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Esse resumo é baseado na obra de Fred Reichheld, o criador da metodologia NPS (Net promoter score). Antes de iniciar os principais tópicos e aprendizados do livro, é válido ressaltar que O NPS hoje é mais do que uma métrica, podendo ser considerando um sistema de gestão (Net promoter system). Um sistema de gestão de pessoas e processos para mensurar o feedback do cliente. Isso é trazido como a mensagem mais importante do livro, no qual considera-se que sem um processo de mensuração sólido como base, o sistema todo se põe a perder. A necessidade da criação de uma métrica relacionada ao feedback tem origem na observação da métrica financeira de lucro. Esses podem ser classificados em lucros bons e ruins. Os Lucros ruins são aqueles obtidos às custas das relações com o cliente (cliente enganado, maltratado, ignorado ou coagido). Os lucros ruins geram a maior parte do seu “estrago” através dos detratores que produzem. Já os lucros bons são resultantes do encantamento dos clientes, que acabam voltando por vontade própria para comprar e mantêm um relacionamento leal com a organização. Além disso, encorajam seus amigos e colegas a fazer negócio com a empresa. Para evitar os lucros ruins, as empresas utilizam a seguinte regra de ouro: “Os clientes tratam os clientes como gostariam de ser tratados como se fossem clientes”. Apesar disso, fica o questionamento sobre a confiabilidade dessa regra para a tomada de decisão, já que existe a possibilidade de achar que estou tratando você como eu gostaria de ser tratado, mas você pode achar exatamente o contrário. A partir daí, surgiu a necessidade de entender sobre o efeito lealdade na lucratividade e crescimento superiores. Logo, essa métrica funcionaria como um elo perdido entre a Regra de Outro, lealdade e crescimento verdadeiro. Após pesquisas e experimentações aprofundadas encontrou-se uma métrica. Descobriu-se a pergunta que pode ser feita a seus clientes, uma pergunta tão ligada a seus comportamentos que se torna praticamente substituta da informação sobre o que eles irão fazer. As respostas dos clientes a essa pergunta geram uma pergunta simples e direta: “Qual é a probabilidade de você recomendar essa empresa, esse produto ou serviço a um amigo ou colega?” Nessa pergunta fica evidente a dimensão racional (valores práticos associados ao produto (preço, características, qualidade, funcionalidade, facilidade de uso), e a dimensão emocional, que compreende se sentir bem no relacionamento com a empresa (acreditar que a empresa os conhece, entende, os valoriza, os escuta e compartilha de seus princípios. O Cálculo do NPS surge a partir da categorização do resultado dessa pergunta e pode ser escrito da seguinte forma: NPS = %Promotores - Detratores onde, os promotores são entusiastas leais que continuam comprando de uma empresa e insistem para que seus amigos façam o mesmo. Os neutros são clientes satisfeitos, mas pouco entusiasmados. Já os detratores, são clientes infelizes que se encontram num relacionamento ruim . Essa categorização facilita a tomada de ação com o objetivo de aumentar o percentual de promotores e reduzir o percentual de detratores. Voltando a contabilidade, precisamos entender que nos negócios cada decisão sempre acaba envolvendo contrapartidas econômicas Dessa forma, construir relacionamentos de qualidade tem um custo, e esse custo em geral é alto (investimento em valor de produto, serviços, equipes, treinamentos e tecnologia). Mas como entender o valor resultante da construção de melhores relacionamentos com os seus clientes? A resposta para isso está no fato de que o valor de melhoria do NPS deve ser quantificado e colocado em termos financeiros. A partir daí podemos entender como o NPS pode gerar crescimento. Alguns fatores que diferenciam os promotores, neutros e detratores, são: ○ Taxa de retenção: os detratores geralmente mudam de empresas a taxas maiores do que os promotores, estabelecendo relacionamentos mais curtos e menos lucrativos com uma empresa; ○ Precificação: os promotores são menos sensíveis a preços do que outros clientes e, de modo geral, o