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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS TRABALHO DISCENTE EFETIVO: ANTIOXIDANTES E CONSERVANTES CURITIBA 2019 1 CONSERVANTES E ANTIOXIDANTES 1.1 APLICAÇÕES 1.1.1 Conservantes Com o objetivo de prolongar a vida de prateleira de um produto, protegendo-o de ações de bactérias, fungos e leveduras e até reações químicas, que possam alterar características sensoriais dos alimentos, utiliza-se das propriedades dos conservantes. Suas funções podem ser desde bacteriostáticas, impedindo o crescimento de microrganismos, bactericida, que atua com objetivo de matar esses microrganismos e também controladores de reações químicas no produto. Na tabela 1 são apresentados alguns conservantes utilizados na indústria de alimentos juntamente com sua aplicação. tabela 1 - conservantes utilizados na indústria de alimentos juntamente com sua aplicação. conservante aplicação O ácido sórbico e seus derivados -Ação antimicrobiana atua em diversos pontos de ataque, como por exemplo, as enzimas do metabolismo dos carboidratos e do ciclo dos citratos (padaria, produtos lácteos, geléias, xaropes, vinhos e outras bebida) ácido benzóico -antibacterianos e antifúngicos alimentos como picles, compotas e doces com baixo teor em açúcar, molhos e condimentos. ácido propiônico e seus sais -bastante eficazes contra bolores são usados na indústria de panificação devido a sua pouca atuação contra os fermentos biológicos Dióxido de enxofre e seus derivados São empregados como agentes inibidores de mofo, leveduras e bactérias, além de evitarem o escurecimento enzimático e não enzimático dos alimentos. É largamente utilizado na fabricação de vinhos, por ter um efeito antimicrobiano seletivo sobre as bactérias acéticas Os nitritos e nitratos Realçador de cor, sabor e textura e ação antimicrobiana contra o microrganismo clostridium botulinum em produtos cárneos Nisina Sem ação sobre as bactérias gram negativas, perda de atividade em torno de pH 4. Tem atividade antimicrobiana (perfuração da membrana citoplasmática contra a maioria dos microrganismos gram positivas, incluindo bactérias esporuladas anaeróbicas. O uso simultâneo da nisina e do ácido sórbico e de seus sais permite obter um espectro de ação microbiana bem ampla, quase sem falhas. Aplicação em queijos ácido acético e acetatos. Possui ação contra as bactérias Bacillus, Clostridium, Listeria, Salmonella, Staphylococcus aureus, Pseudomonas, E. coli e Campylobacter e sobre os fungos Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Saccharomyces O ácido acético também é usado para estabilizar a acidez dos alimentos e como diluente para certas substâncias corantes. ácido láctico e seus sais Agem diretamente sobre o metabolismo bacteriano por acidificação intracelular, interferindo na transferência transmembranar de prótons, inibindo o mecanismo de retroação e quelando os cátions divalentes essenciais ao crescimento de patógenos fonte: FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 18 - 2011 1.1.2 Antioxidantes Segundo a ANVISA, antioxidante é a substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa no alimento. Os antioxidantes, do ponto de vista químico, são compostos aromáticos que contêm, ao menos, uma hidroxila, podendo essa hidroxila ser sintética, como o buthilidroxianisol (BHA) e o buthilidroxitolueno (BHT), que são amplamente utilizados dentro da indústria de alimentos, ou compostos naturais, que são substâncias bioativas, tais como os organosulfurados, fenólicos e terpenos, que fazem parte da constituição de diversos alimentos. Segundo a FDA, antioxidantes são substâncias utilizadas para preservar alimentos através do retardamento da deterioração, rancidez e descoloração decorrentes da oxidação. Na tabela 2 são apresentados alguns antioxidantes utilizados na indústria de alimentos juntamente com sua aplicação. tabela 