras ilustrando os referidos temas; hiperlinks para acesso a vídeos de curta duração; 
tudo isso para enriquecer seu aprendizado. 
Por fim você terá a oportunidade de testar os conhecimentos adquiridos com a leitura e 
estudo do e-book, através de: atividades roteirizadas, destaques, desafios e leituras complementares. 
Tudo aqui foi pensando em como lhe proporcionar os conhecimentos necessários para 
sua vida pessoal e profissional, pois, somar, dividir e multiplicar conhecimento, reflete em todos os 
âmbitos da nossa vida. 
Participe de tudo que lhe for proposto, atenção as datas de entrega das atividades, 
interaja com seus colegas de polos, pois “a união faz a força”, dividir conhecimento também. 
Sucesso. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
1.Competência 01 | Fundamentos da Fisiologia no Trabalho 
Nesta competência apresentamos uma breve história do trabalho: segurança, ergonomia 
e risco ergonômico. 
O homem vive em constante desenvolvimento no trabalho, de onde obtém sua provisão. 
Devido a constante modernização das formas de trabalho, a segurança caminha lado a lado, para 
proporcionar ambientes saudáveis. Há algum tempo a principal preocupação é a qualidade de vida, 
e a Segurança e Saúde do Trabalhador (SST) coopera para esse propósito. 
 
1.1 Antes de tudo... 
Desde o princípio o trabalho já fazia parte da rotina do homem, pois, para prover o seu 
sustento e da sua família ele precisava caçar. 
Se alimentava no máximo 3 vezes por semana, o que não lhe dava uma certa reserva de 
energia (baixa visão em incidência de luz, audição e olfato somente para pequenas distâncias), o que 
proporcionava um certo perigo para caçar e lutar contra outras tribos e predadores, assim surgiram 
as armas para poderem se defender. Se fizermos uma analogia, as armas dos nossos ancestrais 
poderiam ser vistas como EPIs (equipamentos de proteção individual) ou EPCs (equipamento de 
proteção coletiva) que veremos com mais detalhes na Competência 03 | Condições Técnicas de 
Trabalho. 
 
Figura 01 - Homem das cavernas em momento de caça 
Fonte: https://thumbs.dreamstime.com/z/ca%C3%A7a-gigantesca-da-lan%C3%A7a-da-pessoa-primitiva-de-homem-de-
neanderthal-61273849.jpg 
Descrição da imagem: ilustração de um homem das cavernas, usando apenas uma saia de pele de animal, segurando 
uma flecha correndo atrás de rinoceronte, em um espaço de uma selva com gramas, árvores e um céu com nuvens. 
https://thumbs.dreamstime.com/z/ca%C3%A7a-gigantesca-da-lan%C3%A7a-da-pessoa-primitiva-de-homem-de-neanderthal-61273849.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/z/ca%C3%A7a-gigantesca-da-lan%C3%A7a-da-pessoa-primitiva-de-homem-de-neanderthal-61273849.jpg
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
Mesmo com toda a evolução o homem ainda continuou a exercer funções perigosas, o 
que gerou acidentes, muitas das vezes fatais. Devido a esses acidentes se fez necessário aprimorar os 
métodos de trabalho, mas mesmo com todo o aprimoramento os acidentes continuaram e ainda 
continuam a acontecer. Normas estão sendo aperfeiçoadas para diminuir e quem sabe um dia, acabar 
com os acidentes de trabalho, os interessados para que isso ocorra parte tanto dos empregados como 
dos empregadores, pois, o 1º necessita do trabalho para suas realizações e o 2º para manter o que 
foi empreendido. 
 
Do tempo das cavernas as máquinas...há 25.000 anos, o homem sobrevivia do que a terra 
lhe provia, ao descobrir certos materiais como: madeira, pedra e cipós, e que ele transformou em 
armas para sua defesa, acabou por utilizá-las para a caça, promovendo assim o seu sustento, da sua 
família e da sua tribo. 
 
O homem tornou-se escravo de seu trabalho, mas, com a descoberta da agricultura, que 
ocorreu quando ele percebeu que ao colocar alguns grãos no chão essas germinavam e cresciam 
outras plantas, proporcionando assim os alimentos (a cerca de 12.000 anos) quando a caça se tornava 
um pouco mais escassa. 
 
Importante!!!! 
Os empregados tem que exercer suas tarefas com segurança, pois, são 
considerados patrimônio das organizações e trabalhando em ambientes 
saudáveis as empresas irão obter um retorno satisfatório. As leis são de suma 
importância para empregados e empregadores. 
 
A seguir assista a uma cena de uma animação que foi criada sobre a evolução 
dos homens, Os croods mostram com muito bom humor de como nossos 
antepassados faziam para sobreviver 
https://www.youtube.com/watch?v=EqPmOEDkn2U 
https://www.youtube.com/watch?v=EqPmOEDkn2U
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
 
Com o passar do tempo o homem já não se satisfazia somente com caça e com o que ele 
plantava, já não almejava mais somente a sobrevivência, mas algo que lhe desse um retorno, 
percebeu que seu trabalho poderia lhe dar frutos, começando assim as primeiras trocas conhecida 
também como escambo, originando assim o comércio, que ficava em pontos de grande circulação 
de pessoas. 
 
Criaram as primeiras oficinas de artesanato, onde o artesão (pai) passava o ofício aos 
outros membros da família, gerando uma mão de obra barata e tudo que era confeccionado se 
tornava objeto de troca por algo que fosse do interesse. As oficinas deram início as corporações, 
compostas pelos artesões de cada lugar. 
Começa assim a era dos ganhos, onde inclusive o valor do que era produzido passava por 
um critério de qualidade, talvez seja desta época século XI que surgiram as primeiras concepções de 
qualidade. 
Existiam uma organização onde quem não pertencia as corporações não, poderia fabricar 
o mesmo produto. 
Ao contrário da classe nobre da época que pensava em acumular: terras, servos e 
vassalos, as corporações foram motivadoras do advento dos burgos. Prosperaram através do 
trabalho, bens e rendimentos. 
 A PALAVRA TRABALHO DEVERIA DO LATIM TRIPALIUM, QUE NA ÉPOCA DA 
ESCRAVIDÃO ERA UM INSTRUMENTO DE TORTURA. 
 
O que é Escambo? 
Escambo é o termo utilizado para designar a prática da troca de serviços ou 
mercadorias, método de pagamento caracterizado pela permuta e que substitui 
o uso do dinheiro. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
 
 
Com o advento da revolução Industrial no século XVIII surgiu a industrialização, ou seja, 
as oficinas que deram origem as corporações, foram desfeitas, pois, o artesão e as pessoas as quais 
ele ensinava seu oficio começaram a migrar para os centros urbanos devido a necessidade da mão de 
obra para operacionalizar as máquinas que pertenciam aos proprietários que também se apossavam 
de todo o lucro. 
 
Figura 02 - Mulheres trabalhando durante o advento da Revolução Industrial 
Fonte: https://copaecabanna.files.wordpress.com/2010/09/maq1.jpg?w=640 
Descrição da imagem: ilustração de mulheres usando vestimenta do século XVIIII, operando máquinas. 
 
 
A revolução Industrial teve seu ápice entre 1850 a 1950 onde ocorreu a transição do 
capitalismo comercial para a industrial, nesta mesma época deu-se início a 1ª Guerra Mundial (28 de 
julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918), as mulheres tiveram papel de destaque durante 
 
Burgos substantivo masculino Fortificação que, na Idade Média, servia para 
abrigar as populações que vivam fora das muralhas. Os arredores de uma 
cidadeou de uma vila; arrabalde, cercania. ... Etimologia (origem da palavra 
burgo). Do latim bugus.i; pelo germânico burg "vila fortificada"). 
 
A seguir um vídeo em 6’39” sobre a Revolução Industrial, de uma forma mais 
lúdica e fácil de ser compreendida. 
https://www.youtube.com/watch?v=qNeNN-BLFIk 
https://copaecabanna.files.wordpress.com/2010/09/maq1.jpg?w=640
https://www.youtube.com/watch?v=qNeNN-BLFIk
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
a 1ª guerra, pois atuaram como empregadas nas indústrias de material bélico (produção de armas, 
projeteis), e como enfermeiras nos hospitais. 
Ao terminar a 1ª guerra muitos homens voltaram mutilados e sem condições de 
continuarem a ser o provedor do sustento de suas famílias, o que fez com que as mulheres deixassem 
suas obrigações de dona de casa e mãe, para garantirem o sustento. 
Nem tudo foram flores e a exploração do trabalho de 14 a 18 horas por dia, condições 
insalubres, sem direitos trabalhistas, salários menores do que eram pagos aos homens, a desculpa 
era que o homem que proporcionava o sustento das famílias, por isso mereciam ganhar mais. 
Alguns anos se passaram em condições insalubres de trabalho até que em 1º de maio de 
1943 o até então Presidente da República Getúlio Vargas assinou a CLT – Consolidação das Leis do 
Trabalho, proporcionando alguns direitos antes inexistentes tanto para os homens quanto para as 
mulheres. 
 
