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Atlas de Reumatologia

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Enbrel® 
etanercepte 
APRESENTAÇÃO COMERCIAL: Cartucho contendo 4 estojos, unidos 2 a 2. Cada estojo contém 1 frasco-ampola com 25mg ou 50 mg de pó liófilo injetável, 1 seringa preenchida com 1 ml de água 
para injeção (diluente), 1 agulha, 1 adaptador e 2 lenços umedecidos com álcool. INDICAÇÕES: Redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite 
reumatóide ativa moderada a severa. Tratamento da artrite crônica juvenil em curso poliarticular em menores com idade entre 4 a 17 anos que apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais 
DMARDs (drogas modificadoras do curso da doença). Redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa. Inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas 
de pacientes com artrite psoriásica. Tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a severa. Pode ser usado isolado ou em associação ao 
metotrexato em pacientes adultos que não respondem satisfatoriamente à monoterapia com metotrexato. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade ao etanercepte ou a qualquer componente da 
formulação do produto e em pacientes com infecção generalizada ou em risco de desenvolvê-la. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções 
crônicas ou localizadas. PRECAUÇÕES: Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Caso ocorra alguma reação alérgica, procure seu médico 
imediatamente. ADVERTÊNCIAS: Imunossupressão: existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo o Enbrel® (etanercepte), comprometerem a defesa do hospedeiro contra infecções e 
doenças malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e pela modulação de respostas imunológicas celulares. No período pós-comercialização, vêm sendo recebidos relatos 
de doenças malignas em diversos órgãos. Ainda não se sabe ao certo qual o impacto do tratamento com etanercepte sobre o desenvolvimento e a progressão das doenças malignas e infecções 
ativas e/ou crônicas. Reações hematológicas: foram relatados casos incomuns de trombocitopenia (≥ 0,1% e < 1%), raros de pancitopenia (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raros de anemia aplástica 
(< 0,01%), dos quais alguns evoluíram para óbito, em pacientes tratados com etanercepte. Deve-se ter cuidado com pacientes que tenham história pregressa de discrasias sangüíneas. Todos os 
pacientes devem ser orientados a procurar aconselhamento médico imediatamente caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sangüíneas ou infecções (por ex.: febre persistente, 
dor de garganta, hematomas, sangramento, palidez) durante o tratamento. Se as discrasias sangüíneas forem confirmadas, etanercepte deve ser descontinuado. Formação de auto-anticorpos: o 
tratamento com etanercepte pode estar associado à formação de anticorpos auto-imunes (ver Reações Adversas). Vacinações: vacinas com microrganismos vivos não devem ser administradas 
concomitantemente a este medicamento. Se possível, atualizar as vacinações dos pacientes pediátricos de acordo com as normas locais atuais antes do início da terapia. Eventos do Sistema 
Nervoso Central (SNC): ocorreram relatos raros de distúrbios desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC) em pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte), porém ainda não se sabe ao 
certo qual a relação causal com o tratamento com etanercepte. Recomenda-se uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com doença 
desmielinizante do SNC preexistente ou de início recente ou aqueles pacientes considerados como tendo um risco aumentado de desenvolver distúrbios desmielinizantes. Distúrbios cardíacos: 
houve relatos pós-comercialização de piora da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com e sem a identificação dos fatores precipitantes, em pacientes que recebem Enbrel® (etanercepte). 
Embora não sejam conclusivos, os dados de um estudo clínico sugerem uma possível tendência à piora da ICC nos pacientes designados para o tratamento com etanercepte. Recomenda-se cautela 
ao usar este medicamento em pacientes que também sofrem de ICC. Gravidez: somente utilize Enbrel® (etanercepte) se for realmente necessário e sob estrita orientação médica. Lactação: não 
se sabe se etanercepte é excretado no leite materno. Como as imunoglobulinas e muitos outros medicamentos podem ser excretados no leite materno, deve-se optar entre descontinuar a 
amamentação ou descontinuar Enbrel® (etanercepte) durante o período de amamentação. Uso pediátrico: não há estudos sobre o uso de Enbrel® (etanercepte) em crianças com menos de 4 anos 
de idade. Uso em idosos: não se recomenda ajuste posológico específico. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos sobre este tipo de 
efeito. REAÇÕES ADVERSAS: Pacientes adultos: a proporção de descontinuação do tratamento devido a reações adversas nos estudos clínicos controlados em pacientes com artrite reumatóide 
foi semelhante ao grupo placebo. Reações no local da administração: em estudos clínicos controlados, os pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram incidência significantemente 
maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os que receberam placebo. A freqüência de reações no local da administração foi maior no primeiro mês, 
diminuindo posteriormente. Na experiência pós-comercialização, também foram observados sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento com Enbrel® (etanercepte). 
Infecções: nos estudos controlados em pacientes com artrite reumatóide, as taxas relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de vida ou que necessitaram de hospitalização ou 
antibioticoterapia intravenosa) e não-sérias foram semelhantes para os grupos tratados com Enbrel® (etanercepte) e placebo, quando ajustadas de acordo com a duração da exposição. Infecções 
do trato respiratório superior foram as infecções não-sérias mais freqüentemente relatadas. Os dados de um estudo clínico em pacientes com septicemia estabelecida sugerem que o tratamento 
com etanercepte pode aumentar a mortalidade nesses pacientes. Na experiência pós-comercialização, foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os patógenos mencionados estão bactérias, 
micobactérias (incluindo a da tuberculose), vírus e fungos. Os pacientes que desenvolvem uma infecção nova durante o tratamento devem ser atentamente monitorizados. A administração do 
medicamento deve ser descontinuada se o paciente desenvolver uma infecção séria. Reações alérgicas: em estudos clínicos, reações alérgicas foram comumente relatadas associadas à 
administração de Enbrel® (etanercepte). Na experiência pós-comercialização, reações alérgicas, incluindo angioedema, erupção cutânea e urticária, foram incomuns; as reações sérias têm sido 
raras. Câncer: a freqüência e incidência de novas doenças malignas, observadas nos estudos clínicos com Enbrel® (etanercepte), foram semelhantes às esperadas nas populações estudadas. 
Durante o período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos locais. Formação de auto-anticorpos: em estudos controlados, houve aumento da 
porcentagem de pacientes que desenvolveram novos anticorpos antinucleares positivos (ANA) (≥ 1:40), novos anticorpos anti-DNA de dupla fita positivos e novos anticorpos anti-cardiolipina em 
comparação aos pacientes que receberam placebo. Esses pacientes não apresentaram nenhum sinal característico de uma nova doença auto-imune. Pacientes pediátricos: em geral, os eventos 
adversos em pacientes pediátricos apresentaram freqüência e tipo semelhantes aos observados em adultos. Os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram 
incidência significantemente maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os pacientes tratadoscom placebo em estudos clínicos controlados. Infecção 
foi o evento adverso mais comum em pacientes pediátricos tratados com Enbrel® (etanercepte), tendo ocorrido com incidência semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções 
relatadas em pacientes com artrite crônica juvenil foram, em geral, leves e compatíveis com os freqüentemente observados em populações de pacientes pediátricos ambulatoriais. Em estudos 
clínicos, foram relatados dois casos de varicela com sinais e sintomas sugestivos de meningite asséptica entre os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com etanercepte. INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS: Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite reumatóide, não foram observadas interações ao se administrar Enbrel® (etanercepte) com glicocorticóides, 
salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), analgésicos ou metotrexato. O metotrexato não altera a farmacocinética de Enbrel® (etanercepte). Evitar o uso associado de Enbrel® (etanercepte) 
e anakinra, pois ocorre risco aumentado de infecções sérias e neutropenia. Pacientes que usavam sulfassalazina com dose estabelecida na qual acrescentou-se etanercepte, apresentaram diminuição da 
contagem média de leucócitos, quando comparado aos medicamentos utilizados isoladamente. POSOLOGIA: Uso em adultos (com 18 anos ou mais): Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante e 
Artrite Psoriásica: a dose recomendada é de 50 mg de Enbrel® (etanercepte) por semana (em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 
mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 ou 4 dias de intervalo) Psoríase em Placas: A dose de Enbrel® (etanercepte) é de 50 mg por semana (em uma injeção subcutânea 
utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo). Respostas maiores podem ser 
obtidas com tratamento inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por semana. Uso em menores (> 4 e < 18 anos): A dose recomendada para pacientes pediátricos com ACJ 
poliarticular é de 0,8 mg/kg de Enbrel® (etanercepte) por semana (até o máximo de 50 mg por semana). A dose permitida em um único local de aplicação em pacientes pediátricos é de 25 mg. 
Portanto, para pacientes pediátricos com mais de 31 kg, a dose semanal total deve ser administrada em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas 
de 25 mg administradas no mesmo dia,em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo. Enbrel® (etanercepte) não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de idade. Uso em pacientes 
idosos e em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário ajuste de dose. Modo de administração: deve ser administrado por via subcutânea na coxa, abdômen ou braço. 