2 - antioxidantes utilizados na indústria de alimentos juntamente com sua aplicação. antioxidante aplicação BHT Atua principalmente como um agente de terminação que suprime a auto-oxidação, um processo em que compostos orgânicos (geralmente) insaturados são atacados pelo oxigênio atmosférico. O BHT interrompe esta reação autocatalítica pela conversão de radicais peróxi a hidroperóxidos. BHA Impedir a oxidação e sequestrar radicais livres. TBHQ Impedir a oxidação e sequestrar radicais livres, sendo considerado o melhor antioxidante dentre os sintéticos. Ácido Cítrico Prevenção da turbidez, auxílio na retenção da carbonatação, potencialização dos conservantes, confere sabor frutado característico, prolonga a estabilidade da vitamina C, reduz alterações de cor, realça os aromas e tampona o meio. Ácido Ascórbico (vitamina C) Atuar como sinergista na regeneração de antioxidantes primários, também atua na fase aquosa como um excelente antioxidante sobre os radicais livres, não sendo capaz de agir nos compartimentos lipofílicos para inibir a peroxidação dos lipídeos, além da melhor conservação das vitaminas nos alimentos. Tocoferóis (vitamina E) É o mais importante antioxidante solúvel em lipídios e que protege as membranas da oxidação através da reação com radicais lipídicos produzidos na cadeia reativa da peroxidação de lipídios. Isto elimina os radicais livres intermediários e impede a reação de propagação de continuar. Ascorbil palmitato . Atua como antioxidante absorvendo o oxigênio por reação direta ou reagindo com os hidroperóxidos já formados. fonte: FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 36 - 2016 1.2 PROBLEMAS 1.2.1 Conservantes A avaliação da segurança dos conservantes, assim como de outros aditivos alimentares, é baseada em considerações tomadas a partir de dados toxicológicos disponíveis, incluindo observações em humanos e animais. A preocupação pública referente aos possíveis problemas de saúde que aditivos utilizados em alimentos podem trazer ao organismo humano é crescente não só no Brasil, mas em todo o mundo. Esses problemas dizem respeito as reacções adversas causadas por alguns aditivos alimentares. Muitas pesquisas têm sido realizadas nessa área com intuito de esclarecer essas dúvidas sobre os possíveis problemas. Normalmente, a preocupação existente se mostra majoritariamente baseada em crenças errôneas e no senso comum em relação aos aditivos alimentares. Poucas pesquisas realmente provam o efeito exato que os conservantes provocaram aos seres humanos, efeitos esses que estão normalmente associados a reações alérgicas (imunológicas). Além dos possíveis problemas de saúde, a adição de aditivos pode trazer problemas tecnológicos ao próprio alimento no qual é adicionado, problemas no sentido de prejudicar a qualidade do produto, seja nutricional ou sensorial. No quadro x são apresentados alguns aditivos utilizados como conservantes na indústria de alimentos, juntamente com os problemas de saúde que esses podem trazer aos consumidores e os problemas tecnológicos. Tabela 1 – Conservantes utilizados em alimentos e problemas relacionados ao uso Conservante Problemas O dióxido de enxofre e seus derivados -Não pode ser usado em alimentos fontes de tiamina(carnes, grão de cereais e peixes). -SO2 conserva a coloração natural da carne, podendo mascarar estágios de deterioração. -Hipersensibilidade induzida por sulfito (asmáticos). -Irritação pulmonar Nitratos e nitritos -Estressores oxidativos -Mutagênicos -Metemoglobinemia. ácido sórbico e seus derivados -Baixo potencial alergizante -Uso restringido a alguns produtos devido ao fato de conferir gosto forte e apimentado Ácido benzóico e seus sais -Não apresenta efeitos tóxicos agudos ou sub crônicos, mas possíveis efeitos clastogênicos e teratogênicos. Ácido propiônico -Cancerígeno Ácido p-hidroxibenzóico e seus ésteres (parabenos) -Gosto