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2 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos ASPECTOS NUTRICIONAIS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL Controle ponderal do peso Aspectos NutricionaisTabagismo Estresse Atividade Física Tratamento não-medicamentoso ASPECTOS NUTRICIONAIS PADRÃO ALIMENTAR O alto consumo de frutas e hortaliças revelou ser inversamente proporcional aos níveis de pressão arterial. Dieta DASH Vegetarianismo Dieta do mediterrâneo São ricas em potássio, cálcio, magnésio e fibras. NUTRIÇÃO CLÍNICA 3 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos REDUÇÃO DO CONSUMO DE SAL consumo de sal (Na) da PA Atente-se! A OMS limita a recomendação da ingestão diária em 2g de sódio (5g de sal de cozinha). PA • Alho (Componentes bioativos: alicina e s-alil-cisteína). Leite desnatado • O leite contém varios componentes como cálcio, potássio e peptídeos bioativos que ajudam a PA. Café e chá verde • Polifenóis contidos em cafés e alguns tipos de chás tem propriedades vasopressoras. Chocolate Amargo • Chocolate com alto teor de cacau (>70%); • Polifenóis com função vasopressora. 4 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ω9 Ácidos Graxos Monoinsaturados Azeite de Oliva, abacate e oleaginosas ω3 Óleos de peixe EPA (eicosapentaenóico) e DHA (docosaexaenoico) PA FIBRAS A ingestão de fibras promove discreta ↓ PA. Solúveis • Farelo de Aveia; • Pectina (frutas); • Gomas (aveia, cevada) - Beta glucana; • Leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha). Insolúveis • Celulose (trigo) • Hemicelulose (grãos) • Lignina (hortaliças) 5 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos VITAMINA D Modula inflamação vascular e controla PA Metabolismo cálcio-fosfato Sistema Renina Angiotensina Aldosterona Sistema Imunitário Controle das Glândulas Endócrinas Controle da Disfunção Endotelial ÁLCOOL Homens Mulheres 30ml/dia 15ml/dia AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA NA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Encefalopatia Hepática Caracterizada por Hiperamonemia Alterações de personalidade Alterações de comportamento Cognição Função motora Consciência 6 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Condição muito característica de cirrose hepática grave, devido à ineficiência do ciclo da ureia, acarretando em acúmulo de amônia no organismo. Devido a permeabilidade da barreira hematoencefálica à amônia, ocorrem alterações de consciência, cognição e danos ao sistema nervoso. Fatores Precipitantes Administração de drogas AA aromáticos e AA ramificados Formação de falsos neurotransmissores Hemorragias digestivas Infeções Paracentese Distúrbios Hidroeletrolíticos Intervenções anestésicas/cirúrgicas Produção de amônia pela microbiota Desequilíbrio de AA essenciais Amônia 7 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Conduta Nutricional Restringir AACA Priorizar fontes de AACR Recomendações proteicas Formam amônia Triptofano, Tirosina e Fenilalanina Leucina, Isoleucina e Valina Garantem suprimento de Nitrogênio 1,2g/kg [DITEN 2011] 1 a 1,5g/kg [ASPEN 2010] 1,2 a 1,5g/kg [ISHEN 2013] Sigla: TTF Sigla: LIV Não comprometem estado mental ASPECTOS NUTRICIONAIS NA SÍNDROME DO INTESTINO CURTO A SIC é caracterizada pela diminuição da capacidade absortiva, com isso havendo um comprometimento funcional na absorção de nutrientes, líquidos e/ou eletrólitos. Importante salientar que a causa principal dos eventos citados está relacionada à diminuição da área (tamanho) do intestino delgado. Ilustração 01 – tópicos relacionados às áreas do Intestino delgado Duodeno Jejuno Íleo Raras ressecções Caso haja ressecção o íleo irá promover sua adaptação funcional Caso haja ressecção do íleo, o Duodeno e Jejuno não podem adaptar-se as funções do íleo FUNÇÃO COMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS Absorção (Ferro, zinco, cobre e folato) Digestão Absorção 8 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Ilustração 02 – Relação entre o íleo distal, absorção de Vitamina B12 e sais biliares no contexto da SIC. Íleo Distal Crescimento Bacteriano Sais Biliares (Diminuição) Absorção ATENÇÃO O Íleo remanescente influenciará na absorção de água Ressecção Má absorção de gorduras Má absorção de nutrientes Perda de Peso Sais Biliares e Vitamina B12 Metabolização da Vitamina B12 Esteatorréia e deficiência de Vitaminas Lipossolúveis Deficiência na B12 Desnutrição Tabela 01 – outras possíveis repercussões da SIC CAUSA CONDIÇÃO ANOMALA PREJUÍZO FUNCIONAL Ressecção Ileal Proporção Ácidos Biliares / Colesterol / Fosfolipídios Cálculos biliares de colesterol SIC Combinação Ácidos Graxos + cálcio + zinco + magnésio Formação de sabão anti-absortivo TERAPIA NUTRICIONAL EM PACIENTES PORTADORES DA SIC A TN naqueles acometidos pela enfermidade deverá está presente até que se atinja a estabilidade hemodinâmica após o procedimento operatório (ressecção intestinal). 9 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Ilustração 03 – fases da Terapia Nutricional Íleo Distal Aguda Transição da Dieta Indicação: evolução na consistência da dieta. Iniciar com líquidos fracionados ao dia Pós-aguda Indicação: TE se possível; Justificativa: os alimentos no intestino favorecem as adaptações no órgão Indicação: TNP; Justificativa: perdas hidroeletrolíticas e distúrbios metabólicos Tabela 02 – Recomendações Nutricionais. RECOMENDAÇÕES DETALHES Macronutrientes Hipolipídica; Hiperglicídica; Hiperproteica (1,5 g de PTN/kg/dia). Fibras Restrita em oxalato e fibras solúveis. Restrita em oxalato e fibras solúveis. Açúcares simples Restrita VET 35 kcal/kg/dia Tabela 03 – Porção intestinal remanescente capaz de evitar a TNP. ORGÃO TAMANHO SITUAÇÃO PATOLÓGICA Intestino >35 cm Anastomose jejunoileal Intestino >60 cm Anastomose jejunocólica Intestino >115 cm Jejunostomia terminal 10 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos ASPECTOS NUTRICIONAIS NA SÍNDROME METABÓLICA SÍNDROME METABÓLICA (SM) Deposição central de gordura Resistência à insulina Hipertrigliceri- demia Pressão arterial ≥130mmHg ou ≥85mmHg ou uso de anti- hipertensivo Glicemia de jejum alterada para 100mg/dL Intolerância à glicose SM 11 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos SÍNDROME METABÓLICA (SM) ASPECTOS NUTRICIONAIS Obesos: Dieta hipocalória (-500-1000kcal do GET) Redução de 5-10% de peso Não utilizar dietas com menos de 800kcal Preferir alimentos grelhados, assados, cozidos no vapor ou crus 20-25kcal/kg de peso por dia ASPECTOS NUTRICIONAIS VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET) 50-60% VET Fibras 20-30g 15% VET 25-30% VET CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURA TOTAL 12 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos RESSALVAS 1. Fibras: consumir sob a forma de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas. 2. Gordura: evitar alimentos gordurosos, carnes gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras e molhos. 3. Ômega 3: auxilia no tratamento da hipertrigliceridemia e diabetes tipo 2. 4. Sal de cozinha: limitado a 6g/dia. CONDUTA NUTRICIONAL NA DOENÇA DIVERTICULAR E CONSTIPAÇÃO DOENÇA DIVERTICULAR Condição onde há presença de hérnias em forma de sacos associados divertículos na mucosa intestinal, mais frequentemente localizadas no colón sigmoide encontradona sua porção final. OBS: Podendo afetar todo o segmento do colón. Pressão Intraluminal Génetica Etiologia Constipação Elasticidade intenstinal Dieta Fibras 13 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Mudanças no padrão alimentar • Industrializados e Processados Dietas Fibras • Volume Fecal • Água Constipação Pressão Colón e Parede Intestinal Obs: Aumento da incidência com o avançar da idade devido a perda da elasticidade da parede intestinal. CONDUTA NUTRICIONAL 1. Aumentar o consumo de fibras gradativamente, já que a mesma é capaz de aumentar massa luminal e diminuir a pressão intestinal, podendo as- sim, reduzir os sintomas e melhorar a função intestinal. 