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UNINASSAU NUTRIÇÃO – EAD TÓPICOS INTEGRADORES II RAFAELLA DE ANDRADE SILVA CAVALCANTI PAULO LEOPOLDINO DA SILVA JÚNIOR EMMANUELLE LIMA DA ROCHA J.L.P de 57anos, viuva, mãe de 2 filhos, agricultora e com renda familiar de 2 1/2 salários mínimos, procedente da cidade de Nazaré da Mata interior do estado de Pernambuco, deu entrada na emergência de um hospital de referência, com dores em região epigástrica ao se alimentar há aproximadamente 6 meses, e há 3 dias apresenta diariamente hemorragia digestiva alta (vômito com sangue). É portadora de diabetes melitus tipo 2 em uso de hipoglicemiante oral, nega outras comorbidades. Durante os últimos 6 meses apresentou baixa aceitação alimentar, principalmente pelas dores que sentia após a alimentação, o que resultou em perda de peso significativa. Diante desse quadro foi internada no setor clínica médica para investigação de seus sintomas. Após alguns dias e após resultados dos exames os médicos diagnosticaram com úlceras gástricas perfurantes. A nutricionista do setor fez a admissão nutricional da paciente que contou com: anamnese completa do paciente e a avaliação nutricional completa para poder saber que conduta dietoterápica o paciente deveria receber no internamento e na alta hospitalar. Na avaliação e semiologia nutricional ela coletou os dados a seguir: Avaliação antropométrica: · Peso Habitual (há mais de 6 meses): 75kg · Peso atual (internamento): 48kg · Altura: 1,65m · Circunferência do braço: 20cm · Dobra cutânea tricipital: 11mm Semiologia nutricional: · Cabelos quebradiços · Sinal da asa quebrada ( ou de chaves) · Flacidez em braços e pernas · Ressecamento de pele · Durante o internamento de 15 dias a paciente apresentou melhora das dores, e melhora na aceitação alimentar, onde apresentou ganho de peso de 1,5 kg. Recebeu alta com orientação médica e nutricional e ficará sendo acompanhado a nível ambulatorial a cada dois meses. Elaborando o caso clínico: 1. Identificação do paciente: · J.P.L · Sexo: Feminino · Idade: 57 anos · Estado civil: Viúva · Naturalidade: Nazaré da Mata · Nacionalidade: Brasileira 2. Histórico social A paciente em questão, tem dois filhos, é agricultora, e sua fonte de renda é de 2 ½ salários mínimos. 3. Histórico clínico Portadora de Diabetes melittus tipo 2. A paciente relatou que faz uso de medicamentos hipoglicemiantes orais. 3.1. Informações clínicas hospitalares: Deu entrada na Emergência do Hospital de Referência queixando-se de fortes dores na região epigástrica sempre que se alimentava. O episódio já ocorria há aproximadamente 6 meses porém nos últimos 3 dias a paciente está apresentando hemorragia digestiva alta (vomito com sangue). 4. Patologias Foi diagnosticado que a paciente já estava ciente que era portadora do diabetes tipo 2 e nos exames hospitalares foi constatada uma úlcera gástrica perfurante. 5. Fisiopatologia (da doença predominante) O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos está relacionada a fatores genéticos e ambientais. Essa comodidade é mais suscetível a se desenvolver nos indivíduos acima de 30 anos, porém pode também desenvolver nas populações mais jovens. (SMELTZER;BARE,2002). A sua causa está intimamente ligada aos hábitos alimentares, sedentarismo, fatores genéticos, entre outros. O tratamento vai desde uma dieta com acompanhamento nutricional, acompanhada de fármacos hipoglicemiantes, acrescentado de práticas de atividades física e outros. A úlcera gástrica perfurante, é uma lesão que ocorre no revestimento (mucosa) do estômago. Podem também ocorrer no duodeno ou no esôfago. A sua causa está associada a Infecção por Helicobacter pylori do estomago. O uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), o alto consumo de álcool, fumantes entre outros causam o processo. O tratamento se dá a base de antibióticos, medicamentos inibidores da produção de ácido, antiácidos e em casos mais extremos se faz cirurgia. 6. Avaliação Nutricional A paciente relatou que nos últimos 6 meses teve baixa aceitação alimentar ocasionada pelas dores que sentia todas as vezes que alimentava-se. No exame físico constatou-se que a paciente apresentava leve depleção da massa magra e adiposa e por tendo como sinal a “asa quebrada” que é um indicativo de restrição proteico calórica. Após 15 dias a mesma obteve ganho de peso considerável apesar de toda sua situação. 7. Conduta Nutricional Deverá ser evitado: Bebidas alcoólicas; Refrigerantes e qualquer bebida com gás; café (com ou sem cafeína); chá mate e chá preto; doces concentrados: goiabada, marmelada, compotas, frutas cristalizadas; vinagre, molhos picantes, pickles, massa de tomate, pimenta vermelha, pimenta do reino, páprica, mostarda, molho inglês, catchup, cravo da índia, noz moscada; rabanete, pimentão, erva doce, repolho, brócolis, couve-flor, pepino; frituras; frutas ácidas; embutidos; frutas com casca. Poderá consumir: leite – puro ou sob a forma de mingau, iogurte; queijos – magros e sem condimentos; carne de vaca magra ou aves sem pele; legumes e verduras; frutas – sempre sem casca e as de consistência muito dura, utilizá-las cozidas; biscoitos (sem recheios); pães (dar preferência aos torrados). Evitar ingestão de alimentos em temperatura quente, observar sempre quais os alimentos que causam maior desconforto e evita-los. Utilizar somente o caldo dos grãos (ex. feijão). Evitar balas, chicletes e o reaproveitamento de gorduras. Fazer refeições pouco volumosas, poderá ser realizada de 5 a 6 refeições diárias. Sempre comer devagar, mastigando bem os alimentos. REFERÊNCIAS: https://www.gamedii.com.br/especialidades-nutricao/384-dieta-para-ulcera https://www.scielo.br/pdf/abcd/v27n4/pt_0102-6720-abcd-27-04-00298.pdf http://www.diabetes.med.br/
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