Passagem do período da Revolução Industrial 1.0 para 4.0 
 
 
Figura 03 - As grandes Revoluções Industriais. 
Fonte: https://claudioperin.com.br/wp-content/uploads/2018/09/industria-4-0-revolucoes-industriais-
e1536869138839.jpg 
Descrição da imagem: quatro figuras retangular dando ideia de degraus crescente nas cores: laranja, amarelo, azul e 
 
Curiosidade!!! 
 Artigo 121 da Constituição de 1934, que “{...} sem distinção de sexo, a todo 
trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino 
das 22 às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período 
de quatro semana antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir 
mulher grávida pelo simples fato da gravidez.”(BRASIL, 1934) 
 
https://claudioperin.com.br/wp-content/uploads/2018/09/industria-4-0-revolucoes-industriais-e1536869138839.jpg
https://claudioperin.com.br/wp-content/uploads/2018/09/industria-4-0-revolucoes-industriais-e1536869138839.jpg
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
verde. Caracterizando a evolução da indústria. 
 
Logo após o término da 2ª Guerra mundial (1º de setembro de 1939 a 2 de setembro de 
1945) ocorreram inúmeras transformações no mundo do trabalho, iniciava-se a Era da Automação, 
foi um marco na história, Henry Ford percursor na linha de montagem conseguiu o feito de reduzir 
de 12h 50’ (doze horas e cinquenta minutos) para 93’ (noventa e três minutos) montar um carro Ford 
Modelo T. 
A era da informação sucedeu a Industrialização dando início a indústria 3.0, mudando 
pensamentos e a forma de como as informações eram trocadas e armazenadas para que o pudessem 
depois serem consultadas e atualizadas. 
Em 1990 surgiu a Word Wide Web (www) que só se tornou oficial em 1991, que permitia 
acesso as informações através de hipertexto, Berners Lee utilizou o computador NeXTcube como 1º 
servidor e para registrar o primeiro navegador. Os navegadores que mais se destacam são: Internet 
Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e Safari. 
Com o surgimento da internet os negócios tomaram outros rumos, passaram a ser 
realizados on line e o número de consumidores se equipara a população existente na terra. 
 Somente no Brasil são mais de 50 milhões de pessoas que hoje efetuam suas compras 
pela internet (fonte: Blog do Meliuz em 08 de março de 2019). 
 Diante de tantos avanços chegamos a era da indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial: é 
um termo que integra tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas 
ciberfísicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem. 
 
Uma breve história da segurança do trabalho no Brasil 
• 23 de janeiro 1891 foi sancionada a primeira lei que tratava da proteção ao trabalho 
dos menores; 
• 1º de maio de 1943 aprovação da CLT Consolidação da Leis do Trabalho pelo decreto-
Lei nº 5.452; 
 
Você gostaria de agregar conhecimento acerca do assunto!? 
Acesse o link da Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial 
https://brazillab.org.br/noticias/programa-rumo-a-industria-4-
0?gclid=EAIaIQobChMI_4P1qZzl4wIVCA6RCh2S5gdmEAAYASAAEgKU0vD_BwE 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_ciber-f%C3%ADsicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_ciber-f%C3%ADsicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_das_Coisas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_Nuvem
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
• 10 de novembro de 1944, assegurou a “reforma da lei de acidentes de trabalho”, 
onde garantia: assistência médica, hospitalar e farmacêutica, aos trabalhadores 
acidentados e indenizações, essa mesma Lei no artigo 82 originou a Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes (CIPA); 
• 30 de dezembro de 1960, Portaria 319, regulamenta o uso de equipamentos de 
proteção individual (EPI); 
• 1974, tem inicio os cursos de: Segurança, higiene e medicina do trabalho; 
• 22 de dezembro de 1977, alteração da Lei 6.514 no capitulo V título II da CLT, 
estabilidade no emprego para os membros da CIPA; 
• 08 de junho de 1978, através da Portaria 3.214 são elaboradas as 28 NRs Normas 
Regulamentadoras; 
• 1986, Lei nº 7.498/86 regulamenta as profissões: Enfermeiro, Técnico de 
enfermagem e Auxiliar de enfermagem; 
• 09 de abril de 1986, Lei 92.530, regulamenta a categoria de Técnico de Segurança do 
Trabalho que na década de 50 chama-se Inspetor de Segurança; 
• 27 de novembro de 1985 Lei nº 7.410, foi definido o curso de formação de Técnico 
de segurança do trabalho; 
• 1991, Lei 8.213/91, determina o entendimento legal de acidente de trabalho e 
trajeto, a partir desta lei as empresas são obrigadas a comunicar os acidentes de 
trabalho; 
• 04 de abril de 2001, portaria nº 458, impede o trabalho infantil no Brasil; 
• 16 de maio de 2012 fica oficializado o dia 10 de outubro como o Dia Nacional de 
Segurança e Saúde nas Escolas. 
Agora que vocês já conhecem um pouco da história de como tudo começou em relação a 
segurança do trabalho, iremos iniciar pela Ergonomia, para aprofundarmos mais o assunto e conceder 
a todos a oportunidade de agregar o conhecimento técnico. 
Ergonomia...vamos primeiro entender o significado desta palavra: 
O termo ergonomia deriva de uma palavra grega e refere-se ao estudo dos dados 
biológicos e tecnológicos que permitem a adaptação entre o homem e as máquinas ou os objetos. A 
https://conceito.de/grego
https://conceito.de/dados
https://conceito.de/homem
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
ergonomia, posteriormente, analisa a relação entre o ser humano e outros elementos de um sistema 
com o objetivo de promover o bem-estar humano e o rendimento do sistema. 
 
Figura 04 - Demonstração da forma errada e correta de sentar 
Fonte: https://www.grupoalliance.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Ergonomia-é-questão-de-saúde-Camillo-
Seguros.png 
Descrição da imagem: ilustração, em preto e branco, de duas pessoas sentadas fazendo uso do computador; a primeira 
ilustra a forma errada, pois não está posicionado de forma adequada ao encosto da cadeira e a segunda é forma 
adequada, usando o encosto da cadeira. 
 
A Ergonomia é dividia em três tipos: Ergonomia física; Ergonomia cognitiva, Ergonomia 
organizacional, a seguir veremos a importância de cada uma: 
 
Ergonomia física – é como o nosso corpo responde ao acumulo de peso tanto físico como 
psicológico. Alguns dos seus principais objetivos: 
• postura no trabalho; 
• forma como os equipamentos são manuseados; 
• presença de esforços repetitivos; 
• saúde do trabalhador. 
 
Ergonomia cognitiva – referente aos processos mentais, técnicas cognitivas, provimento 
e restabelecimentoda memória, execução das tarefas, embates e treinamentos. 
Seu principal objetivo é estudar o quanto é exigido do corpo e da mente para a realização 
de tarefas; o corpo e a mente precisam; 
 
https://conceito.de/ser
https://www.grupoalliance.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Ergonomia-é-questão-de-saúde-Camillo-Seguros.png
https://www.grupoalliance.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Ergonomia-é-questão-de-saúde-Camillo-Seguros.png
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
Ergonomia organizacional – seu principal objetivo e fornecer aos empregados as 
melhores condições de trabalho. Alguns dos seus principais objetivos: 
• prevenção dos acidentes e riscos no ambiente de trabalho; 
• adesão dos funcionários, chefia e clientes à cultura da empresa; 
• redução de fatores de risco para doenças relacionadas ao trabalho; 
• qualidade de vida no ambiente de trabalho. 
 
A Norma Regulamentadora que discorre sobre a Ergonomia é a NR 17. 
Em 22 de dezembro de 1977 estabeleceu-se a redação dos artigos 154 ao 201 da CLT para 
a criação das NRs Normas Regulamentadoras, em 1978 eram 28 NRs, atualmente são 37 (trinta e 
sete) NRs, são compostas de orientações e procedimentos técnicos relativo, à segurança e medicina 
do trabalho. Cujo objetivos são: 
• Proporcionar e garantir a integridade física, psíquica e saúde do trabalhador; 
• Determinar métodos de prevenção de acidentes e dispositivos de proteção individual 
e coletiva; 
• Criar e possibilitar uma política de segurança e saúde no trabalho nas empresas; 
• Regulamentar uma legislação relativa à segurança e medicina do trabalho. 
 