2. Adequar a ingestão hídrica DIVERTICULITE É uma massa dura formada no saco diverticular por acumular alimentos não digeridos e bactérias, que podem estar associadas a um bloqueio do suprimento sanguíneo nas paredes finas do saco, seguida de inflamação, perfuração e hemorragia. Dieta com mínimo teor de resíduo. CONSTIPAÇÃO Obs: Constipação não é uma doença e nem um sinal é um sintoma. 14 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Etiologia • Sedentarismo • Fibras e Líquidos • Gastroparesia • Hipotireoidismo • Hipercalemia • Diabetes CONDUTA NUTRICIONAL • Ofertar quantidades recomendadas de fibras (solúvel e insolúvel) • Aumentar o consumo de frutas, legumes, cereais e vegetais • Adequar a ingestão hídrica DIETOTERAPIA DA GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA CAUSALIDADE DA ÚLCERA PÉPTICA A úlcera péptica comumente é resultado de constantes agressões ao tecido de revestimento estomacal (ex: secreção ácida, microrganismo e fármacos), com isso o conteúdo agressor lesa a mucosa gerando inflamação (ou gas- trite). Num processo lesivo contínuo a gastrite pode evoluir para as úlceras pépticas. 15 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Imagem 01 – esquema representativo sobre a causalidade da Úlcera Péptica. Úlcera Péptica Estresse Infecção por H. Pylori Gastrite Aspirinas outros AINES PRINCIPAL CAUSA Imagem 02 - Influência da Gastrite na formação das Úlceras Pépticas Gastrite Crônica Atrofia Celular Perda Celular (lesão) Baixa do Fator Intrínseco Acloridria LEMBRE-SE Def B12 – Anemia Megaloblástica Falta Fator Intríseco – Anemia Perniciosa Anemia Perniciosa Baixa Ca++ e Fe 16 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Imagem 03 - Objetiva da Dietoterápica DIETOTERAPIA Aliviar a dor Recuperar a mucosa gastrointestinal Recuperar/ Promover o Estado Nutricional Facilitar a digestão Tabela 01 - Conduta Dietoterápica Macronutrientes % Fibras VET Carboidratos 50-60 Adequada Recuperação Ou Manutenção Lipídios 25-30 Evitar distensão Abdominal*Proteína 10-15 • Deve ser ajustada a tolerância individual; • Aumentar o fracionamento da dieta; • Evitar longos períodos de jejum; Tabela 02 - Orientações Nutricionais ALIMENTO/INGREDIENTE RELAÇÃO Bebidas com cafeína e Refrigerantes (ex: café, energéticos e outras) Aumento de Secreções Gástricas; Diminuição da Pressão do Es- fíncter Esofágico Inferior. Pimenta Vermelhas (Capsaicina) Irritante/Lesivo Evitar consumo em excesso* Bebidas Alcóolicas (EX: cerveja, vodka e outras) Lesivo a mucosa gástrica Evitar consumo* Frutas ácidas (ex: acerola, limão, laranja e outras) Caso haja intolerância 17 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Imagem 04 – Orientação nutricional perante o leite. LEITE SEM RELEVÂNCIATERAPÊTICA PODE SER CONSUMIDO FATORES DIETÉTICOS PROMOTORES DA LITÍASE RENAL LITÍASE RENAL OXALATO DE CÁLCIO CÁLCULO DE ÁCIDO ÚRICO FOSFATO DE CÁLCIO BAIXO pH URINÁRIO OXALATO DE CÁLCIO CÁLCULO DE ÁCIDO ÚRICO FOSFATO DE CÁLCIO ALTO pH URINÁRIO Obs: Apesar de essas serem as formas mais comuns, ainda existem os cálculos de cistina e estruvita O valor do pH urinário (baixo ou alto) está relacionado aos componentes que fazem parte da sua composição. Além disso, a dieta possui uma grande influência na composição e, consequentemente, no pH da urina. Mostrando assim, que o controle dietético é importante para prevenção da formação de cálculos renais tanto em decorrência do controle do pH quanto dos com- ponentes que irão fazer parte da formação dos cáculos, como oxalatos, cálcio e ácido úrico. 18 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos FATORES DIETÉTICOS E LITÍASE RENAL PROTETORES PROMOTORES Citrato Oxalato Potássio Excesso de proteínas Fibras Purinas Magnésio Excesso de álcool Água Sódio Cálcio Excesso de vitamina C CHO Gorduras Obs: O controle dos fatores dietéticos será levado em consideração de acordo com a situação clínica do paciente. Isso inclui o tipo de cálculo renal, análise da urina de 24 horas e avaliação dietética. PROTETORES BENEFÍCIOS Citrato Aumento do pH urinário e forma com-plexos com o cálcio na urina. Potássio Aumento do pH urinário. Fibras Presença de fontes alimentares con-tendo magnésio, potássio. Magnésio Aumento do pH urinário e forma-ção de complexos com o oxalato. Água Aumenta o volume da urina e di-minui a supersaturação. Cálcio Forma complexos com o oxalato in-testinal, impedindo sua absorção. PROMOTORES PROBLEMAS Oxalato Forma complexos inorgânicos com o cál-cio urinário (oxalato de cálcio). Excesso de proteínas Diminui o pH urinário e aumenta, au-menta o cálcio e ácido úrico urinário. Purinas Contribui para aumento de ácido úrico. Excesso de álcool Contribui para aumento de ácido úrico. Sódio Impede a reabsorção de cálcio urinário. Excesso de vitamina C Contribui para formação de oxalato. 19 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos PROMOTORES PROBLEMAS CHO Contribui para formação de oxalato. Gorduras Permite maior absorção de oxa-lato no intestino. INTERAÇÃO DROGA NUTRIENTE (IDN) O conhecimento entre a interação entre os fármacos e nutrientes possi- bilita desenvolver a conduta dietoterápica mais adequada à realidade do paciente. Sendo fundamental compreender que a IDN não ocorre em todos os indivíduos e alimentos também podem influenciar (depreciando ou po- tencializando) os fármacos. Figura 1. Fatores relacionados na IDN IDADE FATORES RELACIONADOS DOSE DO FÁRMACO NUTRIENTE E QUANTIDADE OUTROS ESTADO CLÍNICO E NUTRICIONAL SEXO 20 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Figura 2. Relação resposta entre alimento, nutrientes e sua ação ou absorção ALIMENTO AUMENTA OU DIMINUIAbsorção Metabolismo Perda AUMENTA/DIMINUI FÁRMACO Ingerido Absorção Ingerido Tabela 1. Efeito dos medicamentos nos micronutrientes e repercussões clínicas. FÁRMACO NUTRIENTE REPERCURSÃO CLÍNICA Zidovudina (antirretroviral) Depleção do zinco e cobre Anorexia; Disgeusia; Dispepsia; Obstibação; Isoniazida (tuberculostático) Diminuição Vit. D, Cál- cio, Fósforo e Piridoxina. Anorexia; Fadiga; Fraqueza; Sulfato de Vincristina (antineoplásico) Aumento Áci- do Úrico e Vit. K Anorexía; PP por disgeusia; Disfagia; Estrogênio (TRH e contraceptivo) Diminuição Folato, Mag- nésio e Piridoxina Ganho ou per- da de peso; Alteração no apetite; Aumento TGL e Colesterol; Anticonvulsivantes Aumento Ácido Fó-lico, Vit. D e K. Óleo mineral (laxante lubrificante) Diminuição Vit. Liposso- lúveis, Cálcio e Fósforo Anorexia; PP; Piritamina (antimalárico e an- titoxoplasmose) Diminuição Ácido Fólico 21 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos FÁRMACO NUTRIENTE REPERCURSÃO CLÍNICACorticosteróides (anti-inflamatórios, imu- nossupressores) Diminuição Vit. D, C e K, Cálcio, Ácido Fóli- co, Selênio e Zinco Osteoporose; Aumento Apetite, Pres- são Arterial e Glicemia Antiácidos (Ex: Hidróxido de alumínio) Diminuição Fósforo, Potássio, Cálcio, Vit. B12, A e Ácido Fólico SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA • Caracteriza-se pela intensa e continua replicação viral, levando a destru- ição das células CD4 Imunodeficiência Depeleção progressiva Hipercatabolismo Conjunto de outras alterações Perda ponderal Intensa replicação viral Destruição das células CD4 NECESSÁRIO SUPRIMIR REPLICAÇÃO VIRAL DESNUTRIÇÃO NOS PACIENTES PORTADORES DE HIV Invasão