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AULA 6 GESTÃO DE PESSOAS Profª Janete Schmidmeier 2 TEMA 1 – CONSULTORIA E AUDITORIA EM GESTÃO DE PESSOAS Nesta aula, vamos tratar dos temas consultoria e auditoria em gestão de pessoas, abordando os conceitos fundamentais, a diferença entre ambos e os principais benefícios de sua realização. Trataremos, também, da gestão de equipes multiculturais, uma realidade bastante comum em organizações multinacionais, e de como construir vantagens competitivas por meio dos conflitos culturais presentes neste tipo de grupo. Concluiremos nossa conversa revisando os novos paradigmas de gestão de pessoas e analisando práticas inovadoras, tanto de gestão de pessoas, explorando o método do RH Ágil, quanto de gestão de equipes, abordando estratégias de gestão em equipes de alto desempenho. Bons estudos e lembre-se: “Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levam a lugar nenhum” (Henry Kissinger). Dois outros recursos que contribuem para a melhoria dos resultados de gestão de pessoas e, consequentemente, de outros resultados das áreas, é a consultoria e auditoria em gestão de pessoas. Muitas vezes, eles são tratados em conjunto nas organizações, porém são bastante diferentes em suas definições e objetivos, conforme apresentado na Figura 1. Figura 1 – Diferença entre consultoria e auditoria Com base na Figura 1, é possível constatar que consultoria trata do processo de análise e soluções sobre uma questão específica, já a auditoria aborda ferramentas de avaliação da situação presente. Mas que tal tratar cada um desses conceitos deles separadamente, começando pela consultoria? 3 A consultoria pode ser definida, segundo Schein (1972), como um conjunto de atividades que buscam auxiliar o cliente na percepção, no entendimento e no planejamento de ações no sentido de sanar problemas no ambiente organizacional. Como o foco nesta disciplina é a gestão de pessoas, vamos direcionar nossa atenção a este tipo de consultoria, ou seja, na consultoria em gestão de pessoas. A consultoria em gestão de pessoas é uma ferramenta, um recurso, que facilita a adaptação dos processos às mudanças constantes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e de trabalho das equipes e funcionários (Teixeira, 2015). Essa definição é bem genérica e engloba dois tipos de consultoria: a interna e a externa. A consultoria externa é caracterizada pela contratação de um especialista externo à organização, acionado para realizar sua função de consultor por período definido, com o objetivo de contribuir em algum processo de mudança, sanar algum problema, melhorar algum processo específico ou garantir o atendimento às regulamentações que envolvem a gestão de pessoas na organização. Já a consultoria interna em gestão de pessoas é caracterizada pela atuação de um profissional da área de gestão de pessoas como consultor nas demais áreas da organização, no sentido de atuar como um parceiro estratégico junto às lideranças das áreas. Esta é uma tendência bastante moderna da atuação dos profissionais da área de RH, uma vez que as funções de gestão de pessoas têm sido descentralizadas para os líderes de áreas e cabe ao profissional de RH garantir que as políticas e os processos de gestão de pessoas sejam bem aplicados por todos na organização. Os profissionais da área de gestão de pessoas que atuam como consultores internos são chamados de Business Partner (BP) da área de gestão de pessoas. Para a implantação de um processo de consultoria interna, Orlickas (2013) apresenta nove passos que a área de RH deve seguir, sendo eles: (1) execução do benchmark; (2) conscientização; (3) desburocratização e racionalização; (4) políticas de RH bem definidas; (5) aplicação de job rotation; (6) sustentação administrativa e funcional; (7) capacitação de cada profissional de RH; (8) definição do papel do consultor interno; e (9) revisões e avaliações. 