NR 17 – Ergonomia 
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas do homem. Máquinas, ambiente, comunicações dos 
elementos do sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização, tudo isso gera 
consequências no trabalhador, e devem ser avaliados, e se necessário, reorganizado. 
Caro aluno, até aqui vocês conheceram um pouco da história de como tudo começou 
passando pelas 4 Revoluções Industriais, a forma como as pessoas trabalhavam em condições 
insalubres, as leis que regulamentaram e melhoraram a segurança e saúde do trabalhador. 
Mas não iremos parar por aqui, as próximas competências serão mais detalhadas a cerca 
desta disciplina. 
Vamos continuar: somando, dividindo e multiplicando conhecimento!!! 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
17 
2.Competência 02 | Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho 
Após terem tomado conhecimento da história da Segurança e Saúde do trabalhador, 
iremos dar início a gestão do SST – Segurança e Saúde do Trabalhador, tais como suas normas: 
 
• Riscos ambientais: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Norma 
Regulamentadora 09), PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(Norma Regulamentadora 07); 
• Mapa de Riscos: Laudo de insalubridade (Norma Regulamentadora 15); Laudo de 
periculosidade (Norma Regulamentadora 16) 
• Medidas de Prevenção de Riscos: LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais 
do Trabalho, e o PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário. 
 
 
2.1 Riscos Ambientais 
2.1.1 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. (NR 9) 
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, NR 09, é uma exigência desde a 
publicação da Portaria MTb nº 3.214 de 08 de junho de 1978. 
“Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Visa a preservação da saúde e da integridade física dos 
trabalhadores por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle 
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal desta 
norma são os Artigos 175 a 178 da Consolidação da Leis do Trabalho – CLT”. 
A referida NR estabelece que a formação, execução, acompanhamento e avaliação do 
PPRA poderão ser feitos pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho – SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes 
de desenvolver o disposto nesta NR. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
18 
A validade do PPRA é de 12 meses ou sempre que necessário uma nova avaliação para 
ajustes e estabelecimento de novas metas e prioridade. 
 
Figura 05 - Programas e ações ligados ao PPRA 
Fonte: https://images.app.goo.gl/G8QWySC4328ES8MQ7 
Descrição da imagem: fluxograma explicativo, ao centro um círculo na cor azul (PPRA) saindo várias setas coloridas: 
azul, roxo, vermelho, verde direcionadas a círculos coloridos (mesmas cores citadas). 
 
 
 
2.1 .1 PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. (NR 7) 
PCMSO - Foi criado por meio da Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do 
Ministério do Trabalho e é regida pela NR 7, e tem como objetivo a preservação da saúde do 
trabalhador, por meio dos seguintes exames: admissional, periódico, mudança de função, retorno 
ao trabalho e demissional. 
 “Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle 
Médico de saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto 
 
Importante!!! 
O primeiro PPRA tem que ser muito bem preparado, pois, irá ajudar como base 
para outros programas e ações que serão desenvolvidos. 
O PPRA visa a promoção da saúde e a segurança do trabalhador, e deve estar 
alinhado em especial com o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional. (NR 7). 
 
https://images.app.goo.gl/G8QWySC4328ES8MQ7
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
19 
dos seus trabalhadores. A fundamentação legal desta norma são os Artigos 168 e 169 da Consolidação 
da Leis do Trabalho – CLT”. 
 
A seguir, um quadro 1.1, com o tipo de exame obrigatório e seus referidos prazos. 
 
Tipo do exame Finalidade Realização 
Admissional 
Se o empregado está apto a 
função que irá realizar 
Contratação do empregado 
Exame Periódico 
Objetivo: se o empregado 
continua em um bom estado de 
saúde 
A periodicidade varia de acordo 
com a atividade e o risco. Para 
quem tem entre 18 e 45, exerce 
cargos administrativos internos e 
não trabalha com máquinas, os 
exames devem ser realizados a 
cada dois anos. Para os técnicos e 
demais empregados de qualquer 
idade, o exame periódico é 
realizado anualmente. Este prazo 
cai para seis meses quando a 
atividade é de risco. 
 
Exame de retorno ao trabalho 
Após um afastamento por doença 
ou acidente – ocupacional ou 
não; e no retorno da licença 
maternidade. 
O médico do trabalho precisa 
avaliar o funcionário para 
verificar se ele está apto a 
realizar as atividades que 
realizava anteriormente. 
 
A NR 7 passou por algumas alterações sendo a última em 06 de dezembro de 
2018, segue link para acesso na integra da referida Norma Regulamentadora. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
20 
Obs: NÃO se estende ao retorno 
de férias. 
Exame de mudança de função 
Imprescindível para avaliar se no 
cargo anterior ele não 
desenvolveu nenhum problema 
referente a sua saúde. 
Necessário quando o empregado 
muda de cargo. 
Exame demissional 
é realizado quando um 
empregado será desligado de 
uma empresa. Conforme 
alteração no Diário Oficial da 
União em 10 de dezembro de 
2018, sub item 7.4.3.5 da NR7 “o 
prazo será de 10 (dez) dias após o 
desligamento do funcionário) 
O objetivo é avaliar como está a 
saúde do trabalhador comparada 
ao que foi avaliado durante o 
admissional para descobrir se 
houvedanos causados pela 
atividade realizada 
 
 
 
Figura 06 - NR 7 Norma regulamentadora do PCMSO 
Fonte: https://www.labormesp.com.br/wp-content/uploads/2019/04/pcmso.jpg 
Descrição da imagem: Figura de uma pessoa com jaleco branco de médico, com estetoscópio, gravata vermelha, mãos 
juntas, com o texto frente grande na cor verde: PCMSO e embaixo Programa de controle Médico de Saúde 
Ocupacional. 
 
Importante!!! 
Para todos os exames realizados será emitido o ASO – Atestado de Saúde 
Ocupacional, que será a comprovação da realização dos exames, sendo 1 (uma) 
via arquivada na empresa por um período mínimo de 20 anos após o 
desligamento do empregado. 
E a 2ª (segunda) via entregue ao empregado. 
 
https://www.labormesp.com.br/wp-content/uploads/2019/04/pcmso.jpg
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
21 
2.2 Mapa de Riscos 
2.2.1 Laudo de insalubridade. (NR 15) 
“Descreve atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, 
definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos 
trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre e também os meios de proteger os 
trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação legal desta norma são os 
Artigos 189 e 192 da Consolidação da Leis do Trabalho – CLT”. 
As atividades insalubres são aquelas consideradas penosas ao trabalhador, cujos danos 
se prolongam ao longo da vida deste; atividades que vão minando a saúde do trabalhador ao longo 
dos anos, enquanto ele se expõe a determinados fatores; seriam atividades que envolvem um longo 
tempo de exposição a: 
• Altos ruídos; 
• Produtos químicos; 
• Agentes biológicos; 
• Agentes químicos; 
• Poeiras minerais; 
• Temperatura (calor, frio), entre outros. 
 
Figura 07 - Mapa de riscos 
Fonte: https://images.app.goo.gl/sM2ZSAv3GDUiiYsp9 
Descrição da imagem: desenho de uma planta de cima, sinalizando áreas de riscos. 
 
https://images.app.goo.gl/sM2ZSAv3GDUiiYsp9
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
22 
 
Figura 08 - Legenda de um Mapa de Riscos 
Fonte: https://images.app.goo.gl/C7KiEwNGufiXVhMD8 
Descrição da imagem: Tabela em três colunas, com as legendas de mapas de riscos. 
 
 
Como pode ser observado no Mapa de Riscos de uma determinada área, ele demonstra 
através das cores e do tamanho do risco quais os cuidados que os empregados devem ter conforme 
o indicado, preferencialmente ele deve ficar ao acesso de todos e em lugar visível evitando assim 
acidentes. 
O Mapa de Riscos é muito importante, pois, funciona como prevenção de acidentes 
sinalizando o trabalhador dos riscos, conforme o ambiente aonde ele executa seus serviços. 
 
Por isso a importância de se elaborar um PPRA – Programa de prevenção de Riscos 
Ambientais que dará origem ao PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que 
será o orientador para a realização dos exames para a segurança e Saúde do Trabalhador. 
A seguir teremos a demonstração de um gráfico por acidente com choque elétrico 
dividido por região. 
 