das células glias do SNC Demência ou neuropatia Anorexia e disfagia Monilíase oral Dificulta a mastigação Infecção da mucosa intestinal Causada por agentes oportunistas Absorção de nutrientes de nutrientes, provocando diarreia Múltiplas infecções oportunistas das necessidades metabólicas Má absorção intestinal da ingestão alimentar 22 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Invasão das células glias do SNC Demência ou neuropatia Anorexia e disfagia Monilíase oral Dificulta a mastigação Infecção da mucosa intestinal Causada por agentes oportunistas Absorção de nutrientes de nutrientes, provocando diarreia Múltiplas infecções oportunistas das necessidades metabólicas Má absorção intestinal da ingestão alimentar DESNUTRIÇÃO NOS PACIENTES SOROPOSITIVOS CARACTERIZA-SE POR: Perda ponderal involuntária > 10% do peso Enfraquecimento crônico Diarreia (>2 dejeções líquidas por > 30 dias) Febre documentada por mais de 30 dias intermitentes ou constantes Perda de massa celular corpórea: Wasting Sindrome (Síndrome Consuptiva) ESTADO NUTRICIONAL X TERAPIA ANTI-RETROVIRAL • Associadas a dislipidemia e distúrbios no metabolismo da glicose – Lipo- distrofia (Alteração na distribuição da gordura corporal) 23 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Complicações metabólicas e morfológicas Lipoatrofia Lipohipertrofia Síndrome metabólica Doenças cardiovasculares Diagnóstico da Lipodistrofia Lipoatrofia em: Lipohipertrofia Síndrome metabólica Doenças cardiovasculares Alteraçõs no metabolismo da glicose e lipídeos Face MMI e MMS Acúmulo de gordura central HDL-c LDL-c Abdome Região cervical Mamas TERAPIA NUTRICIONAL NA SIDA Fase estável (assintomático) Energia 30 – 35 g/kg/dia Proteína 1,2 g/kg/dia Fase estável (sintomático e células CD4 <200) Energia 40 g/kg/dia Proteína 1,5 g/kg/dia 24 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA SIDA Náuseas pela manhã: • Evitar consumir líquidos e preferir alimentos sólidos • Chupar pedras de gelo • Fazer pequenas refeições várias vezes ao dia. • Não ingerir líquidos durante as refeições • Evitar alimentos gordurosos, bebidas gasosas e com excesso de condimento Diarreia: • Evitar cafeína e fibras insolúveis • Evitar doces e gorduras • Indicar pequenas refeições • Indicar alimentos ricos em potássio (K) • Indicar soro de reidratação oral • Aumentar a ingestão de líquidos para evitar a desidratação Mucosite: • Indicar alimentos líquidos, pastosos ou de consistência macia • Indicar alimentos preferidos, amassados ou batidos, para estimular o apetite • Evitar alimentos quentes • Evitar alimentos ácidos 25 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos NUTRIÇÃO NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DPOC Enfermidade respiratória Prevenível e tratável Relacionada com inflamação pulmonar Decorrente da inalação de partículas de gases tóxicos Ex: tabagismo Desnutrição na DPOC Prognóstico citocinas inflamatórias Inflamação sistêmica GEB devido ao esforço respiratório Hipóxia Ingestaalimentar Síntese proteica Anorexia, dispneia, fadiga Decorrente do uso excessivo de corticóides ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS Sintomas Anorexia e Saciedade precoce Dispneia e Fadiga Flatulência Ingerir primeiro alimentos mais energéticos Constipação fracionamento, tempo de alimentação volume alimentar e consumo de alimentos fermentáveis Exercícios, se possível, e fibras e água Evitar kcal excessivas Dieta Normoglicídica Sódio Suplementação Oral, caso alimentação insuficiênte ATENÇÃO 26 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Sintomas Anorexia e Saciedade precoce Dispneia e Fadiga Flatulência Ingerir primeiro alimentos mais energéticos Constipação fracionamento, tempo de alimentação volume alimentar e consumo de alimentos fermentáveis Exercícios, se possível, e fibras e água Evitar kcal excessivas Dieta Normoglicídica Sódio Suplementação Oral, caso alimentação insuficiênte ATENÇÃO NUTRIÇÃO NAS DISLIPIDEMIAS Perfil lipídico para adultos com mais de 20 anos Lípides Com jejum (mg/dL) Sem jejum Categoria referencial Colesterol total <190 <190 Desejável HDL-c >40 >40 Desejável Triglicérides <150 <175 Desejável Categoria de risco LDL-c <130 <130 Baixo <100 <100 Intermediário <70 <70 Alto <50 <50 Muito alto Não HDL-c <160 <160 Baixo <130 <130 Intermediário <100 <100 Alto <80 <80 Muito alto 27 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos CLASSIFICAÇÃO LABORATORIAL Hipercolesterolemia isolada Aumento isolado do LDL-c LDL-c ≥160mg/dL Hipertrigliceridemia isolada Aumento isolado dos triglicérides (TG) TG≥150mg/dL ou ≥175mg/dL em Jejum Fonte: Adaptado da DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATE- ROSCLEROSE – 2017 Hiperlipidemia mista LDL-c ≥160mg/dL TG ≥150mg/dL HDL-c baixo HDL-c ≤40mg/dL (Homens) HDL-c ≤50mg/dL (Mulheres) Isolado ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS 28 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Mudança no estilo de vida Optar pelo consumo de grãos integrais e vegetais Consumir carnes e frangos sem pele, grelhados, assados ou cozidos Produtos lácteos desnatados Prática regular de atividade física e redução de peso (se necessário) Redução do consumo de bebidas alcoólicas RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NUTRIENTES INGESTÃO RECOMENDADA (VET) Carboidrato 50-60% Proteínas Aproximadamente 15% Gorduras totais 25-35% Ácidos graxos saturados <10% Ácidos graxos monoinsaturados 15% Ácidos graxos poli-insaturados 5-10% Ácidos graxos trans Excluir da dieta Colesterol Fibras 25g – sendo 6g de fibra solúvel 29 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Consumo de fitoesteróis. Encontrados nos vegetais, reduz os níveis de colesterol (competição por absorção) Ácidos graxos ômega 3. Auxilia na redução dos TG's Fibras solúveis. Auxiliam na produção de ácidos graxos de cadeia curta que ajudam na redução do colesterol. Proteína de soja. Relacionada com a redução do LDL-c, aumento do HDL-c e redução dos TG's Probióticos. Apresenta benefícios no perfil lipídico quando a suplementação dura mais que 8 semanas NUTRIÇÃO NAS HEPATOPATIAS Fígado Usina metabólica do organismo Hepatopatias Alterações no metabolismo de macros e micros Desbalanço entre anabolismo e catabolismo Alterações metabólicas Hipoglicemia Hiperlactacidemia Esteatose Hepática Intolerância à glicose Hiperlipidemia Cetose Má absorção de lipídios e vitaminas albumina amônia Sangramentos (hematêmese/melema) cognição Normoproteica Até 1,5g/kg Priorizar AACR Encefalopatia hepática amônia Conduta Restringir AACA Se houver intolerância proteica Limitar a 1g/kg Preferir fontes vegetais Suplementar AACR 30 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Fígado Usina metabólica do organismo Hepatopatias Alterações no metabolismo de macros e micros Desbalanço entre anabolismo e catabolismo Alterações metabólicas Hipoglicemia Hiperlactacidemia Esteatose Hepática Intolerância à glicose Hiperlipidemia Cetose Má absorção de lipídios e vitaminas albumina amônia Sangramentos (hematêmese /melema) cognição Normoproteica Até 1,5g/kg Priorizar AACR Encefalopatia hepática amônia Conduta Restringir AACA Se houver intolerância proteica Limitar a 1g/kg Preferir fontes vegetais Suplementar AACR Sonda contraindicada em casos de varises esofágicas Em ascite, acrescentar 10% ao VET Pacientes estáveis 0,8 a 1g/kg Conduta Nutricional 25 a 35kcal/kg Hepatite Pós-transplante Cirosse Em DHGNA, reduzir de 100 a 500kcal/dia CHO 50 a 60% do VET Preferir complexos LIP até 30% do VET PTN Em esteatorréia fórmulas com TCM Encefalopatia Hepática 1 a 1,2g/kg 1 a 1,5g/kg Deficiências Ca, Zn e Vit A Hepatopatias alcoolicas Hidrossolúveis