Alternar os locais de administração. A cada nova aplicação, usar um local diferente a, pelo menos, 3 cm de um local anterior. NÃO aplicar a injeção em áreas em que a pele estiver sensível, com 
hematoma, avermelhada ou endurecida. Na ausência de estudos de incompatibilidade, Enbrel® (etanercepte) não deve ser misturado a outros medicamentos. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 
Registro MS - 1.2110.0206 Informações adicionais disponíveis aos profissionais de saúde mediante solicitação: Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda. – Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – 10o andar 
– Itaim Bibi, São Paulo – CEP 04530-001. Para informações completas, consultar a bula do produto. ENB0206CDS11 Referências Bibliográficas: 1. Furst DE, Wallis R, Broder M, et al. Tumos 
necrosis factor antagonists: different kinetics and/or mechanisms of action may explain differences in the risk for developing granulomatous infection. Semin Arthritis Rheum 2006;36:159-67. 2. Cohen 
PL. In: Fundamental Immunology. Willian PE. Lippincolt-Rave 4th ed. Chapter 33:1067-88. 3. Grillo-López. Ritunimab (Ritunan®/Mabthera®), the first decade (1993-2003). Expert Rer Anticancer Ther 
2003;3(6):767-79. 4. Schottelius AJG, Moldawer LL, Dinarello CA, et al. Biology of tumor necrosis factor-α – implications for psoriasis. Exp Dermatol 2004;13:193-222.
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – Itaim
CEP 04530-001 – São Paulo - SP
“Os conceitos aqui emitidos são de responsabilidade de seu(s) autor(es) e não refletem, necessariamente, a opinião de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Direitos reservados - é proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Esta é uma publicação técnico-científica para distribuição exclusiva para a classe medica.”
 “A Segmento Farma possui autorização dos pacientes fotografados para a reprodução de suas imagens neste material científico para a classe médica.”
ATLAS_CAPA 3 12.07.07 18:24:47
fascículo 2
Espondiloartropatias soronegativas
Sumário
Artropatias enteropáticas ...................................................................2
Espondilite anquilosante ....................................................................2
Artropatia psoriática ...........................................................................7
Artrite reativa ...................................................................................11
ROGER A. LEVY 
Professor-adjunto de reumatologia da Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
EVANDRO M. KLUMB
Mestre em medicina, reumatologista-assistente 
da disciplina de reumatologia da UERJ
SUELI C. S. CARNEIRO
Professora-adjunta de dermatologia da UERJ
VERONICA VILELA 
Médica da disciplina de reumatologia da UERJ
ELISA M. N. ALBUQUERQUE
Professora-assistente de reumatologia da UERJ
GERALDO R. C. PINHEIRO 
Professor-adjunto de reumatologia da UERJ
Atlas Ilustrado
Editorial 
O grupo de doenças denominado de espondiloartropatias soronegativas (EASN) tem aspectos clínicos, fisiopatológicos 
e genéticos comuns.
Nas artropatias relacionadas às doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), o envol-
vimento articular ocorre em média em 10% a 20% dos pacientes e pode ter apresentação monoarticular, ou acometimento 
múltiplo expresso por poliartrite, habitualmente de grandes articulações, tipicamente assimétrico e associado à inflamação 
das ênteses (periartrite). As queixas musculoesqueléticas podem surgir antes de qualquer alteração do trânsito intestinal. 
As manifestações cutâneo-mucosas são muito freqüentes e incluem as lesões aftosas orais, pioderma gangrenoso, eritema 
nodoso e uveíte.
A espondilite anquilosante representa o paradigma das EASN, em que o envolvimento do esqueleto axial é elemento 
principal, mas onde as manifestações periféricas e mesmo extra-articulares podem ser grande fator de limitação funcional. 
Dentre todas, é a que mais fortemente se relaciona com a presença do haplótipo B27 do Complexo Principal de Histocom-
patibilidade (HLA) de classe I, estando presente em cerca de 95% dos pacientes.
A artrite psoriática é a de maior prevalência entre as EASN e está presente em cerca de 10% dos pacientes com pso-
ríase cutânea, que acomete 1% a 3% da população. Esses pacientes apresentam classicamente as formas mais agressivas 
de doença articular e manifestações articulares surgindo antes mesmo de qualquer lesão cutânea, quando se torna maior 
o desafio do médico na busca de diagnóstico exato. O envolvimento ungueal é muitas vezes exuberante.
O subgrupo classificado como artrite reativa (previamente síndrome de Reiter – denominação que caiu em desuso) 
apresenta reação cruzada (mimetismo molecular), entre antígenos de agentes infecciosos e próprios do indivíduo, apresen-
tando manifestações articulares distintas, mais habitualmente oligoartrites assimétricas, acompanhadas do envolvimento 
de ênteses, pele, olhos e esqueleto axial, com sacroileíte e cervicolombalgia inflamatórias.
Nosso objetivo principal é reforçar o conceitode envolvimento sistêmico em doenças cujas queixas mais importantes 
se expressam no sistema musculoesquelético. 
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Atlas Ilustrado
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s Doença de Crohn – lesão 
aftosa oral
Mulher com 34 anos, apresentando 
oligoartrite acometendo o tornozelo 
esquerdo e o joelho direito, acompanhada 
de calcaneodinia e de lesão aftosa oral, 
localizada no palato mole à esquerda (seta). 
A biópsia de cólon confirmou o diagnóstico 
de Doença de Crohn.
Outro grupo de pacientes portadores das 
doenças inflamatórias intestinais desenvolve manifestações essencialmente axiais, 
expressas como cervicalgia e/ou lombalgia inflamatória, desencadeada a sacroileíte 
e/ou espondilite.
Luxação atlanto-axial anterior
Homem com 34 anos e diagnóstico de 
espondilite anquilosante (EA) há 15 anos. 
Desenvolveu cervicalgia refratária, 
acompanhada de fraqueza nos membros 
superiores, hiper-reflexia e distúrbios de 
sensibilidade. As radiografias da coluna 
cervical em perfil, em flexão, neutra e em 
extensão confirmaram afastamento de 34 mm 
entre a face anterior do processo odontóide e o arco posterior do atlas, característico da 
luxação anterior da articulação atlantoaxial, complicação grave da EA. Observe ainda 
a osteopenia difusa e anquilose de toda a coluna vertebral.
Espondilite cervical
Homem com 35 anos e manifestações 
relacionadas à EA há 13 anos, apresentando 
projeção anterior da cabeça, secundária ao 
acometimento cervical inflamatório.
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eEspondilite cervical – medida 
occipto-parede
O mesmo paciente da figura anterior sendo 
submetido à medida da distância occipto-
parede. Esta medida é feita com o paciente 
impondo esforço máximo para tentar 
encostar a nuca na parede. Neste caso, 
a distância observada foi de 23 cm, 
demonstrando limitação severa imposta 
pela doença.
Raio X em perfil de paciente 
com fasciite plantar e tendinite 
de Aquiles
Homem com o diagnóstico de EA há 12 
anos, apresentando entesopatia expressa 
por calcaneodinia e tendinite de Aquiles de 
repetição. Nesta radiografia, observamos 
calcificação da área de inserção da fáscia 
plantar no calcâneo e áreas de erosão e 
esclerose no sítio de inserção do tendão de 
Aquiles, aspectos radiológicos clássicos das 
artropatias soronegativas.
Sacroileíte grau II
Homem com 28 anos, apresentando 
lombalgia de caráter inflamatório 
há cerca de dois anos. Ao raio X 
simples na incidência de Fergusson, 
apresenta espaços articulares 
preservados, com esclerose do 
osso subcondral caracterizando a 
sacroileíte grau II, que é encontrada 
nas fases iniciais de EA.
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e Raio X panorâmico de bacia de 
paciente com sacroileíte e erosões 
isquiopubianas
Homem com EA há 21 anos, apresentando sacro-
ileíte grau IV (anquilose) bilateral, associada a áreas 
de erosão nos ramos isquiopubianos secundárias a 
entesites de repetição, ambas típicas da EA. Nas 
fases iniciais, observa-se que as erosões tendem a 
ser mais precoces na face ileal, cuja espessura da 
cartilagem hialina é menor que a da face sacral.
Tendinite de Aquiles
Homem com EA e 53 anos, apresentando 
acometimento inflamatório do tendão de Aquiles 
esquerdo, com curso crônico recidivante, associado 
a lombalgia e cervicalgia inflamatórias.
Teste de Schober
Várias manobras semiológicas foram descritas para 
avaliação da mobilidade da coluna. A mais utilizada e com 
maior acurácia é o teste de Schober modificado. A manobra 
consiste em marcar uma linha perpendicular de 10 cm a 
partir do ponto médio das espinhas ilíacas superiores, com 
o paciente de pé. Ao flexionar a coluna como se fosse 
encostar os dedos no chão, espera-se que essa distância 
de 10 cm se estenda entre 16 e 22 cm em indivíduos sem 
limitação da coluna. Naqueles com EA, essa extensão é 
bem menor e pode chegar de 1 a 2 cm em indivíduos com 
doença importante.