4 Já a auditoria em Gestão de Pessoas é uma ferramenta abrangente que tem por objetivo revisar atuais políticas, procedimentos, documentação e sistemas de gestão de pessoas, a fim de identificar necessidades de melhoria, bem como avaliar a conformidade com mudanças constantes, regras, regulamentos, cultura, entre outros. Auditorias de recursos humanos não são práticas de rotina voltadas para a solução de problemas. Em vez de resolverem diretamente os problemas, as auditorias de RH, assim como as auditorias financeiras, ajudam a fornecer insights sobre as possíveis causas dos problemas atuais e futuros. Uma auditoria envolve a revisão sistemática de todos os aspectos da gestão de pessoas de maneira padronizada, tanto na própria área de gestão de pessoas como nas demais áreas da organização. O objetivo geral de uma auditoria em gestão de pessoas é reconhecer os pontos fortes e identificar quaisquer necessidades de melhoria na função de recursos humanos. Uma auditoria devidamente executada revelará áreas problemáticas e fornecerá recomendações e sugestões para a solução desses problemas. Que tal conhecer mais alguns objetivos deste tipo de auditoria? • Garantir a utilização efetiva dos recursos humanos da organização; • Revisar a conformidade em relação à administração da organização e à descentralização de algumas funções de gestão de pessoas; • Estabelecer planos de melhoria futura para os processos de gestão de pessoas. Como na consultoria, a auditoria é dividida em auditoria interna e auditoria externa, apresentando as mesmas características dos elementos analisados para a consultoria. Saiba mais Para garantir um melhor entendimento sobre o tema, leia o cap. 2.1 (págs. 50 – 60) do livro Auditoria de Recursos Humanos, disponível na Biblioteca Virtual (BUSSE, A. M. F.; MANZOKI, S. L. Auditoria de Recursos Humanos [livro eletrônico]. 2014.). E assista à explicação da professora no vídeo online. TEMA 2 – GESTÃO DE EQUIPES MULTICULTURAIS “Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa.” (André Dias) 5 A globalização e a redução das fronteiras mundiais têm criado um ambiente de troca de produtos, know-how, mão de obra e conhecimentos em uma esfera nunca vista antes. No cenário atual, é crescente o número de equipes chamadas de multiculturais por serem caracterizadas por indivíduos de diversas culturas. Já tratamos da cultura individual e organizacional anteriormente, portanto, nesta temática, focaremos na interculturalidade entre integrantes de equipes multiculturais. O primeiro elemento envolvendo a gestão de equipes multiculturais de que trataremos são as dimensões culturais presentes em cada cultura e seu impacto na gestão de grupos heterogêneos. Hofstede (1980) desenvolveu uma pesquisa junto aos 116 mil funcionários da IBM em 40 países e, com base no resultado, definiu cinco dimensões culturais que identificam valores relativos ao trabalho de cada cultura (Robbins, 2014, p. 19 - 20), sendo eles: • Distância do poder; • Individualismo X coletivismo; • Quantidade de vida X qualidade de vida; • Aversão à incerteza; • Orientação de longo prazo X orientação de curto prazo. O autor utiliza estas dimensões na análise das diferenças culturais no ambiente organizacional. Ou seja, como o indivíduo, por meio de sua base cultural, se comporta e se expressa em situações cotidianas diversas nas organizações. Apesar de a pesquisa de Hofstede ser antiga, é considerada um dos pilares de análise da diversidade cultural até os dias de hoje. O interculturalidade tende a causar choques culturais que criam um clima desconfortável no grupo, o que pode ser bastante nocivo ao desempenho organizacional se não for bem gerenciado, evidenciando a relevância de uma gestão efetiva. Mas como gerenciar esta interculturalidade e seu impacto no dia a dia da equipe? Dois autores, Friedman e Antal (2005), listam, em suas pesquisas sobre interculturalidade, ashabilidades que compõem o conjunto da competência intercultural, sendo elas: • saber reconhecer e otimizar as diferenças culturais como recursos para o aprendizado e para a criação de ações efetivas em contextos específicos; 6 • pensar e agir com base nas premissas de adaptação e na empatia com o outro, bem como na consciência de que compartilhamos, a todo tempo e espaço, um complexo cultural; • engajar o outro (equipes de trabalho, parceiros, comunidades, governos, entre outros stakeholders) a explorar demandas tácitas que permeiam comportamentos e necessidades da organização e da