Lipossolúveis Mg Todas as hepatopatias Em esteatorreia Tremores, espasmos, cãimbras, vômito 31 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Sonda contraindicada em casos de varises esofágicas Em ascite, acrescentar 10% ao VET Pacientes estáveis 0,8 a 1g/kg Conduta Nutricional 25 a 35kcal/kg Hepatite Pós-transplante Cirosse Em DHGNA, reduzir de 100 a 500kcal/dia CHO 50 a 60% do VET Preferir complexos LIP até 30% do VET PTN Em esteatorréia fórmulas com TCM Encefalopatia Hepática 1 a 1,2g/kg 1 a 1,5g/kg Deficiências Ca, Zn e Vit A Hepatopatias alcoolicas Hidrossolúveis Lipossolúveis Mg Todas as hepatopatias Em esteatorreia Tremores, espasmos, cãimbras, vômito NUTRIÇÃO NOS PACIENTES QUEIMADOS PRINCIPAIS ASPECTOS PARA INÍCIO DO TRATAMENTO NUTRICIONAL Aspectos para o tratamento Gravidade da lesão Profundidade da lesão Local da lesão Agente causador da queimadura Idade Estado nutricional prévio Presença de comorbidades Intenso Hipermetabolismo e alta degradação proteica 32 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos QUEIMADURAS GRAVES E EXTENSAS • Demanda energética pode atingir 150 a 200% do GEB Antes de iniciar o tratamento nutricional é preciso: 1. Avaliar o grau de extensão da lesão; 2. Verificar a presença de comorbidades associadas. TRATO GASTROINTESTINAL – TGI • TGI em risco devido ao estresse causado pelas queimaduras e em função do tratamento para manutenção da vida. TERAPIA NUTRICIONAL (TN) Índices O que avaliam Quando iniciar? A TN deve ser iniciada o quanto antes Via de administração da TN Sempre que possível deve-se utilizar a via oral, mas a depender da demanda ener- gética a Nutrição Enteral é necessária Nutrição Precoce Iniciada na 1ªs 6 a 12h por via gástrica atenuará a resposta hormonal ao estres- se, resposta hipermetabólica, auxiliando na manutenção da barreira intestinal 33 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Necessidades calóricas Calorimetria indireta (CI) é padrão ouro, mas na ausência de CI as formu- las de estimativa podem ser utilizadas INDICATIVOS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL Mais de 20% da superfície corporal queimada ou comprometimento do EN Independente da superfície corporal queimada quando há PP importante ao longo do internamento Lesão em cavidade oral que limite a ingestão alimentar Patólogias associadas, ex: Traumas de crânio SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO Distúrbio eletrolítico Comum hipofosfatemia PONTOS IMPORTANTES Estimar necessidades calóricas do paciente 34 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos FÓRMULAS: ESPEN: Fórmula de Toronto • Considera a superfície corporal queimada • Ingestão calórica • Gasto Energético estimado por Harris Benedict • Temperatura corporal • Outros Fórmula de Curreri: • Considera idade • % da superfície corporal queimada. Recomendação: 16 - 59 25 Kcal/kg + 40 Kcal por % de superfície corporal queimada Acima de 60 anos 25 Kcal/kg + 65 Kcal por % de superfície corporal queimada CARBOIDRATOS A oferta de carboidrato é fundamental para recuperação das áreas quei- madas e suprir os componentes do sistema imunológico Carboidratos ESPEN – Oferecer um mínimo de 2g/kg/ dia, não excedendo 7g/kg/dia 55 – 60% de VET O excesso pode gerar hiperglicemia, gli- cosúria, desitratação e etc PROTEÍNAS O metabolismo proteico fica aumentado e a ingestão proteica se torna ne- cessária para sobrevida e processo cicatricial Proteínas Manter relação de Kcal/gN2 –>100:1 para melhora do Balanço Nitrogenado ESPEN: 1,5 a 2,0g/kg em Adultos 1,5 a 3,0g/lg em crianças 35 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos LIPÍDEOS • Complementam as necessidades nutricionais juntamente com os CHO; • Fornecem ácidos graxos essenciais; • Após a queimadura há uma elevação da taxa de lipólise periférica e ape- nas 30% dos ácidos graxos disponíveis sofrem degradação, o restante será reesterificado podendo levar a EH. Lipídeos Abaixo de 30% do VET25-30 Kcal /kg FIBRAS A adição de fibras deve seguir a recomendação da ESPEN pois os pacientes apresentam alto risco de obstipação devido as altas doses de sedativos e opióides utilizados para analgesia. NUTRIÇÃO NO PRÉ-OPERATÓRIO Redução do tempo de Jejum 2h para líquidos claros 6h para sólidos Jejum 1ª reserva glicogênio hepático Mobilização de AG gliconeogênese TMB Síntese proteica Corpos cetônicos Consumido em 12~24h Aminoácidos e glicerol TN Suporte nutricional EN prévio influencia na recuperação Manutenção do sistema Imune DEP está associada a infecções 36 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos Redução do tempo de Jejum 2h para líquidos claros 6h para sólidos Jejum 1ª reserva glicogênio hepático Mobilização de AG gliconeogênese TMB Síntese proteica Corpos cetônicos Consumido em 12~24h Aminoácidos e glicerol TN Suporte nutricional EN prévio influencia na recuperação Manutenção do sistema Imune DEP está associada a infecções Requerimento Energético Hídrico: 1mL/kca Energético: 35kcal/kg Imunonutrição infecções Morbidade Tempo deinternamento Mortalidade 37 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) TFG <60ml/min/1,73m² TFG >60ml/min/1,73 + danorenal há pelo menos 3 anos DOENÇA RENAL CRÔNICA CLASSIFICAÇÃO ESTÁGIOS ACHADOS FILTRAÇÃO GLOMERULAR (ml/min/1,73m²) 1 Lesão renal (microalbuminúria, proteinúria, alteração em exame de imagem) com função renal normal ≥90 2 Lesão renal com doença renal leve 60 – 89 3 Lesão renal com doen-ça renal moderada 30 – 59 4 Lesão renal com doença renal grave 15 – 29 5 Lesão renal com doença renal terminal <15 38 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos DOENÇA RENAL CRÔNICA METABOLISMO DAS PROTEÍNAS METABOLISMO DAS PROTEÍNAS EXCESSO DE METABÓLITOS • Uréia • Ácido úrico • Creatinina • Amônia e sulfatos DISTÚRBIOS METABÓLICOS • Acumulam-se em decorrência da função alterada dos rins• Acidose metabólica • Inflamação subclínica • Resistência à insulina • Hiperparatireoidismo secundário TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÃO PROTEICA ESTÁGIOS TFG (mL/min) PROTEÍNA (g/kg dia) 1 e 2 >60 Normal (0,8 - 10) 3 59-30 0,6 – 0,75 ou 0,3 de AAE e cetoácidos 4 29-15 30 – 59 4 < 15 0,6 – 0,75 ou 0,3 de AAE e cetoácidos Nefropatia diabética 0,6 Diabetes descompensada 0,8 Proteinúria Máximo de 0,8 Proteinúria >3g/24h Acrescenta 1g a cada grama excretado OBS.: 50% do total das proteínas deve ser de alto valor biológico 39 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos TRATAMENTO CONSERVADOR RECOMENDAÇÃO PROTEICA DIETA HIPERPROTEICA HEMODIÁLISEPromove perda de aminoácidos Promove perda de peptídeos 1,2g/kg dia DIETA HIPERPROTEICA Diálise Peritoneal Promove perda de proteínas 1,2g - 1,3/kg dia 40 Material complementar - Controle Higiênico Sanitário dos Alimentos RESTRIÇÃO DE POTÁSSIO DRC HIPERCALEMIA MENOR CAPACIDADE DE EXCREÇÃO DE POTÁSSIO ARRITIMIA CARDÍACA E MORTE RESTRIÇÃO DE ALIMENTOS RICOS EM POTÁSSIO BAIXA TFG HIPERCALEMIA K >5,0 OU K > 5,5 41 Material complementar - Nutrição Clínica POTÁSSIO PRINCIPAIS FONTES Leguminosas Frutas Oleaginosas Hortaliças FÁRMACOS HIPOTENSORES DEFICIÊNCIA DE INSULINA ACIDOSE METABÓLICA CONSTIPAÇÃOHIPERCALEMIA Excesso de H+ e saída de K+ da célula Ativação da Bomba de Na e K Retenção de K+ Captoprila Enalaprila Losartana 42 Material complementar - Nutrição Clínica TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Prescrição de K+ individualizada Frutas: 3 porções diárias com P ou M 50-70mEq/dia (~ 3g/dia) Hipercalemia Cocção dos alimentos em água (remoção de até 60% do K+) Hortaliças: 2 porções diárias com baixa quantidade de K+ TEOR DE POTÁSSIO EM FRUTAS Pobre (até 100mg/porção) Média (101 a 200mg/porção) Rica (>200mg/porção) Abacaxi Acerola Cajá Caju Jambo Laranja-lima Limonada Maçã Maracujá Melancia Morango Pitanga Siriguela Abacate Banana Maçã Caqui Figo Mamão papaia Pêra Pêssego Tamarindo Ameixa seca Banana da prata Cupuaçu Coco Goiaba Jaca Kiwi Laranja Mamão formosa Manga Melão Pequi Pinha 43 Material complementar - Nutrição Clínica TEOR DE POTÁSSIO EM HORTALIÇAS Pobre (até 100mg/porção) Média (101 a 200mg/porção) Rica (>200mg/porção) Acelga Agrião Alface Americana Berinjela Brócolis Cebola Chuchu Couve-flor Manjericão Pepino Repolho Tomate Batata inglesa cozida Beterraba cozida Cenoura cozida Couve manteiga cozida Espinafre cozido Jiló cozido Palmito em conserva Vagem cozida Abóbora cozida Purê de batata Espinafre cru Quiabo Tomate purê TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL Conceito: Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. (ANVISA – RDC n° 63) Quando devemos utilizar? Paciente desnutrido Paciente em risco de desnutrição Incapacidade de suprir 2/3 à 3/4 das necessidades nutricionais TGI parcial ou totalmente funcionante 44 Material complementar - Nutrição Clínica INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES Distúrbios neurológicos Instabilidade hemodinâmica e choque Traumas faciais e orais Doença terminal Anomalias congênitas Obstrução intestinal Insuficiência respiratória Vômitos crônicos Coma Diarreia crônica Esofagectomia Fístulas intestinais Queimaduras Íleo paralítico Câncer Pancreatite grave Pancreatite não grave Síndrome do intestino curto Disfagia Isquemia gastrointestinal Enterite grave Sangramento gastrointestinal VIAS DE ACESSO PARA NE As vias de acesso dependem da interferência de um conjunto de fatores para que possa ser decidida. VIA ORAL NASO ENTERAL OSTOMIAS Ingestão pela boca (suplementos orais) Nasogástrica Faringostomia Nasoduodenal Esofagostomia Nasojejunal Gastrostomia Jejunostomia Critérios para seleção da via de acesso Inicialmente, devemos analisar qual o tempo pelo qual o paciente ficará sob nutrição enteral (< ou > que 6 semanas?). Sendo assim, avaliar o estado nutricional e clínico do paciente, características anatômicas, risco de aspiração e possível inervenção cirúrgica são de extrema importância. Seleção da dieta enteral Densidade calórica Osmolaridade/ osmolalidade Via de acesso utilizada Complexidade dos nutrientes Categorias das dietas Método de administração 45 Material complementar - Nutrição Clínica TRATAMENTO NUTRICIONAL DA PANCREATITE AGUDA Método de administração Bólus Intermitente Contínuo Precisa ser aberto para administração - Tem- po de troca (4 horas) Estéril - Tempo de troca (24 à 48 horas) Tipo de Sistema Aberto Fechado Liberação de hormônios (insulina, glucagon e soma- tostatina) na circulação. Síntese e liberação do suco pancreático através do dúcto pancreático ao intestino. Pâncreas Endócrina Exócrina Pancreatite aguda: Caracteriza-se por um aumento do estresse oxidativo e mediadores pró-inflamatórios no pâncreas, podendo comprometer as funções endócrinas e exócrinas pancreáticas, a depender do grau de seu comprometimento. Aumentando o catabolismo (vias de degradação). 46 Material complementar - Nutrição Clínica Sintomas Dor e distensão abdominal Vômitos Náuseas Esteatorréia Hipotensão Oligúria Dispneia Obs: Os sintomas vão depender da gravidade da pancreatite. Hipotensão, oligúria e dispneia geralmente apresentam-se em situações mais graves. A estimulação das funções pancreáticas pode contribuir para o aparecimento dos sintomas. Conduta nutricional Suspensão da alimentação via oral (temporariamente) Alimentos facimente digeríveis Dieta com baixo teor de gordura Pequenas refeições distribuidas no dia Ingestão adequada de proteínas Aumento das calorias Progressão da dieta de acordo com a tolerância do paciente Obs: A terapia de nutrição enteral (TNE) só será iniciada caso o paciente não consiga se alimentar por via oral durante um período de 5 a 7 dias. TNE Localização Nutrientes Características Posição jejunal Oligomérica (preferência). Polimérica se houver tolerância 47 Material complementar - Nutrição Clínica Obs: A terapia de nutrição parenteral deverá ser iniciada quando houver impossibilidade da utilização da TNE, ou se as recomendações nutricionais do paciente não estiverem sendo supridas adequadamente. TRATAMENTO NUTRICIONAL NA PANCREATITE CRÔNICA Pâncreas Endócrina Exócrina Funções Liberação de hormônios (insulina, glucagon e somatostatina) na circulação. Síntese e liberação do suco pancreático através do dúcto pancreático ao intestino. Pancreatite crônica: Caracteriza-se pelo aumento de mediadores pró- inflamatório e estresse oxidativo, muitas vezes de forma insidiosa durante um longo período. Podendo comprometer as funções pancreáticas, a depender do seu grau de comprometimento. Assim como a pancreatite aguda, também contribui para o aumento do catabolismo. TRATAMENTO NUTRICIONAL Oral Enteral Parenteral Obs: O tratamento nutricional deve ocorrer neste sentido, tendo em vista que 80% dos pacientes com PC ainda podem ser alimentados por nutrição oral. Isso vai depender do estado clínico do paciente e grau da doença. Determinando assim a possibilidadeou não de se utilizar o trato gastrointestinal. Recomendações nutricionais Valores Calorias 35 Kcal/Kg de peso/dia Proteínas 1,0 – 1,5 g/Kg de peso/dia Gordura 0,7 – 1,0 Kcal/Kg de peso/dia 48 Material complementar - Nutrição Clínica Obs: Devido ao hipermetabolismo e hipercatabolismo, a ingestão de ener- gia e proteínas deve ser aumentada, de modo a contribuir para correção do estado nutricional e deficiência proteico-calórica. Existe uma necessidade de ofertar menos gordura devido a menor capacidade de digestão e, con- sequentemente, absorção. Dar preferência ao triglicerídeo de cadeia média (TCM) e gorduras vegetais. Estratégias nutricionais Utilização de enximas digestivas Suspender ingestão de álcool Suplementação de vitaminas e minerais em deficiência Obs: Caso exista aumento dos níveis glicêmicos e complicações relaciona- das ao diabetes, adotar estratégias de controle dos níveis glicêmicos. NUTRIÇÃO NO PRÉ-OPERATÓRIO Complexidade dos nutrientes: As fórmulas podem ser classificadas de acor- do com a complexidade dos seus nutrientes (nível de digestibilidade) em poli- mérica, oligomérica e elementar. Além da classificação referente a sua forma de fabricação e preparo (dietas caseiras, industrializadas e mistas). Classificação/nutrientes Característica Polimérica Apresenta os macronutrientes na sua for-ma intacta, sem processo de hidrólise. Oligomérica Apresenta os macronutrientes parcialmente digeridos. Elementar Apresenta os macronutrientes totalmente hi-drolisados, na sua forma mais simples. Obs: O nível de hidrólise dos nutrientes pode interferir na osmolaridade da solução, sendo assim, quanto mais hidrolisado forem os nutrientes da fórmula, maior o grau de osmolaridade. 49 Material complementar - Nutrição Clínica Classificação/fabricação Características Dieta caseira Dieta elaborada manualmente com alimentos “in na- tura”. Baixo custo, mas apresenta um maior risco de contaminação quando comparada a industrializada. Dieta industrializada Dieta elaborada industrialmente, maior custo em relação a caseira, mas oferece uma maior segurança com relação a contaminação por microrganismos. Dieta mista Dieta elaborada com a presença de alimentos e formulações preparadas industrialmente, é tam- bém classificada assim quando existe uma al- ternância entre a dieta caseira e industrial. CARACTERÍSTICAS DA DIETA ENTERAL Densidade calórica Densidade calórica Kcal/mL Classificação Muito baixa < 0,6 Acentuadamente hipocalórica Baixa 0,6 – 0,8 Hipocalórica Padrão 0,9 – 1,2 Normocalórica Alta 1,3 – 1,5 Hipercalórica Muito alta > 1,5 Acentuadamente hipercalórica Osmolaridade Classificação Valores (mOsm/Kg de água) Hipotônica 280 – 300 Isotônica 300 – 350 Levemente hipertônica 350 – 550 Hipertônica 550 – 750 Acentuadamente hipertônica > 750 Obs: Quanto maior a densidade calórica e grau de hidrólise da fórmula, maior será sua osmolaridade, a depender da situação clínica do paciente e da localização da extremidade da sonda, maior será a atenção para a pre- venção de complicações como, por exemplo, diarreia osmótica. 