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eEA – Posição de esquiador
O comprometimento difuso da coluna com sacroileíte 
e espondilite induz a postura chamada “posição de 
esquiador”, observada na imagem ao lado.
Família com EA
Nesta família, o pai, atualmente com 
35 anos, e os três filhos, com 16, 13 
e 12 anos, apresentaram-se com 
lombalgia de caráter inflamatório nos 
últimos quatro anos. O pai e o filho 
com 16 anos apresentaram hiperemia 
em ambos os olhos, diagnosticada 
como ceratite. O menor, com 13 anos, 
permaneceu internado por dois meses com oligoartrite exuberante, 
refratária aos tratamentos convencionais que o impedia de deambular, 
com perda ponderal de 10 kg.
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e Dificuldade e limitação da flexão lateral 
da coluna
Paciente aos 29 anos, com diagnóstico de EA aos 21 anos 
de idade, com HLA B-27 presente e sacroileíte ao exame 
radiológico. Atualmente, ao exame físico, apresenta dor e 
dificuldade de lateralização da coluna lombar com limitação 
do arco de movimento. Inicialmente, aos 13 anos de idade, 
apresentou episódios intercorrentes de calcaneodinia, tendo 
sido imobilizado várias vezes. A medida da limitação da 
flexão lateral da coluna é feita anotando-se a distância na flexão contralateral de uma linha 
no plano médio da axila de 20 cm de comprimento com o ponto superior no apêndice 
xifóide. Em um indivíduo sem limitação do movimento, espera-se observar uma extensão 
entre 25 e 32 cm, enquanto que em um indivíduo com EA, o incremento da distância 
encontrado é de apenas 2 a 3 cm ou menos.
Retificação da lordose lombar
O mesmo paciente da foto anterior, com boa mobilidade, 
mas com o teste de Schober de 3 cm e retificação da 
lordose lombar natural. Este paciente apresenta as 
características clínicas compatíveis com o envolvimento 
da coluna na EA: 1) início dos sintomas antes dos 
40 anos; 2) quadro insidioso; 3) duração maior que três meses; 4) rigidez matinal 
associada e 5) melhora com exercício. Este paciente pratica natação quatro vezes por 
semana e recentemente vem apresentando intolerância à indometacina, com sintomas 
neurológicos e efeitos gástricos indesejáveis com o uso da fenilbutazona.
Dificuldade e limitação da torção do corpo
O paciente, com 44 anos e queixas compatíveis com EA há 
20 anos, apresenta, além das manobras de Schober e flexão 
lateral alteradas, uma dificuldade importante de limitação 
da torção do corpo. Note-se que o paciente não tem quase 
nenhuma mobilidade da coluna, que parece um “bloco único”.
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eSeqüelas de EA com 30 anos de evolução
Paciente com 46 anos de idade, com alterações 
importantes da postura por anquilose difusa da coluna, 
acarretando extrema dificuldade de manutenção da 
linearidade do olhar. Apesar da limitação, o paciente 
permanece ativo, trabalhando em seu próprio 
escritório como contador. As queixas de lombalgia 
iniciaram-se aos 17 anos, e o diagnóstico de EA foi 
estabelecido aos 22 anos. O paciente vive com prótese 
bilateral das articulações coxo-femorais há 17 anos.
Psoríase com artrite 
das interfalangeanas 
distais (IFD)
Homem com 29 anos, apresentando 
artrite da terceira e quarta IFD 
direitas e quinta IFD esquerda, 
expressão clínica clássica da 
artropatia psoriática. Observe 
que também há acometimento (menos intenso, entretanto) da segunda 
metacarpofalangeana (MCF) esquerda, quinta IFP direita e terceira IFP esquerda.
Psoríase com artriteassimétrica em mãos
Mulher com psoríase em placas, 
apresentando artrite assimétrica, que 
é a forma clínica mais comum de 
apresentação da artropatia psoriática. 
Observe a artrite da terceira e quarta IFP 
direitas, terceira IFP esquerda, terceira 
IFD direita e quinta IFD direita (com a 
deformidade em “martelo”).
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A
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a Artropatia psoriática 
reumatóide símile
Homem com 19 anos, apresentando 
poliartrite simétrica envolvendo 
pequenas e grandes articulações dos 
membros superiores e inferiores, 
com exuberante proliferação 
sinovial, erosões marginais, 
luxações e subluxações em punhos, 
MCF, IFP e IFD.
Artropatia psoriática reumatóide 
símile – detalhe
O mesmo paciente da figura anterior, em detalhe, 
no qual evidenciamos artrite do punho com 
hipertrofia da sinovial na região paraulnar, 
atrofia dos interósseos, luxação da segunda, 
terceira, quarta e quinta MCF e deformidade em 
“botoneira” do terceiro e quarto quirodáctilos, 
associadas às lesões cutâneas de psoríase.
Psoríase pustulosa com artrite 
das metatarsofalangeanas 
(MTF) e dactilite
Paciente com psoríase pustulosa e 
oligoartrite assimétrica. Apresenta 
artrite da terceira e quarta MTF 
esquerdas e acometimento inflamatório 
articular e periarticular (entesopatia) 
do quarto pododáctilo direito, 
determinando o aspecto de “dedo em salsicha”, 
encontrado nas espondiloartropatias soronegativas.
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aPsoríase com acometimento 
ungueal e artrite das 
metatarsofalangeanas 
(MTF) e dactilite
Mulher com 28 anos, apresentando 
acometimento ungueal exuberante, 
com oligoartrite assimétrica, 
acometendo as articulações metatarsofalangeanas e, difusamente, o terceiro 
pododáctilo esquerdo e segundo e quarto pododáctilos direitos, com 
envolvimento inflamatório articular e periarticular (entesopatia), determinando 
o aspecto de “dedo em salsicha”.
Psoríase ungueal e artrite 
de MCF e IFP
Mulher com 28 anos, com 
acometimento exuberante das unhas 
e artrite da segunda MCF, terceira IFP 
e primeira IF direitas e terceira IFP 
esquerda. Nesta paciente, a intensidade 
das manifestações articulares tem 
acompanhado a do comprometimento 
ungueal, característica observada com 
alta freqüência nesta enfermidade.
Psoríase ungueal 
e artrite de MCF e IFP 
pós-tratamento
Nesta figura, observamos a mesma 
paciente do quadro anterior após 
quatro meses de tratamento.
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Atlas Ilustrado
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a Raio X de paciente com psoríase e 
artrite mutilante
Raio X em atropatia psoriática dos pés de 
um paciente com psoríase de longa evolução, 
apresentando poliartrite destrutiva acometendo 
difusamente as articulações do tarso, MTF e IF 
dos pododáctilos. Observe-se o aspecto clássico 
denominado “lápis na taça” (pencil in cup), 
decorrente de osteólise do segmento distal 
da falange, associada à remodelação óssea 
com alargamento da extremidade proximal da 
falange distal.
Espondilopsoríase
Homem com 42 anos e psoríase 
cutânea desde a adolescência, 
apresentando envolvimento 
axial com postura de esquiador, 
característica da EA. Esta é a forma 
denominada de espondilopsoríase.
Acometimento de 
interfalangeana distal na 
artropatia psoriática
Paciente com artrite psoriática de longa 
data, atualmente sem lesões cutâneas e 
sem artrite ativa. No entanto, apresenta 
deformidade em interfalangeana distal com anquilose que a impede de estender a 
articulação. A artrite envolvendo as interfalangeanas distais com erosão ao raio X 
é um dado importante no diagnóstico diferencial com artrite reumatóide, que poupa 
as interfalangeanas distais.
11
Atlas Ilustrado
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aArtrite psoriática em pés
Artropatia grave de ambos os pés 
com deformidades e desalinhamento 
importantes. Destacamos o desvio dos 
primeiros pododáctilos, relacionado 
à artropatia erosiva característica 
da artrite psoriática.
Balanite circinada
A balanite circinada é uma das lesões 
mucocutâneas descritas na artrite reativa. Pode 
ocorrer tanto nas formas endêmicas, secundárias 
a infecções urogenitais, como nas formas 
epidêmicas, ou seja, nos casos desencadeados por 
infecções do trato digestivo, inclusive em crianças. 
As lesões são habitualmente indolores 
e podem passar despercebidas. Podem ser únicas 
ou múltiplas e localizam-se próximas ao meato 
uretral ou no sulco balanoprepucial, como no 
caso ao lado.
Ceratodermia blenorrágica (CB) 
com lesões múltiplas
Mulher com 58 anos, apresentando artrite 
reativa expressa com poliartrite
assimétrica, acompanhada de lesões 
cutâneas hiperceratóticas. Estas iniciam-se 
habitualmente com vesículas circundadas por 
área de eritema e evoluem para pápulas com 
graus variáveis de hiperceratose. As lesões cutâneas, na maioria dos casos, 
não guardam relação com a atividade das manifestações articulares.