sociedade. Somada à importância da competência intercultural na gestão de equipes multiculturais, o líder tem um papel importante na criação de um ambiente de respeito e confiança no grupo, propício para os processos de aprendizagem e desenvolvimento. Para Adler (2008), existem diferenças entre uma gestão eficiente e ineficiente das equipes multiculturais, conforme pode ser percebido na Tabela 1: Tabela 1 – Diferença entre gestão eficiente e ineficiente Gestão Eficiente Gestão Ineficiente Inovadora Divergente (antes) - Diferenças reconhecidas; - Membros selecionados por habilidades relacionadas às tarefas; - Respeito mútuo; - Equilíbrio de poder; - Objetivo bem coordenado; - Feedback externo. Rotineira Convergente (depois) - Diferenças ignoradas; - Membros selecionados com base na etnia; - Etnocentrismo; - Domínio cultural; - Objetivos individuais; - Falta de feedback (autonomia) Fonte: Adler (2008). O tema é extenso e não temos a pretensão de esgotar o assunto, mas com estas visões acerca das estratégias de gestão da interculturalidade já é possível realizar um diagnóstico organizacional e implantar ações para garantir a expansão dos benefícios de uma gestão eficiente das equipes multiculturais. Para concluir, Bueno (2010) defende que [as] equipes de alta e de baixa performance diferem no modo como tratam a diversidade e não pela presença da diversidade na equipe. Quando ela é bem gerenciada, torna-se um ativo que impulsiona a 7 produtividade da equipe e quando é ignorada, ela causa problemas e conflitos que diminuem a eficiência (p. 65). Saiba mais E que tal conhecer mais sobre o tema? Leia o artigo “Competência Intercultural Grupal: Uma Proposição de Conceito”, disponível no link: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/59430>. TEMA 3 – NOVOS PARADIGMAS NA GESTÃO DE PESSOAS “Quase sempre a mudança traz quebras de paradigmas antigos e sua substituição por paradigmas novos.” (Idalberto Chiavenato) Um paradigma é “um conjunto de regras que define fronteiras entre o que é certo e errado, entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o que se deve fazer e o que não se deve fazer” (Chiavenato, 2008, p. 8). Isto é, um paradigma influencia poderosamente as pessoas quanto ao seu comportamento e às suas atitudes (Chiavenato, 2008). Segundo os novos paradigmas, a organização “é um sistema dinâmico e orgânico, a cooperação a impulsiona e a move, toda a equipe-chave deve conhecer as estratégias e metas organizacionais e delegar é ganhar poder” (Knapik, 2012, p. 39). Neste novo paradigma, alguns aspetos são vitais para a sobrevivência da organização, dentre eles, motivação, transparência e clareza, engajamento, cooperação e alinhamento de valores. O papel do gestor, para Knapik (2012), também sofreu alteração por meio dos novos paradigmas. Segundo a autora, o papel do líder passou a ser o de orientador, estrategista, sempre com uma visão de futuro e novos negócios, conforme apresentado na Tabela 2. Tabela 2 – Diferenças entre a visão mecanicista e a holística VISÃO MECANICISTA VISÃO HOLÍSTICA A competição é a chave para o sucesso A cooperação é a chave para o sucesso Sigilo nas estratégias Transparência nas estratégias Linha de produção Células de trabalho Foco na produção Foco no cliente 8 Eficiência em primeiro lugar Flexibilidade em primeiro lugar A empresa é como uma máquina e as pessoas são as peças que compõem esta máquina A empresa é um sistema dinâmico e vivo A abertura e transparência são secundárias A abertura e a transparência são ferramentas de sucesso Delegar representa perder poder Delegar representa ganhar poder Impessoal e burocrática Organização baseada em pessoas Muitos níveis hierárquicos Poucos níveis hierárquicos O melhor vencerá O grupo vencerá Paternalismo Profissionalismo Fonte: Knapik (2012, p. 40). Somado aos argumentos apresentados, Dutra (2002, p. 43) defende a existência de quatro premissas que apoiam os novos paradigmas de gestão de pessoas: • Foco no desenvolvimento, e não no controle; • Foco nos processos, e não nos instrumentos; • Foco nos interesses conciliados, e não nos interesses da empresa; • Foco no modelo integrado e estratégico, e não no modelo constituído por partes desarticuladas entre si. Em uma visão complementar, Chiavenato (2008, p. 81) apresenta os novos paradigmas coerentes com o modelo orgânico de organizações, sendo eles: • Estrutura organizacional flexível e adaptável; • Cargos continuamente modificados e redefinidos; • Descentralização das decisões; • Hierarquia flexível; • Maior confiabilidade nas comunicações informais; • Ênfase no relacionamento humano; • Predomínio da interação lateral e horizontal sobre a vertical; • Sistemas genéricos e amplos de controle; • Ênfase nas pessoas; • Sistema orgânico, aberto e extrovertido. 