50 Material complementar - Nutrição Clínica COMPLICAÇÕES COM A NUTRIÇÃO ENTERAL Gastrintestinais Diarreia (mais frequente); Estase gástrica; Náuseas e vômitos; Refluxo gastroesofágico; Constipação; Distenção abdominal. Metabólicas Hiperglicemia/hipoglicemia; Hiperhidratação/desidratação; Disfunção de eletrólitos e elementos traços. Mecânicas Sinusite aguda; Erosão nasal; Rupturas de varizes esofágicas; Obstrução da sonda; Migração acidental da sonda; Esofagite/faringite. Infecciosas Gastroenterocolite Respiratórias Aspiração pulmonar e pneumonia aspirativa Psicológicas Ansiedade; Depressão; Monotonia alimentar; Insociabilidade; Inatividade. Obs: Essas complicações dependem da situação clínica do paciente, da fór- mula utilizada (complexidade dos nutrientes e forma de preparo), da via enteral selecionada e tempo sob uso da nutrição enteral. TERAPIA NUTRICIONAL NO CÂNCER Material genético das células alterado ↑ descontrolado e invasivo de células CâncerTratamento oncológico Fatores Ambientais 51 Material complementar - Nutrição Clínica O que é? O câncer é caracterizado pelo aumento descontrolado e invasivo no número de células com material genético alterado. Fatores Ambientais Tabagismo, alcoolismo, exposição solar, infecção por papiloma vírus, uso crônico de estrógenos, obesidade e ingestão elevada de gorduras. Tratamento Oncológico Radioterapia, Quimioterapia, cirurgia e imunoterapia. Reações ao tratamento Localização do câncer e alterações metabólicas ocasiona- das pelo tumor (↓ ingestão alimentar e ↓ ponderal de peso) Efeitos específicos da radioterapia (principalmente CA de a cabeça e pescoço): xerostomia, odinofagia, disfagia, estomatites e hiporexia. Fatores que podem induzir a anorexia Disfagia Mucosite Constipação Disosmia Náuseas Plenitude gástrica Disgeusia Ansiedade Desidratação Xerostomia Depressão Alterações bioquímicas Alterações dentárias Alimentos pouco apetitosos IMC <18,5kg/m² PP≥10% no últimos 6m Aceitação da dieta via oral ≤2/3 do VET planejado Obstrução pelo tumor da cavidade oral Anorexia Odinofagia Terapia Nutricional Enteral 52 Material complementar - Nutrição Clínica Objetivos da Intervenção Nutricional no Câncer Prevenir/reverter o ↓ do estado nutricional Evitar caquexia Manejo de sintomas ↑ resposta imune Melhorar balanço nitrogenado ↓ tempo de internação hospitalar ↓ proteólise ↑ qualidade de vida Atenção Nutricional ↑ frutas e vegetais Fonte de vitaminas antioxidantes Evitar carne vermelha pro- cessada (defumados, sal- gados ou curados) ↑ aditivos químicos (nitritos e nitratos → nitrosaminas → irritantes da mucosa TGI, assim como alcatrão) Evitar bebidas quentes (>60°C) Efeito carcinogênico em contato com a mucosa do esôfago Recomendações Energéticas e Necessidades Nutricionais Realimentação 20kcal/kg Obeso 21-25kcal/kg Manutenção do peso 25-30kcal/kg Ganho de peso 30-35kcal/kg Repleção 35-45kcal/kg Proteínas Líquidos Sem complicações: 1,0 – 1,2g/kg 18-55 anos: 35ml/kg Estresse moderado: 1,1 – 1,5g/kg 55-65 anos: 30ml/kg Estresse grave e depleção protéica: 1,5-2,0g/kg >65 anos: 35ml/kg Lembre-se! Acrescentar perdas dinâmicas e descontar retenções hídricas. 53 Material complementar - Nutrição Clínica Quando evoluir para outros tipos de terapia: TN Oral Complementos quando ingesta <75% das recomendações até 5 dias, sem expectativa de melhora TN Parenteral Em caso de impossibilidade total ou parcial do TGI TN Enteral Em caso de impossibilidade de via oral Ingesta oral <60% até 5 dias consecutivos, sem expectativa de melhora Cuidados Paliativos • Avançado, terminal ou fim da vida. Condutas diferentes para cada estágio da doença. • Ponderar riscos e benefícios, além do desejo do paciente e família. TN para pacientes com RN ou desnutrição • Performance Status (PS) ≤3 • Karnofsky Perfomance Status (KPS) ≥30% Parâmetros para avaliar prognóstico da doença: Condutas Nutricionais para Minimizar Efeitos Colaterais Disgeusia e Disosmia • Conscientizar o paciente sobre a necessidade de comer; • Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos; • ↑ fracionamento ↓ volume (6-8 refeições/dia); • Consistência dos alimentos conforme aceitação; • Utilizar complementos nutricionais com flavorizantes e aromas, se necessário. 54 Material complementar - Nutrição Clínica Anorexia • ↑ fracionamento ↓ volume (6-8 refeições/dia); • ↑DC das refeições; • Utilizar hipercalóricos e hiperprotéicos, se necessário; • Utilizar alimentosumedecidos (caldos e molhos). Disfagia • Disfagia a LIQ, SL e P: uso de espessante; • Disfagia a alimentos sólidos: Orientar pequenos vol. de lí- quidos para facilitar mastigação e deglutição; • Evitar alimentos secos; preparações de fácil deglutição/ mastigação, conforme tolerância. CLASSIFICAÇÃO Distúrbio metabólico Níveis elevados de açúcar no sangue Comorbidades • Deficiência total ou parcial na síntese de insulina (DM1) • Resistência perfiérica à insulina (DM2) • DM gestacional • Hiperglicemia CONDUTA NUTRICIONAL PACIENTE DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL HÁBITOS ALIMENTARES E SOCIOCULTURAIS PERFILMETABÓLICO USO DE FÁRMACOS DIETA + ATIVIDADE FÍSICA + MEDICAMENTO FOCO 55 Material complementar - Nutrição Clínica CONDUTA NUTRICIONAL CARBOIDRATOS Valor Energético Total (VET) Até 30% VET 15-20% VET 45-60% VET Fibras: mínimo 20g ≤130g CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURA TOTAL Quantidade e qualidade dos carboidratos Até 10% de sacarose GLICEMIA Não se recomenda a adição de frutose Índice glicêmico e carga glicêmica 56 Material complementar - Nutrição Clínica CONDUTA NUTRICIONAL GORDURAS Valor Energético Total (VET) Até 30% VET 15-20% VET 45-60% VET Fibras: mínimo 20g ≤130g CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURA TOTAL Ácidos graxos trans ≤1% Ácidos graxos saturados <7% VET (30%) Ácidos graxos monoinsaturados Individualizado Ácidos graxos poli- insaturados Até 10% 57 Material complementar - Nutrição Clínica CONDUTA NUTRICIONAL PROTEÍNAS Valor Energético Total (VET) Até 30% VET 15-20% VET 45-60% VET Fibras: mínimo 20g ≤130g CARBOIDRATOS PROTEÍNAS GORDURA TOTAL • Avaliar a função renal. CONDUTA NUTRICIONAL ASPECTOS GERAIS Dieta normoglicídica normoproteica normolipídica Consumir 2-4 porções de frutas e 3-5 de hortaliças DM Micronutrientes: recomendação para população em geral Sódio até 2000mg adoção da dieta DASH 58 Material complementar - Nutrição Clínica TERAPIA NUTRICIONAL NOS PACIENTES CRÍTICOS Monioramento contínuo ↓funções básicas Paciente Crítico Trauma, sepse, queimadura, hemorragia, cirurgia Eventos agudos que alteram homeostase Fa se E bb ↓débito cardiaco ↓consumo de oxigênio ↓perfusão de tecidos ↓temperatura ↓TMB 59 Material complementar - Nutrição Clínica NUTRIENTES NO TRAUMA ↑glicocorticóides ↑glucagon ↑catecolaminas ↑citocinas ↑PTN agudas ↑excreção de N2 ↑TMB ↑Consumo de O2 ↑Temperatura ↓hormônios Associada a fase de recuperação Melhor resposta do organismo Fase Flow Aguda ou hipermetabólica Adaptativa, anabólica ou convalescência Rápido esgotamento ↑Lipólise e ↑AG livres Importante fonte de energia, exceto para SNC e enterócitos Mobilização das reservas (gliconeogênese) ↑excreção de N2 CHO PTN LIP 60 Material complementar - Nutrição Clínica ESTADO CRÍTICO DEP Complicações Ferramentas tradicionais limitadas Triagem nutricional Avaliação Nutricional ↓estresse ↑sistema imunológico ↓perda de MM Jejum até restabelecer quadro hemodinâmico Hemodinâmica normal Ácido-básico normal Buscar reestabelecer balanço hidroeletrolítico ↑vasopressores Distúrbios hemodinâmicos Distúrbios ácido-basicos OBJETIVO DA TN INÍCIO DA TN AO INICIAR TN POSTERGAR INÍCIO DA TN TNE iniciada 24 a 48h após entrada. Tempo suficiente para reestabelecer quadro hemodinâmico e ácido-básico. 