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Ceratodermia blenorrágica 
com lesões plantares
Paciente com 17 anos, apresentando poliartrite 
assimétrica com envolvimento axial difuso 
e lesões cutâneas, características da CB na região 
retrocalcânea e plantar, ambas manifestações que 
constituem elementos clássicos e úteis para o 
diagnóstico da síndrome. As lesões são 
caracteristicamente indolores e evoluem sem deixar 
cicatriz, sendo que as alterações histopatológicas 
podem ser idênticas às da psoríase.
Ceratodermia blenorrágica com lesões 
descamativas plantares
Paciente do sexo masculino com 32 anos e 
ceratodermia blenorrágica, acompanhada 
de oligoartrite e entesites, apresentando lesões 
descamativas em região plantar que, como as da 
figura anterior, têm semelhança histopatológica 
às lesões encontradas na psoríase.
Episclerite na artrite reativa
Homem com 42 anos, apresentando oligoartrite 
assimétrica, acometendo tornozelos e joelhos, 
associada a fasciite plantar e sacroileíte direita. 
Evoluiu com o desenvolvimento de hiperemia 
ocular em faixa, à direita, de curso intermitente, 
cuja avaliação com lâmpada de fenda confirmou 
o diagnóstico de episclerite. As lesões oculares 
também podem ocorrer sob a forma de conjuntivite, ceratite e uveíte, 
geralmente sem deixar seqüela e com curso autolimitado.
SEGMENTO FARMA Rua Cunha Gago, 412, 2º andar, cj. 21, Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone/fax: 11 3039-5669. www.segmentofarma.com.br – 
e-mail: segmentofarma@segmentofarma.com.br Diretor geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor editorial: Maurício Domingues Coordenadora editorial: Angela Helena Viel 
Assistente editorial: Tatiana Daré Diagramação: Miguel Luis Escamez Simon Revisão: Maria Grazia Ficher e Michel Kahan Apt Produção gráfica: Francisco Eugênio Fuentes e Fabio Rangel Gerente 
de negócios: Aldo Vianna de Lima, Luciene Cervantes, Mauricio Luciano, Renato Almeida, Valéria Santos Silva Cód. da publicação: 0206.07.04
Atlas Ilustrado
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Enbrel® 
etanercepte 
APRESENTAÇÃO COMERCIAL: Cartucho contendo 4 estojos, unidos 2 a 2. Cada estojo contém 1 frasco-ampola com 25mg ou 50 mg de pó liófilo injetável, 1 seringa preenchida com 1 ml de água 
para injeção (diluente), 1 agulha, 1 adaptador e 2 lenços umedecidos com álcool. INDICAÇÕES: Redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite 
reumatóide ativa moderada a severa. Tratamento da artrite crônica juvenil em curso poliarticular em menores com idade entre 4 a 17 anosque apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais 
DMARDs (drogas modificadoras do curso da doença). Redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa. Inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas 
de pacientes com artrite psoriásica. Tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a severa. Pode ser usado isolado ou em associação ao 
metotrexato em pacientes adultos que não respondem satisfatoriamente à monoterapia com metotrexato. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade ao etanercepte ou a qualquer componente da 
formulação do produto e em pacientes com infecção generalizada ou em risco de desenvolvê-la. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções 
crônicas ou localizadas. PRECAUÇÕES: Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Caso ocorra alguma reação alérgica, procure seu médico 
imediatamente. ADVERTÊNCIAS: Imunossupressão: existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo o Enbrel® (etanercepte), comprometerem a defesa do hospedeiro contra infecções e 
doenças malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e pela modulação de respostas imunológicas celulares. No período pós-comercialização, vêm sendo recebidos relatos 
de doenças malignas em diversos órgãos. Ainda não se sabe ao certo qual o impacto do tratamento com etanercepte sobre o desenvolvimento e a progressão das doenças malignas e infecções 
ativas e/ou crônicas. Reações hematológicas: foram relatados casos incomuns de trombocitopenia (≥ 0,1% e < 1%), raros de pancitopenia (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raros de anemia aplástica 
(< 0,01%), dos quais alguns evoluíram para óbito, em pacientes tratados com etanercepte. Deve-se ter cuidado com pacientes que tenham história pregressa de discrasias sangüíneas. Todos os 
pacientes devem ser orientados a procurar aconselhamento médico imediatamente caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sangüíneas ou infecções (por ex.: febre persistente, 
dor de garganta, hematomas, sangramento, palidez) durante o tratamento. Se as discrasias sangüíneas forem confirmadas, etanercepte deve ser descontinuado. Formação de auto-anticorpos: o 
tratamento com etanercepte pode estar associado à formação de anticorpos auto-imunes (ver Reações Adversas). Vacinações: vacinas com microrganismos vivos não devem ser administradas 
concomitantemente a este medicamento. Se possível, atualizar as vacinações dos pacientes pediátricos de acordo com as normas locais atuais antes do início da terapia. Eventos do Sistema 
Nervoso Central (SNC): ocorreram relatos raros de distúrbios desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC) em pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte), porém ainda não se sabe ao 
certo qual a relação causal com o tratamento com etanercepte. Recomenda-se uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com doença 
desmielinizante do SNC preexistente ou de início recente ou aqueles pacientes considerados como tendo um risco aumentado de desenvolver distúrbios desmielinizantes. Distúrbios cardíacos: 
houve relatos pós-comercialização de piora da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com e sem a identificação dos fatores precipitantes, em pacientes que recebem Enbrel® (etanercepte). 
Embora não sejam conclusivos, os dados de um estudo clínico sugerem uma possível tendência à piora da ICC nos pacientes designados para o tratamento com etanercepte. Recomenda-se cautela 
ao usar este medicamento em pacientes que também sofrem de ICC. Gravidez: somente utilize Enbrel® (etanercepte) se for realmente necessário e sob estrita orientação médica. Lactação: não 
se sabe se etanercepte é excretado no leite materno. Como as imunoglobulinas e muitos outros medicamentos podem ser excretados no leite materno, deve-se optar entre descontinuar a 
amamentação ou descontinuar Enbrel® (etanercepte) durante o período de amamentação. Uso pediátrico: não há estudos sobre o uso de Enbrel® (etanercepte) em crianças com menos de 4 anos 
de idade. Uso em idosos: não se recomenda ajuste posológico específico. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos sobre este tipo de 
efeito. REAÇÕES ADVERSAS: Pacientes adultos: a proporção de descontinuação do tratamento devido a reações adversas nos estudos clínicos controlados em pacientes com artrite reumatóide 
foi semelhante ao grupo placebo. Reações no local da administração: em estudos clínicos controlados, os pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram incidência significantemente 
maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os que receberam placebo. A freqüência de reações no local da administração foi maior no primeiro mês, 
diminuindo posteriormente. Na experiência pós-comercialização, também foram observados sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento com Enbrel® (etanercepte). 
Infecções: nos estudos controlados em pacientes com artrite reumatóide, as taxas relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de vida ou que necessitaram de hospitalização ou 
antibioticoterapia intravenosa) e não-sérias foram semelhantes para os grupos tratados com Enbrel® (etanercepte) e placebo, quando ajustadas de acordo com a duração da exposição. Infecções 
do trato respiratório superior foram as infecções não-sérias mais freqüentemente relatadas. Os dados de um estudo clínico em pacientes com septicemia estabelecida sugerem que o tratamento 
com etanercepte pode aumentar a mortalidade nesses pacientes. Na experiência pós-comercialização, foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os patógenos mencionados estão bactérias, 
micobactérias (incluindo a da tuberculose), vírus e fungos. Os pacientes que desenvolvem uma infecção nova durante o tratamento devem ser atentamente monitorizados. A administração do 
medicamento deve ser descontinuada se o paciente desenvolver uma infecção séria. Reações alérgicas: em estudos clínicos, reações alérgicas foram comumente relatadas associadas à 
administração de Enbrel® (etanercepte). Na experiência pós-comercialização, reações alérgicas, incluindo angioedema, erupção cutânea e urticária, foram incomuns; as reações sérias têm sido 
raras. Câncer: a freqüência e incidência de novas doenças malignas, observadas nos estudos clínicos com Enbrel® (etanercepte), foram semelhantes às esperadas nas populações estudadas. 