 
Segundo dados da Agência Brasil a cada 4 horas em meia uma pessoa morre 
vítima de acidente de trabalho. Fonte: 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/mpt-cada-quatro-horas-
e-meia-uma-pessoa-morre-vitima-de-acidente-no-brasil_10_09_19 . 
https://images.app.goo.gl/C7KiEwNGufiXVhMD8
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/mpt-cada-quatro-horas-e-meia-uma-pessoa-morre-vitima-de-acidente-no-brasil_10_09_19
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/mpt-cada-quatro-horas-e-meia-uma-pessoa-morre-vitima-de-acidente-no-brasil_10_09_19
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
23 
 
Figura 09 - Morte por choque elétrico por região 2017 
Fonte: http://abracopel.org/estatisticas/ 
 Descrição da imagem: fluxograma em formato de pizza na cores: laranja, azul, verde, cinza e amarelo, mostrando 
morte por choque elétrico. 
 
Após observar essa estatística, fica a seguinte pergunta: Diante de tanta campanha de 
prevenção o que acontece para ainda termos estatísticas tão alta? As empresas estão se empenhando 
cada vez mais para diminuir estes números, pois com o advento do eSocial - Sistema de Escrituração 
Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas e uma das atenções de sistema será 
a SST – Segurança e saúde do trabalhador, conforme cronograma: 
 
Figura 10 - Cronograma eSocial de implantação 
Fonte: http://portal.esocial.gov.br/noticias/publicado-novo-cronograma-do-esocial 
Descrição da imagem: Imagem descrevendo o cronograma eSocial de implantação 
 
 
http://abracopel.org/estatisticas/
http://abracopel.org/estatisticas/
http://portal.esocial.gov.br/noticias/publicado-novo-cronograma-do-esocial
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
24 
Será obrigatório cumprir uma série de exigências que antes passavam despercebidas, sendo elas: 
 
S-1060 – Tabela de Ambientes de 
Trabalho 
O empregador deverá criar uma tabela com os setores do 
estabelecimento e relacioná-los aos riscos ocupacionais. 
Tabela 23 – Fatores de Riscos do Meio Ambiente do Trabalho foi 
remanejada para o evento S-2240 
S-2210 – Comunicação de Acidente de 
Trabalho 
A Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT terá um evento 
próprio, ela deverá ser emitida até o primeiro dia útil depois da 
ocorrência do acidente. Se ocorrer a morte do trabalhador, o 
envio deve ser imediato. 
S-2220 – Monitoramento da Saúde do 
Trabalhador 
Através desse evento o empregador informa os exames médicos 
ocupacionais realizados pelo colaborador enquanto tem vínculo 
com a organização, algumas das informações exigidas serão: 
tipo de exame realizado; data de emissão do Atestado de saúde 
ocupacional (ASO); ordem é código de exames complementares, 
conforme nova tabela 27 (Procedimentos diagnósticos do 
médico emissor do ASO; informações do médico coordenador 
do PCMSO; informações de exames toxicológicos. 
S-2240 – Condições Ambientais de 
Trabalho e Fatores de Risco 
Aqui cada trabalhador é relacionado ao ambiente conforme a 
exposição aos riscos ocupacionais que foram anteriormente 
informados no evento S-1060. Será preciso informar se o risco 
configura a atividade como perigosa, insalubre ou especial, o 
que impacta a aposentadoria do colaborador. 
S-2245 – Treinamentos e Capacitações 
Evento utilizado para enviar registros sobre treinamentos, 
exercícios simulados e capacitações que são obrigatórios para os 
colaboradores conforme consta na tabela 29. O prazo de envio é 
até o dia 7 do mês seguinte após a finalização do treinamento 
ou capacitação. Entre as informações a serem enviadas estão: 
código do treinamento da tabela 29; duração do 
treinamento/capacitação; modalidade e categoria de 
treinamento; informações do responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
25 
Quais problemas que a documentação 
incorreta ou incompleta acarreta? 
CAT: multa varia dentre o limite mínimo e máximo do salário de 
contribuição, sendo dobrado se reincidente; ASO: não realizar 
os exames médicos obrigatórios gera multa que varia de R$ 
402,53 a R$ 4.025,33; PPP: deixar de enviar o evento S-2240 
impede a elaboração do PPP, esse descumprimento gera multa 
que vai de R$ 1.812,87 a R$ 181.284,63 
 
Quais os impactos que o programa 
pode trazer para a SST? 
Ressalta-se que o eSocial não alterou a legislação de Segurança 
e Saúde Ocupacional, apenas a forma das empresas enviarem os 
dados, como também de o Fisco fiscalizar e verificar os dados 
foram alterados. Eventuais atrasos ou dados errados podem 
acarretar problemas com o Fisco, por outro lado, a empresa que 
estiver preparada com um bom sistema de gestão adquirirá 
economia e eficiência na transmissão das obrigações. A 
obrigação eSocial, em relação à SST, deve ser vista com grande 
seriedade pelos gestores, pois as consequências por erros no 
envio dos eventos são excessivamente penalizadoras. 
 
 
Quadro 01 - Obrigações do eSocial na SST 
Fonte: https://blog.fortestecnologia.com.br/voce-conhece-quais-sao-as-obrigacoes-do-esocial-na-sst/2.2.2 Laudo de periculosidade. (NR 16) 
Conforme a Competência 01: Fundamentos da Fisiologia no Trabalho, deste e-book pode-
se observar que logo no início da Revolução Industrial no século XIX a vida do trabalhador não foi 
nada fácil, pois, era exposto a condições de trabalho tanto insalubres como periculosas. Para que o 
trabalhador pudesse estar assegurado, um dos artigos da CLT – Consolidação das leis do trabalho 
trata somente sobre Periculosidade, Art. 193 Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto Lei 
5452/43. 
 
 
 
https://blog.fortestecnologia.com.br/voce-conhece-quais-sao-as-obrigacoes-do-esocial-na-sst/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
26 
 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, 
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada 
pela Lei nº 12.740, de 2012) 
I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um 
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da 
empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que 
porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma 
natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo 
coletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em 
motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014) 
 
Quadro 02 - Art. 193 Consolidação das Leis do Trabalho 
Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743259/artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-
1943_250919 
 
Além do que já estabelece a Lei 12.740/2012, que fez algumas alterações no artigo 193 
da CLT – Consolidação das leis do trabalho, mais recentemente a Lei 12.977/2014, incluiu mais um 
inciso, que as atividades de trabalhadores em motocicleta são consideradas perigosas. 
Toda atividade exercida dentro das empresas, poderá oferecer alguns riscos para os 
trabalhadores, algumas em menor grau outras em maior, sendo assim podemos observar o quanto é 
importante o Laudo de Periculosidade, principalmente como já podemos estudar nesta competência, 
com o advento do eSocial onde a partir de janeiro/2020 será obrigatório as empresas informarem os 
dados de Segurança e Saúde do Trabalhador. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743259/artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943_250919
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743259/artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943_250919
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
27 
O Laudo de Periculosidade é uma exigência da NR-16 Atividades e Operações Perigosas, 
este laudo trata-se de um documento técnico que assinala quais atividades são desenvolvidas por um 
trabalhador, e se ela provoca algum risco ocupacional, e se ele fará jus a perceber um adicional de 
periculosidade, no valor de 30% sobre seu salário base. 
O referido Laudo é emitido pelo Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, conforme artigo 195 da CLT – Consolidação das leis do Trabalho, mas quem fica 
responsável pela emissão é o empregador, caso ele identifique atividade de risco para o trabalhador, 
conforme segue: 
• Atividades Artifícios explosivos; 
• Atividades Produtos inflamáveis; 
• Manuseio de cabos e fios de energia elétrica; 
• Espaços que exista a presença de radiação ou substâncias radioativas; 
• Profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 
 
2.3 Medida de Prevenção dos Riscos 
2.3.1 LTCAT – Laudo técnico das Condições do Ambiente de trabalho e PPP – Perfil 
Profissiográfico Profissional 
LTCAT – Laudo técnico das Condições do Ambiente de trabalho, é um parecer técnico, 
minucioso e decisivo do ambiente de trabalho para identificar riscos: físicos, químicos e biológicos, 
onde o trabalhador executa suas atividades. O LTCAT tem que retratar com fidelidade a situação que 
se encontrava o local de trabalho no momento da vistoria. Sendo feito de maneira correta, não há a 
necessidade da vistoria do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). 
Conforme a Lei 8.213, de 24/07/1991, somente o Médico do Trabalho ou Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, podem assinar o LTCAT. O laudo independe do número de funcionários 
ativos, efetivos ou terceirizados, pois seu foco é identificar os agentes de riscos. 
Segue estrutura do LTCAT conforme a Instrução Normativa INSS/PRES n˚45, de 06 de 
agosto de 2010, segue passo a passo para confecção de um LTCAT: 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
 
Figura 11 – LTCAT 
Fonte: https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/download/Modelo%20de%20LTCAT%20-
%20Blog%20Seguran%C3%A7a%20do%20Trabalho.pdf 
Descrição da Imagem: logomarca retangular na cor azul com letras brancas. 
 
