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ATIVIDADE 4 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Questão problematizadora: A Educação Profissional surgiu no Brasil, inicialmente, como uma proposta de assistencialismo, para combater as mazelas sociais. Posteriormente, esta abordagem caiu por terra com a premente necessidade de capacitação de mão de obra para o processo de desenvolvimento do país. No entanto, o caráter dualista da Educação Profissional ainda reverbera na maioria das propostas existentes atualmente. Discorra sobre esta relação imanente entre o caráter dualista da Educação Profissional e a realidade educacional brasileira como um todo. No Brasil, até o século XIX não há registros de iniciativas sistemáticas que hoje possam ser caracterizadas como educação profissional. O que existia era a educação propedêutica para as elites, voltada para a formação de futuros dirigentes. Essa diferenciação se concretizou pela oferta de escolas de formação profissional e escolas de formação acadêmica para o atendimento de populações com diferentes origens e destinação social. Durante muito tempo o atual ensino médio ficou restrito àqueles que prosseguiriam seus estudos no nível superior, enquanto a educação profissional era destinada aos órfãos e desvalidos, os ‘desfavorecidos da fortuna’. O que ditou os rumos da instauração da Educação Profissional no Brasil foi o processo de industrialização. A partir deste, a formação dos trabalhadores torna-se uma necessidade econômica e não mais uma medida exclusivamente social como em sua gênese, quando se destinou a proporcionar ocupação aos desvalidos da sorte e da fortuna, nos termos do decreto de Nilo Peçanha, de 1909. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 é de fundamental importância para entendermos como a Educação Profissional com suas medidas voltadas para a instituição da equivalência entre os cursos propedêuticos e os de formação profissional. http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupro.html A educação profissional no Brasil contemporâneo pode ser compreendida mediante a seguinte síntese. Essas foram as principais ações realizadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva concernente à educação profissional: 1. a revogação do Decreto no 2.208/97, restabelecendo a possibilidade de integração curricular dos ensinos médio e técnico, de acordo com o que dispõe a LDB; b) o redirecionamento dos recursos do PROEP para os segmentos públicos. A revogação do Decreto n 2.208/97 foi realizada em 23 de julho de 2004, por meio do Decreto n. 5.154. Este ato buscou restabelecer os princípios norteadores de uma política de educação profissional articulada com a educação básica, tanto como um direito das pessoas quanto como uma necessidade do país, que podem ser assim resumidos: a) defesa de uma organização sistêmica da educação profissional, organicamente integrada à organização da educação nacional, com políticas nacionais coordenadas pelo Ministério da Educação, articuladas às de desenvolvimento econômico e às de geração de trabalho e renda, em cooperação com outros ministérios e com os governos estaduais e municipais; b) definição de responsabilidades em termos de financiamento da educação profissional, inclusive propondo a constituição de um fundo nacional com esse objetivo, bem como o controle social de gastos e investimentos; c) regulamentação do nível básico da educação profissional, inclusive revendo sua nomenclatura, no sentido de integrá-lo a itinerários formativos que pudessem redundar em formações estruturadas e, ainda, de articulá-lo às etapas da educação básica, de acordo com as necessidades dos jovens e adultos trabalhadores; d) superação do impedimento de se integrar curricularmente o ensino médio e a formação técnica, desde que atendida à formação básica do educando, conforme prevê o parágrafo 2º do artigo 36 da LDB, atendendo às necessidades deste país e de seus cidadãos; e) monitoramento e garantia da qualidade, com controle social, do nível tecnológico da educação profissional. A dualidade estrutural confirma-se nos limites das classes sociais e da dicotomia histórica entre os estudos de natureza teórica e os estudos de natureza prática. A “escola do dizer” e a “escola do fazer” são, nas palavras de Nosella (1995), as divisões estruturais do sistema educativo no modo capitalista de produção. A escola de formação das elites e a escola de formação do proletariado. Essa visão que separa a educação geral, propedêutica da educação específica e profissionalizante, reduz a educação profissional a treinamentos para preenchimentos de postos de trabalho.