preço não é o principal motivador de sua escolha; ○ Gasto Anual: os promotores aumentam o volume de suas compras mais rapidamente que o os detratores; ○ Eficiência de Custos: os detratores reclamam com mais frequência, consumindo mais os recursos do atendimento ao cliente. Além disso, os custos de vendas, marketing e propaganda e outros custos de aquisição de cliente são mais baixos entre os promotores; ○ Boca a Boca: novos clientes vindos por intermédio de promotores, por exemplo, tem maior chance de se tornarem promotores também e, portanto, são mais valiosos que um cliente comum. Para mensurar e gerenciar o feedback do cliente de forma rigorosa são propostas algumas regras. São elas: ○ #Princípio 1: Faça a pergunta definitiva e nada muito além disso: Acrescentar uma bateria de perguntas genéricas geram poucos insights passíveis de ação. Cada pergunta adicional aumenta a complexidade. A melhor maneira de saber mais a respeito das notas que os clientes dão é estimular o diálogo entre gerentes/supervisores e clientes, seja pessoalmente, por telefone ou por e-mail; ○ #Princípio 2: Escolha uma escala que funcione e fique com ela: a lição mais importante sobre escalas é escolher uma que funcione melhor para o seu segmento de mercado. E a melhor maneira de avaliar se sua escala funciona bem é verificar se é capaz de segmentar precisamente seus clientes em promotores, neutros e detratores de acordo com seus comportamentos; ○ #Princípio 3: Busque altas taxas de resposta dos clientes certos: é melhor começar pelos clientes com os quais você mais se importa, aqueles que são mais lucrativos e aqueles que você deseja que se tornem promotores. Altas taxas de respostas asseguram a confiabilidade. Baixas taxas de resposta indicam que o processo precisa ser aperfeiçoado; ○ #Princípio 4: Faça relatórios de dados de relacionamento e de dados financeiros com a mesma frequência: o não desenvolvimento de um processo de mensuração do nps que seja tão rápido quanto suas métricas financeiras, permitirá que ele seja considerado uma iniciativa corporativa passageira; ○ #Princípio 5: Aprenda mais rápido e aumente a sua capacidade de atribuir responsabilidade com dados mais detalhados: entender o nível especificidade e granularidade do NPS que permitam melhores decisões. Além disso, compreeender a mensuração do NPS em diferentes interações dos usuários ; ○ #Princípio 6: Faça auditorias para assegurar precisão e isenção: o NPS é vulnerável a viés. Alguns tipos: amostragem parcial e notas infladas. ■ Existe sempre uma parcialidade embutida na amostragem, oriunda da dificuldade de fazer com que clientes neutros e detratores respondam as pesquisas. Os promotores apresentam maiores taxas de respostas. Para minimizar esse viés é necessário criar um sistema com taxas de resposta muito altas da amostragem correta de clientes; ■ Os clientes hesitam em fazer comentários negativos quando não creem que seu feedbacklevará a melhorias de fatos ou quando acreditam que, ou quando acreditam que um comentário negativo irá prendê-los em uma longa e desagradável conversa. Algumas alternativas a isso é: solicitar um feedback depois de determinadas ações e provar que vale a pena avaliar da forma correta; ○ #Princípio 7: Valide a relação entre resultados e comportamentos: validar com frequência a relação entre resultados de clientes individuais e o comportamento do consumidor ao longo do tempo, é uma forma de verificar se houve um viés na pesquisa Por fim, o fechamento de ciclo é colocado com a ferramenta dentro do nps que melhor favorece a criação de uma cultura focada no cliente. Basicamente consiste em receber problemas, escutar o cliente e buscar uma solução, investigando a raiz dos problemas e aprendendo como servi-los melhor. Algumas práticas são citadas para facilitar esse fechamento de ciclo: utilização de comunidades de clientes que fornecem feedback constante sobre os produtos e serviços da empresa , manutenção de contato direto com os clientes e acesso e visibilidade aos comentários de texto dos clientes utilizando ferramentas de automatização.
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