9 Assim, “as empresas inovadoras devem ser desenhadas como sistemas humanos de contínua aprendizagem e de acumulação gradativa de experiência” (Chiavenato, 2008, p. 113). Saiba mais Para conhecer mais sobre os novos paradigmas de gestão de pessoas, assista ao vídeo “As Pessoas Fazem a Diferença”, disponível no link <https://www.youtube.com/watch?v=tVVipZT1cZU>, e assista ao vídeo online com maiores esclarecimentos sobre o tema. TEMA 4 – PRÁTICAS INOVADORAS DE GESTÃO DE PESSOAS “Ser ágil não é ser rápido e sim adaptável.” (Andre Bocater Szeneszi) Devemos criar e/ou adaptar a organização diante de um ambiente em mudança e poucas são aquelas que podem ignorar esta realidade. As opções disponíveis neste cenário variam entre ser um beneficiário ou uma vítima de mudança. Para se tornar um beneficiário, como apontado anteriormente, é necessário que sejam implantados sistemas inovadores de gestão de pessoas que resultem em eficácia organizacional. As organizações estão reconhecendo a importância dos seus recursos humanos como diferencial competitivo em um ambiente de constantes transformações e coerente com este cenário, os RHs estão se transformando, a fim de garantir soluções inovadoras em gestão de pessoas advindas de novas demandas das mudanças tecnológicas e do mercado. E uma das principais inovações é o RH Ágil. O RH Ágil é apoiado por um manifesto chamado de Manifesto para o Desenvolvimento de um RH Ágil. Neste documento, são apresentados os valores e princípios que devem nortear o desenvolvimento deste novo modelo de gerir pessoas, conforme Tabela 3. Tabela 3 – Manifesto para o desenvolvimento de um RH ágil VALORES Estamos descobrindo melhores maneiras de desenvolver uma cultura envolvente no local de trabalho, fazendo nós mesmos e ajudando outros a fazerem o mesmo. Por meio deste trabalho, valorizamos: 10 REDES COLABORATIVAS mais que estruturas hierárquicas TRANSPARÊNCIA mais que segredo ADAPTABILIDADE mais que prescrição INSPIRAÇÃO E ENGAJAMENTO mais que gerenciamento e retenção MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA mais que recompensas extrínsecas ASPIRAÇÃO mais que obrigação Ou seja, mesmo havendo valor nos itens da direita, valorizamos mais os itens da esquerda. PRINCÍPIOS Apoiar as pessoas a se engajarem, crescerem e serem felizes em seu local de trabalho. Incentivaras pessoas a receberem as mudanças e adaptarem- se quando necessário. Ajudar a construir e apoiar redes de capacitação, equipes colaborativas e auto-organizadas. Nutrir e apoiar a motivação e as capacidades das pessoas e da equipe, ajudando-as a construir o ambiente que elas precisam, e confiar nelas para fazerem o trabalho. Facilitar e nutrir o crescimento pessoal para aproveitar as diferentes forças e talentos de cada um. Fonte: Adaptado de Reis, 2019. A metodologia Agile teve origem nas áreas de tecnologia e foi adaptada para a área de gestão de pessoas, tendo como primeiro foco a avaliação de desempenho. “É um modelo que não exatamente utiliza a ampla variedade de ferramentas tecnológicas (embora se aproprie de muitas delas), mas que encontrou um norte dentro da troca de feedbacks objetivos e instantâneos e na gestão de desempenho” (Orofino, 2018, s.p.). Dentre as mudanças alavancadas neste momento de transição para um RH Ágil, os autores Cappelli e Tavis (2018) elencam os seguintes: • Avaliações de desempenho mais frequentes: Como as pessoas trabalhavam em projetos de prazo mais curto, com diferenças de amplitude, conduzidos por diferentes líderes e organizados em torno de equipes, a noção de que o feedback de desempenho deve ser fornecido uma vez por ano, pelo chefe, é praticamente inconcebível. É preciso haver mais avaliações, mais frequentes e realizadas por mais pessoas. Depois de aprenderem essa difícil lição, muitas organizações adotam avaliações frequentes de desempenho, muitas vezes realizadas projeto por projeto. 