desagradável -Urticária crônica – angioedema* -Reações asmáticas* *Sem confirmação exata do efeito. Fonte: Autores, 2019. Vários relatórios destacaram que os muitos conservantes de alimentos, incluindo sorbatos, peróxido de hidrogênio, ácido benzóico e benzoato de sódio, têm o potencial de causar problemas de saúde, especialmente se usados em concentrações mais altas nos alimentos. Em pesquisas realizadas em roedores foi relatado que o ácido propiônico possui ação cancerígena. Outras pesquisas declararam que conservantes de sulfito, bissulfito e metabissulfito estão relacionados à problemas de saúde, como a hipersensibilidade induzida por sulfito, normalmente associados a consumidores asmáticos e, como causadores de irritação pulmonar. Os nitratos e nitritos, muito utilizados como conservantes em produtos cárneos, também foram relatados como causadores de problemas de saúde. Quando ingeridos, os nitratos sofrem reações de redução para formar nitritos e, com isso, foram associados como estressores oxidativos e causadores de uma doença conhecida como metemoglobinemia, doença onde a oxidação do ferro da hemoglobina impede a ligação, o transporte e a captação do oxigênio e, possui como sintomas iniciais, dispneia, taquipneia, náusea e vômitos associados ao quadro de cefaléia, agitação e confusão mental. Além disso, os nitritos podem reagir com espécies básicas que contêm funcionalidade amina para produzir N-nitrosaminas, as quais podem sofrer reações de decomposição e formar espécies de radicais livres de alquil-carbono. Os radicais alquilcarbono foram relatados como potencialmente mutagênicos e cancerígenos, especialmente em roedores (MSAGATI, 2013). Os sulfitos são frequentemente adicionados aos alimentos com intuito de, principalmente, inibir o escurecimento enzimático e não enzimático, inibir o crecimento de microorganismos branqueamento e como condicionador de massa. Os sulfitos também são usados em agentes farmacêuticos, incluindo medicamentos para o tratamento de doenças alérgicas e asma. A prevalência estimada de sensibilidade ao sulfito nos asmáticos adultos é de aproximadamente 5%, com uma prevalência mais alta nos asmáticos persistentes moderados a graves. O mecanismo pelo qual os sulfitos induzem os sintomas da asma ainda não esta totalmente confirmado (METCALFE, SAMPSON, SIMOM, 2008). A relação entre a ingestão de aditivos, mais especificamente, os parabenos, e a doença urticária crônica tem sido estudada com frequência, entretanto a prevalência de tais reações não foi definitivamente elucidada devido a dificuldade de se selecionar uma população para o estudo. A seleção de pacientes pode incluir, por exemplo, todos os pacientes com histórico de urticária idiopática crônica, apenas aqueles com histórico sugestivo de reações aditivas aos alimentos ou apenas aqueles pacientes que parecem melhorar com uma dieta sem aditivos. Essas possibilidades dificultam o estudo real dos efeitos (METCALFE, SAMPSON, SIMOM, 2008). 1.2.2 Antioxidantes 1.3 LEGISLAÇÃO Um dos maiores desafios para os fabricantes, importadores e exportadores de produtos alimentícios, ao longo dos anos, tem sido o de tentar encontrar especificações de ingredientes e aditivos e condições de uso que permitam que um determinado produto alimentício de interesse seja vendido em mais de um país. Esse fenômeno se intensifica com o passar dos tempos, visto que como resultado da globalização o mundo ficou “menor”, ou seja, os limites dos mercados de atuação não são os mesmos das fronteiras geográficas. No entanto, a legislação sobre aditivos pode diferir significativamente de país para país. Tanto na forma como está estruturado quanto em detalhes, como a aceitabilidade de aditivos nomeados em alimentos individuais. Porém grande parte das legislações desenvolvidas no mundo foram influenciadas pelos trabalhos desenvolvidos na Comissão do Codex Alimentarius (CAC), mesmo assim, apresentam significativas diferenças. Vários aspectos estão relacionados a essas diferenças se destacando os culturais e principalmente dois fatores específicos que são: a necessidade e a segurança tecnológica. O órgão legislador deve garantir que os níveis de aditivos específicos não aumentem acima dos limites de segurança aceitáveis para as pessoas do seu país que, por natureza de sua dieta, podem consumir grandes quantidades de um aditivo específico, por exemplo, pelo consumo de quantidades significativas de adoçante por meio do consumo de grandes quantidades de refrigerantes, dessa forma se utilizam os valores de Entradas Diárias Aceitáveis (ADIs) como balizador de usos. Ao estabelecer a ADI, um fator de segurança é sempre incorporado, geralmente 100 vezes, para garantir que é improvável que a ingestão de qualquer aditivo exceda uma quantidade que seja quase nociva toxicologicamente.Vale ressaltar que grande parte dos aditivos é autolimitada e raramente há benefícios para o produto em usar mais do que o necessário. A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceram a Comissão do Codex Alimentarius (CAC) em 1963, após reconhecer a necessidade de padrões internacionais para a indústria alimentícia, a fim de proteger os saúde dos consumidores e facilitar o comércio internacional de alimentos. Para esse fim, o CAC desenvolveu uma "coleção de padrões, códigos de prática, diretrizes e outras recomendações”, conhecidas como Codex Alimentarius. O CAC é composto por uma secretaria, um comitê executivo e vários órgãos subsidiários e forças-tarefa (incluindo comitês). Qualquer nação membro e membro associado da FAO e da OMS que estejam interessados em padrões internacionais de alimentos podem se tornar membros do CAC mediante solicitação. Não-membros do CAC com interesse especial em seu trabalho podem participar de sessões do CAC, ou de suas subsidiárias e reuniões como observadores, desde que solicitem O objetivo do Codex Alimentarius é proteger a saúde pública, garantir o comércio justo e promover a harmonização. Os documentos (normas, diretrizes e códigos de prática) são desenvolvidos por consenso e com os melhores conselhos científicos e técnicos disponíveis. O Padrão Geral do Codex para Aditivos Alimentares (GSFA) foi adotado como padrão do Codex em 1995 (CODEX STAN 192-1995). Desde então, houveram várias emendas a esta Norma. Elaborou-se uma listacom os aditivos avaliados como seguros pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO / OMS (JECFA) e aos quais foi atribuída uma ADI e uma designação do Sistema Internacional de Numeração (INS). A Norma fornece detalhes das condições sob as quais os aditivos alimentares permitidos podem ser usados. A GSFA foi projetada para servir como "o único ponto de referência oficial para aditivos alimentares" e as disposições aditivas contidas nela deveriam corresponder àquelas fornecidas nos padrões de composição baseados em mercadorias. No entanto, algumas das informações contidas no GSFA contradizem os padrões de composição baseados em mercadorias e ainda não está claro qual padrão deve ter precedência, pois diferentes autoridades nacionais em todo o mundo têm visões divergentes sobre o assunto. De acordo com a GSFA, o uso de aditivos alimentares é justificado apenas quando tal uso: ● Tem uma vantagem para o alimento; ● Não apresenta riscos à saúde; ● Não engana o consumidor; ● Atende a um ou mais dos propósitos e necessidades estabelecidos abaixo e apenas quando não puderem ser alcançados por outros meios economicamente e tecnologicamente praticáveis: o Preservar a qualidade nutricional dos alimentos; o Fornecer ingredientes ou constituintes necessários para alimentos fabricados para grupos de consumidores com necessidades alimentares especiais; o Melhorar a qualidade ou estabilidade de um alimento ou melhorar suas propriedades