Durante o período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos locais. Formação de auto-anticorpos: em estudos controlados, houve aumento da 
porcentagem de pacientes que desenvolveram novos anticorpos antinucleares positivos (ANA) (≥ 1:40), novos anticorpos anti-DNA de dupla fita positivos e novos anticorpos anti-cardiolipina em 
comparação aos pacientes que receberam placebo. Esses pacientes não apresentaram nenhum sinal característico de uma nova doença auto-imune. Pacientes pediátricos: em geral, os eventos 
adversos em pacientes pediátricos apresentaram freqüência e tipo semelhantes aos observados em adultos. Os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram 
incidência significantemente maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os pacientes tratados com placebo em estudos clínicos controlados. Infecção 
foi o evento adverso mais comum em pacientes pediátricos tratados com Enbrel® (etanercepte), tendo ocorrido com incidência semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções 
relatadas em pacientes com artrite crônica juvenil foram, em geral, leves e compatíveis com os freqüentemente observados em populações de pacientes pediátricos ambulatoriais. Em estudos 
clínicos, foram relatados dois casos de varicela com sinais e sintomas sugestivos de meningite assépticaentre os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com etanercepte. INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS: Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite reumatóide, não foram observadas interações ao se administrar Enbrel® (etanercepte) com glicocorticóides, 
salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), analgésicos ou metotrexato. O metotrexato não altera a farmacocinética de Enbrel® (etanercepte). Evitar o uso associado de Enbrel® (etanercepte) 
e anakinra, pois ocorre risco aumentado de infecções sérias e neutropenia. Pacientes que usavam sulfassalazina com dose estabelecida na qual acrescentou-se etanercepte, apresentaram diminuição da 
contagem média de leucócitos, quando comparado aos medicamentos utilizados isoladamente. POSOLOGIA: Uso em adultos (com 18 anos ou mais): Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante e 
Artrite Psoriásica: a dose recomendada é de 50 mg de Enbrel® (etanercepte) por semana (em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 
mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 ou 4 dias de intervalo) Psoríase em Placas: A dose de Enbrel® (etanercepte) é de 50 mg por semana (em uma injeção subcutânea 
utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo). Respostas maiores podem ser 
obtidas com tratamento inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por semana. Uso em menores (> 4 e < 18 anos): A dose recomendada para pacientes pediátricos com ACJ 
poliarticular é de 0,8 mg/kg de Enbrel® (etanercepte) por semana (até o máximo de 50 mg por semana). A dose permitida em um único local de aplicação em pacientes pediátricos é de 25 mg. 
Portanto, para pacientes pediátricos com mais de 31 kg, a dose semanal total deve ser administrada em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas 
de 25 mg administradas no mesmo dia,em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo. Enbrel® (etanercepte) não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de idade. Uso em pacientes 
idosos e em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário ajuste de dose. Modo de administração: deve ser administrado por via subcutânea na coxa, abdômen ou braço. 
Alternar os locais de administração. A cada nova aplicação, usar um local diferente a, pelo menos, 3 cm de um local anterior. NÃO aplicar a injeção em áreas em que a pele estiver sensível, com 
hematoma, avermelhada ou endurecida. Na ausência de estudos de incompatibilidade, Enbrel® (etanercepte) não deve ser misturado a outros medicamentos. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 
Registro MS - 1.2110.0206 Informações adicionais disponíveis aos profissionais de saúde mediante solicitação: Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda. – Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – 10o andar 
– Itaim Bibi, São Paulo – CEP 04530-001. Para informações completas, consultar a bula do produto. ENB0206CDS11 Referências Bibliográficas: 1. Furst DE, Wallis R, Broder M, et al. Tumos 
necrosis factor antagonists: different kinetics and/or mechanisms of action may explain differences in the risk for developing granulomatous infection. Semin Arthritis Rheum 2006;36:159-67. 2. Cohen 
PL. In: Fundamental Immunology. Willian PE. Lippincolt-Rave 4th ed. Chapter 33:1067-88. 3. Grillo-López. Ritunimab (Ritunan®/Mabthera®), the first decade (1993-2003). Expert Rer Anticancer Ther 
2003;3(6):767-79. 4. Schottelius AJG, Moldawer LL, Dinarello CA, et al. Biology of tumor necrosis factor-α – implications for psoriasis. Exp Dermatol 2004;13:193-222.
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“Os conceitos aqui emitidos são de responsabilidade de seu(s) autor(es) e não refletem, necessariamente, a opinião de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Direitos reservados - é proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Esta é uma publicação técnico-científica para distribuição exclusiva para a classe medica.”
 “A Segmento Farma possui autorização dos pacientes fotografados para a reprodução de suas imagens neste material científico para a classe médica.”
ATLAS_CAPA 3 12.07.07 18:24:47
fascículo 3
Osteoartrite e lombalgia
Sumário
Osteoartrite de mãos ..........................................................................3
Osteoartrite de joelhos .......................................................................6
Osteoartrite de ombro ........................................................................9
Osteoartrite de quadril .....................................................................10
Osteoartrite de tornozelo ..................................................................12
Lombalgia ........................................................................................13
Lombalgia e cervicalgia ...................................................................13
Espondiloartropatias soronegativas .................................................16
Editorial 
Osteoartrite
A artrose (termo clássico de origem européia) ou osteoartrite (OA), como é denominada mais freqüentemente 
nos Estados Unidos, é o termo adotado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. A OA foi considerada até 
há alguns anos como decorrente da simples degeneração ou “desgaste” das estruturas articulares. Estudos mais 
recentes têm demonstrado que um processo inflamatório também contribui para o desenvolvimento das alterações 
específicas da OA.
Esta é a doença reumatológica mais freqüente na prática clínica, sendo responsável por cerca de um terço das 
consultas de reumatologia. Apesar de não modificar significativamente a mortalidade, é uma causa freqüente de 
morbidade, mormente na população idosa. Estudos nacionais estimam a prevalência da OA, com manifestações 
clínicas, em cerca de 16% da população (28 milhões de indivíduos), com discreto predomínio no sexo feminino. 
Acima dos 55 anos, 80% das pessoas apresentam sinais radiológicos da OA, e após 65 anos, 30% dos indivíduos 
apresentarão queixas clínicas de OA. Dados estatísticos da seguridade social no Brasil apontam a OA como res-
ponsável por 7,5% de todos os afastamentos de trabalho e a quarta causa de aposentadoria por doença. As formas 
clínicas com acometimento das mãos e joelhos são mais comuns nas mulheres, enquanto as de quadril (em geral 
menos freqüente), nos homens. Os nódulos de Heberden são dez vezes mais freqüentes no sexo feminino e têm 
uma forte hereditariedade familiar. Estudos norte-americanos evidenciaram maior prevalência em negros do que 
em caucasianos.
ROGER A. LEVY 
Professor-adjunto de reumatologia da Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
EVANDRO M. KLUMB
Mestre em medicina, reumatologista-assistente 
da disciplina de reumatologia da UERJ
SUELI C. S. CARNEIRO
Professora-adjunta de dermatologia da UERJ
ELISA M. N. ALBUQUERQUE
Professora-assistente de reumatologia da UERJ
MARCELO SADOCK DE SÁ GABETTO 
Radiologista da Rede D’Or-Labs do Rio de Janeiro
Atlas Ilustrado
Apesar da existência de formas primárias e secundárias, podemos identificar um conjunto homogêneo de 
mecanismos fisiopatológicos, características clínicas, histopatológicas e radiológicas que permitem classificar a 
OA como uma única doença e que será um dos temas deste terceiro volume do Atlas Ilustrado de Reumatologia. 
Os elementos que agrupam as diferentes formas clínicas incluem a degeneração da cartilagem hialina e fibro-
cartilagem, esclerose do osso subcondral acompanhada freqüentemente de eburnização ou crescimento ósseo 
na forma de osteofitos, geralmente com mínima reação inflamatória local e caracteristicamente sem qualquer 
manifestação sistêmica associada. A doença acomete não só a cartilagem, mas todos os componentes da articu-
lação, incluindo o osso subcondral,ligamentos, cápsula, membrana sinovial e músculos periarticulares. Em fase 
avançada, a cartilagem sofre degeneração com fibrilação, fissuras e ulcerações com comprometimento de toda a 
superfície articular.
Lombalgia
Na segunda parte deste terceiro volume, abordaremos uma das condições mais freqüentes na prática clínica: 
a lombalgia. Esta deve ser compreendida como uma condição sindrômica e não simplesmente o que semanti-
camente está expresso no termo. Apesar da quantidade de recursos tecnológicos da maioria dos pacientes, não 
é possível estabelecer um diagnóstico etio-fisiopatológico e/ou anatômico com exatidão. A dor lombar pode ser 
manifestação de uma condição clínica benigna, como as relacionadas às estruturas miofasciais, ou até o sintoma 
inicial de uma neoplasia.
As diferentes apresentações sindrômicas da lombalgia permite-nos classificar os pacientes em três grandes 
grupos, que apresentam manifestações clínicas, curso evolutivo e, muitas vezes, tratamento semelhantes. Os 
dois primeiros grupos, lombalgia mecânica e lombalgia inflamatória, representam expressões polares da síndro-
me e têm manifestações clínicas bem caracterizadas. O terceiro grupo expressa sinais e sintomas superpostos 
e é importante por poder ser a forma clínica de apresentação do mieloma múltiplo, neoplasias metastáticas ou 
espondilodiscites infecciosas.
