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Disciplina: Marketing do Varejo e Canais de Distribuição Aula 8: Selecionando os membros dos canais de marketing: decisões e gerenciamento Apresentação Nesta aula, estudaremos mais uma importante etapa do desenho do canal — o processo de seleção das empresas que serão membros e seus principais critérios, incluindo a gestão de produtos e as diretrizes para o desenvolvimento de estratégias eficazes de preços no canal. Em seguida, abordaremos a avaliação do desempenho dos membros do canal e como gerenciar nos canais o lançamento de novos produtos. Objetivos Analisar o processo de seleção de membros do canal; Identificar as diretrizes para o desenvolvimento de estratégias eficazes de produtos e preços no canal; Examinar a avaliação de desempenho dos membros do canal e como gerenciar o lançamento de novos produtos. Processo de seleção de canais Para obter sucesso na colocação de seus produtos à disposição de seus clientes, as empresas precisam selecionar cuidadosamente os membros de cada um de seus canais. Para os clientes, os canais representam as empresas. Podemos imaginar a impressão negativa que eles teriam de varejos importantes se um ou mais dos seus pontos de vendas apresentasse deficiências de qualidade. Para orientar a seleção dos membros do canal, os fabricantes devem determinar as características dos intermediários ideais. Eles precisam avaliar o tempo de experiência no negócio, outras linhas vendidas, o histórico de crescimento e de lucro, o risco de falência, a capacidade de cooperação e a reputação no mercado. Exemplo Se os intermediários forem representantes, os fabricantes devem avaliar o número e as características das demais linhas vendidas, assim como o tamanho e a qualidade da força de vendas. Se forem lojas de departamento que desejam distribuição exclusiva, o produtor precisa avaliar os locais em que elas atuam, seu potencial de crescimento futuro e o tipo de clientela. Existem outros pontos importantes que merecem destaque na seleção de canais: Empresas com intensidade na distribuição seguem a regra geral — quanto maior a intensidade da distribuição, menor a ênfase na seleção de membros do canal. Essas empresas, geralmente, colocam seus produtos em qualquer estabelecimento lógico, na tentativa de preencher todo o mercado e tornar seus produtos amplamente disponíveis. Empresas que adotam a distribuição mais seletiva apontam a necessidade de forte ênfase na seleção de membros. Para esses fabricantes, a seleção de distribuidores é crítica, levando em conta que o fabricante tem maior controle e oportunidade no campo para assegurar o sucesso de vendas de seus produtos. O processo de seleção dos membros do canal consiste em quatro etapas básicas: Identificação dos membros potenciais do canal Existe uma infinidade de fontes disponíveis para ajudar os interessados a encontrar os membros potenciais. As mais citadas, em ordem de importância, são: Organização de vendas de campo — Isso se aplica muito às empresas que possuem forças de vendas próprias para visitar intermediários. Sejam atacadistas ou varejistas, os vendedores externos representam excelente fonte para a identificação de novos membros do canal. Os vendedores, geralmente, estão em posição privilegiada para conhecer os membros de canal potenciais em seus territórios. Por exemplo, empresas que vendem seus produtos por intermédio de atacadistas esperam que seus vendedores de campo em cada território identifiquem atacadistas potenciais; Fontes comerciais — Associações comerciais, revistas setoriais, publicações empresariais e patronais, publicações técnicas, outras empresas que vendem produtos relacionados ou similares, feiras comerciais são fontes de informações valiosas sobre intermediários potenciais. No Brasil, há a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD). No Instituto de Desenvolvimento do Varejo também podem ser encontradas informações relevantes; Investigação de Revendedores — Muitas empresas conhecem membros de canal potenciais por meio de investigações diretas dos interessados em trabalhar com suas linhas de produtos. Normalmente, essas empresas que recebem grande número de informações sobre membros do canal potenciais são as mais prestigiadas em seus respectivos setores; Clientes — Algumas empresas procuram os clientes dos intermediários potenciais como fonte de informações. Os fabricantes relatam que muitos clientes estão dispostos a dar opiniões francas sobre os intermediários que os visitam. Este é um dos melhores modos para o fabricante obter informações sobre intermediários potenciais a partir de clientes; Propaganda — Anúncios em revistas setoriais e publicações técnicas oferecem outra abordagem para a identificação de membros de canal potencial; Feiras Setoriais e Comerciais — Muitas associações comerciais, atacadistas e varejistas fazem feiras e convenções anuais em que numerosas organizações desses canais participam e um fabricante pode ter acesso a uma ampla variedade de membros de canais potenciais reunidos no mesmo local e na mesma hora. Aplicação de critérios de seleção para determinar a adequação dos membros do canal Depois de obter uma lista de possíveis candidatos, a etapa seguinte é avaliá-los utilizando critérios de seleção. A empresa deve desenvolver um conjunto de critérios para a seleção dos membros do canal. Alguns analistas de canal desenvolveram listas com critérios de seleção. A lista de critérios de seleção de Brendel é ainda muito utilizada e é composta de vinte questões: 1. O distribuidor deseja realmente nossa linha ou está interessado apenas em razão da escassez atual? 2. Ele é bem estabelecido? 3. Qual a sua reputação entre os seus clientes? 4. Qual a sua reputação entre os fabricantes? 5. Ele é agressivo? 6. Em quais outras linhas similares ele trabalha? 7. Qual a sua situação financeira? 8. Ele tem condições de oferecer descontos em suas faturas? 9. Qual o tamanho de suas instalações? 10. Ele mantém um estoque adequado de peças para serviços? 11. A quais clientes importantes ele vende? 12. A quais clientes importantes ele não vende? 13. Ele mantém os níveis de preços? 14. Ele fornece demonstrativos de vendas? 15. Que território ele realmente cobre com os seus vendedores? 16. Seus vendedores são treinados? 17. Quantas pessoas ele mantém em trabalho de campo? 18. Quantos funcionários mantém internamente? 19. Acredita em cooperação ativa, treinamento e promoção de vendas? 20. Que instalações possui para essas atividades? Outro conjunto de critérios de seleção é fornecido por Shipley, baseado em um estudo de 70 fabricantes dos Estados Unidos e 59 do Reino Unido. O estudo baseou-se em 12 critérios agrupados em três categorias básicas: Fatores de vendas e de mercado Conhecimento do mercado; Cobertura de mercado; Número e qualidade do pessoal de vendas; Frequência de visitas de vendas. Fatores de produtos e serviços Conhecimento do produto; Instalações de serviços e de estocagem; Qualidade do pessoal de serviços. Fatores de risco e de incerteza Entusiasmo pelo produto; Sucesso anterior; Custos envolvidos; Extensão dos negócios com concorrentes de fabricantes; Históricos de carreiras dos executivos. Pegram dividiu os critérios em várias categorias, baseado em pesquisa com mais de 200 fabricantes norte-americanos e canadenses. Observe, a seguir, dez categorias para oferecer uma visão geral dos tipos de critérios. Condições financeiras e de crédito — Quase todos os fabricantes incluídos no estudo mencionaram as condições de crédito e financeiras dos intermediários como critério vital; Força de vendas — A maioria das empresas também mencionou a capacidade de vendas dos intermediários como critério criticamente importante. Isso ficou demonstrado por meio dos requisitos: qualidadedos vendedores, número real de vendedores empregados e competência técnica dos vendedores em atuação; Linhas de produtos — Os fabricantes classificaram os produtos em quatro linhas de produtos intermediários: produtos concorrentes, produtos compatíveis, produtos complementares e qualidade das linhas vendidas. Os fabricantes tentavam evitar linhas de produtos diretamente concorrentes. Muitas vezes, atacadistas e varejistas, de fato, vendem produtos diretamente para seus concorrentes. Os fabricantes preferem intermediários que vendem produtos compatíveis, isto é, quaisquer produtos que, por definição, não concorrem diretamente com as suas linhas. Os fabricantes, em geral, procuram intermediários que vendem linhas iguais ou melhores do que suas próprias linhas; Reputação — Os fabricantes certamente eliminarão os intermediários potenciais que não desfrutam de boa reputação em suas comunidades. Por exemplo, para os intermediários varejistas, a imagem da loja é um componente extremamente crítico de sua reputação global. Essa pode ser uma razão suficiente para evitar a seleção desse varejista como membro do canal; Cobertura de mercado — A adequação do intermediário para cobrir um território geográfico que o fabricante gostaria de atingir é um critério muito importante. Os fabricantes tentarão obter a melhor cobertura territorial com sobreposição mínima já exercida pelos intermediários existentes; Desempenho de vendas — A avaliação é para saber se o intermediário potencial pode conquistar a