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1/4 ( NUTRIÇÃO NO MANEJO DA DIARRÉIA ) ( SERVIÇO DE NUTRIÇÃO DIETÉTICA ) ( DATA: 12/06/ 2014 VERSÃO: 00 ) ( CÓDIGO ROT. SND. 010 ) 1. OBJETIVOS Identificar e avaliar a condição do hábito intestinal, proporcionando melhor controle e forma de absorver os nutrientes através das dietas, bem como melhorar o estado nutricional do paciente. 2. APLICAÇÃO SND: Serviço de Nutrição e Dietética CM: Clínica Médica CCIR: Clínica Cirúrgica UTIA: Unidade de Terapia Intensiva Adulto USIA: Unidade Semi-Intensiva Adulto UTIP: Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica 3. DEFINIÇÃO A definição de diarréia, universalmente aceita, está definida como freqüência de evacuações maior do que 3 a 5 por dia, volume das fezes entre 200 a 300g/ dia ou volume superior a 250 ml/ dia. É freqüentemente presente em pacientes graves, que cursam com sepse e hipoalbuminemia, principalmente em uso de antimicrobianos e Nutrição Enteral (NE). A diarréia pode ser classificada como infecciosa: uso de antimicrobianos, contaminação da fórmula e não infecciosa: composição da fórmula enteral, características da administração (velocidade de infusão, local), uso de medicamentos, hipoalbuminemia e desnutrição. 4. NORMAS Este item não se aplica. 5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 5.1 INDICAÇÃO Pacientes que cursam com diarréia infecciosa e não infecciosa. 5.2 DIETOTERAPIA · Primeiramente, deve ser identificada a causa da diarréia, juntamente com a equipe médica, levando em consideração o quadro clínico individual do paciente para definição da melhor conduta. · Deve-se reduzir a infusão da dieta enteral para 50% de acordo com a prescrição da Nutricionista. Na persistência da diarréia por 24 horas, a nutricionista deve modificar a fórmula enteral para uma com menor osmolaridade e suplementada com fibras. O nutricionista deverá retornar com o ritmo de infusão anteriormente prescrito após 24 horas e de acordo com a estabilidade e melhora do paciente. · A prescrição do Nutricionista de prebióticos, probióticos ou simbióticos para modulação da microflora como tratamento ou prevenção da diarréia deve ser considerada, pois vem sendo investigada com resultados positivos na prática clínica. A quantidade recomendada é de 5 a 10 gramas/ dia, sendo a conduta variável de acordo com o paciente. · A glutamina enteral é segura e melhora a tolerância gastrointestinal, sua quantidade recomendada prescrita pelo Nutricionista é de 0,3 a 0,7g/ kg de peso/ dia ou 30g/ dia. Deve-se levar em consideração o quadro clínico do paciente e comorbidades associadas. Sua utilização é contra-indicada na Insuficiência Renal e Doenças Hepáticas. · O tempo de utilização, tanto da glutamina como dos probióticos, prebióticos e simbióticos dependerá da melhora do quadro diarréico e próprio quadro clínico do paciente. · Fluxograma anexo no item 9. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WAITZBERG DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 4ªed. São Paulo: Atheneu; 2009. Guia Básico de Terapia Nutricional – Waitzberg, Dan L.; Dias, MCG, 2005. KRAUSE, M. V.; MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11.ª ed. São Paulo: Roca, 2005. Projeto Diretrizes, Volume IX – São Paulo: Associação Médica Brasileira; Brasília, DF: Conselho Federal de Medicina, 2011. 7. OBERVAÇOES GERAIS · A diarréia ocorre com uma elevada incidência em pacientes sob nutrição enteral. É importante definir a existência de diarréia, pois nem sempre “várias evacuações” ou evacuação líquida única significam diarréia. Raramente a diarréia resulta da dieta e sim de alterações do trato gastrointestinal, supercrescimento bacteriano ou toxinas, sendo geralmente multifatorial. · A suspensão da dieta é poucas vezes necessária. No manuseio dessa complicação é importante descartar a presença de Clostridium difficille, além de tratar as causas de base, como por exemplo: infecções, toxinas, parasitoses, impactação fecal, insuficiência pancreática e uso de medicamentos, como antibióticos e procinéticos. · Apenas quando descartados outros motivos, as dietas devem ser suspensas, e a seguir readministradas em volume menor, evitando prescrever dietas com elevada osmolaridade. 8. HISTÓRICO DE REVISÕES REVISÃO DATA ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL 9. ANEXO ( Diarréia ) ( Considerar a causa do problema ) ( Não relacionada à NE ) ( Relacionada à NE ) ( Diminuir o ritmo de infusão em 50% ) Equipe Médica ( Rever a medicação e avaliar a osmolaridade dos medicamentos ) ( A diarréia persiste 24h depois? ) ( NÃO ) ( SIM ) ( Modificar a fórmula da NE/ Ofertar módulo de fibras com pré e probióticos (5 a 10g/dia) ou glutamina (0,3 a 0,7g/ kg de peso/ dia ou 30g/ dia ) ) ( Manter conduta por 24h. Volta ao ritmo de infusão inicial ) ( NÃO ) ( A diarréia persiste 24h depois ? ) ( SIM ) ( Manter conduta por 24h. Voltar ao ritmo de infusão inicial ) ( Elaborado por: Tháira Mendes Aprovado por: Adriana Ila )