organolépticas, desde que isso não altere a natureza, substância ou qualidade dos alimentos, de modo a enganar o consumidor; o Para fornecer auxiliares na fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, transporte ou armazenamento de alimentos, desde que o aditivo não seja usado para disfarçar os efeitos do uso de matérias-primas defeituosas ou práticas ou técnicas indesejáveis (incluindo não higiênicas) durante o curso da qualquer uma dessas atividades. O Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO / OMS (JECFA) é um comitê internacional de especialistas científicos que é administrado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele se reúne desde 1956, inicialmente para avaliar a segurança de aditivos alimentares. Seu trabalho agora também inclui a avaliação de contaminantes, substâncias tóxicas que ocorrem naturalmente e resíduos de medicamentos veterinários em alimentos. Até o momento, o JECFA avaliou mais de 2600 aditivos alimentares, aproximadamente 50 contaminantes e substâncias tóxicas que ocorrem naturalmente e resíduos de aproximadamente 75 medicamentos veterinários. O Comitê também desenvolve princípios para a avaliação de segurança de produtos químicos em alimentos que são consistentes com o pensamento atual sobre avaliação de riscos e levam em conta os desenvolvimentos recentes em toxicologia e outras áreas científicas relevantes, como epidemiologia, biotecnologia, avaliação de exposição, química de alimentos, incluindo química analítica e avaliação dos limites máximos de resíduos para medicamentos veterinários. 1.3.1 Conservantes De acordo com o JEFCA, os aditivos categorizados como conservantes e seus respectivos limites são (considerando bw como peso corporal médio da população): ● 2-fenilfenol (0-0.4 mg/kg bw (1999)) ● Ácido acético ● Cloreto de Sódio acidificado (0-0.03 mg/kg bw (Cloreto); 0-0.01 mg/kg bw (Clorato)) ● Ácido Benzóico (0-5 mg/kg bw (1996)) ● Borax (sem ADI estipulado) ● Ácido Bórico (sem ADI estipulado) ● Butilparabeno ● Acetato de Cálcio (sem limites estabelecidos) ● Benzoato de Cálcio (0-5 mg/kg bw) ● Etilenodiaminotetracetato de cálcio dissódico (0-2.5 mg/kg bw) ● Sulfato de Hidrogênio de Cálcio (0-0.7 mg/kg bw) ● Propanoato de cálcio (sem limites estabelecidos) ● Sorbato de cálcio (0-25 mg/kg bw) ● Dióxido de Carbono (Não especificado) ● Sulfato de cobre (sem ADI estipulado) ● Dicarbonato de dietila ● Dicarbonato de dimetila (Não especificado) ● Difenilo (0-0.05 mg/kg bw) ● EDTA (0-2.5 mg/kg bw) ● Arginato de etil lauroil (0-4 mg/kg bw ) ● Etilparabeno (0-10 mg/kg bw) ● Óxido de etileno ● Ácido Fórmico (0-3 mg/kg bw (1979)) ● Hexametilenotetramina (0-0.15 mg/kg bw) ● Peróxido de hidrogênio (Não especificado) ● Sistema Lactoperoxidase/ Teiociano/ Peróxido de Hidrogênio para a preservação do leite (Não especificado) ● Hidrocloreto de Lisozima (Não especificado) ● Metilparabeno (0-10 mg/kg bw) ● Natamicina (0-0.3 mg/kg bw (1976)) ● Nisina (0–2 mg/kg bw) ● Nitrato (0-3.7 mg/kg bw (1995)) ● Nitrito (0-0.07 mg/kg bw) ● Ácido peróxido – Solução Antimicrobiana (Não especificado) ● Acetato de potássio (sem limites estabelecidos) ● Benzoato de potássio (0-5 mg/kg bw) ● Bissulfito de potássio (0-0.7 mg/kg bw) ● Metabissulfito de potássio (0-0.7 mg/kg bw) ● Nitrato de potássio (0-3.7 mg/kg bw) ● Nitrito de potássio (0-0.07 mg/kg bw) ● Propionato de potássio (sem limites estabelecidos) ● Sorbato de potássio (0-25 mg/kg bw) ● Sulfito de potássio (0-0.7 mg/kg bw) ● Ácido propanoico (sem limites estabelecidos (1973)) ● Propilparabeno (Retirado (2006)) ● Óxido de propileno ● Ácido salicílico (sem ADI estipulado) ● Benzoato de sódio (0-5 mg/kg bw) ● Clorito de sódio ● Diacetato de sódio (0-15 mg/kg bw) ● Dicloroisocianurato de sódio (ANIDRO E DIIDRATO) ● Bissulfito de sódio (0-0.7 mg/kg bw) ● Metabissulfito de sódio (0-0.7 mg/kg bw) ● Nitrato de sódio (0-3.7 mg/kg bw) ● Nitrito