participação de mercado máxima que o fabricante espera. O fabricante, sem dúvida, vai procurar dados detalhados do desempenho de vendas do intermediário em análise para obter uma avaliação objetiva de sua eficácia. Algumas avaliações objetivas desta natureza darão ideia do nível de desempenho do intermediário potencial; Sucessão gerencial — Muitos intermediários são gerenciados por famílias ou pelo próprio dono e, especialmente no atacado, são pequenas empresas independentes. Assim, a continuidade dos negócios fica duvidosa. O critério de sucessão é importante para evitar problemas futuros; Habilidade gerencial — Este fator é de extrema relevância na avaliação de intermediários potenciais. Muitos fabricantes nem levam em consideração um candidato quando a qualidade da gestão tem um nível muito baixo. A habilidade da administração em cuidar de seus recursos humanos é uma boa indicação, principalmente quando fica demonstrada a preocupação com seleção, organização, treinamento e política de retenção de vendedores; Atitude — Esse critério fica demonstrado pelo grau de agressividade, iniciativa e entusiasmo nos negócios. Acredita-se que essas qualidades estejam diretamente relacionadas ao sucesso a longo prazo na venda dos produtos do fabricante; Tamanho — É uma suposição importante a de que os grandes intermediários sejam mais bem-sucedidos, mais rentáveis, mais bem estabelecidos e trabalhem com competência as linhas de produtos. Normalmente, é mais bem equipado com escritórios, pessoal, instalações, tecnologia do que o pequeno intermediário. Deve ser um critério importante de análise. Transformação dos membros potenciais do canal em membros reais Cada empresa deve desenvolver seu próprio conjunto de critérios de seleção, baseada em objetivos, tarefas e políticas próprias. É importante lembrar que o processo de seleção é uma via de mão dupla. Não é apenas o fabricante ou produtor que faz a seleção, mas também os intermediários, no atacado e no varejo. A maioria deles se ajustara às quatro áreas: Linhas de produtos — Uma boa linha de produtos com forte potencial de vendas, boa margem e lucros. Se os fabricantes puderem oferecer isso, pouco mais será necessário para atrair intermediários potenciais para contratação; Propaganda e promoção — Os intermediários também têm expectativa de obter apoio promocional dos fabricantes. O fabricante que veicular programas de propaganda obtém a adesão imediata dos intermediários. Fatores como concessão de propaganda, campanhas cooperativas, material de ponto de venda e displays indicam forte apoio aos membros do canal; Assistência gerencial — Os intermediários precisam perceber que o fabricante está comprometido em apoiá-los, principalmente para a venda dos produtos. A assistência gerencial pode envolver outras áreas, incluindo programas de treinamento, análise e planejamento financeiro, análise de mercado e da concorrência, procedimentos de controle de pedidos e de estoques; Negociação e relacionamento — O fabricante deve demonstrar aos membros do canal que está interessado em estabelecer um bom relacionamento, construído na base da confiança e preocupação não apenas com os negócios, mas no relacionamento entre pessoas. Isso permite uma visão de ganha-ganha nos resultados dos negócios. Avaliação dos membros do canal Periodicamente, o fabricante deve avaliar o desempenho dos intermediários em relação aos padrões acordados, como: Cumprimento dos níveis de vendas; Níveis médios dos estoques; Tempo de entrega aos consumidores; Tratamento dado às mercadorias perdidas ou danificadas; Cooperação em programas de treinamento; Promoções. Aqueles cujos desempenhos estiverem abaixo dos padrões precisam ser orientados, treinados ou motivados. Entretanto, se não melhorarem o padrão, a melhor solução será buscar outros intermediários potenciais. Gestão de produtos nos canais O sucesso de novos produtos depende de muitos fatores, como a inovação e a qualidade, o preço e a comunicação eficaz, a natureza da demanda do cliente, os fatores competitivos e muitos outros. Um desses fatores importantes é o grau de suporte que um novo produto recebe dos membros do canal. Sem um alto nível de cooperação dos membros do canal é muito mais difícil obter aceitação do mercado por um novo produto. Planejamento de novos produtos O foco desse processo deve estar no que pode ser feito no estágio de planejamento e desenvolvimento para promover o maior nível de cooperação dos membros do canal e obter um mercado bem-sucedido para o produto. Nesta fase de planejamento, dependendo do setor e das circunstâncias específicas envolvidas, as cinco questões seguintes são frequentemente