A dor lombar é a segunda principal causa de atendimento médico e a mais freqüente de limitação de ativida-
de física em ambos os sexos, com menos de 45 anos, de acordo com estudos norte-americanos. As estimativas 
indicam que cerca de 85% das pessoas terão dor lombar em algum momento da vida. Acreditamos, contudo, 
que se adequadamente indagada, praticamente a totalidade da população apresentará, em alguma fase da vida, 
dor lombar, sendo na maioria dos casos de fraca intensidade. A lombalgia é a causa de 4,2% das consultas pelo 
generalista na Inglaterra.
Apesar de alguns fatores de risco bem caracterizados, como levantamento de peso, obesidade e mau condi-
cionamento físico, a lombalgia continua sendo freqüente em indivíduos sem qualquer fator de risco conhecido. 
Em pelo menos 50% dos pacientes com lombalgia existe um curso recidivante dos sintomas, intercalado com 
períodos assintomáticos. A tendência de recidiva e refratariedade (ainda que parcial) na maioria dos pacientes com 
lombalgia mecânica faz com alguns autores considerem a lombalgia como uma “doença crônica”, semelhante à 
asma, que requer tratamento dos períodos de crise e medidas gerais e específicas para os períodos intercríticos. 
A dor lombar tende a causar maior incapacidade nos homens entre 35 e 40 anos, com menor nível de educação 
formal, sendo um importante fator de perda de produtividade.
As causas de desenvolvimento de lombalgia são muitas, geralmente agrupadas de acordo com as caracte-
rísticas da síndrome clínica que determinam. Em alguns casos, a lombalgia pode ter características clínicas 
tipicamente mecânicas, mas ter sido originalmente determinada por uma doença com lombalgia inflamatória 
ou não mecânica/não inflamatória. Isto ocorre, por exemplo, nas fases avançadas das espondiloartropatias so-
ronegativas ou nas deformidades vertebrais determinadas por fraturas por osteoporose, neoplasias ou mesmo 
por espondilites infecciosas.
Rua Cunha Gago, 412, 2o andar, cj. 21, Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone/fax: 11 3039-5669. www.segmentofarma.com.br 
e-mail: segmentofarma@segmentofarma.com.br Diretor geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretora comercial: 
Anna Maria Caldeira Coordenadora de marketing: Eli Proença Diretor editorial: Maurício Domingues Coordenadora editorial: Caline Devèze Diagramação: 
Miguel Luis Escamez Simon Revisão: Michel Kahan Apt Produção gráfica: Francisco Eugênio Fuentes e Fabio Rangel Cód. da publicação: 1549.05.05
3
Atlas Ilustrado
Fotografia das mãos de 
paciente com OA em 
fase inicial
Neste paciente de 54 anos, o 
diagnóstico de osteoartrite foi 
firmado pelo estudo radiológico. 
As interfalangeanas distais de 
ambos os indicadores estão 
envolvidas com dor e edema (setas).
Osteoartrite de mãos 
acometendo articulações 
interfalangeanas distais
Os nódulos formados pelo 
aumento de volume das 
articulações interfalangeanas 
distais decorrentes da osteoartrite 
primária são chamados de 
nódulos de Heberden, que neste paciente são notados apesar da doença de início 
recente. Esse tipo de acometimento ocorre com maior freqüência em indivíduos com 
história familiar importante.
Radiografia das mãos em PA 
na osteoartrite primária
Redução dos espaços articulares 
interfalangeanos proximais e 
distais com esclerose do osso 
subcondral e formação de osteofitos 
em correspondência. Estas, em 
conjunto com acometimento 
da primeira articulação 
carpometacarpiana, são as mais freqüentemente acometidas entre as pequenas 
articulações envolvidas na osteoartrite primária.
O
ste
oa
rt
rit
e d
e m
ão
s
4
Atlas Ilustrado
Radiografia das 
mãos em PA 
na osteoartrite 
primária com 
rizartrose
Redução dos espaços 
articulares das 
interfalangeanas 
distais e das terceira e 
quarta interfalangeanas 
proximais associadas 
à rizartrose incipiente 
(seta). Quando há fenômeno hipertrófico com formação de osteofitos proeminentes nas 
interfalangeanas distais, como dito anteriormente, chamamos de nódulos de Heberden, 
e nas proximais, de nódulos de Bouchard.
Detalhe de uma radiografia de rizartrose (PA)
Osteoartrite da primeira articulação carpometacarpiana.
Detalhe de 
radiografia das 
mãos em PA 
com osteoartrite
Redução dos espaços 
articulares das 
interfalangeanas 
proximais e distais associada à esclerose do osso subcondral e formação de 
osteofitos. Estas, em conjunto com os cistos ou pseudocistos, são os achados 
cardinais da osteoartrite.
O
ste
oa
rt
rit
e d
e m
ão
s
5
Atlas Ilustrado
Detalhe de radiografia das mãos em PA com osteoartrite erosiva
Achados semelhantes com redução dos espaços articulares e formação de osteofitos. 
Aqui, com menor eburnificação em presença de osteopenia. A forma erosiva apresenta 
sinais inflamatórios exuberantes e acomete preferencialmente as mãos.
Fotografia das mãos de paciente 
com OA erosiva
As mãos encontram-se edemaciadas e 
algumas articulações apresentam-se com 
desvio do eixo. Nota-se o acometimento 
das interfalangeanas distais.
Radiografia das mãos 
em PA com sinais de 
osteoartrite erosiva
Os sinais iniciais de sinovite podem 
passar despercebidos, contudo, com 
a progressão da doença e erosões 
articulares, os achados inflamatórios 
superpõem-se aos degenerativos. 
Achados tardios podem ser representados com anquilose, 
como visto na interfalangeana distal do primeiro quirodáctilo.
O
ste
oa
rt
rit
e d
e m
ão
s
6
Atlas Ilustrado
Radiografia das mãos em incidência 
oblíqua de osteoartrite erosiva
Osteoartrite erosiva com anquilose das 
articulações interfalangeanas proximais e distais 
vistas na incidência oblíqua.
Detalhe de uma radiografia de OA em 
interfalangeana distal: sinal da asa de gaivota
Erosão central articular com proliferação óssea marginal. Aspecto 
em asa de gaivota. Incidência oblíqua.
Fotografia dos joelhos de paciente com 
OA bilateral
Aumento de volume e queixa de dor à deambulação 
formam a apresentação da paciente, que no exame 
físico apresentava crepitação grosseira. Nesta paciente, o sobrepeso contribuía para 
o aumento da dor e para a impotência funcional.
Radiografia dos 
joelhos em AP 
de paciente com 
osteoartrite bilateral
Redução assimétrica dos 
espaços articulares dos 
compartimentos fêmoro-
tibial medial e lateral, 
com esclerose do osso 
subcondral e formação de 
osteofitos exuberantes nos côndilosfemorais e 
platôs tibiais. Incidência de AP com carga.
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Atlas Ilustrado
Fotografia dos joelhos de 
paciente com OA bilateral
Aumento de volume e queixa de dor à 
deambulação formam a apresentação 
da paciente, que no exame físico 
apresentava crepitação grosseira. 
Notou-se genuvaro e a idade avançada 
como fatores que contribuem para o 
processo da osteoartrite.
Radiografia do joelho em perfil com OA 
severa e anquilose
Sinais de osteoartrite severa com anquilose 
vista na incidência em perfil. As incidências em 
perfil e axial estão indicadas para a avaliação do 
espaço fêmoro-patelar.
Radiografia do joelho em perfil com 
OA e genuvaro
Importante redução do espaço articular do 
compartimento medial, determinando alteração do 
alinhamento com genuvaro associada à presença 
de corpos livres. Caso a alteração ocorresse no 
compartimento lateral, o aspecto seria de genuvalgo.
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Atlas Ilustrado
Radiografia dos joelhos em 
AP com OA e presença de 
corpos livres
Redução do espaço articular do 
compartimento fêmoro-tibial medial 
com osteofitos em correspondência 
associado a corpos livres osteocartilaginosos na incidência AP com carga.
Gonartrose bilateral caracterizada por redução assimétrica dos espaços articulares, 
formação de osteofitos e cistos subcondrais.
Detalhe de radiografia do joelho 
direito em perfil com OA e 
presença de corpos livres
Redução do espaço fêmoro-patelar com 
a presença de corpos livres articulares na 
incidência de perfil.
Radiografia de joelho 
em AP com OA de 
rápida evolução
Forma rapidamente 
progressiva com pouca 
atividade reparadora 
(Postel). A síndrome de 
Postel é uma enfermidade 
descrita nas articulações 
coxofermorais; neste caso, acometeu o joelho direito e o diagnóstico foi 
confirmado por estudo histopatológico da membrana sinovial.
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Atlas Ilustrado
Radiografia do joelho direito em perfil 
com OA de rápida evolução
Redução discreta do compartimento fêmoro-
tibial com osteofitos no côndilo femoral 
e platô tibial mediais. Foco de lesão 
osteocondral no côndilo femoral. Novamente 
com pouca reação óssea.
Radiografia em 
perfil do ombro
Perfil de escápula 
revelando sinais de 
OA acromioclavicular 
com osteofitos 
marginais inferiores.