61 Material complementar - Nutrição Clínica NE Precoce ESPEN 2009 24h após trauma ou admissão DITEN 2011 24 a 48h do início do tratamento CCPG 2013 24 a 48h da admissão ASPEN 2016 24 a 48h após lesão ou cirurgia Requerimento Nutricional ESPEN 2006 Agudo: 20 a 25kcal/kg Anabolismo ou Desnutrido: 25 a 30kcal/kg PTN não especificado ESPEN 2016 25 a 30kcal/kg PTN 1,2 a 2g/kg ASPEN 2009 Individual PTN 1,2 a 2g/kg para IMC<30 DITEN 2011 Agudo: 20 a 25kcal/kg Após 4-7dias 25 a 30kcal/kg PTN 1,2 a 2g/kg. Maior apenas para dialise, queimados ou fístulas CCPG 2013 Sem recomendação 62 Material complementar - Nutrição Clínica OBESO CRÍTICO Inflamação Doença grave + obesidade = ↑inflamação Inflamação+resistência insulínica=hiperglicemia e proteólise acentuada Benefícios da TN Dieta hipocalórica e hiperproteica Prognóstico Proteólise acentuada = Obesidade Sarcopenica Obesidade Sarcopenica = Pior prognóstico Evita complicações associadas à hipoalimentação e favorece anabolismo proteico. Terapia nutricional no obeso crítico Recomendações Calóricas Recomendações Proteicas ASPEN (2009) DITEN (2011) ASPEN (2013) ASPEN (2009) DITEN (2011) ASPEN (2013) • IMC>30km/ m²; • Não exce- der 60-70% das NEE ou 11-14kcal/ kg de PA ou 22-25kcal/ kg de PI. • IMC>30km/ m²; • 60-70% das metas conven- cionais ou 12-20kcal/ kg de peso atual. 50-79% das neces- sidades estimadas ou <14kcal/ kg de peso atual. • IMC 30- 40kg/m², 2,0g/kg de PI; • IMC >40kg/ m², 2,5g/ kg de PI • IMC 30- 40kg/ m², 2,5g/ kg de PI; • IMC >40kg/ m², 3,0g/ kg de PI 1,2g/kg de PA ou 2,5g/kg de PI. Terapia Nutricional Imunomoduladora Condições clínicas associadas a TN imunomoduladora em pacientes críticos Grandes cirurgias no trato intestinal Traumatismo abdominal >30% Queimados Pós-operatório de CA de cabeça e pescoço 63 Material complementar - Nutrição Clínica Condições clínicas associadas a TN imunomoduladora em pacientes críticos Pacientes críticos em VM e com síndrome de desconforto agudo (SDRA) Paciente sepse moderada (APACHE <15) Manutenção EN ↓tempo de internamento e morbidade Escolha depende de riscos e tempo de internamento Quando há risco de broncoaspiração Quando há intolerância gástrica Bem toleradas Intolerância às poliméricas ou TGI comprometido Vias de Acesso TNE 1ª escolha Posição gástrica Pós-pilórica Dieta Polimérica Dieta Oligomérica ATENÇÃO: Alto volume residual gástrico (VRG) é considerado fator de risco para aspiração. DIRETRIZ RECOMENDAÇÃO VRG ESPEN 2006 Não há ASPEN 2009 VRG 200 a 500ml ↓ risco de aspiração ASPEN 2016 Não usar rotineiramente DITEN 2011 VRG usado na prevenção de pneumonia aspirativa, mas não isoladamente CCPG 2013 VRG 250 a 500ml 64 Material complementar - Nutrição Clínica A hiperglicemia no paciente crítico está associada a alta mortalidade e piora dos desfechos clínicos. 140 a 180mg/dL Priorizar as de controle glicêmico Ainda não há recomendação para uso de fórmulas específicas Meta Fórmulas Importante NUTRIÇÃO PARENTERAL EM UTI ASPEN 2016 ESPEN 2009 DITEN 2011 CCPG 2013 Eutrófico: após 7 dias 3 dias de internação Sempre que não atingir NE com início precoce NP precoce não recomendada para baixo risco e curto período de internação Desnutrido: 5-7 dias Cirurgia: 5º dia de pós-op Prognóstico 65 Material complementar - Nutrição Clínica TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (NPT) Solução estéril de nutrientes fornecida via intravenosa Prognóstico ASPEN 2016 Após 7-10 dias de NE insuficiente ESPEN 2009 Meta nutricional não atingida em 2 dias DITEN 2011 Sem recomendações específicas CCPG 2013 Sem recomendações específicas Absorção de nutrientes incompleta ou impossível Alimentação via oral impossibilitada IndicaçõesTGIobstruído ou inacessível Alimentação VO não desejada e associada à desnutrição 66 Material complementar - Nutrição Clínica Acessos em Nutrição Parenteral Edema Agudo de Pulmão Instabilidade hemodinâmica Contraindicações Anúria sem diálise Graves distúrbios metabólicos ou eletrolíticos Choque cardiogênico ou séptico Nutrição parenteral total ou central (NPT ou NPC) Administrada via veia de grande calibre. Nutrição Parenteral Intradialítica (NPI) Administração de NP durante sessão de hemodiálise; Nutrição parenteral periférica (NPP) Administrada via veia de menor calibre. Pacientes com DRC que não toleram NE com sinais de desnutrição. 67 Material complementar - Nutrição Clínica NPP 7-10 dias ou até 15 dias • ↓ cc nutrientes em ↑ volumes; • Geralmente, não atinge VET; • Tolerância máx. 900mOsm/L. Região da mão e antebraço • Inserção simples; • Menor custo; • Menor risco de complicação. • Não permite solução hiperosmolar; • Limitada na RH. NPT Indicação x Tempo Características Sítios de Inserção Vantagens Desvantagens >7-10 dias ou curto se necessário • ↑ cc nutrientes; • Atinge VET; • Osmolalidade > 1000mOsm/L. Veias de maior calibre (subclávica, femoral, cefálica, jugular interna e externa). • Permite adm de soluções hiperosmolares; • Utilizada por longos períodos. >risco de complicações 68 Material complementar - Nutrição Clínica Composição da Solução da NP Sistema glicídico, binário ou 2:1 Solução onde se misturam todos os componentes. Exceto a emulsão lipídica que é infundida separadamente. Sistema lipídico, ternário ou 3:1 Solução contendo todos os componentes, incluindo a solução lipídica. Mais balanceada metabolicamente Permite ↓ oferta de glicose ↓ complicações com excesso de glicose Auxiliar na osmolaridade por ↓ quant. de glicose, permitindo o uso da via periférica Substratos em NP Aminoácidos Glicose Emulsão lipídica Micronutrientes Cc de 3-20% Na forma de dextrose 10% (1,1kcal/ml) 20% (2,0kcal/ml) 30% (2,9kcal/ml) Eletrólitos, vita- minas e oligoele- mentos: ajusta- dos ao balanço hidroeletrolítico e quadro clínico. 4kcal/g Monohidratada = 3,4kcal/g Anidra = 3,85kcal/g Tx máx. de infusão: 5-8mg/kg/min. 10% fornece 2-4% ácido linoléico Complicações na NP Mecânicas ou relacionadas ao cateter Metabólicas Infecciosas Gastrointestinais Pneumotórax Desidratação resultante de diarreia osmótica Contaminação da solução Colestases 69 Material complementar - Nutrição Clínica Mecânicas ou relacionadas ao cateter Metabólicas Infecciosas Gastrointestinais Embolismo gasoso Desajustes hormonais Contaminação da solução Colestases Trombose venosa Deficiência de ácidos graxos essenciais Oclusão de catéter Síndrome de realimentação Infecção de óstio Atrofia de vilosidades intestinais Localização irregular de catéter Hipocalemia/ Hipercalemia Flebites Hiponatremia/ Hipernatremia Infecção de túnel Hemotórax Acidose metabólica Hidrotórax Hiperglicemia Infecção de primária de corrente sanguínea Alterações hepáticas Hiperlipidemia E demais doenças. TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA Te ra pi a di al íti ca Manifestações de síndrome urêmica Inicío ↑ risco de DEPTFG < 10 ↓ingestão de PTNPrioridade no tratamento ↓MM Os rins produzem eritropoetina, responsável pela produção de células vermelhas no sangue. Na DRC ocorre ↓eritropoetina e consequente anemia. 