11 • Líderes com perfil de coaching: As empresas que adotam com mais eficácia as práticas de talento ágil investem no aprimoramento das habilidades de coaching dos seus gestores. • Foco nas equipes: O RH tradicional focava nas pessoas – metas, desempenho e necessidades. No entanto, agora que tantas empresas estão organizando seu trabalho projeto a projeto, seus gestores e sistemas de talento estão se tornando mais focados nas equipes. Os grupos também estão assumindo o encargo de acompanhar seu próprio progresso, identificar obstáculos, avaliar sua liderança e gerar insights para melhorar o desempenho. • Remuneração atrativa: A forma de pagamento está mudando igualmente. Pesquisas e experiências mostram que a remuneração tem mais eficácia como motivador quando oferecida logo depois que o intento esperado se concretiza. Recompensas imediatas reforçam feedback instantâneo de forma vigorosa. Os aumentos anuais de salário baseados no mérito são menos eficientes porque o intervalo decorrido é muito longo. • Recrutamento assertivo e rápido: Nenhuma requisição começa se a discussão sobre as qualidades desejáveis do candidato ainda não estiver concluída na equipe de trabalho. As vagas são classificadas e a equipe se concentra nas contratações de prioridade máxima até completá-las. A equipe trabalha em várias contratações de uma vez, e isso permite que seus membros partilhem informações sobre os candidatos que melhor se encaixam nos cargos. • Aprendizado e desenvolvimento contínuo: Muitas organizações ágeis já dispõem de um conjunto de módulos de aprendizagem on-line que os funcionários podem acessar on demand. Abordagens mais recentes utilizam, ainda, análises de dados para identificar as habilidades exigidas para determinadas tarefas e seus progressos, e depois sugerem aos funcionários individualmente o tipo mais adequado de treinamento segundo suas experiências e interesses. São muitas as mudanças de visão acerca dos produtos de gestão de pessoas vinculadas à implantação de um RH Ágil, porém as apresentadas anteriormente são consideradas as principais e mais impactantes no processo. 12 Saiba mais Gostou de conhecer esta prática inovadora de gestão de pessoas? Então, para ampliar seu conhecimento, leia o artigo “O RH torna-se ágil”, disponível no link: <https://hbrbr.uol.com.br/rh-agil-feedback/>. E assista ao vídeo no material online. TEMA 5 – PRÁTICAS INOVADORAS DE GESTÃO DE EQUIPES “Com talento, ganhamos partidas. Com trabalho de equipe, paixão e inteligência, ganhamos campeonatos.” (Michael Jordan) Antes de iniciar a discussão sobre as práticas inovadoras de gestão de equipes, vale relembrar os principais atributos de equipes de alto desempenho, segundo Chiavenato (2016, p. 59): • Participação: todos os membros da equipe estão fortemente comprometidos com o empowerment e autoajuda mútua; • Responsabilidade solidária: todos os membros sentem-se responsáveis pelos resultados do desempenho da equipe; • Clareza: todos os membros compreendem e apoiam os objetivos da equipe; • Interação: todos os membros se comunicam entre si dentro de um clima aberto e confiável; • Flexibilidade: todos os membros querem mudar e melhorar continuamente o desempenho da equipe; • Focalização: todos os membros são dedicados a alcançar as expectativas do trabalho e os objetivos da equipe; • Criatividade: todos os talentos e ideias são usados para ajudar a equipe a encontrar sempre novas soluções e inovação no trabalho; • Rapidez: todos os membros atuam prontamente sobre os problemas e aproveitam as oportunidades que surgem. Algumas condições são fundamentais para garantir os resultados extraordinários das equipes. Para Mussak (2013), a equipe precisa, em primeiro lugar, de um objetivo bem definido e uma missão grandiosa, acompanhados de uma estratégia inteligente. Em segundo lugar, a equipe deve ser composta de pessoas que gostem de desafios, além de ter como característica a complementariedade, o entrosamento e a