 
Para o empregador o LTCAT é de suma importância, pois, permite estar em dia com o 
recolhimento das contribuições previdenciárias de seus trabalhadores, evitando autuações e 
problemas judiciários. Para o empregador pode trazer algumas consequências como antecipar sua 
aposentadoria e aumento do valor do seu benefício. 
Diferentemente do PPRA e PCMSO o LTCAT não tem vigência definida, ele só é revisado 
caso ocorra uma das situações abaixo descritas conforme IN 77: 
• Mudança de layout; 
• Substituição de máquinas ou de equipamentos; 
• Adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva; 
• Alcance dos níveis de ação estabelecidos nos subitens do item 9.3.6 da NR-09, se 
aplicável. 
 
A partir da elaboração do laudo LTCAT, o empregador elabora um documento chamado, 
PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), a seguir veremos com mais detalhes esse documento. 
 
PPP – Perfil Profissiográfico Profissional 
É um documento obrigatório desde 01.01.2004 (data fixada pela IN INSS/DC 96/2003) e 
serve principalmente na solicitação da aposentadoria especial, pois, consta as informações de: dados 
administrativos, registros ambientais e o resultado de monitoração biológica do empregado durante 
o tempo que trabalhou na empresa. 
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/download/Modelo%20de%20LTCAT%20-%20Blog%20Seguran%C3%A7a%20do%20Trabalho.pdf
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/download/Modelo%20de%20LTCAT%20-%20Blog%20Seguran%C3%A7a%20do%20Trabalho.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
Criado para substituir os antigos formulários denominados SB 40, DISES BE 5235, DSS 
8030 e DIRBEN 8030, os quais sempre foram de preenchimento obrigatório apenas para aqueles 
trabalhadores que trabalhavam expostos a agentes nocivos à sua saúde, sua exigência legal se 
encontra no § 4º do art. 58 da Lei 8.213/91. 
O PPP deve ser preenchido, atualizado e entregue ao trabalhador no momento da 
rescisão de contrato de trabalho, especificando se o mesmo esteve sujeito aos agentes nocivos à 
saúde durante o contrato de trabalho, sob pena de multa mínima, de acordo com o art. 283 do 
Decreto 3.048/99 e da Portaria Interministerial MPS/MF 15/2018 (válida a partir de janeiro/2018) 
de R$ 2.331,32 (dois mil trezentos e trinta e um reais e trinta e dois centavos). 
A atualização do Perfil Profissiográfico Previdenciário deve ser feita sempre que houver 
alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções ou pelo menos uma vez 
ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações. 
Nesta competência estudamos sobre a Gestão de Segurança do trabalho, composta por: 
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais); PCMSO (Programade Controle Médico de 
Saúde Ocupacional); Laudo de insalubridade; Laudo de Periculosidade; LTCAT (Laudo Técnico das 
Condições Ambientais de Trabalho). 
Após a emissão destes laudos a empresa precisa colocar em prática para sua segurança e 
de seus trabalhadores, a seguir alguns gráficos que demonstram o número de morte por acidente de 
trabalho. Os números são bem expressivos, o que torna objeto de constante estudos, procurando 
meios de minimizar esses números e até mesmo zerar. 
Como vimos nesta competência uma das maiores exigências do eSocial a partir de 
janeiro/2020 será com a SST Segurança e Saúde dos Trabalhadores, pois por incrível que pareça, em 
pleno ano de 2019 existem empresas que trabalham irregularmente, onde os trabalhadores são 
expostos a condições insalubres e periculosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
Número de mortes por acidente de trabalho 
 
 
Figura 12 - Número de mortes por acidente de trabalho 
Fonte: Observatório do MPT 
Descrição da Imagem: gráfico retratando número de mortes por acidente de trabalho. 
 
 
Atividades que mais ocorreram acidentes de trabalho de 2012 a 2018 
 
Figura 12 - Número de mortes por acidente de trabalho 
Fonte: Observatório do MPT 
Descrição da Imagem: Número de mortes por acidente de trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
2.3.1.2 Recursos Humanos e a Segurança do Trabalho 
Além das rotinas básicas do setor de RH como: selecionar, recrutar, treinar e capacitar o 
outro papel importante está em ser agente de prevenção para pôr em prática as técnicas de saúde 
ocupacional e da segurança do trabalho proporcionando a integridade da saúde física e mental dos 
trabalhadores. 
Assim sendo o papel do RH além de escolher uma empresa para toda a implantação ela 
deve monitorar como será efetivado todo o processo da empresa contratada. A partir do momento 
que a empresa foi escolhida, é de suma importância deixar bem claro o papel do RH que será o 
responsável pelo acompanhamento e o papel da empresa contratada, com a responsabilidade de 
fazer toda a implantação corretamente. 
Até aqui podemos observar quantas contribuições são necessárias para que os 
trabalhadores exerçam suas funções em segurança, a ideia toda é que o trabalhador esteja bem, física 
e mentalmente e que a empresa possa diminuir ou extinguir a: rotatividade, absenteísmo, 
insatisfação, migração para o concorrente. 
Foi-se o tempo em que as pessoas se sujeitavam a trabalhar de qualquer jeito, hoje se 
prioriza muito, além de um bom salário, pacote de benefícios, um ambiente de trabalho saudável. 
Sendo assim ganha o empregado e o empregador. 
 Próxima competência iremos abordar sobre as condições técnicas de trabalho 
 
 
 
 
 
Competência 03 
32 
3.Competência 03 | Condições Técnicas de Trabalho 
 
3.1 Medidas de Prevenção Administrativa: Procedimentos, treinamento e 
competência para realização do trabalho. 
Os responsáveis por orientar os trabalhadores referente ao uso de EPC e EPI em uma 
empresa são da SESMET (Serviço especializado em engenharia de segurança do trabalho), 
juntamente com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) por conhecerem muito bem 
as atividades e o risco que cada um pode acarretar para os trabalhadores. Conforme reza o artigo 157 
da CLT, orientando para que todos os empregados utilizem os EPCs e EPIs, e o empregador tem todo 
o direito de punir o empregado que se recusar a utilizar os equipamentos de proteção coletiva e 
individual. 
O empregador é responsável pela segurança do empregado no ambiente de trabalho, que 
é dividida em quatro esferas: civil, criminal, trabalhista e previdenciária. 
• Esfera Civil: obrigação de reparar um dano que uma pessoa causou a outra, dano 
este que pode ser: a integridade física, à honra ou os bens de uma pessoa, a 
compensação do dano é ressarcida em dinheiro. A seguir um exemplo de em se 
tratando em Caso de morte do empregado: despesas com tratamento, funeral, 
prestação de alimentos às pessoas que conviviam com a vítima, são de 
responsabilidade do empregador; 
• Esfera criminal: tendo o direito legal e a pessoa deixa de fazer, poderá ser 
responsabilizada dolosa ou culposa devido a omissão. Dolosa: teve a intenção de 
fazer; Culposa: não tomou cuidado no sentido de evitar o desfecho; 
• Esfera trabalhista: quando o empregado se afasta por motivo de Acidente de 
trabalho a empresa por lei deve conceder 12 meses de estabilidade; 
• Esfera previdenciária: se o acidente ocorrer por culpa do empregador que não tomou 
as medidas protetivas corretas, irá ser acionada a medida regressiva contra o 
empregador. 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
33 
A seguir algumas características das principais medidas de segurança no ambiente de 
trabalho: Medidas de proteção Administrativa, Medidas de Proteção Coletiva (MPC), Medidas de 
Proteção Individual (MPI). 
São consideradas Medidas de Proteção Administrativas os primeiros cuidados que são 
realizados pelos profissionais da segurança do trabalho como forma de extinguir qualquer tipo de 
risco que coloque em perigo a integridade física e psíquica do trabalhador. Se em determinado 
momento for percebido que a Medidas de Proteção Administrativa é ineficiente, em detrimento de 
alguma particularidade, as ações a serem tomadas serão as Medidas de Proteção Coletiva (EPC) e se 
for insuficiente as Medidas de proteção Individual (EPI). 
 
 
Figura 13 - Funcionária usando EPI próximo a EPC 
Fonte: https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/conheca-algumas-das-medidas-de-protecao-
coletiva-mais-importantes/ 
Descrição da Imagem: ilustração de uma mulher vestida adequadamente com roupa de proteção ao lado de um 
cavalete e dois cones. 
 