70 Material complementar - Nutrição Clínica Diálise Peritoneal Modalidade que ocorre dentro do paciente, através do Peritôneo. Terapia renal substitutiva Transplante Doador vivo Doador morto CAPD DPA Substitui função renal Hemodiálise Diálise peritoneal Máquina filtra o sangue Extraindo água, metabólitos e eletrólitos em excesso Equipamento funciona através de uma bomba e catéteres Hemodiálise Controle PA Devolve sangue limpo Idade Comorbidades Fatores Socioeconômicos Causa da DRC Funcionalidade por mais de 10 anos Transplante 71 Material complementar - Nutrição Clínica É preciso usar imunossupressores e corticoides para evitar rejeição do órgão. Pode causar aumento de glicemia, PA, colesterol, TG e apetite. Os corticoides podem favorecer a perda de Massa Magra e as reações ao transplante, favorecem o acúmulo de tecido gordo. TRATAMENTO NUTRICIONAL DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS (DII) Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) Processo inflamatório crônico Períodos de remissivos e em atividade Diarreia em ambas doenças Principais sintomas: Dor abdominalDiarreia com muco e sangue Febre ponderal e Anemia Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) • Normalmente é limitada ao intestino grosso e o reto. • Podendo comprometer parte ou todo o colón. • Restrita as camadas mucosa e submucosa. Camadas importantes para a passagem do bolo fecal. Doença de Chron • Pode acometer todo o TGI ( desde a boca ao ânus); • Acomete todas as camadas da mucosa intestinal; • Comum ocasionar fístulas (ligação de algum vaso ao órgão que não tem conexão) e estenoses (estreitamento de um órgão ou estrutura tubular); • Atenuar em processos inflamatórios (libração de Interleucinas e inflama- ção da mucosa); • Reduzir a produção de lactose (devido a lesão intestinal). 72 Material complementar - Nutrição Clínica Tratamento Nutricional - DII Energia • Requisitos de energia podem ser alterados devido a atividade da doença; • Alguns Corticoides são utilizados durante o tratamento, como por exem- plo: a prednisona, que pode estimular a hiperfagia, promover um balan- ço energético +, apesar de ocorrer perdas de nutrientes nas vezes. Proteínas • Considerar perdas intestinais de nutrientes na fase ativa, devido ao tra- tamento. • Benefícios com a suplementação de aminoácidos livres, proteínas intac- tas de fácil digestão (ex: whey protein), Ômega-3 e glutamina. Diminui- ção de fatores inflamatórios, maior fornecimento de aminoácidos aos te- cidos e maior aporte proteico. • Fase ativa: Aumentar o consumo 1,2 a 1,5g/kg • Remissão: 1g/kg OBS: Fase ativa → dieta hiperproteica → alta demanda energética(ca- tabolismo) e aumento da proteólise. Carboidratos • Fase ativa ou caso de intolerância: Reduzir ou excluir os mono e dissaca- rídeos evitando o agrave da diarreia. • Fase ativa: Priorizar fibras solúveis (regular a função intestinal) e pobre em insolúveis. (formam géis viscosos, podem fermentar) Lipídios • Hipolipídica: < 20% ; • Hiperoxalúria: Dieta pobre em gordura e oxalato e rica em cálcio → ex- creção urinária maior de oxalato. Esse excesso interage com o cálcio for- mando pedras renais; • Consumo de ômega 3 entre 3 a 5g visando a diminuição da inflamação e produção de seus agentes. OBS: Atenção a referência do edital. Cuppari, 2005 – glutamina e argini- na são recomendados na DC Ativa. Micronutrientes • Bastante presente inadequações, devido as diarreias e anorexia; • Normalmente são prescritos multivitamínicos; • Fase ativa e uso de corticoides. O cálcio e a vit.D devem ser monitorados 73 Material complementar - Nutrição Clínica e suplementados, devido a interação droga nutriente e perdas intesti- nais; • Má absorção de lipídeos que ocasiona uma deficiência nas vit. Liposso- lúveis; • Pacientes com ressecção ileal, investigar uma possível deficiência de vit. B12; Terapia Nutricional- DII Nutrição enteral para indução de remissão na fase ativa da DC • Dados controversos. Efeitos positivos em crianças e adolescentes; • Dietapolimérica (nutrientes íntegros) parece ter mais efeito que a elementar (nutrientes na forma mais simples); • Terapia nutricional enteral (TNE) exclusiva na fase ativa até a remissão do quadro. Formulas especificas de nutrição enteral (NE) • Deixam de ser recomendados formulações ou substratos específicos (glutamina, arginina ou ômega 3) na utilização da NE ou NPT em doentes com DII. Devido insuficiência de trabalhos que contemplem seus resultados na NE; • Dietas de exclusão alimentar podem ser uma escolha para melhorar os sintomas; • Probióticos podem ser utilizados para remissão da RCUI, porém não para a DC ativa (sem resultados satisfatórios nas pesquisas e a possibilidade de atenuar o quadro); • Pacientes que apresentam fístulas (o que aumenta catabolismo, atenuando uma desnutrição) de alto débito a nutrição enteral parenteral é exclusiva. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO ↓ Pressão do EEI* Contração ↓ após alimento → estômago Conteúdo gástrico atinge esôfago LESÃO A DRGE pode levar à inflamação da mucosa do esôfago (esofagite): 74 Material complementar - Nutrição Clínica *Esfíncter Esofágico Inferior Mecanismos mais comuns Aumento da pressão intra-abdominal Obesidade e gravidez Tabagismo Álcool Dieta Doce, chocolate, pão branco, café, excesso de proteínas Estresse e Fadiga Tratamento Não-Farmacológico • Elevação da cabeceira da cama; • Comer de 3-4 hora antes de dormir; • Exercício físico. Condutas Dietorápicas (IMPORTANTE) Alimentos que ↓ pressão do EEI: • Alimentos com ↑ teor de gorduras; • Bebidas alcoólicas; • Hortelã e Menta; • Bebidas com cafeína (café, chá preto, mate); • Chocolate (teobromina) EXCLUIR e/ou REDUZIR Alimentos que ↓ pressão do EEI Alimentos que retardam o esvaziamento gástrico Irritantes da mucosa esofágica Macronutrientes VET LIPÍDEOS PROTEÍNAS Promover EN adequado Reduzir quantidade Excesso de purinas esti- mulam secreções ácidasAdequar qualiquan- titativamente Estimula CCK, retar- da esvaziamento gástri- co e ↓ pressão do EEI ATENÇÃO 75 Material complementar - Nutrição Clínica TRATAMENTO NUTRICIONAL DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA (ICC) • Evita ↑ da pressão intragástrica. Fracionar refeições; • ↑ pressão intragástrica, ↓ pressão EEI. Evitar beber durante as refeições; • Exclusão apenas se paciente apresentar tolerâncias. Não excluir frutas cítricas; • Tampão →↓ cc das secreções ácidas do estômago. Incluir fibras; A lte ra çõ es M et ab ól ic as Capacidade absortivaEdema nas alças intestinais Plenitude pós prandial ↑Consumo de O2 pelo miocárdio ↑Trabalho respiratório Caquexia Cardíaca (Estágios avançados) ↑GEB 76 Material complementar - Nutrição Clínica CONDUTA NUTRICIONAL Carboidratos 50 – 55% Minerais Lipídeos 30 – 35% Condutas nutricionais: Consumo hídrico: 1,0 – 1,5L em pacientes sintomáticos com ris- co de hipervolemia; Restrição hídrica: Para evitar retenção hídrica e hiponatremia (Na < 130 mEq/L); Fracionamento e volume: 6 refeições/dia; Volume reduzido com intuito de evitar aumento do trabalho cardíaco. Proteínas 15 – 20% Energia 28 – 32kcal/kg* • 1,0g/kg – Pacientes eutróficos; • 1,0 – 1,5g/kg – Pacientes com depleção; • 120 – 160kcal não nitrogenada/g de Nitrogênio. • Preconizar alimentos com baixa carga glicêmica; • Evitar carboidratos refinados → Resistência à insulina • Fibras: 20 – 30g • Priorizar mono e polinsaturada • Ômega 3 • ↓ Gorduras saturadas e trans • TCM em casos de esteatorréia/ má absorção • Sódio: 2 – 3g/dia (Analisar o sódio plasmático e tolerância à dieta hipossódica • Potássio e Magnésio: Avaliar de acordo com a necessidade, considerar espoliação pelo uso de diuréticos. *32kcal/kg para pacientes desnutridos