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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM MARKETING Resenha Crítica Renann Sousa de Oliveira Trabalho da disciplina Gestão de produtos e Marcas sustentáveis Tutor (a): Prof.ª André Luís Soares Smarra São Luís 2020 http://portal.estacio.br/ 2 Estudo de Caso de Harvard: Whole Foods Market, Inc. REFERÊNCIA: WELLS. R. John, GLOCK. Travisha. Whole Foods Market, Inc. ESTÁCIO DE SÁ: Harvard Business School, 710 – P01, 2005. RESENHA: Whole Foods Market, Inc. Em 2005, o Whole Foods Market, Inc. era a maior rede de alimentos in natura (natural) do varejo americano e a que mais depressa crescia no mercado feroz de supermercados. O sucesso do Whole Foods e o crescimento dos produtos naturais começaram a atrair a concorrência. Além disso, mercearias convencionais decidiram oferecer produtos naturais, e tinha crescido sua cota de vendas de produtos orgânicos de menos de 10% em 1995 para bem mais de 50% em 2005. Finalmente, delicatessens de bairro estavam disputando os mesmos clientes. Ainda não estava claro se o Whole Foods seria capaz de manter sua posição de liderança. O varejo geral de alimentos crescia muito lentamente, graças à pressão intensa de preços e à menor demanda. Isto mais diretamente por que mais consumidores escolhiam comer fora. No entanto, o segmento de produtos naturais havia crescido 7% ao ano, e o crescimento deveria se acelerar. Os novos formatos foram bem aceitos pelos consumidores, e varejistas de alimentos tradicionais perdiam participação de mercado. Tendências ideológicas também afetaram a demanda de alimentos naturais. Desde os anos 1960, havia uma preocupação crescente entre a população americana sobre questões sociais, incluindo o ambiente, a consciência geral de saúde e o serviço à comunidade. A 3 segmentação tradicional do mercado socioeconômico não se mostrou muito eficaz junto a esses consumidores, e uma nova segmentação surgiu, em resposta a essas tendências: os LOHAS LOHAS era a sigla para Lifestyles of Health and Sustainability (estilos de vida saudáveis e sustentáveis). Essa população apresentou aumento da lealdade e diminuição da sensibilidade ao preço, já que muitos compravam politicamente, como se exercessem seus direitos cívicos com seu poder de compra. Mas, além da aparente homogeneidade da LOHAS, havia uma alta diversidade de motivos para a compra de produtos naturais. Antes de 1990, não havia exigência nacional para a certificação de alimentos orgânicos e, portanto, nenhuma garantia de que “orgânico” significava a mesma coisa de estado para estado ou mesmo localmente, de certificadora para certificadora. O processo de certificação contemplava três requisitos principais: Os métodos e materiais utilizados na produção cumprem as normas de produtos orgânicos; Deve haver uma documentação clara e contínua dos métodos e materiais; Deve haver uma documentação que comprove o local de origem da produção do alimento, a fim de se verificarem os métodos e materiais utilizados na sua produção. De fato, estudos concluíram que alguns sistemas orgânicos podem ser mais rentáveis do que os convencionais, mesmo sem subsídios, devido à entrada de menores custos ou mistura de culturas. Depois de anos de consolidação através de falências, aquisições etc., o mercado de distribuição de alimentos orgânicos e naturais era altamente concentrado em 2004, com a United Natural Foods, Inc. e a Tree of Life, Inc. representando por cerca de 80% das vendas. Em 2002, os produtos orgânicos estavam disponíveis em cerca de 20 mil lojas de produtos naturais e eram vendidos em 73% dos supermercados convencionais. No mesmo período, as lojas especializadas em produtos naturais passavam por uma consolidação. Em 2002, 22% do total de vendas na categoria foram feitas por duas grandes cadeias de varejo, o Whole Foods e a Wild Oats, em apenas 234 lojas. 4 Em 2005, o Whole Foods havia se tornado a maior cadeia especializada em alimentos naturais nos EUA. Nesse ano, as vendas foram de $ 4,7 bilhões, representando aproximadamente 18% dos $ 25,5 bilhões do mercado das lojas de alimentos naturais, e seu lucro líquido foi de $ 136 milhões. Na verdade, o desempenho do Whole Foods, em comparação com os concorrentes em várias medidas – incluindo lucro líquido, volume de estoque e retorno sobre o patrimônio comum, era favorável. O Whole Foods surgiu em 1977, quando Mackey se juntou a uma cooperativa vegetariana em Austin, Texas. Ele saiu logo depois, em 1978, e criou seu próprio negócio, com sua namorada. Com uma participação de $ 45 mil de amigos e familiares, ele abriu a Safer Way, uma loja de 3.000 metros quadrados de alimentos vegetarianos saudáveis nos dois primeiros andares de uma casa. Em 1992, Mackey decidiu acelerar o crescimento da empresa e lançou uma oferta pública inicial, levantando $ 23 milhões. John Mackey não era o típico CEO da uma grande empresa. Em 2005, com cerca de 50 anos, seu uniforme era uma camisa de mangas curtas, shorts, sandálias Teva e um bronzeado avermelhado adquirido enquanto caminhava no rancho de 720 hectares, nos arredores de Austin, que