 
Figura 14 - Sinalização de medidas de proteção administrativa 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Qwn3wkPAJMRY8csA6 
Descrição da Imagem: imagem de vários avisos de proteção administrativa. 
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/conheca-algumas-das-medidas-de-protecao-coletiva-mais-importantes/
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/conheca-algumas-das-medidas-de-protecao-coletiva-mais-importantes/
https://images.app.goo.gl/Qwn3wkPAJMRY8csA6
 
 
 
 
 
Competência 03 
34 
 
3.2 EPC Equipamento de Proteção Coletiva - (SESMT NR 04 e CIPA NR 05) 
As técnicas empregadas para proteção de um grupo de pessoas são chamadas de 
Equipamentos de proteção Coletiva – EPC, são medidas utilizadas no coletivo como forma de proteger 
os trabalhadores em seu local de trabalho. 
Segundo, a norma regulamentadora nº 04 (Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho) no item 4.12 e as alíneas “a” e “b”, diz: 
“4.12 – Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho: 
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao 
ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo 
a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; 
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e 
este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção 
Individual – EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou 
característica do agente assim o exija “. 
 
Os EPCs são representados por sinalização que visa chamar a atenção para algo que evite 
o acidente, podemos ter como exemplo: placa amarela com os dizeres “CUIDADO PISO MOLHADO” 
 
Figura 15 - Placa de piso molhado 
Fonte: http://www.wansan.com.br/galeria/placa%20piso%20molhado.jpg 
Descrição da Imagem: desenho da placa de piso molhado na cor amarela e letras preta, informando cuidado. 
 
 
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2013/08/sesmt-o-que-e.html
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2013/08/sesmt-o-que-e.htmlhttp://www.wansan.com.br/galeria/placa%20piso%20molhado.jpg
 
 
 
 
 
Competência 03 
35 
 
Figura 16 - Equipamentos de proteção coletiva 
Fonte: https://images.app.goo.gl/P2N2aCM8Jb8kTtgj8 
Descrição da Imagem: Equipamentos de proteção coletiva 
 
3.3 EPI Equipamento de Proteção Individual 
Conforme estudamos na Competência 02 | Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho 
- 2.1 .1 - PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. (NR 7), para cada atividade 
realizada na empresa, será necessário o exame admissional, que irá consultar o Quadro II da NR 7, 
para saber os exames específicos de suas funções. 
Para exemplificar foi escolhido o cargo Despachante Operacional de Voo – DOV (Fornece 
informações aos pilotos sobre reserva, manual e sistema de coordenação de voo. Emite navegações, 
verifica meteorologia e quantidade de passageiros, realiza cálculo de combustível e controla 
informações para o plano de voo), fica exposto a um nível de pressão sonoro alto, pois, trabalha junto 
as aeronaves das companhias aéreas e é responsável pela liberação da decolagem e de assistência na 
aterrisagem. 
 
 
https://images.app.goo.gl/P2N2aCM8Jb8kTtgj8
 
 
 
 
 
Competência 03 
36 
Figura 17 - Despachantes de voo (DOV) 
Fonte: https://images.app.goo.gl/j9Ucyy7JKgDD2QvG8 
Descrição da Imagem: foto de quatro mulheres vestidas adequadamente equipadas numa pista de voo. 
 
A seguir você poderá acompanhar os exames necessários para admissão deste cargo, qual 
a periodicidade (realização) e o que ocorre se não houver um acompanhamento periódico, no que 
diz respeito ao exame de Audiometria. 
NR 7 
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 
QUADRO II 
PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS RISCOS À SAÚDE 
(Alteração dada pela Portaria SIT 223/2011) 
 
 
Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição Em 
Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados 
 
1. Objetivos 
1.1 Estabelecer diretrizes e parâmetros mínimos para a avaliação e o acompanhamento 
da audição do trabalhador através da realização de exames audiológicos de referência 
e sequenciais. 
1.2 Fornecer subsídios para a adoção de programas que visem a prevenção da perda 
auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados e a conservação da saúde 
auditiva dos trabalhadores. 
 
2. Definições e Caracterização 
2.1 Entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as alterações dos 
limiares auditivos, do tipo sensorioneural, decorrente da exposição ocupacional 
sistemática a níveis de pressão sonora elevados. Tem como características principais 
a irreversibilidade e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco. A sua 
história natural mostra, inicialmente, o acometimento dos limiares auditivos em uma 
ou mais frequências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz. As frequências mais altas e mais 
https://images.app.goo.gl/j9Ucyy7JKgDD2QvG8
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portariasit223_2011.htm
 
 
 
 
 
Competência 03 
37 
baixas poderão levar mais tempo para serem afetadas. Uma vez cessada a exposição, 
não haverá progressão da redução auditiva. 
2.2 Entende-se por exames audiológicos de referência e sequenciais o conjunto de 
procedimentos necessários para avaliação da audição do trabalhador ao longo do 
tempo de exposição ao risco, incluindo: 
a) anamnese clínico-ocupacional; 
b) exame otológico; 
c) exame audiométrico realizado segundo os termos previstos nesta norma 
técnica 
 
3. Princípios e procedimentos básicos para a realização do exame audiométrico 
3.1 Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência e sequenciais, no 
mínimo, todos os trabalhadores que exerçam ou exercerão suas atividades em 
ambientes cujos níveis de pressão sonora ultrapassem os limites de tolerância 
estabelecidos nos anexos 1 e 2 da NR 15 da Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho, 
independentemente do uso de protetor auditivo. 
3.1.2 O exame audiométrico será realizado, no mínimo, no momento da admissão, no 6º 
(sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de então, e na demissão. 
 
3.1.2.1 No momento da demissão, do mesmo modo como previsto para a avaliação clínica 
no item 7.4.3.5 da NR -7, poderá ser aceito o resultado de um exame audiométrico 
realizado até: 
a) 135 (cento e trinta e cinco) dias retroativos em relação à data do exame 
médico demissional de trabalhador de empresa classificada em grau de risco 
1 ou 2; 
b) 90 (noventa) dias retroativos em relação à data do exame médico demissional 
de trabalhador de empresa classificada em grau de risco 3 ou 4 . 
3.1.2.2 O intervalo entre os exames audiométricos poderá ser reduzido a critério do 
médico coordenador do PCMSO, ou por notificação do médico agente de inspeção do 
trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
38 
 
 
 
 
Figura 18 - Diálogo entre dois colegas, sobre a importância de usar o EPI 
Fonte: https://images.app.goo.gl/T4Y4K6od9iXTJqTB9 
Descrição da Imagem: ilustração de dois trabalhadores dialogando sobre a importância de uso de EPI. 
 
Para cada tipo de atividade existe o EPI mais indicado, a seguir será elencado alguns deles 
com base na figura (anterior): 
 
1 Proteção da cabeça: capacete 
2 Proteção dos olhos: óculos de segurança 
3 Proteção auditiva: protetor auditivo 
4 Proteção respiratória: respirador 
5 Proteção de mãos e braços: luvas 
6 Proteção do corpo: uniforme 
7 Proteção contra quedas: cinto de segurança 
8 Proteção de pernas e pés: botas, uniformes 
 
 Quer saber mais consulte na integra a NR-7 Quadro II 
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7_quadroII.htm 
https://images.app.goo.gl/T4Y4K6od9iXTJqTB9
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7_quadroII.htm
 
 
 
 
 
Competência 03 
39 
Quadro 03 - EPI 
Fonte: A autora 
 
3.3.1 NORMA REGULAMENTADORA 18 - NR 18 – Treinamento para os empregados. 
Treinamento 
18.28.1 Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, 
visando a garantir a execução de suas atividades com segurança. 
18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser 
ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando 
de: 
a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; 
b) riscos inerentes a sua função; 
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI; 
d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, existentes no 
canteiro de obra. 
 
18.28.3 O treinamento periódico deve ser ministrado: 
a) sempre que se tornar necessário; 
b) ao início de cada fase da obra. 
18.28.4 Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e 
operações a serem realizadas com segurança. 
 
A seguir ilustraremos através de um vídeo do Youtube a importância de se usar 
adequadamente o EPC e o EPI. 
 
 
 A importância de se utilizar correta os EPC e EPI 
https://www.youtube.com/watch?v=deDoYvqOMHE 
https://www.youtube.com/watch?v=deDoYvqOMHE
 
 
 
 
 
Competência 03 
40 
3.4 O trabalhador e o ambiente de trabalho 
Como foi dito em competências anteriores deste e-book, hoje além de um bom salário, 
bons benefícios os trabalhadores prezam por um local que não seja insalubre e lhe permita um 
ambiente saudável, onde possa exercer suas atividades com primazia. 
Fatores como iluminação, temperatura e nível de ruído, devem estar equilibrados, a fim 
de não trazer situações danosa à saúde. 
Na sequência iremos abordar cada um dos fatores e como estes devem estar controlados. 
 