importantes, segundo Bert Rosenbloom (2001): Que contribuição, se houver, pode ser fornecida pelos membros do canal no planejamento de novos produtos? O que tem sido feito para assegurar que os novos produtos serão aceitos pelos membros do canal? Os novos produtos ajustam-se aos sortimentos atuais dos membros do canal? Alguma educação ou treinamento especial serão necessários para preparar os membros do canal a fazer um trabalho de vendas eficaz para os novos produtos? O produto poderá causar algum problema especial aos membros do canal? Aceitação de novos produtos Um dos aspectos mais importantes para um novo produto ser bem- sucedido é a sua plena aceitação pelos clientes finais, sejam clientes industriais ou consumidores. Os novos produtos devem ser muito bem aceitos pelos membros do canal pelos quais passam, antes de chegar ao cliente final. Os atributos que atraem o usuário final são diferentes daqueles que atraem os membros do canal. Enquanto os usuários finais estão mais atentos para o desempenho do produto usado, os membros do canal estão mais interessados na rentabilidade do produto em seu nível de vendas. Educando os membros do canal É comum os membros do canal precisarem de atividades educativas ou treinamentos fornecidos pelo fabricante para trabalhar ou vender o novo produto. O nível e o tipo de atividade estão diretamente relacionados com o setor envolvido e da complexidade técnica do produto. Às vezes, um mecanismo ou dispositivo exige muitas horas de instrução para treinar os membros do canal sobre o uso e as características especiais do produto. Há, também, um simples bem de consumo embalado que pode exigirapenas alguns minutos de orientação em sua apresentação. Vale a pena o esforço de educação dos membros do canal durante o processo de lançamento de novos produtos. Lançamento de novos produtos livres de problemas Os problemas com novos produtos podem variar — alguma dificuldade com manuseio, na estocagem, ou no processo de vendas dos produtos pelos membros do canal, entre outros. Os problemas podem ser simples ou até perigosos. Problemas com produtos podem gerar ações legais de responsabilidade das empresas envolvidas. O cuidado na fase de planejamento pode ajudar a eliminar a complicação antes do lançamento do produto no canal e de chegar às mãos do cliente. Diretrizes para o desenvolvimento de estratégias eficazes de preços no canal A margem do produto é caracterizada pela diferença entre o preço de venda do produto no varejo e o preço de compra da mercadoria (não há transformação, somente compra e venda de produtos). 01 Na indústria, é a diferença entre o preço de venda e o custo de produzir uma unidade do produto e, na prestação de serviço, é a diferença entre o preço do serviço e o custo da hora trabalhada. 02 No varejo, podemos chamar o valor da compra da mercadoria de custo líquido da mercadoria; na indústria, podemos chamar a compra da matéria-prima mais a fabricação de custo unitário de fabricação; nos serviços, podemos chamar de custo unitário da hora. Os membros do canal necessitam de margens que sejam mais do que adequadas para cobrir os custos associados ao trabalho com um produto específico. Mesmo os fabricantes com consumidores excepcionalmente leais que podem, virtualmente, escolher os membros do canal, eventualmente, perderão o apoio desses membros. Os que acham que o fabricante não proporciona margens suficientes, provavelmente procuram outros fornecedores ou criam e promovem suas próprias marcas privadas. Os fabricantes conquistam intermediários mediante as margens que oferecem. Em um ambiente altamente competitivo, os fabricantes não terão condições de atrair intermediários. Diferentes classes de revendedores As margens no atacado e no varejo e para vários tipos de intermediários são, tipicamente, governadas pelas fortes tradições que permeiam o setor. Diferenças nesta diretriz são viáveis apenas para a maioria dos fabricantes poderosos. As margens dependem da estrutura de custos assumidos pelos membros: Os membros do canal mantêm estoques? Fazem compras em grandes ou pequenas quantidades? Fornecem serviços de pós-venda ou assistência técnica? Dão crédito a clientes? Fazem entregas? Ajudam a treinar a força de vendas? Marcas rivais As diferenças de margens disponíveis aos membros do canal que vendem marcas concorrentes devem ser mantidas em limites toleráveis. Se a marca de determinado fabricante estiver em clara desvantagem comparada à margem que um membro do canal pode obter de outra marca, ele não destinará muito esforço para promovê-la. Um fabricante que esteja bem consolidado em muitos produtos eletrônicos de