Radiografia em AP do 
ombro direito
OA acromioclavicular com 
osteofitos inferiores. Há migração 
cefálica do úmero, que apresenta 
alguns cistos subcorticais. As 
alterações aqui são de provável 
natureza secundária.
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Atlas Ilustrado
Radiografia das 
articulações 
coxofemorais (AP)
Osteonecrose das 
cabeças femorais, que é 
um fator causal para OA 
secundária, com o sinal 
de meia lua na cabeça 
femoral esquerda, onde 
observa-se o colapso 
da cortical.
Detalhe de radiografia da 
articulação coxofemoral (AP)
Detalhe da imagem anterior, na qual 
observa-se importante irregularidade de toda 
a cabeça femoral e área de lesão lítica (seta) 
secundária à necrose óssea.
Radiografia das articulações coxofemorais com OA avançada (AP)
Observar a área de esclerose subcondral e eburnificação do acetábulo.
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Atlas Ilustrado
Detalhe de radiografia da 
articulação coxofemoral (AP)
OA secundária à osteonecrose em 
paciente com diagnóstico de lúpus 
eritematoso sistêmico e uso crônico 
corticosteróide.
Detalhe de radiografia da 
articulação coxofemoral (AP)
Faixa hiperlucente transtrocanteriana 
secundária à manipulação prévia (foragem) 
em paciente com osteonecrose. Há focos 
de lesão osteocondral na cabeça femoral.
Ressonância magnética das 
articulações coxofemorais
Evidência de osteonecrose bilateral das 
articulações coxofemorais. A ressonância 
magnética é o método de imagem com a qual 
podemos observar mais precocemente as 
lesões da OA.
Corte longitudinal
Corte transversal
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Atlas Ilustrado
Radiografia das articulações coxofemorais com OA avançada (AP)
Redução do espaço fêmoro-patelar com desorganização completa das 
articulações coxofemorais. Trata-se de um caso de OA secundária à displasia 
congênita do quadril.
Radiografia do 
tornozelo em AP (a) e 
em perfil (b)
Redução do espaço articular 
tibiotalar e fibulotalar 
com esclerose do osso 
subcondral. As alterações 
nesta articulação são 
invariavelmente de natureza 
secundária, como, por 
exemplo, artropatia neuropática (Charcot), infecção, ou, como nesse caso, 
secundária à osteonecrose. Observar a fragmentação do osso e da cartilagem.
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Atlas Ilustrado
Radiografia da coluna com DISH (doença de Forestier)
A hiperostose difusa idiopática do esqueleto (diffuse idiopathic senile hyperostosis – 
DISH) ou hiperostose senil anquilosante é considerada por muitos como uma 
forma especial de osteoartrite, cujas principais características incluem calcificação 
e ossificação dos ligamentos da face ântero-lateral da coluna vertebral, como viu-se 
nas radiografias em AP (a) e perfil (b). É caracterizada por formação de osteofitos 
exuberantes, principalmente no aspecto anterior dos corpos vertebrais e relativa 
preservação da altura dos espaços intersomáticos.
Espondilolistese em radiografia em 
perfil da coluna lombar
Alterações severas nas articulações 
interfacietárias L4-L5 com espondilolistese 
anterior grau I-II, que corresponde a um 
deslocamento anterior do corpo vertebral de 
20% a 30%. Esse desalinhamento vertebral pode 
causar a lombalgia mecânica recidivante (a).
Imagem em detalhe da lesão relatada anteriormente. As alterações degenerativas 
discais, em associação com as facetárias, podem levar ao escorregamento de uma 
vértebra sobre a outra, mais comumente de L4 sobre L5 (b).
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Atlas Ilustrado
Tomografia 
computadorizada com 
estenose do canal vertebral 
Alterações degenerativas severas 
nas articulações interfacetárias 
de L4-L5. Presença de ar no 
espaço articular (sinal do vácuo), que é quase patognomônico de processo 
degenerativo. Há hipertrofia faceto-ligamentar determinando redução da 
amplitude do canal vertebral (a).
Na mesma paciente da imagem anterior notar abaulamento discal difuso, que 
comprime a margem anterior do saco dural associado à hipertrofia faceto-ligamentar, 
determinando redução da amplitude do canal vertebral (estenose de canal). Observar 
eburnificação intensa das articulações interfacetárias com projeção de osteofitos para 
dentro do canal vertebral, causando a chamada síndrome de estenose de canal com 
claudicação neurológica (b).
Espondiloartrose cervical na radiografia 
de perfil
Radiografia em perfil da coluna cervical 
evidenciando redução do espaço articular nas 
articulações uncovertebrais (U) e interfacetárias (I) 
ao nível de C5-C6 e C6-C7.
Espondiloartrose cervical na 
radiografia em incidência oblíqua
Nessa radiografia em incidência oblíqua 
esquerda observa-se a redução acentuada 
dos foramens de conjugação de C5-C6 (F5) 
e C6-C7 (F6), provocada por osteofitos nas 
articulações uncovertebrais e interfacetárias.
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Atlas Ilustrado
Osteoartrite acometendoa articulação atlantoaxial
Radiografia em perfil da coluna cervical, evidenciando redução do espaço entre 
o atlas e processo odontóide do áxis com esclerose das superfícies limitantes e 
formação de osteofitos incipientes.
DISH simulando espondilite 
anquilosante
Observe, nesta radiografia em AP da 
coluna dorsal, a presença de osteofitos 
grosseiros em seis níveis vertebrais com 
direcionamento horizontal, que podem se 
assemelhar aos sindesmófitos encontrados nas 
espondiloartropatias soronegativas (EASN), 
principalmente a espondilite anquilosante 
(EA). Nas EASN, contudo, os sindesmófitos 
são mais delicados e têm direcionamento 
vertical, permitindo a sua diferenciação em 
relação aos osteofitos da osteoartrite.
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Atlas Ilustrado
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Espondilite anquilosante acometendo coluna cervical simulando 
espondiloartrose cervical
O acometimento da coluna cervical na EA determina em muitos pacientes anquilose 
completa de todo o segmento cervical, limitando amplamente a flexão, extensão e rotação 
da cabeça. A espondiloartrose cervical cursa muitas vezes com limitação marcante à 
mobilização e dor contínua. Nesses casos o desenvolvimento de osteofitos determina 
redução dos foramens de conjugação, como pode-se ver nessa radiografia oblíqua 
de um paciente com espondilose (a), em comparação com a de um paciente com 
espondiloartrose (b). 
Para-sindesmófito em 
artrite psoriásica
Nesta tomografia computadorizada 
com reconstrução tridimensional, 
pode-se observar um para-
sindesmófito em paciente com 
espondilite psoriásica, lesão que 
se assemelha fortemente à de 
um osteofito, presente na radiografia de paciente com espondilose dorsal ao lado, 
mas que se diferencia desta primeira pelo direcionamento vertical característico das 
espondiloartropias soronegativas.
Espondilite psoriásica Espondilose dorsal
a b
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Enbrel® 
etanercepte 
APRESENTAÇÃO COMERCIAL: Cartucho contendo 4 estojos, unidos 2 a 2. Cada estojo contém 1 frasco-ampola com 25mg ou 50 mg de pó liófilo injetável, 1 seringa preenchida com 1 ml de água 
para injeção (diluente), 1 agulha, 1 adaptador e 2 lenços umedecidos com álcool. INDICAÇÕES: Redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite 
reumatóide ativa moderada a severa. Tratamento da artrite crônica juvenil em curso poliarticular em menores com idade entre 4 a 17 anos que apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais 
DMARDs (drogas modificadoras do curso da doença). Redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa. Inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas 
de pacientes com artrite psoriásica. Tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a severa. Pode ser usado isolado ou em associação ao 
metotrexato em pacientes adultos que não respondem satisfatoriamente à monoterapia com metotrexato. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade ao etanercepte ou a qualquer componente da 
formulação do produto e em pacientes com infecção generalizada ou em risco de desenvolvê-la. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções 
crônicas ou localizadas. PRECAUÇÕES: Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Caso ocorra alguma reação alérgica, procure seu médico 
imediatamente. ADVERTÊNCIAS: Imunossupressão: existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo o Enbrel® (etanercepte), comprometerem a defesa do hospedeiro contra infecções e 
doenças malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e pela modulação de respostas imunológicas celulares. No período pós-comercialização, vêm sendo recebidos relatos 
de doenças malignas em diversos órgãos. Ainda não se sabe ao certo qual o impacto do tratamento com etanercepte sobre o desenvolvimento e a progressão das doenças malignas e infecções 
ativas e/ou crônicas. Reações hematológicas: foram relatados casos incomuns de trombocitopenia (≥ 0,1% e < 1%), raros de pancitopenia (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raros de anemia aplástica 
(< 0,01%), dos quais alguns evoluíram para óbito, em pacientes tratados com etanercepte. Deve-se ter cuidado com pacientes que tenham história pregressa de discrasias sangüíneas. Todos os 
pacientes devem ser orientados a procurar aconselhamento médico imediatamente caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sangüíneas ou infecções (por ex.: febre persistente, 
dor de garganta, hematomas, sangramento, palidez) durante o tratamento. Se as discrasias sangüíneas forem confirmadas, etanercepte deve ser descontinuado. Formação de auto-anticorpos: o 
tratamento com etanercepte pode estar associado à formação de anticorpos auto-imunes (ver Reações Adversas). Vacinações: vacinas com microrganismos vivos não devem ser administradas 
concomitantemente a este medicamento. Se possível, atualizar as vacinações dos pacientes pediátricos de acordo com as normas locais atuais antes do início da terapia. Eventos do Sistema 
Nervoso Central (SNC): ocorreram relatos raros de distúrbios desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC) em pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte), porém ainda não se sabe ao 
certo qual a relação causal com o tratamento com etanercepte. Recomenda-se uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com doença 
desmielinizante do SNC preexistente ou de início recente ou aqueles pacientes considerados como tendo um risco aumentado de desenvolver distúrbios desmielinizantes. Distúrbios cardíacos: 
houve relatos pós-comercialização de piora da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com e sem a identificação dos fatores precipitantes, em pacientes que recebem Enbrel® (etanercepte). 