3.4.1 Iluminação 
Apropriada ao tipo de atividade que o trabalhador exerce, lhe dando condições de 
desenvolver suas funções com qualidade e menor risco de acidente. 
Ela incide diretamente nos olhos (níveis de radiação), uma das escolhas para saber se a 
iluminação estáadequada é a respeito da idade dos trabalhadores, ou seja, quanto mais idade, 
melhor deverá ser o nível de iluminação para desenvolver suas atividades. 
A iluminação pode ser: natural ou artificial. 
 
Natural: luz solar, que pode estar presente no ambiente através de telhas transparentes, 
janelas, vidros; 
Artificial: através de lâmpadas, ou acionadas por combustível, ela poderá estar presente 
em todo o ambiente de trabalho ou somente na estação na qual o trabalhador desenvolve suas 
atividades. 
O aparelho utilizado para aferir a incidência da iluminação no local de trabalho chama-se 
Luxímetro (mede os níveis de iluminação em lux), cada ambiente de trabalho exigi uma iluminação 
adequada, conforme a atividade desenvolvida. 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
41 
 
Figura 19 - Aparelho Luxímetro 
Fonte: https://images.app.goo.gl/YQAqJRx47HGwZomJ7 
Descrição da imagem: Aparelho Luxímetro 
3.4.2 Temperatura 
Em geral no ambiente de trabalho, vários fatores agem para a mudança de temperatura: 
equipamentos, clima (tempo), calor do corpo humano. A seguir iremos estudar os fatores que 
auxiliam para a troca de temperatura no ambiente de trabalho, fatores que se não estiverem dentro 
das normas, tornam o local de trabalho insalubre ocasionando problemas de saúde que poderá levar 
a um possível afastamento do trabalhador, o que tanto para a empresa gera custos e para o 
trabalhador além da parte financeira é motivo de desmotivação. Abaixo teremos elencado os fatores 
que propiciam a mudança de temperatura no ambiente de trabalho: 
Temperatura do ar: a variação ocorre entre a temperatura do ambiente e a do calor do 
corpo, e poderá ocorrer por: condução ou convenção 
Condução: ocorre quando dois corpos estatísticos com diferentes temperaturas e 
colocados em contato sucedendo a transferência do de maior temperatura para o de menor 
temperatura; 
Convenção: irradiação de temperatura através da locomoção de fluidos envolvendo o 
deslocamento da matéria. 
Unidade relativa do ar: (evaporação) sendo elevada ocorre menor perda de calor do 
corpo; 
Velocidade do ar: temperatura elevada provoca com o ar em movimento provoca 
resfriamento do organismo, e o ar em temperatura superior provoca seu aquecimento. 
 Algumas medidas são tomadas para controlar a temperatura do local de trabalho, 
conforme tabela: 
 
https://images.app.goo.gl/YQAqJRx47HGwZomJ7
 
 
 
 
 
Competência 03 
42 
Quando houver as seguintes alterações Medida recomendada 
Temperatura do ar Ventilar ar fresco no ambiente de trabalho 
Velocidade do ar 
Aumentar a circulação de ar no ambiente de 
trabalho 
Calor radiante 
Utilizar barreiras refletoras (alumínio polido, aço 
inoxidável) ou absorventes da radiação 
infravermelha entre a fonte e o trabalhador (ferro 
ou aço oxidado) 
Umidade relativa do ar 
Usar exaustores de vapores gerados pelo processo 
produtivo 
Calor produzido pelo corpo humano 
Automatizar processos que exigem muito esforço 
físico 
 
Quadro 04 - controlar a temperatura do local de trabalho 
Fonte: a autora 
 
É de conhecimento que conforme a atividade desenvolvida haverá um aumento da 
temperatura do corpo humano, para se equalizar essa elevação de temperatura existem métodos 
fisiológicos e métodos instrumentais. 
Métodos fisiológicos: realizados com grupo de pessoas, através de dados estatísticos, são 
construídos gráficos e tabelas empregadas como base para análise do problema; 
Métodos instrumentais: metodologias que buscam através de um padrão 
físico/matemático que sejam parecidos como ambiente no qual o trabalhador desenvolve suas 
atividades que induzem sobre sua sobrecarga térmica. 
O aparelho utilizado para medir a umidade relativa do ar ao qual os trabalhadores ficam 
expostos chama-se Higrômetro. 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
43 
Figura 20 - Aparelho Higrômetro 
Fonte: https://images.app.goo.gl/KwKgt61tSsaZqsr49 
Descrição da Imagem: Aparelho Higrômetro 
 
3.4.3 Ruídos e vibrações sonoras. 
Vou começar falando de um som (ruído) que nos incomoda em nossa casa, chama-se 
goteira (torneira pingando ou chuveiro), a esse tipo de som incomodo chamamos de ruído, as vezes 
por ficar abaixo de 20 a 20.000 Hz ele se torna imperceptível, frequências mais altas são mais danosas 
que as baixas. 
No ambiente de trabalho são mensurados os seguintes tipos de ruídos: 
 
• Ruído constante (estável, variado durante um longo tempo); 
• Ruído intermitente (constante que se alterna nas paradas); 
• Ruído flutuante (valor médio constante por um longo período); 
• Ruído impulsivo (duração menos que um segundo de intervalo); 
• Ruído fundo (gerado por outras fontes não presente no ambiente). 
 
 
 
Figura 21 - Aparelho Decibelímetro 
Fonte: https://images.app.goo.gl/9p7dxgmQHfgCsen98 
Descrição da Imagem: Aparelho Decibelímetro 
 
Para aferir os ruídos provenientes no ambiente de trabalho e utilizado o 
Decibelímetro, conforme regulamentação dada pela NR 15 o ruído deve ser 
controlado no ambiente de trabalho. 
Para conhecimento segue link sob os limites de tolerância elencadas no quando 
2 da NR 15. http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15_anexoI.htm 
 
https://images.app.goo.gl/KwKgt61tSsaZqsr49
https://images.app.goo.gl/9p7dxgmQHfgCsen98
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15_anexoI.htm
 
 
 
 
 
Competência 03 
44 
Que importância tudo isso sobre: iluminação, temperatura e ruído têm haver com a SST? 
Tudo, pois, um ambiente insalubre, adoece o trabalhador, causando muitas das vezes alterações 
psicológicas e comportamentais, como vimos na Competência 01: Fundamentos da Fisiologia no 
Trabalho, neste e-book, o trabalhador se sujeitou por necessidade as mais precárias condições de 
trabalho, o que hoje (ainda ocorre) mas de forma menos constante, as empresas também 
conceberam que afastamentos não era viável e por isso hoje priorizam ambiente em condições 
salubre, ganha a empresa e agradece o trabalhador. 
Estamos agora na reta final e espero que até aqui você tenha apreciado seus estudos e 
somado ao seu conhecimento. 
Na nossa última competência o tema abordado será: Aplicações Legais entre Direitos e 
Obrigações na Segurança e Saúde do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 04 
45 
4.Competência 04 | Aplicações legais entre Direitos e Obrigações na 
Segurança e Saúde do Trabalhador. 
Nesta competência iremos abordar: quando e como surgiu a preocupação com a Saúde 
ocupacional e os acidentes de trabalho; as Leis sobre acidentes de trabalho (incluído o Acidente de 
Percurso que foi alterado recentemente na Reforma Trabalhista 13.467 de 13 de julho de 2017); o 
papel da Previdência Social e seus benefícios, e quais as consequências de um acidente de trabalho 
tanto para o trabalhador como para a empresa. 
Desde a antiguidade já havia uma associação entre trabalho, saúde e doença, mas como 
naquela época somete os escravos trabalhavam e por serem a maioria, não houve quem se 
preocupasse de fato com as doenças que possivelmente foram geradas pelo trabalho e também o 
fator proteção deixava de ser necessário, pois, como foi dito anteriormente a mão de obra era farta. 
Um dos médicos e filosofo grego que estudou e fez uma investigação acerca de doença 
relacionada ao trabalho foi Hipócrates (460-375 a.c.), quando ele relatou uma intoxicação saturnina 
em um homem que trabalhava nas minas, essa anomalia é proveniente da intoxicação causada pelo 
chumbo. 
Um escritor que viveu entre 460 – 375 a.c. chamado Plínio - O velho, descreveu os 
primeiros EPIs improvisados pelos homens que trabalhavam nas minas para atenuar a poeira, eram 
utilizadas membranas de bexigas de animais, que eles usavam no rosto por proteção, pois, naquela 
época era muito comum doenças pulmonares e envenenamento causado pela manipulação de 
enxofre e zinco. 
Uma das doenças ocupacionais mais antiga se chama “asma dos mineiros” (o pulmão 
perde a elasticidade dificultando a respiração),está registrado no livro chamado “De Re Metallica” 
do escritor alemão George Bauer lançado no século XVI, com esses dados podemos ter o 
entendimento de que as doenças adivinham do trabalho realizado, na extração de mineral. 
Bernardino Ramazzini, italiano, conhecido como pai da Medicina Ocupacional, lançou em 
1700 um trabalho sobre as doenças ocupacionais chamado Morbis Artificum Diatriba (Doenças do 
Trabalho), onde relacionou os riscos à saúde provocados por produtos químicos, poeira, metais e 
outros agentes encontrados nas tarefas exercidas por trabalhadores em várias ocupações. Ele 
 
 
 
 
 
Competência 04 
46 
aconselhava que seus colegas médicos, durante o exame, perguntassem ao paciente: “Qual o seu 
trabalho?” 
 