ele dividia com sua mulher, Deborah, uma professora de ioga. Alguns pensavam que ele parecia pouco um líder de empresa e muito um líder de uma seita. Um dos meus objetivos é ajudar a criar uma organização que manifesta o amor, a alegria e a felicidade. Ainda assim, o lucro é a essência de cada negócio. É como o ar. A imagem dos produtos alimentares naturais e do Whole Foods estava intimamente ligada às seções de produtos frescos. Em perecíveis, mais do que em qualquer categoria, o Whole Foods focava em despertar os sentidos do consumidor pela degustação e pela amostragem, criando gôndolas de frutas e legumes bem coloridas. “85% dos consumidores dos EUA normalmente detestam ir ao supermercado, e o Whole Foods conseguiu criar um festival de alimentos. Os gerentes e diretores regionais tiveram ampla liberdade para escolher seus fornecedores e sortimento. Em todas as categorias, o Whole Foods procurou manter sua vantagem competitiva desafiando os padrões de segurança alimentar regular e educando 5 seus clientes sobre tais práticas. Por exemplo, em 2003, em carnes e aves, a empresa tomou a iniciativa de pressionar por maior qualidade, segurança e normas de sustentabilidade e aliviar as preocupações dos consumidores relativas à doença da vaca louca e ao envenenamento por bactérias E. coli. Ao abrir uma nova loja, o Whole Foods tentou combinar os gostos locais e do bairro. Para cada loja, a equipe que cuidava dos imóveis estudaria pormenorizadamente as áreas de captação, os níveis de ensino, a densidade populacional e os níveis de renda. O Whole Foods usava distribuidores terceirizados, mas tinha construído sua própria rede de distribuição para complementar seus fornecedores. Em 2005, operavam dez centros de distribuição regional nos EUA e no Reino Unido. Cada loja empregava entre 72 e 391 pessoas, que eram organizadas em cerca de 10 equipes. As equipes eram continuamente medidas e avaliadas, e as recompensas eram dadas com base na equipe. Tudo era medido, das operações ao moral. As medidas operacionais eram feitas de inúmeras formas. Funcionários da loja eram recompensados com base em suas medidas de desempenho, e todas as recompensas eram divulgadas publicamente. Além de promover o bom desempenho dos funcionários, o sistema de recompensa no Whole Foods incorporava uma série de características importantes. O Whole Foods competia com revendedores de alimentos naturais, varejistas de alimentos sofisticados, varejistas tradicionais e atacadistas de alimentos que tinham recentemente introduzido loja de alimentos naturais em suas lojas. Exemplos são listados abaixo. Wild Oats - Em 2000, a Wild Oats estava com dificuldades financeiras. Seus níveis de serviço vinham sofrendo com a reprovação, e os observadores sentiram que ela não conseguira se diferenciar de outros varejistas de alimentos naturais ou dos comerciantes robustos que incorporavam esse segmento de mercado. Trader Joe’s - Em 2005, a Trader Joe’s tinha perto de 250 lojas em 20 estados. Elas tinham de 700 a 930 metros quadrados e ficavam em áreas urbanas. As lojas atraiam 6 clientes educados e ricos. A Trader Joe’s foi adquirida pelo gigante varejista alemão Aldi em 1983. H. E. Butt (HEB) - Em 2005, a HEB era uma das dez maiores cadeias de supermercados nos EUA, com vendas acima de $ 11 bilhões e mais de 300 lojas. A tecnologia da informação sempre foi uma prioridade e era reconhecida como um dos recursos-chave que tinham permitido que a companhia mantivesse os preços baixos e controlasse custos. Costco - A Costco abastecia uma população rica e urbana, com salário médio de cerca de $ 95.000.38 Comercializava marcas sofisticadas como Cuisinart, Tiltleist Levi’s e Ralph Lauren. Além disso, investia muito em bens perecíveis, começando com carne em 1986. Em 2005, estocava 4.000 unidades de manutenção de estoque contra 40.000 a 50.000 de um supermercado típico e 200.000 de um supercentro. Kroger - A Kroger era a principal cadeia de supermercados dos EUA em 2005, com imenso alcance nacional.Para competir no setor de alimentos naturais, lançara sua própria marca de produtos naturais e orgânicos, de qualidade superior. Com 8% de suas vendas representadas por alimento orgânico/natural em 2004, era possivelmente o maior varejista de alimentos naturais na indústria. Wegman’s - A Wegman oferecia uma série completa de alimentos saudáveis tais como carnes sem hormônios e uma linha de produtos livres de óleos parcialmente hidrogenados chamada Food You Feel Good About (alimentos com que você se sente bem). De acordo com o autor do texto, O Whole Foods, era uma empresa em que buscou implantar um novo método de consumo de alimentos saudáveis, em que pudesse trazer qualidade de vida, além satisfazer seus clientes, inovar em seus produtos, buscou fazer com que o funcionário pudesse ter satisfação em seu local de trabalho, através de programas de remunerações justos e que pudessem torná-los mais produtivos em seus locais de trabalho, além do mais despertou várias concorrentes, afim de ter uma fatia da sua clientela no mercado de alimentos naturais. Local: Biblioteca da Disciplina