confiança. E, por fim, o líder desta 13 equipe deve ser inspirador, “aquele tipo de líder que, além de defender a causa e ter apreço pelo desafio e pelo risco, transpira uma insatisfação pessoal permanente” (Mussak, 2013, s.p.). Segundo o site Mundorh (2018, s.p.): [...] os desafios vividos pelos profissionais de Recursos Humanos são diários. Segundo estudo da consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), o nível de comprometimento da liderança com a gestão de pessoas é crucial para 70% dos 1.160 executivos consultados. Em tempos de digitalização e de uma nova geração entrando no mercado de trabalho, é preciso levar em conta questões como humanização do ambiente, novas formas de produtividade, constante aprendizado, adaptação às tecnologias que surgem, uma cultura interna que evite conflitos e que valorize o ser humano, além de um plano de carreira motivador. E que tudo isso, é claro, influencie na boa performance das empresas. O trecho evidencia as tendências na gestão de pessoas e equipes e nos inspira a buscar, como gestores de pessoas, o autodesenvolvimento e a prática de ferramentas de gestão inovadoras, conectadas aos novos paradigmas de gestão de pessoas. Saiba mais Para buscar mais conhecimento sobre as práticas aplicadas no mercado, leia o artigo “Empresas destacam suas ações inovadoras em RH”, disponível no link: <https://www.mundorh.com.br/empresas-destacam-suas-acoes-inovadoras- em-rh/>. E acesse o material online para assistir ao vídeo desta temática. Esperamos que você tenha gostado desta disciplina e aplique os princípios e as práticas de gestão de pessoas alinhados com os modelos mais orgânicos de gestão. Aproveite o crescimento no desempenho individual, da equipe e da organização. Até a próxima! 14 REFERÊNCIAS ADLER, N. J.; GUNDERSEN, A. International dimensions of organizational behavior. Cengage Learning, 2008. BARRETT, P. Innovative People Management and Systems in the Australian Public Sector, 2003. BUENO, J. M. Brasileiros e estrangeiros na construção de um cotidiano organizacional intercultural. 300 f. Tese (Doutorado em Administração) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2010. CAPPELLI, P.; TAVIS, A. O RH torna-se ágil, 1 abr. 2018. Disponível em: <https://hbrbr.uol.com.br/rh-agil-feedback/>.Acesso em: 21 ago. 2019. CHIAVENATO, I. Paradigmas, os novos. Como as mudanças estão mexendo com as empresas. Barueri, SP: Manole, 2008. DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. p. 41-60, 2002. FRIEDMAN, V. J.; ANTAL, A. B. Negotiating reality a theory of action approach to intercultural competence. Management learning, v. 36, n. 1, p. 69-86, 2005. HOFSTEDE, G. Culture and organizations. International Studies of Management & Organization, v. 10, n. 4, p. 15-41, 1980. KNAPIK, J. Gestão De Pessoas e Talentos. Curitiba: Editora Ibpex, 2012. MUNDORH. Empresas destacam suas ações inovadoras em RH. Disponível em: <https://www.mundorh.com.br/empresas-destacam-suas-acoes-inovadoras- em-rh/>. Acesso em: 21 ago. 2019. MUSSAK, E. Equipes de alto desempenho têm paixão no trabalho. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/um-time-de-verdade/>. Acesso em: 21 ago. 2019. ORLICKAS, E. Consultoria interna de recursos humanos: conceitos, benchmarking, cases, indicadores. 11. ed. São Paulo: Danielli Editores, 2013. OROFINO, M. A. RH ágil: 6 estágios da transformação digital em RH. Disponível em: <https://beefind.com.br/rh-agil/>. Acesso em: 21 ago. 2019. REIS, A. Habilitando a Agilidade em Toda a Organização: o papel do RH. Disponível em: <http://blog.adaptworks.com.br/en/2018/04/habilitando-a- 15 agilidade-em-toda-a-organizacao-o-papel-do-rh/#.WtnYWy7waM8>. Acesso em: 21 ago. 2019. ROBBINS, A. M. American Hybrid Poetics: Gender, Mass Culture, and Form. Rutgers University Press, 2014. SCHEIN, E. H. Consultoria de procedimentos: seu papel no desenvolvimento organizacional. São Paulo: Edgar Blücher, 1972. TEIXEIRA, D. Gestão de Pessoas e a Contribuição da Consultoria. Administradores.com, 5 fev. 2015. Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/gestao-de-pessoas-e-a-contribuicao-da- consultoria>. Acesso em: 21 ago. 2019.
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