de sódio (0-0.07 mg/kg bw) ● Ortofenilfenol de sódio (0-0.2 mg/kg bw) ● Propionato de sódio (sem limites estabelecidos) ● Sorbato de sódio (0-25 mg/kg bw) ● Sulfito de sódio (0-0.7 mg/kg bw) ● Tiocianato de sódio (Decisão postergada – sob análise) ● Tiossulfato de sódio (0-0.7 mg/kg bw) ● Ácido sórbico (0-25 mg/kg bw) ● Dióxido de enxofre (0-0.7 mg/kg bw) 1.3.2 Antioxidantes De acordo com o JEFCA, os aditivos categorizados como antioxidantes e seus respectivos limites são (considerando bw como peso corporal médio da população): ● 4-Hexilresorcinol ● 4-Hidroximetil-2,6- di-tert-butilfenol (sem ADI estipulado) ● Anoxômero (0-8 mg/kg bw) ● Ácido ascórbico (Não especificado) ● Palmitato de Ascorbila (0-1,25 mg/kg bw) ● Estearato de ascorbil (0-1,25 mg/kg bw) ● BHA (0-0,5 mg/kg bw) ● BHT (0-0,3 mg/kg bw) ● Ascorbato de cálcio (Não especificado) ● Alfa-tocoferol concentrado (0,15-2 mg/kg bw) ● Dilauril Tiodipropionato (0-3 mg/kg bw) ● Distearyl Tiodipropionato (Retirado) ● DL - Alfa-tocoferol concentrado (0,15-2 mg/kg bw) ● Dodecil galato (sem ADI estipulado) ● Ácido eritórbico (Não especificado) ● Protocatecuato de etila ● Resina guaicum (0-2,5 mg/kg bw) ● Galato de isoamilo ● Mistura de Citrato de Isopropil (0-14 mg/kg bw) ● Lecitina (sem limites estabelecidos) ● Mistura de tocoferol concentrada (0-2 mg/kg bw) ● Óxido nitroso (Não especificado) ● Ácido nordi-hidroguaiarético (sem ADI estipulado) ● Galato de octilo (sem ADI estipulado) ● Ascorbato de potássio ● Bissulfito de potássio (0-0,7 mg/kg bw) ● Metabissulfito de potássio (0-0,7 mg/kg bw) ● Sulfito de potássio (0-0,7 mg/kg bw) ● Propil galato (0-1,4 mg/kg bw (1993)) ● Rosemery Exctract (Temporariamente ADI of 0–0,3 mg/kg bw (expresso em ácido carnósico e carnosol)) ● Ascorbato de Sódio (Não especificado) ● Eritorbato de sódio (Não especificado) ● Bissulfito de sódio (0-0,7mg/kg bw) ● Metabissulfito de sódio (0-0,7 mg/kg bw) ● Sulfito de sódio (0-0,7 mg/kg bw) ● Tiossulfato de sódio (0-0,7 mg/kg bw) ● Cloreto de estanho ● Dióxido de enxofre (0-0.7 mg/kg bw) ● Terc-butil-hidroquinona (0-0.7 mg/kg bw) ● Ácido tiodipropiônico (0-3 mg/kg bw) ● Mistura concentrada de Tocoferol 1.3.3 Legislação Brasileira Na legislação brasileira os aditivos (conservantes e antioxidantes incluídos) aparecem subdivididos em categorias de alimentos (20 no total), juntamente com sua identificação internacional e a quantidade máxima permitida pelos órgãos reguladores brasileiros. Porém, o Decreto nº 55.871, de 26 de março de 1965, que modifica o Decreto nº 50.040/61, refere-se às normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos e a Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997 que tem como objetivo aprovar o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. Dessa forma de acordo com a legislação: “Aditivo Alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento. Esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais.” As funções estudadas neste trabalho são definidas, pela legislação como: ● Conservador: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos provocada por microrganismos ou enzimas. ● Antioxidante: substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa no alimento. Exemplos de aditivos, como apresentados na legislação, para as 3 primeiras categorias de alimentos são observado nas tabelas X e X, sendo conservantes e antioxidantes, respectivamente. CONSERVANTES INS Aditivo Limite máximo g/100g ou g/100ml Notas Categoria 1 – Leite e Produtos Lácteos Bebidas Lácteas 200 Ácido sórbico 0,03 5, 13 e 89 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio Requeijão 200 Ácido sórbico 0,1 3 e 13 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 234 Nisina 0,00125 234 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97 e 110 Queijos de baixa umidade (queijos duros) 234 Nisina 0,00125 200 Ácido sórbico 0,1 5 