Embora não sejam conclusivos, os dados de um estudo clínico sugerem uma possível tendência à piora da ICC nos pacientes designados para o tratamento com etanercepte. Recomenda-se cautela 
ao usar este medicamento em pacientes que também sofrem de ICC. Gravidez: somente utilize Enbrel® (etanercepte) se for realmente necessário e sob estrita orientação médica. Lactação: não 
se sabe se etanercepte é excretado no leite materno. Como as imunoglobulinas e muitos outros medicamentos podem ser excretados no leite materno, deve-se optar entre descontinuar a 
amamentação ou descontinuar Enbrel® (etanercepte) durante o período de amamentação. Uso pediátrico: não há estudos sobre o uso de Enbrel® (etanercepte) em crianças com menos de 4 anos 
de idade. Uso em idosos: não se recomenda ajuste posológico específico. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos sobre este tipo de 
efeito. REAÇÕES ADVERSAS: Pacientes adultos: a proporção de descontinuação do tratamento devido a reações adversas nos estudos clínicos controlados em pacientes com artrite reumatóide 
foi semelhante ao grupo placebo. Reações no local da administração: em estudos clínicos controlados, os pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram incidência significantemente 
maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os que receberam placebo. A freqüência de reações no local da administração foi maior no primeiro mês, 
diminuindo posteriormente. Na experiência pós-comercialização, também foram observados sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento com Enbrel® (etanercepte). 
Infecções: nos estudos controlados em pacientes com artrite reumatóide, as taxas relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de vida ou que necessitaram de hospitalização ou 
antibioticoterapia intravenosa) e não-sérias foram semelhantes para os grupos tratados com Enbrel® (etanercepte) e placebo,quando ajustadas de acordo com a duração da exposição. Infecções 
do trato respiratório superior foram as infecções não-sérias mais freqüentemente relatadas. Os dados de um estudo clínico em pacientes com septicemia estabelecida sugerem que o tratamento 
com etanercepte pode aumentar a mortalidade nesses pacientes. Na experiência pós-comercialização, foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os patógenos mencionados estão bactérias, 
micobactérias (incluindo a da tuberculose), vírus e fungos. Os pacientes que desenvolvem uma infecção nova durante o tratamento devem ser atentamente monitorizados. A administração do 
medicamento deve ser descontinuada se o paciente desenvolver uma infecção séria. Reações alérgicas: em estudos clínicos, reações alérgicas foram comumente relatadas associadas à 
administração de Enbrel® (etanercepte). Na experiência pós-comercialização, reações alérgicas, incluindo angioedema, erupção cutânea e urticária, foram incomuns; as reações sérias têm sido 
raras. Câncer: a freqüência e incidência de novas doenças malignas, observadas nos estudos clínicos com Enbrel® (etanercepte), foram semelhantes às esperadas nas populações estudadas. 
Durante o período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos locais. Formação de auto-anticorpos: em estudos controlados, houve aumento da 
porcentagem de pacientes que desenvolveram novos anticorpos antinucleares positivos (ANA) (≥ 1:40), novos anticorpos anti-DNA de dupla fita positivos e novos anticorpos anti-cardiolipina em 
comparação aos pacientes que receberam placebo. Esses pacientes não apresentaram nenhum sinal característico de uma nova doença auto-imune. Pacientes pediátricos: em geral, os eventos 
adversos em pacientes pediátricos apresentaram freqüência e tipo semelhantes aos observados em adultos. Os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram 
incidência significantemente maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os pacientes tratados com placebo em estudos clínicos controlados. Infecção 
foi o evento adverso mais comum em pacientes pediátricos tratados com Enbrel® (etanercepte), tendo ocorrido com incidência semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções 
relatadas em pacientes com artrite crônica juvenil foram, em geral, leves e compatíveis com os freqüentemente observados em populações de pacientes pediátricos ambulatoriais. Em estudos 
clínicos, foram relatados dois casos de varicela com sinais e sintomas sugestivos de meningite asséptica entre os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com etanercepte. INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS: Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite reumatóide, não foram observadas interações ao se administrar Enbrel® (etanercepte) com glicocorticóides, 
salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), analgésicos ou metotrexato. O metotrexato não altera a farmacocinética de Enbrel® (etanercepte). Evitar o uso associado de Enbrel® (etanercepte) 
e anakinra, pois ocorre risco aumentado de infecções sérias e neutropenia. Pacientes que usavam sulfassalazina com dose estabelecida na qual acrescentou-se etanercepte, apresentaram diminuição da 
contagem média de leucócitos, quando comparado aos medicamentos utilizados isoladamente. POSOLOGIA: Uso em adultos (com 18 anos ou mais): Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante e 
Artrite Psoriásica: a dose recomendada é de 50 mg de Enbrel® (etanercepte) por semana (em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 
mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 ou 4 dias de intervalo) Psoríase em Placas: A dose de Enbrel® (etanercepte) é de 50 mg por semana (em uma injeção subcutânea 
utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo). Respostas maiores podem ser 
obtidas com tratamento inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por semana. Uso em menores (> 4 e < 18 anos): A dose recomendada para pacientes pediátricos com ACJ 
poliarticular é de 0,8 mg/kg de Enbrel® (etanercepte) por semana (até o máximo de 50 mg por semana). A dose permitida em um único local de aplicação em pacientes pediátricos é de 25 mg. 
Portanto, para pacientes pediátricos com mais de 31 kg, a dose semanal total deve ser administrada em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas 
de 25 mg administradas no mesmo dia,em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo. Enbrel® (etanercepte) não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de idade. Uso em pacientes 
idosos e em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário ajuste de dose. Modo de administração: deve ser administrado por via subcutânea na coxa, abdômen ou braço. 
Alternar os locais de administração. A cada nova aplicação, usar um local diferente a, pelo menos, 3 cm de um local anterior. NÃO aplicar a injeção em áreas em que a pele estiver sensível, com 
hematoma, avermelhada ou endurecida. Na ausência de estudos de incompatibilidade, Enbrel® (etanercepte) não deve ser misturado a outros medicamentos. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 
Registro MS - 1.2110.0206 Informações adicionais disponíveis aos profissionais de saúde mediante solicitação: Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda. – Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – 10o andar 
– Itaim Bibi, São Paulo – CEP 04530-001. Para informações completas, consultar a bula do produto. ENB0206CDS11 Referências Bibliográficas: 1. Furst DE, Wallis R, Broder M, et al. Tumos 
necrosis factor antagonists: different kinetics and/or mechanisms of action may explain differences in the risk for developing granulomatous infection. Semin Arthritis Rheum 2006;36:159-67. 2. Cohen 
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“Os conceitos aqui emitidos são de responsabilidade de seu(s) autor(es) e não refletem, necessariamente, a opinião de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Direitos reservados - é proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
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 “A Segmento Farma possui autorização dos pacientes fotografados para a reprodução de suas imagens neste material científico para a classe médica.”
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fascículo 4
Artrite reumatóide
Sumário
Artrite reumatóide inicial ..................................................................3
Manifestações articulares evolutivas ................................................5
Manifestações extra-articulares da artrite reumatóide ....................17
Síndromes de superposição .............................................................20
Editorial 
Artrite reumatóide
A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória autoimune, crônica, de etiologia desconhecida, caracterizada por sinovite, em padrão 
poliarticular e simétrico, cumulativo de pequenas e grandes articulações. A AR pode apresentar acometimento extra-articular envolvendo 
pulmões, coração, rins e, mais freqüentemente com nódulos reumatóides.
A prevalência e a gravidade são variáveis, atingindo de 0,5% a 3% da população mundial, podendo apresentar desde um curso brando 
até formas graves e incapacitantes. O predomínio é do sexo feminino, com as mulheres sendo três vezes mais acometidas na fase adulta, 
diferença

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