consumo pode depender de propaganda de massa e promoção de vendas para conquistar a preferência dos consumidores e empurrar seus produtos pelo canal. Deve-se ponderar quaisquer diferenciais de margem entre suas marcas e as marcas concorrentes, em relação ao tipo de suporte que as empresas oferecem e que nível de apoio esperam dos membros do canal. Arranjos especiais Os próprios funcionários de uma empresa são responsáveis pelas atividades de estocagem, reposição e limpeza, ficando os varejistas isentos de qualquer serviço. Como resultado da adoção das funções pelo fabricante, a maioria dos membros está disposta a aceitar margens inferiores do que estava acostumada a receber anteriormente. Variações de margens entre modelos As variações de margens entre modelos e estilos de uma linha de produtos são comuns. Frequentemente, os fabricantes incluem na linha itens com o propósito principal de gerar tráfego nas lojas dos varejistas, para servir de atrativos para as forças de vendas. Esses produtos, também denominados como promocionais, possuem preços inferiores aos demais que compõem a linha e proporcionam margens relativamente baixas para o fabricante e para os membros do canal. Como regra geral, deve-se tentar exercer influência na formação de preço da linha de produtos e, sempre que possível, promover o uso de produtos de baixa margem para propósitos promocionais. Preços de referência São preços específicos, geralmente no varejo, aos quais os consumidores se tornaram acostumados. Eles esperam que os produtos estejam disponíveis aos preços costumeiros. Exemplo Por muitos anos, o preço de balas comuns representava um preço de referência para outras balas que os demais fabricantes deveriam cobrar. Os preços de referência ainda existem para muitos produtos, embora seus níveis movimentem-se para cima, refletindo os efeitos inflacionários. Em algumas categorias de produtos, os preços de referência podem realmente mover-se para baixo, como é o caso dos computadores pessoais e a trajetória de produtos eletrônicos. Quando um fabricante atribui preços a vários modelos de determinada linha de produtos, deve associar, cuidadosamente, as diferenças de preço às características dos produtos. Se as diferenças de preço não estiverem diretamente associadas às características visíveis ou identificáveis do produto, os membros do canal terão maior dificuldade de vendê-lo. Estratégias de comunicação e cooperação dos membros do canal As estratégias de comunicação que enfatizam a abordagem iniciada pelos fabricantes, mas que exigem participação dos membros do canal, podem ocorrer de várias formas: Propaganda cooperada Esta é uma das formas mais difundidas de comunicação oferecida pelo fabricante aos membros do canal. Embora existam várias alternativas, uma das mais utilizadas é o compartilhamento de custos meio a meio ou alguma porcentagem dos negócios feitos pelas partes. Geralmente, os fabricantes desejam exercer pelo menos algum nível de controle sobre uma campanha de propaganda cooperada. Concessões promocionais Esta é a estratégia mais típica usada para as concessões promocionais. É oferecer ao membro do canal um pagamento em dinheiro ou determinada porcentagem das compras dos pedidos específicos. As concessões são oferecidas para encorajar os varejistas a comprarem mais para dar aos produtos mais espaço na prateleira, para empilhá-los no chão da loja na frente, posicioná-los nos lugares mais visíveis das gôndolas ou para buscar outras atividades criativas. Por causa do alto custo das concessões promocionais, muitos fabricantes estão fazendo pesquisa por conta própria ou contratando empresas especializadas para ajudar a determinar se estão valorizando seu dinheiro em termos de cooperação e de acompanhamento dos varejistas. Atividades 1. Cite alguns aspectos com os quais os fabricantes devem se preocupar ao selecionar membros de seus canais de marketing. 2. Por que é necessário que o fabricante realize treinamentos de vendedores de um canal intermediário sobre os produtos a serem comercializados? Referências ROSENBLOOM, Bert. Canais de marketing e distribuição. In: CZINKOTA, Michael R. Marketing: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001. Próximos Passos A estrutura dos canais eletrônicos; Tipos de canais do e-commerce; O desenho dos canais de marketing eletrônicos. Explore mais Leia os textos: Assista ao vídeo Campanha cooperada da Honda — Bavi Motos; <https://www.youtube.com/watch?v=G705retH8Y8> Assista ao vídeo com a Campanha de Natal cooperada da Vivo - Martinello – Natal. <https://www.youtube.com/watch?v=-B-z4OC6YnE>
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