Figura 22 - Da esquerda para a direita minerador com o EPIs corretos (atualidade) e o da direita minerador 
antigamente 
Fonte: https://images.app.goo.gl/sw8baUKUQDiHbm1x8 
Descrição da Imagem: foto ( esquerda para a direita) minerador com o EPIs corretos (atualidade) e o da direita 
minerador antigamente 
 
 
Diante do que foi descrito até aqui podemos observar que qualquer elemento poderá se 
tornar prejudicial à saúde, caso a empresa não tome as medidas necessárias e o trabalhador não 
utilize os EPCs e EPIs corretamente. 
Enaltecendo que não será somente o elemento ao qual o trabalhador fica exposto, existe 
um conjunto de fatores que podem interferir e causar as doenças ocupacionais, sendo eles: a 
depender do tempo de exposição ao elemento, aglutinação de elementos, a fração dos elementos no 
ambiente de trabalho, potência da exposição, vulnerabilidade de cada trabalhador. O agravante da 
doença ocupacional irá ocorrer conforme o que aqui foi exposto, levando em conta, a sensibilidade 
de cada trabalhador a determinados elementos, cada pessoa tem uma imunidade diferente, alguns 
tem mais baixa e são suscetíveis a adquirir algumas anomalias associadas ao trabalho. 
Reforçando o que lemos na 1ª Competência, com o advento da Revolução Industrial, será 
discorrido uma pouco mais sobre as condições insalubres que o homem teve que perpassar , pensar 
em saúde era inconcebível pois, o importante era a produção, lembram, o homem migrou da zona 
https://images.app.goo.gl/sw8baUKUQDiHbm1x8
 
 
 
 
 
Competência 04 
47 
rural (êxodo rural)com toda a família para dar conta das máquinas que estavam chegando, 
diferentemente do local aonde habitavam, com comida saudável, controle do horário de descanso, 
dormir cedo e acordar cedo para ter tempo de lidar com os afazeres da zona rural. 
Ao migrarem para a cidade essa rotina ficou no imaginário, pois, todos foram obrigados 
para garantir o sustento da família a trabalharem, as crianças estavam vivendo uma nova era, elas 
nasciam no chão de fábrica, trabalhavam em média 14 horas por dia, começando a exploração do 
trabalho infantil, perderam sua infância, foram expostas a acidentes fatais e as doenças ocupacionais, 
diferentemente da zona rural , o trabalho na cidade era repetitivo (linha de produção), seus ganhos 
era de 5 vezes menos que um adulto, perderam o convívio familiar, as que perdiam o ritmo do 
trabalho ou tentavam fugir, eram demasiadamente castigadas. 
 
 
Figura 23 - Crianças trabalhando em uma fábrica de tecidos 
Fonte: https://images.app.goo.gl/74LJCF7GYjtQjXGn9 
Descrição da Imagem: retrato preto em branco de duas crianças do sexo masculino pendurados em uma máquina de 
tecidos. 
 
Diante de tamanha exploração, e maus tratos, chegando a ser desumano como as pessoas 
trabalhavam para sobreviver e dar conta da produtividade que era exigida, surgia na Inglaterra a 
Medicina do trabalho. 
Tal interesse surgiu no ano de 1830 por meio de um proprietário de uma fábrica têxtil 
chamado Robert Dernham, que apreensivo como estado de saúde de seus trabalhadores que não 
tinham acesso a cuidados médicos, e sabendo que poderia pôr em risco seu empreendimento, 
contatou o médico da família chamado Robert Baker e perguntou ao médico o que ele poderia fazer 
para que seus trabalhadores tivessem uma melhor saúde, consequentemente melhorando a 
https://images.app.goo.gl/74LJCF7GYjtQjXGn9
 
 
 
 
 
Competência 04 
48 
produção, ao que seu médico lhe respondeu “consentir que um médico qualificado fizesse uma visita 
a referida fábrica, conversasse com os trabalhadores, procedesse com uma anamnese. Surgindo 
assim o primeiro médico a cuidar da saúde ocupacional. 
O que a princípio era somente uma visita para investigar a saúde dos trabalhadores da 
fábrica tornou-se um contrato onde o Dr. Robert Backer se tornou responsável em prevenir os 
trabalhadores de doenças ocupacionais, caso isso não ocorresse o empresário Robert Dernham 
acordou com ele que o médico seria o responsável, além de fazer o monitoramento preventivo o Dr. 
Robert Backer ficou responsável por diagramar regularmente, se o ambiente de trabalho era salutar, 
e se os trabalhadores estavam aptos a desenvolver suas atividades. Se por acaso fosse diagnosticado 
algum indício de que o trabalhador estivesse com sintomas de algum tipo de doença ocupacional, ele 
era afastado para o devido tratamento. 
Devido todo empenho do proprietário Robert Dernham e o Dr Robert Backer a Medicina 
do trabalho se torno uma realidade, mas somente no ano de 1919 foi criada a OIT – Organização 
Internacional do trabalho, com o foco de regimentar as relações de trabalho. 
 
Figura 24 - Dr. Robert Backer – precursor da Medicina Ocupacional 
Fonte: https://images.app.goo.gl/t52HhzY67ytUzFYt6 
Descrição da imagem: foto preto em branco, senhor de bigode, usando terno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 04 
49 
 
O desenvolvimento da Saúde Ocupacional no Brasil. 
Vamos ver em linha do tempo como aconteceu? 
 
Quadro 05 - linha do tempo Saúde Ocupacional 
Fonte: Imagem criada pela própria autora 
 
Somente em 1972, foi criada a Portaria nº 3.237, que regulamentou o art. 164 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essa portaria obrigou a criação de Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança do Trabalho (SESMT) em empresas com mais de 100 funcionários. 
A seguir um trecho do decreto nº 3724 de 15 de janeiro de 1919, que regula as obrigações 
resultantes do acidente de trabalho: 
 
“Art. 1º Consideram-se acidentes no trabalho, para os fins da presente lei: Ia) o produzido 
por uma causa súbita, violenta, externa e involuntária no exercício do trabalho, determinado lesões 
corpóreas ou perturbações funcionais, que constituam a causa única da morte ou perda total, ou 
parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho; I b) a moléstia contraída 
exclusivamente pelo exercício do trabalho, quando este for de natureza a só por si causa-la, e desde 
que determine a morte do operário, ou perda total, ou parcial, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho”. 
 
Criada 
Inspenção 
do 
trabalho
1921
União 
legislar 
sobre a 
inspeção 
do 
trabalho
1926
Criado o DNT 
Departamento 
Nacional do 
Trabalho e 
obrigatoriedad
e da entregta 
da CAT -
Comunicação 
de acidente de 
trabalho
1936
•Trabalho 
em minas 
torna-se 
competênci
a do 
Ministerio 
da 
Agricultura
•CIPA
1940
•ANAM 
Associação 
Nacional 
da 
medicina 
do 
Trabalho
1968
 
 
 
 
 
Competência 04 
50 
 
 
Figura 26 - Acidente de trabalho, profissional Soldador 
Fonte: https://images.app.goo.gl/BVpusK4aiKJmwmV29 
Descrição da imagem: ilustração de um homem de boné sem usar o equipamento adequado, óculos de proteção, 
usando soda e sofrendo acidente de trabalho. 
 
Vamos interagir? *Na figura acima que representa um acidente de trabalho, qual o EPI 
(Equipamento de proteção individual) o Soldador não está usando? 
 
a) Máscara de Solda; 
b) Óculos protetor; 
c) Óculos de sol. 
 
Um dos EPIs que é de uso obrigatório durante a atividade do Soldador é a *máscara de 
solda, a seguir iremos elencar os EPIs necessários para este profissional: 
• Avental de Raspa

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