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 251 Nitrato de sódio 0,005 13 252 Nitrato de potássio 1105 Lisozima, cloridrato de lisozima 0,0025 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97, 110 e 111 Queijos de média umidade (queijos semiduros) 234 Nisina 0,00125 200 Ácido sórbico 0,1 5 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 251 Nitrato de sódio 0,005 13 252 Nitrato de potássio 1105 Lisozima, cloridrato de lisozima 0,0025 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97, 110 e 111 Queijos de alta umidade (queijos suaves/macios) 234 Nisina 0,00125 200 Ácido sórbico 201 Sorbato de sódio 0,1 5 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97, 110 e 111 Queijos de muito alta umidade (queijos moles), submetidos ou não a tratamento térmico 234 Nisina 0,00125 200 Ácido sórbico 0,1 5 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97, 110 e 111 Queijos Processados ou Fundidos 280 Ácido Propiônico 0,3 13 e 99 281 Propionato de sódio 283 Propionato de potássio 282 Propionato de cálcio 200 Ácido sórbico 0,1 5 e 99 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 53, 57, 97 e 110 234 Nisina 0,00125 Queijos ralados 200 Ácido sórbico 0,1 5 e 13 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 235 Pimaricina, natamicina 0,0005 97 e 110 Queijos petit suisse 200 Ácido sórbico 0,03 5 201 Sorbato de sódio 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio Categoria 2 – Óleos e gorduras Creme vegetal e margarina Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL q.s. 200 Ácido sórbico 0,2 201 Sorbato de sódio 5 202 Sorbato de potássio 203 Sorbato de cálcio 210 Ácido benzóico,ácido carboxílico benzóico, caboxibenzina. 0,1 211 Benzoato de sódio 6 212 Benzoato de potássio 213 Benzoato de cálcio ,benzoato monocálcio Categoria 3 – Gelados comestíveis Antioxidantes INS Aditivo Limite máximo g/100g ou g/100ml Notas Categoria 1 – Leite e Produtos Lácteos Categoria 2 – Óleos e gorduras 300 Ácido ascórbico (L-) 0,03 301 Ascorbato de sódio 302 Ascorbato de cálcio 303 Ascorbato de potássio 304 Palmitato de ascorbila 0,05 305 Estearato de ascorbila 306 Mistura concentrada de tocoferóis 0,03 307 Tocoferol, alfa-tocoferol 310 Galato de propila 0,01 311 Galato de octila 312 Galato de duodectila 315 Ácido eritórbico, ácido isoascórbico 0,03 316 Eritorbato de sódio, isoascorbato de sódio 319 Butil hidroquinona terciária, TBHQ, terc-butil hidroquinona 0,02 320 Butil hidroxianisol, BHA 321 Butil hidroxitolueno, BHT 0,01 322 Lecitinas 0,2 330 Ácido cítrico q.s. 384 Citrato de isopropila (mistura) 0,01 472c Ésteres de mono e diglicerídeos de ácidos graxos com ácido cítrico 0,02 Creme vegetal e margarina Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL q.s. 304 Palmitato de Ascorbila 0,05 3 305 Estearato de Ascorbila 306 Mistura concentrada de tocoferóis 307 Tocoferol, alfa-tocoferol 310 Galato de Propila, ácido galático de éstere propila 0,02 319 Butilhidroquinona terciária, TBHQ, terc-butil hidroquinona 320 Butil Hidroxi Anisol, BHA 321 Butil Hidroxi Tolueno, BHT 384 Citrato de Isopropila (mistura) 0,01 385 EDTA cálcio dissódico, etilenodiaminotetraacetato de cálcio e dissódico 18 386 EDTA dissódico, etilenodiaminotetraacetato dissódico Categoria 3 – Gelados comestíveis Todos os autorizados como BPF no MERCOSUL q.s. 304 Palmitato de ascorbila 0,02 3 306 Mistura concentrada de tocoferóis 0,05 307 Tocoferol, alfa-tocoferol 319 Butil hidroquinona terciária, TBHQ, terc-butil hidroquinona 0,02 3 e 11 320 Butil Hidroxianisol, BHA 321 Butil Hidroxitolueno, BHT 0,01 REFERÊNCIA MSAGATI, Titus A. M. Chemistry of food additives and preservatives. 1ª Ed. Chichester: Wiley-Blackwell, 2013. 322 p. METCALFE, Dean D.; SAMPSON, Hugh A.; SIMOM, Ronald A. Food allergy: adverse reactions to foods and food additives. 4ª Ed. Chichester: Wiley-Blackwell, 2008. 623 p.
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